terça-feira, 10 de janeiro de 2012

HÓQUEI TEM POUCO MAIS DE 7 MIL PRATICANTES...!!!

Hoquistas pararam de crescer

 
Na Federação de Patinagem de Portugal (FPP) estão inscritos 7186 praticantes de hóquei em patins, um número bem inferior aos homólogos federados de andebol (40.321), basquetebol (41.830) e voleibol (42.386). Numa leitura a um registo que, desde 2005, revela estagnação (7138 para 7186), Rui Neto, seleccionador nacional, compreende que uma federação a recuperar de um passivo antigo e a falta de transmissões televisivas dos últimos cinco anos possam ser "alguns dos factores que contribuam para a estagnação do número de praticantes", defende "uma restruturação escolar, que chame mais atletas" e ainda "o fim do Nacional de infantis, porque muitas vezes os clubes só se preocupam em ganhar, jogam com cinco/seis miúdos e os outros acabam por desistir".


Para Rui Neto não há dúvidas: "O enquadramento no desporto escolar da patinagem, primeiro princípio do hóquei, não é fácil, mas é um trabalho de base que deveria ser feito para captar mais miúdos. Por exemplo, em 200 miúdos, poderíamos ganhar 40 para a modalidade, 20/30 poderiam ir para a patinagem e outros, inevitavelmente, abandonariam." O técnico admite que "muitas escolas não têm estruturas, nem recursos e o facto de o material ser caro é um handicap", mas sugere que sejam estabelecidos "protocolos entre fabricantes/associações/federação que tornem o material mais barato". "A crise não pode justificar tudo", diz Rui Neto, explicando-se. "Antes da crise, este trabalho não foi feito, porque o que acontece muitas vezes é que as pessoas olham para o seu umbigo e nada mais. Os agentes, como clubes, federação, associações, dirigentes e treinadores, nem sempre puxam para o mesmo lado."


Jorge Lopes, director-técnico nacional, assegura que a situação se complica com "a falta de formação específica de professores". "A patinagem só faz parte do currículo em Coimbra, porque Porto e Lisboa nunca se interessaram por integrar a patinagem nos currículos do ensino superior, dizendo que o hóquei é pouco praticando a nível mundial", refere o DTN, frisando: "Assim, não há sensibilidade por parte dos professores de Educação Física e imperam o mito do medo de acidentes/quedas e o de que os patins estragam o piso de madeira/sintético. Além disso, os pisos dos pavilhões das escolas não estão adaptados e o Ministério da Educação nunca se preocupou com o facto de estes impedirem a prática da patinagem." Referindo-se ainda à base, Jorge Lopes lembra "o protocolo de desporto escolar estabelecido pela federação e que, por exemplo, em 2011, envolveu 30 escolas do país, terminando com o encontro nacional de desporto escolar".

P.C.M. in Jornal o "Jogo"
Fotos de arquivo: Barros Simões

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