quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

FELIZ ANO NOVO


A pouco mais de 24 horas de arrancarmos mais uma folha do calendário, e iniciarmos um novo ano, que esperamos que seja no mínimo, muito melhor do que o que finda, o Cartão Azul directamente das águas da Somália em Missão de Combate à Pirataria no Mar, deseja a todos os visitantes, familiares e amigos um 2010 cheio de tudo o que mais desejarem, e onde o hóquei continue a fazer parte das vossas vidas.

PS. Fica o espaço aberto a todos os visitantes para deixarem as suas mensagens de Ano Novo.

Atenciosamente
Francisco Gavancho

TREINADOR DE BANCADA

"Mas quem será o vencedor???"

Terminada a 1ª volta da 3ª divisão zona Centro os candidatos começam a assumir-se e a provar dentro de ringue esse estatuto. O HC Mealhada líder incontestável (4 pontos de vantagem), ainda não conheceu o sabor da derrota, tendo cedido 2 empates, um na 1ª jornada frente ao candidato ACR Santa Cita e outro na Lourinhã frente à equipa local (a subir de rendimento de jogo para jogo), numa partida em que podemos dizer que a equipa da Bairrada perdeu dois pontos, que poderão vir a ser importantes tendo em conta a 2ª volta da equipa de Vasco Vaz. A equipa da capital dos Leitões apresenta um conjunto onde alterna a juventude de Filipe Vaz e Pedro Coelho com a experiência de Marco Rosmaninho, Bruno Lima e André Amorim, não sendo assim de estranhar que tenha o melhor ataque (94 golos), e a melhor diferença de golos (+54) e uma média de 7,8 golos por jogo. Na 2ª volta a equipa de Vasco Vaz tem deslocações de “alto risco”, Santa Cita na 14ª jornada e Almeirim na 18ª e ainda a deslocação ao Entroncamento na 23ª, recebendo ainda a revelação GC “Os Corujas”. O 2º classificado HC “Os Tigres”, candidato assumido como afirmou o Presidente do clube da cidade da Sopa da Pedra, numa entrevista a este espaço, é a equipa menos batida da prova, e reforçou-se na reabertura do mercado, com jogadores jovens caso de Ivo Nascimento, Tiago Barreiros e que podem fazer a diferença, e a experiência e combatividade de Rui Cova, contando com um treinador ambicioso e profundo conhecedor da modalidade, jogando as suas equipas sempre nos limites e em pressing o que provoca inúmeras dificuldades aos adversários. Na 2ª volta a saída a Santa Cita na 23ª jornada, é antecedida de um ciclo terrível de três jornadas em que a equipa de Jorge Godinho recebe o HC Mealhada (18ª), desloca-se ao Entroncamento (19ª) e recebe os Corujas (20ª), e onde poderá confirmar a candidatura, ou por outro lado hipotecar as hipóteses de subida. O 3º classificado ACR Santa Cita, que assim como os Tigres já mudou de treinador esta temporada, sendo agora treinado pelo ex-Seleccionador Feminino Rafael Oliveira, tendo-se reforçado esta época com jogadores como Pedro Nobre, Pedro Brazete e Marco Bento tem teoricamente, o calendário mais favorável, apesar de 3 jogos de grande intensidade seguidos, ou seja, recebe o HC Mealhada (14ª), desloca-se ao Entroncamento (15ª), recebe os Corujas (16ª) e para terminar recebe os Tigres (23ª), mas se esta época for igual à última em que Rafael Oliveira treinou a equipa da chamada “Aldeia do Hóquei”, a maioria dos pontos foram perdidos em casa, podendo assim esta vantagem tornar-se um “handicap” e a equipa de Santa Cita não conseguir atingir os seus intentos. CG “Os Corujas”, União FE, HC Lourinhã e SCL Marrazes podem ser considerados “outsiders”, podendo no entanto baralhar as contas da subida, pois a jogar em casa são adversários temíveis e fora podem surpreender. Os dados estão lançados e na minha opinião, de entre HC Mealhada, HC “Os Tigres” e ACR Santa Cita sairá o vencedor da zona Centro, partindo a equipa de Vasco Vaz na “pole position”.
Destaque: HC Mealhada – Caudal atacante com uma média a rondar os 8 golos por jogo.
Revelação: GC “Os Corujas” – Uma equipa que nos últimos anos tem andado pelos últimos lugares da tabela classificativa, esta época aparece com uma equipa competitiva e a lutar pelos lugares cimeiros.
Decepção: FC “Bom Sucesso” – Equipa que na última época militava na 2ª divisão, aparece esta época num modesto 10º lugar, apenas com 2 vitórias.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

AGORA É OFICIAL - RUI COVA É TIGRE

O Presidente do HC "Os Tigres", Carlos Taborda confirmou ao Cartão Azul que esta noite cerca das 2230 horas, Rui Cova assinou pelo clube de Almeirim. Ficam assim desfeitas as incertezas quanto ao novo reforço de Jorge Godinho para o assalto à 2ª divisão. Rui Cova que até esta noite representou o Parede FC é assim um reforço de "peso" para a equipa de Almeirim, onde a sua experiência e dinamismo poderá ser uma mais valia para a 2ª volta do campeonato. Recorde-se que a equipa dos Tigres ocupa a 2ª posição da tabela classificativa com menos 4 pontos que o líder HC Mealhada.

RUI COVA AINDA NÃO É TIGRE

Segundo informação no site "Mundo OK", Rui Cova, ex - Parede FC é o novo reforço do HC "Os Tigres". Ao que o Cartão Azul conseguiu apurar, o jogador do Parede FC interessa ao clube de Almeirim, no entanto ainda não assinou pela equipa agora liderada por Jorge Godinho. Depois de Ivo Nascimento (ex-CD Paço de Arcos) e Tiago Barreiro (ex-Santa Cita), o internacional Português, pode ser o reforço que Carlos Taborda, presidente da colectividade disse em entrevista a este espaço, procurar para colmatar a saída de Filipe Vicente para o CACO, e ajudar o clube da cidade da Sopa da Pedra a atingir os objectivos que passa pela subida de divisão. Recorde-se que a equipa do HC "Os Tigres" é o actual 2º classificado da 3ª divisão zona Centro com os mesmos pontos que a ACR Santa Cita e a 4 pontos do líder HC Mealhada.

Foto: Mascote Dino

VOLTAR...??? TALVEZ MAIS TARDE

Foi pela mão de João Maria Vaz, que deu as primeiras “patinadelas” no Albano Mateus. Enquanto Infantil-B esteve presente em todos os Encontros Nacionais (1999, Poiares, Arazede, 2000 Grandôla e 2001 Pessegueiro do Vouga). Campeão distrital em vários escalões representa o União FE nos nacionais da categoria e a Selecção Distrital da APR em Oeiras 2005 e Aljustrel 2006. A época passada abandona o clube do Entroncamento, e passa a treinar em Tomar na Gualdim Pais, esta época surge como reforço da equipa júnior da J. Ouriense. Foi no Entroncamento que fomos encontrar o Eduardo Fernandes para tentar compreender estas mudanças.
CA – Bom dia Miguel, morar no Entroncamento, estudar em Castelo Branco e jogar em Ourém, como consegues conjugar isso tudo?
EF – Ora antes de mais bom dia amigo Gavancho e obrigado pelo convite para participar no Cartão Azul. Bem, isso é algo um pouco difícil de conjugar, por visto estar a estudar em Castelo Branco, apenas posso treinar à sexta-feira, o que veio quebrar um pouco o ritmo que tinha antes, mas, tal como sempre ouvir dizer, “quem corre por gosto, não cansa”.
CA – Representaste o União FE desde os Infantis-B até aos Juniores, o que te levou a abandonar a equipa do Entroncamento?
EF – É verdade, foram doze anos a vestir a camisola preta e branca, mas por vezes há situações que acontecem, que, ao fim de outras tantas, já não podem passar em branco, como se costuma dizer. Penso que toda a gente sabe os motivos principais de ter abandonado o União no Natal do ano passado, e embora muitos pensem que foi por “birra” minha, não foi isso que aconteceu, foram uns desentendimentos com o treinador da equipa júnior da época passada, o Guilherme, que impediram de continuar o trabalho no clube. O presidente do clube foi informado na semana a seguir do que se tinha passado, e marcámos uma reunião, onde informei que não tinha condições para continuar no clube. O mais caricato foi pouco tempo depois o mesmo treinador ter sido despedido das suas funções, ainda fica no ar o porquê de apenas ter sido despedido depois de um jogador, e agora não interessa o atleta em causa, ter abandonado o clube.

CA – A época passada depois de abandonares o União e para manteres a forma, treinaste no Gualdim Pais, a ideia era esta época jogares pela equipa Nabantina, até por uma questão de distância em relação ao Entroncamento, ou a estadia em Tomar relacionou-se apenas com a necessidade de não parares de praticar a modalidade?
EF – Sim, muito provavelmente, a ideia era continuar no Gualdim esta época, se o clube apresentasse equipa júnior. Claro que a questão da distância Entroncamento-Tomar foi algo que também ajudou, visto ser mais perto de casa, logo mais económico. Houveram mais convites, como por exemplo, do Santarém, onde o Sr. Francisco Mogas entrou em contacto comigo a fim de eu integrar a equipa júnior do Santarém para não parar de praticar a modalidade.
CA – Na Gualdim encontraste um adversário de muitas “lutas” e companheiro de selecção, o Filipe Almeida considerado por muitos o melhor jogador Ribatejano em actividade. Qual a tua opinião?
EF – Este “encontro” com o Filipe Almeida já deveria ter acontecido no início da época em causa, mas encontrá-lo após uma ligeira paragem de ritmo, foi algo que motivou, pois queria regressar à forma e ele foi uma grande ajuda, tal como o resto da equipa, o Luís, o João Leitão, o André Silva, o Daniel e o Rafa. Já agora aproveito para mandar um abraço a todos eles.
CA – Ainda na Gualdim conviveste com um dirigente que sempre te elogiou e afirmou que te gostaria de ver com as cores do seu clube, o João Almeida (a quem aproveito para enviar um forte abraço de amizade e votos de Boas Festas), queres deixar aqui algumas palavras para ele?
EF – Embora tenha sido por pouco tempo, gostei da experiência de trabalho com o Sr. João, pois sempre pude contar com ele para qualquer eventual situação que acontecesse. Em relação a jogar com as cores do Gualdim, desde alguns anos para cá que isso é algo sempre a pensar no início de cada época.

CA – Como aparece a Juventude Ouriense na tua carreira?
EF – A Juventude Ouriense apareceu na minha carreira a convite do Hélder, treinador dos juniores e seniores do Gualdim Pais na época passada. Ele sabia que era minha intenção continuar na equipa, mas visto ter-se transferido para a Juventude e que a mesma iria reunir e organizar um equipa júnior, fez-me o convite para participar e dar o meu contributo a esta equipa jovem, o qual eu aceitei com todo o agrado.
CA – Como está a decorrer a época até ao momento?
EF – Estamos em quarto lugar, o último lugar de acesso ao nacional, e pode-se dizer que estamos a fazer uma boa época, para um equipa que está a jogar junta pela primeira vez. Houveram alguns jogos complicados no início, visto ter-mos começado a trabalhar já um pouco tarde, mas nada que agora não melhore.
CA – A aventura J.Ouriense é para manter com os olhos postos nos seniores, ou tudo depende da tua carreira académica?
EF – Claro que a carreira académica está sempre em primeiro lugar, visto que o nosso país não apresenta as melhores condições para que um atleta se concentre apenas na modalidade, mas a aventura JO é para continuar, pelo menos é de minha vontade continuar, estou a gostar bastante da experiência, temos uma boa equipa, só temos que continuar a trabalhá-la com vista no nacional.
CA – No curto espaço de um ano conheces duas realidades diferentes da que estavas habituado, uma em Tomar outra em Ourém, levando em conta que no Entroncamento conheceste duas realidades bem diferentes (na minha opinião) uma, o União com o João Maria, outra sem João Maria. Queres fazer um comentário a este respeito?
EF – Sem dúvida alguma, em Tomar e em Ourém a realidade é um pouco parecida, visto o treinador e alguns elementos da equipa serem os mesmos, há muita união e respeito por parte de todos, parece mesmo que “estão todos no barco a remar para o mesmo lado”, o que é bom e é disso que o hóquei precisa neste momento, mas é bem diferente da realidade vivida durante este tempo todo. No União em que comecei, com o Sr. João Maria, a entrega à modalidade era muito maior, quer por parte dos jogadores quer por parte dos dirigentes, e até por parte do público que vinha ver os treinos e os jogos. O Sr. João gastava connosco (atletas) imenso do seu tempo, estava lá de tarde até à noite para nós, para nos ajudar e passar os seus ensinamentos. O União actual, acho que está à vista de todos, que anda um pouco à deriva, e parece que ninguém está a conseguir deitar-lhe mão. Do pouco que sei do trabalho que o Mário Serra tinha preparado para o clube, penso que iria ser o que União está a precisar, trabalho sério com pessoas que saibam o que andam lá a fazer.

CA – Da equipa que cresceu contigo, restam 4 ou 5 jogadores, actualmente nos juniores do União, entretanto uns por motivos de lesões, outros por que opção abandonaram a modalidade, e estou a falar do Nuno, do Júlio, do João Teixeira, do Sotero por exemplo, se houvesse uma “varinha mágica”, que vos juntasse todos outra vez, achas que tínhamos de novo no União um crónico nos nacionais de juniores e os seniores uma equipa onde se poderiam reforçar sem perder qualidade?
EF – Penso que sim, isso era equipa mesmo da época do Sr. João Maria, embora não seria possível juntar todos, acho que era uma tarefa bastante complicada, visto alguns terem seguido outras modalidades, onde têm, actualmente, mais sucesso.
CA – Vamos voltar a ver o Eduardo Fernandes a vestir a camisola do União?
EF – Neste momento, não sei mesmo. Para voltar, há muita coisa que tem que mudar, pessoas que têm que abandonar o clube e outras que gostaria que lá estivessem para me receber, mas claro é algo que gostaria que acontecesse mais tarde.
CA – Como é passar a semana e viver numa cidade como Castelo Branco em que o hóquei pura e simplesmente não existe, nem condições para a prática do mesmo?
EF – Ao início foi um pouco complicado, pois estava habituado a treinar quase todos os dias, e aqui nem espaço para praticar tenho, mas graças à internet consigo manter-me actualizado, quase diariamente, de um pouco de tudo que se passa no hóquei.
CA – Miguel, obrigado pela disponibilidade, e desculpa o tempo que te roubei nesta época de frequências, e o fica o espaço disponível para transmitires o que quiseres aos nossos visitantes.
EF – Não há problema nenhum amigo Gavancho, agora só em Janeiro é que elas começam de novo, e para este “bichinho” arranja-se sempre tempo e disponibilidade. Aproveito para desejar um Bom Natal e uma boa entrada em 2010 a todos os visitantes do Cartão Azul e um abraço a ti, e que estejas rápido por aqui connosco.

Fotos: Eduardo Fernandes e Carlos Clemente

domingo, 27 de dezembro de 2009

"QUE 2010 SEJA UM ANO SOBRE RODAS"

O presidente da Federação Portuguesa de Patinagem, deixa em Bola Branca os seus votos para esta época natalícia. A Federação Portuguesa de Patinagem, está a conseguir, aos poucos, atenuar e em alguns casos inverter, o domínio espanhol ao nível do Hóquei em Patins, que foi muito evidente nesta primeira década do século 21.
Rui Neto é um recente seleccionador, que tem como objectivo, prosseguir o trabalho de Luís Sénica, que nos últimos anos, conseguiu reaproximar o Hóquei Patins de um patamar mais condizente com a história que a modalidade granjeou ao longo de muitos anos. O presidente da Federação Portuguesa de Patinagem deseja um ano de sucesso, neste caso, sobre rodas.

In Renascença

sábado, 26 de dezembro de 2009

TORNEIO DOS REIS

A selecção distrital da AP Ribatejo irá estar presente no Torneio dos Reis que terá lugar nos dias 8, 9 e 10 de Janeiro em Bragança, numa organização do Clube Académico de Bragança, com o apoio da edilidade local e da AP Porto. Depois de ter vencido o Torneio Inter Associações em Mira, a equipa Ribatejana desloca-se ao Norte do país para mais um evento no intuito de preparar o Inter Regiões "Páscoa 2010". O calendário dos jogos é o seguinte:

Sexta-Feira, 8 de Janeiro
1ª Jornada
1900H - AP PORTO – AP AVEIRO
2000H - AP MINHO – AP RIBATEJO

Sábado, 9 de Janeiro
2ª Jornada
1800H - AP PORTO – AP RIBATEJO
1900H - AP MINHO – AP AVEIRO

Domingo, 10 de Janeiro
3ª Jornada
1000H - AP AVEIRO – AP RIBATEJO
1100H - AP PORTO – AP MINHO

Informação: Mundo OK
Foto: OKJUVTOMAR

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

SAI RAFAEL, ENTRA ERNESTO


“temos de agradecer o bom trabalho feito pelo Rafael Oliveira. Mas um dos pontos para se ser seleccionador era não estar ligado a nenhum clube… e como todos sabemos, Rafael Oliveira agora treina o Santa Cita!”

Foi com estas palavras que Fernando Claro explicou a saída de Rafael Oliveira do comando técnico da Selecção Nacional Feminina de Hóquei em Patins. Tendo em conta que enquanto Seleccionador Nacional, Rafael Oliveira treinou a ACR Santa Cita e o S. Alenquer e Benfica, acho que esta justificação (é a minha opinião e só minha) é no mínimo estranha…muito estranha, e de certeza, (e como costumo dizer aos meus filhos quando quero que a minha decisão vá em frente) «Valores mais altos se levantam». Pode ler a noticia na integra no site Mundo OK, num trabalho de Nelson Alves.

Fotos: Mundo OK e União Micaelense
Edição: Cartão Azul

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL - MERRY XMAS

(Foto: Carlos Dias (SPRS), Edição: José Santos (SCOPS)

(Foto/Edição: Carlos Dias (SPRS)

Aproveitando a quadra festiva e o talento de uns camaradas do Staff da SNMG1 embarcados comigo neste missão, o Cartão Azul apresenta dois postais de Natal diferentes do habitual, mas que servem para desejar a todos os visitantes, seus familiares e amigos um Santo e Feliz Natal. (Clique nas imagens para ampliar).

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

REGRESSO A CASA

Natural de Oeiras, chega a Tomar na época de 2000/01, para representar o Sporting local durante duas épocas, transferindo-se em seguida para a Juventude Ouriense, onde joga até à época de 2006/07, tendo sido um dos esteios da subida da equipa de Ourém à 1ª Divisão e o melhor marcador do nacional na época de 2006, tendo na altura ficado no ar a “injustiça” de não lhe ter sido dada uma oportunidade para representar a selecção nacional sob o comando de Paulo Batista. No final da época 2006/2007 ruma á cidade dos Arcebispos para representar o HC Braga, para na época seguinte rumar à Ilha Dourada para defender as cores do Portosantense assinando um contrato válido para duas épocas. Neste verão e alegando ordenados em atraso rescinde com o clube Madeirense, e regressa á cidade do Nabão para vestir de novo de verde e branco. Foi nessa cidade que o Cartão Azul encontrou o Gonçalo Favinha, para falar um pouco do passado, presente e os objectivos para esta época.
CA – Bom dia Gonçalo, bem-vindo de novo ao Ribatejo. Que motivos te trouxeram de novo a Tomar e ao Sporting?
GF – Olá bom dia Francisco. Respondendo a sua questão, o principal motivo foi familiar, apenas aconteceu um ano mais cedo do que o previsto. A questão dos salários em atraso em Porto Santo é que me fez regressar mais cedo a casa que era aquilo que já estava na minha ideia e na da minha família.
CA – Ao final da 13ª jornada, o SC Tomar é líder da 2ª Divisão zona sul. Como estás a ver a carreira Leonina até ao momento?
GF – Penso que está a correr muito bem estamos no topo classificação não poderia querer melhor. Temos um plantel com muita qualidade e onde o treinador esta a explorar muitíssimo bem o plantel que tem.
CA – Olhando para as outras equipas, e na tua opinião quais os principais candidatos á subida?
GF – Há equipas muito boas e experientes, caso do Cascais, Sesimbra, do próprio Ourém, do Turquel, Parede, apesar de algumas equipas que mencionei não terem começado o campeonato muito bem não deixam de ser candidatos.
CA – Como estás a ver a carreira da J. Ouriense, actual 4º classificado?
GF – A Juventude Ouriense esta a fazer um campeonato muito bom, com uma equipa toda renovada e com um treinador de quem sou muito amigo, que percebe muito de hóquei. Conheço melhor alguns jogadores do que outros do Ourém, mas não estou admirado com a época regular que estão a fazer e espero que assim continue.

CA – Continuas a ser um goleador de eleição, e prova disso são os 32 golos que levas até à 13ª Jornada e a consequente liderança dos melhores marcadores da 2ª divisão zona sul. Já na última época em que estivestes em Ourém fostes o melhor marcador da 1ª Divisão, mas nem isso foi suficiente para Paulo Batista na altura seleccionador nacional te chamar aos trabalhos da selecção. Queres comentar?
GF – Lógico que ao ser o melhor marcador do nacional da 1ª divisão um jogador sonha com coisas que pensava que eram impossíveis, mas penso que Portugal tanto na altura como agora está muito bem servido de atletas competentes para fazerem golos.
CA – Achas que esta veia goleadora é uma das qualidades que Nuno Lopes viu em ti, e principal motivo da contratação, até para resolver um problema que o SC Tomar tinha, a finalização?
GF – Bem penso que só o Nuno Lopes o poderá dizer, mas penso que sim.
CA – Este regresso a Tomar e ao Sporting é para continuar, ou ainda vamos ver o Gonçalo Favinha a representar outros emblemas?
GF- Dificilmente irei sair para fora novamente para jogar porque a minha decisão de voltar para casa já estava tomada apenas foi um ano mais cedo do que o previsto. Sim é para continuar aqui. Sinto me bem aqui em Tomar. Queria muito ajudar o Sporting a ir novamente para a 1ª divisão, tenho essa obrigação porque o clube quando desceu à 2ª divisão eu fazia parte dessa equipa. A cidade de Tomar merece ter o clube no escalão maior do hóquei patinado e esperemos que este seja o ano.
CA – Este ano poderá ser considerado o ano zero do hóquei em virtude das novas regras, na tua opinião o que trouxeram de novo á modalidade?
GF – Na minha opinião veio trazer mais rapidez jogo mais limpo, com menos paragens,mas também trouxe coisas que não favorecem o hóquei patins, que é a facilidade com que hoje se leva um cartão azul.
CA – Ainda em relação à modalidade, e as afirmações do Presidente da FPP sobre as transmissões televisivas. O que perde o hóquei sem a TV?
GF – Vou ser curto nesta resposta, perde tudo. A federação devia ser dirigida por ex atletas.
CA – Na 3ª divisão zona centro nos cinco primeiros lugares estão 4 equipas Ribatejanas, achas que a qualidade do hóquei do Ribatejo está a subir, e os clubes a apostarem mais na modalidade?
GF – Sim isso é notório, apesar de não conhecer muito bem o campeonato, é óptimo ter todas estas equipas do Ribatejo no topo do campeonato da 3ª divisão. Penso que também os clubes estão a fazer uma aposta, mais na qualidade do que na quantidade o que e muito bom.

CA – Gonçalo, obrigado pela disponibilidade e fica o espaço à tua disposição
GF – Obrigado eu Francisco. E força neste teu regresso ao Cartão Azul, de quem eu era um visitante assíduo, muitos parabéns e um grande abraço.

Fotos: Mundo OK e OKJUVTOMAR

domingo, 20 de dezembro de 2009

GOLEADA IGUAL A PRIMEIRO LUGAR

A selecção Ribatejana venceu o Inter Associações, que se disputou este fim de semana no Pavilhão Municipal de Mira, sob a organização da AP Coimbra e que serviu também para homenagear Vitor Fernandes. Na derradeira jornada a equipa do Ribatejo goleou a selecção Algarvia por 16-3 e aproveitou o facto da selecção de Aveiro ter vencido Coimbra apenas por um golo de diferença (5-4). Assim sendo a selecção Ribatejana terminou o Torneio com um coeficiente de 15 golos positivos, contra 13 da selecção de Aveiro.

Foto: Carlos Martins - Blog "OKJUVTOMAR"

UNIÃO FE PROTESTA JOGO


O União FE, protestou o jogo da 13ª jornada e ultima da 1ª volta que realizou em Arazede, e em que saiu derrotado por 7-6. O protesto que será enviado á FPP para apreciação, e resulta de um alegado erro técnico da arbitro da partida, João Rodrigues que viajou do Minho, e resulta da entrada de um jogador da equipa da casa em ringue antes de terminado o tempo de power-play.

Informação: UFE Hóquei e UFE Fans

RIBATEJO E AVEIRO "ON-FIRE"

As equipas do Ribatejo e Aveiro aqueceram a noite fria no Municipal de Mira. Naquele que era o jogo mais importante do Torneio, pois opunha as equipas teoricamente mais fortes. A equipa Ribatejana esteve sempre á frente no marcador e foi para o intervalo a vencer por 2-1. A 2ª parte jogada em alta velocidade proporcionou mais 3 golos e como consequência o empate a 3 bolas, um resultado que se pode considerar justo, porque se o Ribatejo esteve sempre em vantagem, Aveiro fez tudo para não sair derrotada da contenda.
No outro jogo da jornada a equipa de Coimbra não teve dificuldade em vencer os jovens Algarvios por 7-1 com 2-0 ao intervalo. Esta manhã disputa-se a 3ª e ultima jornada, que irá decidir o vencedor do Torneio Inter Associações – Vitor Fernandes, numa organização da AP Coimbra.
1100H – AP Ribatejo - AP Algarve
1200H – AP Coimbra - AP Aveiro

Informação: Nelson Alves - Mundo OK
Foto: Carlos Martins - Blog "OKJUVTOMAR"

sábado, 19 de dezembro de 2009

RIBATEJO VENCE COIMBRA

A Selecção Ribatejana entrou com o patim direito no Torneio Inter Associações que se disputa este fim-de-semana em Mira no Pavilhão Municipal ao vencer a sua congénere de Coimbra por 3-1. Foi um jogo equilibrado com várias oportunidades para ambas as equipas, mantendo-se o nulo até ao final da 1ª parte. Na 2ª parte a equipa Ribatejana concretizou em golos algumas das oportunidades chegado ao 3-0 para a equipa adversária vir a reduzir já perto do final. David Costa (2) e Guilherme Cunha assinaram os golos da selecção do Ribatejo. No outro jogo do Torneio a equipa de Aveiro venceu facilmente a Selecção Algarvia por um expressivo 13-0 com 9-0 ao intervalo. Esta noite disputa-se a 2ª jornada que contempla os seguintes jogos:
20:00h AP Coimbra – AP Algarve
21:00h AP Aveiro – AP Ribatejo

Informação: Nelson Alves – Mundo OK
Foto: Carlos Martins – Blog
OKJUVTOMAR

PELA PRIMEIRA VEZ

A Selecção da APR, que irá disputar a partir de hoje o Torneio Inter-Associações em Mira, tem pela primeira vez, uma atleta feminina. Mariana Jesus atleta do SC Tomar entra assim para a história do hóquei patinado Ribatejano. Em Janeiro de 2008, Mariana concedeu uma entrevista ao Cartão Azul e que pode ser lida na integra aqui. O seleccionador António Vitorino escolheu os seguintes atletas para representar a APR neste Torneio tendo em vista o Inter Regiões "Páscoa 2010": Ricardo Relvas (HC Santarém), Bruno Tomás, Cláudio Pimpão, João Vaz e Guilherme Cunha (ACR Santa Cita), Luís Flores (J. Ouriense), Pedro Martins, David Costa, Edgar Costa e Mariana Jesus (SC Tomar).

Foto: Blog OKJUVTOMAR

MAIS DE 1000 VISITANTES NUM DIA

(Clique na imagem para ampliar)

Dez (10) dias depois de ter retomado a actividade o Cartão Azul, atinge um marco histórico, ultrapassar as mil (1ooo) visitas diárias. Foram cerca de 1200 visitantes que dia 18 de Dezembro passaram por este espaço. É claro que a este facto não fica alheia toda a divulgação dada pelos outros Sites/Blogs da modalidade. A todos eles e a todos os que diariamente visitam o Cartão Azul, o meu obrigado.

Atenciosamente
Francisco Gavancho

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

FILIPE VICENTE DEIXA HC "OS TIGRES"

Filipe Vicente, vai deixar os "Tigres" de Almeirim rumo ao CACO da 2ª Divisão zona sul. Motivos de cariz pessoal terão estado na origem da saída do jogador da equipa Ribatejana. Filipe Vicente que chegou a Almeirim no inicio da presente temporada vindo do HC Sintra, irá ser substituído por um jogador, cujo nome será revelado em breve, segundo informação da Direcção do clube de Almeirim. Recorde-se ainda que os "Tigres", já asseguraram no mercado de Inverno a contratação de Ivo Nascimento (ex-Paço de Arcos) e Tiago Barreiro (ex-ACR Santa Cita). O actual 2º classificado da 3ª Divisão zona centro "retoca" assim o plantel no intuito de manter os objectivos propostos no inicio da época e que passam pela subida ao escalão superior.

Foto: HC "Os Tigres"

AP RIBATEJO PRESENTE EM MIRA

A vila de Mira, será palco nos próximos dias 19 e 20 do Torneio Inter-Associações, que servirá de preparação para o Inter-Regiões "Páscoa 2010". Irão estar presentes para além da selecção da AP Ribatejo, as de Coimbra, Aveiro e Algarve. O Torneio servirá também para homenagear Vitor Fernandes e tem a organização da AP Coimbra. Pode consultar o calendário do evento aqui.

Cartaz copyright by Mundo OK

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O DESPERTAR DOS TIGRES

Quando tomou posse em 18 de Agosto de 2008, Carlos Taborda e seus pares traziam com eles a ambição de recolocar Almeirim na rota do hóquei nacional, (pode ler a entrevista no Cartão Azul em 08/09/08 aqui), mas havia muito trabalho pela frente, que começava inevitavelmente com a necessidade de estabilizar o clube a nível financeiro, evitar a saída dos seus jovens jogadores para o vizinho HC Santarém, e a médio prazo colocar a equipa sénior na 2ª divisão e cimentar os escalões de formação com idas as nacionais das respectivas categorias. Passado cerca de um ano e meio o Cartão Azul voltou de novo á fala com o Presidente da Direcção do HC “Os Tigres”, para tomar o pulso da situação e saber o que se passa para os lados de Almeirim.
CA – Bom dia Carlos, obrigado pela tua disponibilidade, e passado estes meses (16) desde que tomaste posse, como estão os “Tigres”?
CT – Bom dia antes de mais quero dizer que é com enorme satisfação que volto a ver o Cartão Azul em funcionamento para bem do Hóquei em Patins, dos seus praticantes e acompanhantes, respondendo à tua pergunta Os Tigres, estão no bom caminho, criando cada vez mais condições aos seus atletas para a prática da modalidade, para o seu crescimento como cidadãos e dotando o Clube de infra-estruturas e meios que visam dar um melhor acolhimento aos atletas, pais e acompanhantes.
CA – Recordo-me que na outra entrevista que concedeste a este espaço que dizias «As prioridades passam pela criação de um projecto com vista ao saneamento financeiro do clube..» Esse objectivo está conseguido, ou ainda existe um longo caminho a percorrer?
CT – Esse era um dos objectivos, conseguido em parte com diversos protocolos com entidades não governamentais e com a continuidade do apoio da autarquia, conseguimos um saneamento financeiro e neste momento temos honrado todos os compromissos, no entanto continuamos a trabalhar em união para podermos criar uma estrutura sólida para o futuro.
CA – Pela informação que tenho recebido, e lido em alguns espaços na blogsfera, afirma-se que o clube está a viver acima das possibilidades e a repetir um erro de há largos anos atrás, quando gastou o que tinha e não tinha para subir á 1ª divisão, sem sucesso, ficando apenas com problemas que se arrastaram por anos e anos a fio. Queres comentar isto?
CT – Bem é triste que as pessoas que estão por fora do Clube tenham comentários que em nada abonam a modalidade e põem em causa o bom nome das pessoas e instituições, não é verdade, os valores gastos com os diversos escalões estão todos orçamentados no plano que foi traçado e apresentado e que tem vindo a ser cumprido, sendo mesmo que nesta fase posso te dizer que estamos com um substancial decréscimo das despesas em virtude de algumas parcerias e redefinições em especial no plantel sénior, o que vem contradizer esses boatos de pessoas que apenas se aproveitam da blogsfera para dizer mal.
CA – Deixando a componente financeira, passando á formação, nessa mesma entrevista dizias que «vertente desportiva a captação de jovens ao mesmo tempo criar condições ao desenvolvimento do clube para a curto prazo voltar a ter os vários escalões de formação em competição.» Estão criadas essas condições? Os jovens de Almeirim vão voltar a patinar com o emblema dos “Tigres”, ou vamos continuar a vê-los com o emblema do HC Santarém?
CT – Neste momento já voltaram e para agrado da Direcção deste Clube alguns atletas que se encontravam a praticar a modalidade fora do Clube da sua inicial formação, fruto penso das condições que têm vindo a ser criadas no seio do Clube, bem como pela confiança que tentamos dar aos pais na continuidade da prática desportiva de eleição dos seus filhos, bem como na componente educacional quando estes estão ao nosso cuidado.
CA – Sabemos que é difícil manter uma equipa de juniores competitiva, no interior do país, são jovens na maioria universitários, que não tem tempo para treinar, em de um momento para o outro passa de um grupo de jogadores a um grupo de “excursionistas”, no entanto são a base natural de reforço da equipa sénior. Os vossos juniores têm sido goleados por números pouco usuais, o que se está a passar com esta equipa, que começou o Regional com boas prestações?
CT – O motivo é precisamente o que mencionaste, os atletas juniores são uma das maiores preocupações, idades de universidades, a falta desse estabelecimentos de ensino no interior, obrigam a que passem muitas vezes semanas sem treinar, perdendo o ritmo competitivo e obrigando a maior parte das vezes a serem substituídos por juvenis, embora também este ano infelizmente tenha sido um ano complicado com algumas lesões em especial nos guarda-redes, que desde o inicio da época não têm podido dar o seu contributo.
CA – Vamos agora falar da equipa sénior e da presente época. Assumidamente candidatos, os “Tigres” rechearam-se de bons jogadores, oriundos de clubes de referência como é o caso do Alenquer, e onde o Carlos Garção era um dos esteios dessa candidatura. O que motivou a sua saída?
CT – Houve muita coisa que se disse em torno da saída do Sr. Carlos Garção, mas a mesma passou pela redefinição da estrutura da equipa em que a direcção do Clube achou que seria nessa fase o mais aconselhável para a continuidade da equipa sénior quer nos objectivos traçados no aspecto desportivo quer do tão falado aspecto orçamental.

CA – O Jorge Godinho é a pessoa certa, no sítio certo?
CT – Penso que sim, motivo pela qual nós o contactamos e lhe apresentamos o nosso projecto, conhecedor do hóquei moderno, dos jogadores, com ambição e com amor ao Hóquei, factores que juntos lhe iram por certo dar muitas alegrias como treinador ao longo da sua carreira.
CA – A vinda do Tiago Barreiros, foi um dos pedidos do novo treinador, ou o jogador já andava sob observação? Num dos blogs da zona centro fala-se de novidades para breve no que concerne a reforços, queres levantar um pouco o véu?
CT – Começando pelo Tiago, era um jogador que muitos clubes se calhar o tinham referenciado tal como os Tigres, com a saída do Sandro do H.C. “Os Tigres” passou a ser uma das hipóteses para colmatar a sua saída o que veio a acontecer e que publicamente manifesto a deferência e respeito com que foi tratado o assunto por parte da direcção do Hóquei de Santa Cita com a direcção do H. C. “Os Tigres”, quanto a outras contratações é apenas e oficial a vinda do Ivo Nascimento também ela para colmatar a saída de um outro jogador que por razões pessoais nos pediu para sair dando no entanto este período para a resolução da sua substituição, tudo o resto são especulações e que neste momento não são verdade.
CA – Na tua opinião quem são os verdadeiros candidatos á subida?
CT – Neste momento é difícil dizer, existe um lote de 5/6 equipas bem posicionadas, com um hóquei competitivo muito semelhante, com bons jogadores e que só vêm dar mais valor aqueles que quando se fizerem as contas no final se encontrem nos dois primeiros lugares.
CA – Como estás a ver a carreira dos vizinhos/rivais GC “Os Corujas”, um clube onde já exerceste funções?
CT – É uma das equipas que se dotou de bons jogadores, vindos de uma 2ª Divisão, que vieram dar mais experiência e qualidade aos que já lá se encontravam e que por mérito próprio estão nos lugares cimeiros da tabela.
CA – Carlos, obrigado mais uma vez, e o espaço fica á tua disposição
CT – Eu é que agradeço esta oportunidade para esclarecer algumas dúvidas de alguns seguidores do Hóquei em Patins e aproveitar a altura para te desejar a ti e aos teus em particular e de uma forma geral a todos um Bom Natal e um Próspero Ano Novo.

Foto: Carlos Taborda
Tabela Classificativa copyright by CUMHOQUEI

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

RUI NETO É O NOVO SELECCIONADOR

Tal como O JOGO adiantou na passada sexta-feira, Rui Neto será o próximo seleccionador nacional de hóquei em patins, sucedendo a Luís Sénica. O técnico, que em 2008/09 levou o Juventude de Viana à final do play-off, chegou a acordo com a Federação de Patinagem de Portugal, que o deverá apresentar ainda durante esta semana em Lisboa. Acumulando com o cargo de treinador dos sub-23, Rui Neto fará a sua primeira prova oficial na Taça Latina, em Abril de 2010, orientando depois a Selecção A no Europeu da Alemanha, em Setembro. Ao que O JOGO apurou o treinador vice-campeão nacional poderá ainda levar Portugal ao Mundial de 2011, que se deverá disputar na Argentina e não em Moçambique, como inicialmente previsto. Rui Neto, de 41 anos, iniciou a sua carreira de treinador no Famalicense, onde esteve em 2005/06, mudando-se depois para o Juventude de Viana, onde esteve até 2008/09, conseguindo um percurso ascendente (5º, 3º e 2º). O Viana foi também um dos clubes por onde passou como jogador, tendo ainda representado o Gulpilhares, Barcelos e FC Porto, jogando, neste último, ao lado de nomes como Franklim, Vítor Hugo, Vítor Bruno, Alves e Realista.

Paula Capela Martins, in "O Jogo on-line"
Foto: Mundo OK

JUVENTUDE OURIENSE OK

A Juventude Ouriense tem desde o passado sábado dia 12 de Dezembro um novo espaço na Internet. Carlos Clemente, colaborador e amigo pessoal, lançou este espaço no intuito de colmatar uma lacuna no que concerne à informação da vida hoquista do clube Ouriense. Pode visitar o blog aqui, ou através dos links na barra lateral. Bem vindo á Blogsfera Amigo Carlos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"BUTE" LÁ FALAR DE HÓQUEI

Carlos Emídio Martins, encontra-se há muitos anos ligado ao hóquei em patins, actualmente ligado á Secção Juvenil do SC Tomar, é também administrador do Blog “OKJUVTOMAR”. Colaborador do Cartão Azul, e amigo pessoal, fomos ao seu encontro para falarmos pura e simplesmente de hóquei em patins.
CA – Bom dia Carlos, em primeiro lugar obrigado pela disponibilidade, e também pelas informações da nossa modalidade, que me fizeste chegar durante estes meses todos. Em segundo vamos começar a falar de hóquei. Como estão a ser encaradas pelos jovens jogadores as novas regras?
CM – Bom dia e antes da mais quero felicitar-te pelo facto de retomares o teu espaço no panorama hoquístico Ribatejano. Relativamente à pergunta que me colocas, quero antes de mais frisar que sou apenas um amante desta modalidade, e os meus conhecimentos são apenas empíricos e não científicos. Como tal vou tentar responder numa óptica de simpatizante, embora lide todos os dias com os atletas dos mais variados escalões. Houve alguma confusão no inicio, pelo facto de haver muitas duvidas nas interpretações das regras. E isso sentiu-se nas pessoas mais directamente ligadas à modalidade, os árbitros, que também eles tiveram algumas dificuldades para porem em prática as regras, que para cúmulo foram sendo adaptadas quase até ao inicio dos campeonatos. Mas o mais curioso, foi ver que os miúdos tiveram uma capacidade fabulosa em assimilar as novas regras, talvez pelo facto de estarem ainda numa fase de aprendizagem, mas fiquei deveras surpreendido pela positiva, até porque tenho aqui em casa dois 2 "projectos de jogadores" e fui esmiuçando também com eles as dúvidas que foram surgindo. Mas quero também dizer que houve uma preocupação por parte da nossa Associação para que os Clubes tivessem o máximo de informação.
CA – As mesmas foram facilmente assimiladas, ou existiu alguma renitência por parte dos atletas à mudança?
CM – Como disse atrás, foram muito facilmente adaptadas pelos atletas, a dificuldade se calhar até esteve nos mais velhos que fruto de muitos anos a regerem-se pelas mesmas regras, tiveram alguma renitência nalgumas delas. Mas como deves calcular, foi uma mudança quase radical, e como tal há sempre que esteja a favor e quem esteja contra. Claramente que veio trazer ao hóquei e à sua forma de jogar mudanças que ainda não são totalmente visíveis mas que com o tempo irão dar ao jogo uma dinâmica diferente daquele a que nos habituamos a ver. Se para o bem ou para o mal o tempo encarregar-se-á de dizer.
CA – A nível da arbitragem as mesmas tem sido correctamente aplicadas, e explicadas aos jovens atletas, ou notas que também neste patamar as regras ainda estão a caminhar para a perfeição, e os árbitros ainda tem certa dificuldade em aplicá-las na totalidade?
CM – Houve por parte da APR, e do seu quadro de árbitros, a preocupação de antes do inicio oficial da época fazerem-se jogos treino para se aplicarem as regras, até porque também eles, por aquilo que me apercebi, tinham alguma dificuldade nas interpretações e na forma de as aplicar. Isso penso que foi conseguido, mas naturalmente que a situação que se passou com os atletas passa-se com os árbitros, e ainda existe alguma dualidade nos critérios que aplicam das decisões que tomam.
CA – Deixando os escalões de formação, e sabendo eu que acompanhas regularmente jogos do escalão sénior, achas que as novas regras vieram beneficiar o espectáculo, ou pelo contrário vieram complicar a situação da modalidade já de si complicada?
CM – São dois pontos diferentes. Que esta modalidade é complicada e os responsáveis ajudam muitas vezes a torna-la ainda mais complicada, toda a gente sabe. Dando seguimento de certa forma àquilo que disse atrás, a questão fulcral acerca das novas regras, é a interpretação que cada árbitro dá às regras. e é cada vez mais visível que o poder decisório dos jogos está nas mãos dos árbitros, e independentemente da regra ser dogmática a interpretação que dela sai é muitas vezes contraditória, consoante as directrizes emanadas de cada Concelho Regional de Arbitragem. Posso estar a dar aqui uma grande calinada, mas sinceramente é aquilo que vejo. Quanto ao espectáculo em si, fico cada vez mais com a ideia que os jogos começam a ser decididos nos livres directos e penaltis. Com o aparecimento do power play assiste-se a uma dinâmica de jogo totalmente diferente daquilo que assistíamos. As inferioridades numéricas, os livres através da acumulação de faltas, vieram trazer uma nova era na modalidade. E aqueles que mais depressa se adaptarem às novas regras, sairão por cima com as vantagens daí inerentes. É sem dúvidas o ano zero no Hóquei em Patins.
CA – Já que falamos da situação da modalidade, como vistes as declarações do presidente da FPP, no que diz respeito ás transmissões televisivas?
CM – É o constatar de um facto que é do conhecimento de todos. Dividas brutais acumuladas pela FPP (não se diz é quem são os responsáveis), uma má planificação nas bases para o desenvolvimento sustentado da modalidade, e onde é primordial um papel mais activo e envolvente da FPP com as Autarquias, e Escolas para que a modalidade possa ser desenvolvida, são factores que poderão ser decisivos para a continuidade do Hóquei em Patins. Sem dúvida que a divulgação através da TV é importante, mas tão importante quanto isso, é a FPP ( quero dizer o quadro técnico) vir para o terreno e ver como se trabalha nos Clubes. Depois, fazer um levantamento das carências, e mediante isso investir, sim, mas na obtenção de material de iniciação para que os jovens possam experimentar esta modalidade nos Clubes. É responsabilizar os Clubes, apoiar aqueles que trabalham para que esta modalidade tenha futuro, e se calhar daqui a meia dúzia de anos poderemos falar de forma diferente. O Sr. Presidente só fala sobre a TV. E a restante comunicação social, será assim tão cara que não se possa investir para que a informação seja divulgada? É triste pegarmos num qualquer jornal desportivo nacional, e vermos, que nada vemos sobre o hóquei. Há muito trabalho a fazer nesse campo, e se calhar nem será necessário tantos milhares. O que é necessário é vontade, muita vontade.
CA – Achas que a nossa modalidade, vai voltar ao lugar que é seu por direito, ou que com estas mudanças todas, e o “marasmo” de quem tem responsabilidades, vamos continuar a ver o hóquei cada vez mais mal tratado a nível de comunicação social e a perder adeptos para outras modalidades?
CM – Se vai ou não voltar ao que é seu por direito não sei. A única coisa que sei é que neste momento, o hóquei ainda é falado porque existe este novo meio de comunicação que é a Net, e aparecem uns carolas como tu ou eu que fazem isto por amor à camisola, vamos conseguindo informar e estar minimamente informados sobre as incidências deste malfadada modalidade. Agora o tempo que se perdeu dificilmente se recupera, e há que perceber que as ofertas que hoje existem para os jovens são de longe muitas mais do que eram há 20 anos atrás. A FPP tem que perceber primeiro o que quer e depois pôr mãos à obra, mas a sério sob pena de o hóquei passar a ser uma modalidade ainda mais subalternizada.

(Beirante, Bacalhau e Carlos Martins, 3 elementos da Secção Juvenil SC Tomar)

CA – Voltando aos escalões de formação, o SC Tomar tem no passado recente regressado aos nacionais, em vários escalões, coisa que não acontecia há uma série de anos. Este facto deve-se ao trabalho da secção juvenil do clube, onde estás inserido, ou ainda há muito por fazer, ou o mesmo também se deve em parte ao dinamismo do Paulo Beirante?
CM –Isto são duas perguntas em uma -). É um facto que nos últimos três anos o SCT está presente nos Nacionais e esta época já tem duas garantidas (Iniciados e Juniores) e com a de Juvenis a um pequeno passo de lá estar assim como a de Infantis. Ainda falta muito Campeonato mas foi uma das apostas desta Secção tentar levar as 4 equipas de competição aos Nacionais. Se conseguirmos, é excepcional, mas se não for possível, vamos trabalhar ainda mais para que num futuro próximo o consigamos. É essa a filosofia deste grupo de trabalho que todos os dias dá um pouco de si para que a formação do SCT tenha as condições ideais para um trabalho que queremos de qualidade. Naturalmente que nem tudo é prefeito, e todas as épocas há falhas, mas as coisas são mesmo assim, não há volta a dar. Mas dá-me um gozo especial ver aquilo que o é na formação e aquilo que era à já alguns anos atrás. Tem tido um crescimento sustentado tanto na área financeira como desportiva. Criaram-se mecanismos que tem salvaguardado situações que pontualmente surgem. E é aqui que o Paulo Beirante teve e tem um papel fundamental. Dinamizou, promoveu, acreditou sempre que podíamos ser melhores amanha que hoje. È um Homem que com o seu carisma conseguiu congregar um grupo de gente, que posso dizer à vontade e publicamente, pôs a máquina a trabalhar e é responsável por aquilo que o SC Tomar é a nível da formação. Posso adiantar-te e é em 1.ª mão que o Torneio Internacional que vamos realizar na próxima Páscoa, tem a participação já confirmada do FC Porto, do SL Benfica, do Sporting CP, do Óquei Barcelos, Paço d´Arcos, AA Coimbra, Candelária, entre outros, para além de 3 equipas estrangeiras que participarão nos escalões mais velhos. Como vez o bom trabalho que esta secção está a realizar é reconhecido pelos melhores Clubes Nacionais que aceitaram quase de seguida os convites que lhes endereçamos. Mais uma vez o Paulo Beirante está na linha da frente. Mas para finalizar aqui nesta casa Sportinguista (custa-me sempre escrever esta palavra, sendo eu um Lampião empedernido -) ), há sempre coisas por realizar, temos sempre projectos em mente para serem concretizados. Uns conseguem-se, outros não. Mas é sempre com espírito de luta e na procura de um futuro melhor para os nossos “putos” que trabalhamos nesta Secção.
CA – Como está a formação a nível do Ribatejo. Estão a voltar nos escalões mais jovens clubes como o Rio Maior, e outros como o Santa Cita, que de época para época se está cada vez mais a afirmar no panorama hoquista Ribatejano? O que te apraz dizer?
CM – É sempre bom quando vemos os Clubes a apostar na formação. É sinal que há uma mentalidade sã e que cada um deles procura no seu seio criar condições para projectar alguns desses atletas na competição Sénior. Porque também é por isso que se criam estas estruturas. E como dizes e muito bem o exemplo do Santa Cita é um facto. Eu por brincadeira digo que é lá que está a “Aldeia do Hóquei Ribatejano”, por numa povoação daquela dimensão se estar a trabalhar bem e a sério na formação o que é de louvar o empenhamento dos responsáveis do Santa Cita. O J. Ouriense, o União FE são outros dois bons exemplos de que a aposta na formação está a ser feita e com qualidade. O HC Santarém é um dos Clubes com mais atletas, e embora esta época as coisas não estejam a correr da melhor forma em termos de resultados desportivos, é uma potência Distrital. Satisfaz-me igualmente o empenho que o Tigres está a pôr na formação assim como o Corujas que está a apresentar formações mais jovens com muita qualidade, o que pressupõe que se está a trabalhar bem nestes Clubes. Mas acima de tudo o importante é registar a qualidade das nossas equipas, e o exemplo disso é os resultados que elas tem tido nos Nacionais, onde aquelas goleadas que nos presenteavam, praticamente deixaram de existir, e isso deve-se ao trabalho cada vez mais exigente que os Clubes tem com a formação.
CA – Como podemos ver os Torneios Regionais? Pelo lado em que os ficam mais onerosos para os clubes, no que concerne a deslocações, e que a realização destes é a prova que cada vez existem menos praticantes e temos de juntar várias Associações para realizar um torneio credível e competitivo, ou que estes Torneios são uma mais valia para os atletas e ajudam a obter mais lugares de acesso aos Nacionais por exemplo?
CM – Olha é um pouco de tudo daquilo que falas. Fruto das alterações preconizadas pela FPP para as competições mais jovens (a obrigatoriedade de serem pelos menos 6 Clubes num escalão para se poder efectuar o Campeonato, e digo seis Clubes e não seis equipas, porque são coisas diferentes), obrigou a Associações mais pequenas como a nossa a terem que conjugar esforços para que se pudessem efectuar as provas oficiais. É natural que os custos sejam superiores, mas estou convicto que a maiorias das equipas apuradas para os Nacionais estão mais capazes de responder às exigências daquela prova. A formula encontrada pelas Associações esta época para apuramento aos Nacionais, na minha óptica não foram os mais acertados, mas temos que entender que é o primeiro ano que tal se verifica, e só o tempo e a boa vontade dos Clubes das 3 Associações irá limar as arestas que vão surgindo. Que a junção das 3 Associações põem mais equipas nos Nacionais é uma realidade, e é aí que os Clubes vão perceber que os custos da sua presença nessa prova serão menores que da fórmula anterior, porque os grupos como são feitos por uma questão geográfica, as deslocações pouco irão deferir do Camp. Regional. E com a vantagem de ser eventualmente mais fácil a estas equipas conseguirem o apuramento para a segunda fase da prova. Vou esperar para ver se tenho razão ou não nestas questões
CA – Uma pergunta para terminar e que nada tem a ver com a formação, mas sim com o escalão sénior. Mora um candidato á subida á 1ª divisão em Tomar?
CM – Na minha humilde perspectiva, acho que sim. Embora falte muito Campeonato, após 11 jornadas começa-se a criar um fosso entre o grupo da frente e os restantes, que com um terço do campeonato efectuado já indicia alguma coisa. O Nuno Lopes é um técnico ambicioso e desde que chegou a Tomar a equipa Sénior tem tido prestações sempre melhores que as do ano anterior. É um facto que se tem apostado para que essa subida seja uma realidade, mas não é nenhuma cegueira nos responsáveis leoninos. Este ano Nuno Lopes procurou colmatar algumas lacunas no plantel, penso que a equipa está melhor, mas só no final se poderá aquilatar se as opções dele foram ou não as melhores. A ideia que existe é que a subida não é uma obsessão, mas sim o culminar de um ciclo, que a concretizar-se não mudará a estrutura Sénior por esse facto na próxima época.

CA – Obrigado mais uma vez Carlos e fica o espaço á tua disposição para o que quiseres dizer aos nossos visitantes
CM – Quero em primeiro lugar manifestar a minha alegria por o “bichinho” do Hóquei ter reactivado os teus neurónios para dares continuidade a um espaço que foi garantidamente um dos mais visitados na blogsfera nacional nesta modalidade. Espero que quando chegares e depois de matares saudades, te foques naquele espaço, porque todos aqueles que gostam de hóquei esperam pela tua irreverência, e pelas convicções que manifestas sem qualquer receio, o que demonstra o carácter que tens. Aproveito para desejar a todos um Feliz e Santo Natal, e um 2010 um pouco mais risonho que este 2009 tão cinzento a todos os níveis. Para ti em particular um grande abraço extensivo aos teus camaradas e que desfrutes este tempo que ainda falta da melhor maneira possível.

Fotos: Carlos Emidio Martins

domingo, 13 de dezembro de 2009

O QUE SE PASSOU NESSE VERÃO...???

Mário Serra, começou no União, passou pelo Goleganense, Santa Cita, entre outros mas a paixão pelas cores Alvi-negras, falou sempre mais alto. No inicio da presente época era o rosto de um projecto que passava por construir uma equipa para voltar á 2ª divisão, fazer regressar os torneios ao Pavilhão Albano Mateus, entre outras actividades. Actividades essas que tiveram inicio no passado Verão com a realização de um torneio 3x3 aberto a todos os escalões, um “Clinic” para jovens patinadores ainda a vinda ao Entroncamento da equipa sénior do SL Benfica para fazer um jogo com uma selecção distrital. Rodeou-se de um grupo de pessoas todos Unionistas confessos e iniciou o projecto. No entanto ocorre uma situação e o projecto vai todo por água abaixo, jogadores que entretanto se tinham comprometido com o clube e outros que sempre vestiram as cores Unionistas saem, o treinador recém contratado rescinde, e Mário Serra abandona o cargo. O Cartão Azul foi tentar saber o que se passou nesse Verão, no que diz respeito ao clube Unionista.
CA – Bom dia Mário, obrigado pela disponibilidade, o que se passou para abandonares um projecto em que te tinhas empenhado e acreditavas vivamente?
MS – Francisco, bom dia. Antes de mais, deixa-me felicitar-te por esta decisão de dares continuidade ao Cartão Azul que tanta falta tem feito neste mundo hoquista. Para te responder, e antes de começar, deixa-me corrigir-te e dizer-te que eu nunca abandonei o União, fui sim obrigado a sair numa decisão entre o Presidente e o vice-Presidente. Quero também que saibas que até hoje e após várias insistências de jornais aqui da região, nunca dei qualquer entrevista sobre este tema e peço que compreendas que essa minha decisão se irá manter, porque acho que os sócios deverão ser informados, mas sempre no local próprio, numa assembleia-geral nas instalações do clube. Assim, aquilo que te posso dizer é o que já disse anteriormente no Mundo do Hóquei e UFE Fans. Acho que o clube não precisa de mais lavagem de roupa suja em público, acho que, ao contrário de outros, temos de pensar em primeiro lugar, na instituição União. Como disse anteriormente, até hoje não me foi dada qualquer justificação para o meu afastamento e continuo de consciência tranquila e com a total convicção que nos dois meses que servi o meu União, tudo fiz para que em primeiro lugar, todos os interesses do clube fossem salvaguardados.
CA – No comunicado da direcção do UFE datado de 10 de Agosto de 2009, podemos ler:
«1- O Sr. Mário Serra que tinha sido admitido pelos Srs. Presidente e Vice – Presidente da direcção, como colaborador da secção de hóquei em patins, estrutura em que o próprio se intitulava de “director desportivo”, deixou de fazer parte desta estrutura por solicitação dos mesmos dirigentes intervenientes na sua admissão, por motivos de desacertada aplicabilidade das estratégias e orientações directivas, assim como incompatibilidades pessoais entre o próprio e os elementos directivos e pessoas pertencentes á estrutura de hóquei em patins anterior;»
Que tens a dizer a respeito deste ponto?
MS – A relação a esse ponto, basta ver o que o presidente tinha dito uma semana antes num email enviado a um Blogue quando confrontado a prestar declarações sobre o meu afastamento, e passo a citar “Agradeço o convite para esclarecer este assunto, no entanto, há já algum tempo que decidi em conjunto com a minha direcção, não prestar declarações a sites ou blogues sobre assuntos do foro interno do clube, pelo que, mesmo com todo o respeito que a sua pessoa me merece, solicito que aceite a minha "nossa" decisão.", ora, uma semana depois este comunicado, além de ser divulgado no site do clube, foi enviado para blogs, jornais e sites…veja-se a coerência desta gente! Quanto ao teor do comunicado, obviamente que terá de ser explicado e esmiuçado detalhadamente, mas no local próprio, porque aquilo que representa, na minha opinião, é apenas uma forma de me denegrir, mentindo inclusivamente, tentando desviar as atenções dos sócios. Quanto á” incompatibilidades pessoais entre o próprio e os elementos directivos e pessoas pertencentes á estrutura de hóquei em patins anterior” é uma aberração completa, porque desta direcção apenas tive contacto com o actual presidente, sendo que o vice-presidente só falei com ele no dia que fui afastado. Enfim, são, quanto a mim, desacertadas aplicabilidades das estratégias e orientações de tentar desviar as responsabilidades e irresponsabilidades, para quem serviu o clube por carolice e sem qualquer tipo de regalias ou falsas intenções.
CA – No mesmo comunicado e que pode ser lido na íntegra aqui, existe ainda a referências ao facto dos formulários terem sido rasgados ou desaparecido, «…formulários tinham sido “rasgados”. Tendo igualmente “desaparecido” ou “rasgado” os boletins dos escalões de juniores e juvenis.», facto que motivou a saída dos jogadores, até pelo facto de serem jogadores livres. Esta situação no caso de não ser verdadeira, é o mínimo uma acusação grave, o que te apraz
dizer?
MS – Quanto a isso não vou falar porque essas afirmações são de carácter difamatório que serão analisadas em lugar próprio que não aqui até porque até o dia de hoje nunca me foi pedido por qualquer director do União as tais folhas que se falam, até porque nessa altura que eles falam no comunicado já o Daniel tinha saído da direcção, mas o que te posso dizer é que se o presidente do clube diz nesse mesmo comunicado, e passo a citar “a direcção entrou em contacto com todos os atletas, via telefónica, informando da situação e que se mantinham todas as condições acordadas, ao qual os atletas responderam que se mantinha o acordo que tinham com o clube, excepção feita ao atleta Marco Bento que pediu 48 horas para reflectir” porque é que os atletas não ficaram, pergunto eu? Basta ler as declarações do Zig e as do Nobre a um jornal da região. Os atletas, ao contrário do que se possa pensar, gostam de trabalhar, gostam de evoluir e acima de tudo gostam de organização e estabilidade. O Zig nunca viria para o União para brincar ao hóquei, assim como o Nobre que abdicou de muitos euros para aceitar vir treinar o União, mas tudo devido á credibilidade e conjuntura de um projecto que lhes foi apresentado e que não tenho duvidas que seria cumprido. O Pedro Nobre teve a treinar os seniores durante 3 semanas completamente de borla com o intuito de preparar a próxima época e das 3 vezes que pedi ao presidente mais o Daniel para ele vir conhecer o treinador pessoalmente, a resposta foi sempre a mesma, nunca apareceu. No dia do Clinic não foi sequer capaz de aparecer no União para algum tipo de manifestação. Quando cá trouxemos o Benfica, pedi um galhardete ao Daniel para oferecer aos homens, a resposta foi que não havia… enfim, estava aqui o dia todo a enumerar situação que não valem o esforço relembrar. De toda a gente que queríamos que fizesse parte da nossa equipa, apenas um preparador físico não foi contratado devido a entraves financeiros. Tínhamos propostas de fornecedores muito boas que quanto a nós beneficiava e de que maneira o União, tínhamos uma gala de apresentação das equipas marcada com os melhores músicos do Entroncamento, tínhamos uma serie de eventos já idealizados e que iram dar grande encaixe financeiro ao clube, tínhamos a passagem de ano no União evento que regressaria muitos anos depois, Tínhamos um Clinic Campus de 1 semana sob regime de internato já programado para o próximo ano com o patrocínio de uma marca Nacional de equipamentos de hóquei, tínhamos a apresentação em casa com uma equipa seniores da 1ª divisão que nos permitiria uma receita de bilheteira bastante boa, enfim, tínhamos e fizemos algumas iniciativas que durante aqueles dois meses só beneficiaram a credibilidade do União, mesmo embora alguns possam querer passar a ideia que deram prejuízo. Espero sinceramente, que no mínimo, esta gente tenha estado atenta, para assim poderem aprender de como se organiza estes eventos para que possam futuramente imitar-nos neste tipo de iniciativas.

CA – Ainda na tua crónica do jogo HC Mealhada – União FE, publicada no site “UFE Fans” do qual és colaborador podemos ler uma referência ao comportamento menos profissional (na tua opinião) de um dos técnicos do clube: «Sinal menos – Para o treinador adjunto do União pelo facto de passar os dias a tentar desviar responsabilidades e a criticar aqueles adeptos que gostam e apoiam o clube, mesmo a mais de 140 Km de distância.» Queres esclarecer mais em pormenor o que realmente quisestes dizer, pois nas entrelinhas podemos ler inúmeras coisas, e cada pessoa é livre de tirar as ilações que quiser.
MS – Isso não tem muito a esclarecer, eu semanalmente a pedido do Ricardo faço uma revisão de resultados para o sábado seguinte, e como é natural e lógico, eu que gosto de hóquei e gosto de aprender e estudar o hóquei, na minha ultima previsão, assim como na deslocação a Almeirim, tinha previsto que o União infelizmente não conseguiria ganhar, mas acrescentei, e passo a citar mais uma vez “"Assim, e dado a qualidade e experiência das duas equipas, pensamos que esta semana e pela terceira vez neste campeonato, o União não conseguirá trazer para casa o que mais queríamos nesta jornada, os 3 pontos. De qualquer forma, e face ao que a nossa equipa tem produzido, esperamos sinceramente que estejamos completamente enganados e que a equipa se esmere, entrando bastante concentrada, jogando mais no contra-ataque, podendo assim surpreender a equipa da terra dos leitões." Mas o que aconteceu foi que o menino que treina a par do Rui, os seniores do União, num espaço que tem na internet, tentou mais uma vez denegrir a minha imagem distorcendo e manipulando o que tinha sido escrito, transcrevendo apenas a parte do texto que não está a negrito, tentando incutir nas poucas pessoas que lêem aquele espaço uma ideia errada, acusando-me mesmo de falta de respeito pela equipa…coisa de miúdos!

CA – Continua a fazer parte dos teus objectivos, vir um dia a desenvolver um projecto no clube, ou retomar aquele que foi interrompido no passado verão?
MS – A isso não tenho qualquer dúvida em responder, Claro que sim e espero que não demore muito. Não tenhas duvidas, e trabalharei para isso juntamente com a maioria das pessoas que me apoiaram neste projecto, que irei continuar o que não me deixaram concluir. Quero ver o Pedro Nobre a treinar os seniores, o Daniel e o Brazete a voltarem a vestir as nossas cores, o Zig a regressar ao clube que ama e o Marco Bento a vir acabar a carreira no seu clube de eleição. Outros que foram afastados por este presidente, e que são os filhos da casa obviamente que também irão regressar para ajudar o clube que os faz sofrer todos os dias, falo concretamente do Fernando Vaz e do David Vieira. E claro está, tenho o sonho de nesta altura poder ter o contributo daquele que foi e é uma referência por todos nós, o João Maria.
CA – Olhando assim de soslaio para o panorama hoquista regional, podemos ver um Marco Bento, um Zig, um Brazete, um David Vieira, entre outros a vestirem outras cores, e jovens promissores que abandonaram em litígio com o clube como é o caso do Eduardo Fernandes, e treinadores como o Fernando Vaz, a fazer um excelente trabalho nos juvenis do SC Tomar, achas que ainda vamos a tempo de os ver de novo reunidos debaixo do tecto do Albano Mateus, num projecto sob a tua direcção desportiva?
MS – Tal como respondi anteriormente, não tenhas duvidas disso. O União faz-se de Unionistas.
CA – Falando agora do presente, como estás a ver o comportamento da equipa sénior neste nacional da 3ª Divisão?
MS – Estou a ver aquilo que tinha previsto depois desta confusão toda, uma equipa com bastante qualidade, reforçada com um guarda-redes que eu fui buscar mais o Nobre, com 4 a 5 jogadores bastante competitivos, mas depois a faltar aquilo que tinha idealizado inicialmente, experiência e acima de tudo um plantel homogéneo e bastante competitivo. Na minha opinião falta ao União 2 ou 3 soluções que possam dar outra rentabilidade ao Rui enquanto treinador, e depois falta alguém no banco que saiba ler o jogo, que seja interventivo e que acima de tudo que seja treinador na verdadeira essência da palavra, porque o Rui Alves, embora se esforce para isso, não consegue estar a jogar e ao mesmo tempo andar a ler o jogo e a gerir o mesmo.
CA – Para terminar, obrigado mais uma vez pela disponibilidade e fica o espaço á tua disposição.
MS – Francisco, aquilo que espero muito sinceramente é que continues nesta luta diária pela actualização do Cartão Azul e que voltes brevemente para ajudares no projecto que certamente irá encher de orgulho todos os Unionistas.

Foto Pavilhão: Blog "UFE Fans"