A equipa do Tigres passou com distinção mais uma dura prova, tendo vencido no reduto da equipa sensação da prova até ao momento, com o "promaior" dessa vitória ter sido alcançada sem o contributo de Paulo Passos, que se lesionou no final do jogo da semana passada e não recuperou a tempo de marcar presença num jogo que colocava frente a frente 2 equipas que se encontravam em igualdade pontual na tabela classificativa.
Vamos ao relato dos principais momentos do jogo.
Equipa Inicial:
17- Carlos Coelho (Pilé) Gr.
4 - André Martins (Kéké) (Cap.)
7 - Anderson Luís (2)
5 - André Gaspar (2)
55 - Márcio Nunes
Reforços:
26 - João Galão
2 - Rui Oliveira
45 - Ivan Mamedov
8 - Hugo Morais
10 - João Patrício Gr.
Com a ausência forçada de Paulo Passos, Ganchas teve de promover nova alteração no seu 5 inicial, fazendo desta feita regressar Márcio à equipa titular. Com uma plateia muito bem composta de um público entusiasta, com destaque para os muitos Almeirinenses que viajaram desde a "Capital da Sopa da Pedra", as equipas iniciaram o jogo numa toada morna, de estudo mútuo às intenções adversárias, tendo-se percebido tb algumas dificuldades de aderência à pista por parte dos jogadores.
Foi nesta toada que passaram os primeiros 4 minutos, até que André Gaspar em 2 saídas consecutivas para contra-ataque cria as 2 primeiras situações de frisson, com O Gr. André Santos a defender a 1ª situação, mas a não conseguir evitar na segunda que os forasteiros se colocassem em vantagem. O BIR que desde o inicio tentava pressionar a saída para ataque do adversário, e depois baixava as linhas, passou a ser mais efectivo nessa pressão, enquanto do outro lado o Tigres "encolhia" defensivamente dando iniciativa de jogo ao adversário.
Parecia ser a estratégia dos visitantes aquela que estava a dar melhor resultado, pois continuavam a pertencer aos Tigres as oportunidades mais claras de golo, com o desperdício a ser evidente por parte dos pupilos de Ganchas, que mesmo em situações de superioridade numérica, não aproveitavam para dilatar a sua vantagem, do outro lado o BIR tentava tb criar perigo, mas os remates quase sempre exteriores iam sendo parados com alguma facilidade por "Pilé".
Estávamos nesta toada, quando o árbitro Vítor Roxo descortina uma falta cometida por Márcio, merecedora de ser sancionada com grande penalidade. Depois do time-out concedido ao BIR, Rafael Monteiro permite que Pilé defenda o remate efectuado na conversão do penalty. O BIR vai conseguindo chegar mais vezes a zonas de finalização, e numa dessas situações é assinalada nova grande penalidade, desta feita pelo árbitro Paulo de Carvalho que sanciona um toque de Kéké num adversário. Desta feita é chamado João Sousa para tentar converter e na verdade o camisola 9 do BIR não falha, empatando a partida quando estávamos sensivelmente a meio da 1ª parte.
A equipa da casa galvanizada pelo golo e pelo apoio dos seus adeptos, vai pressionando em busca da vantagem, que acaba por surgir por intermédio de "Rafa" Monteiro que numa transição rápida para ataque, aproveita o desposicionamento defensivo adversário e à entrada da área atira a contar. Faltavam 11 minutos para o intervalo e Ganchas pede de imediato o seu tempo técnico. Este time-out serviu para dar mais tranquilidade à equipa do Tigres que voltou a ter períodos mais prolongados de posse de bola, conseguindo com isso voltar a ter algum ascendente sobre o adversário. A 6:27 do intervalo é assinalada a 10ª falta de equipa ao BIR e na conversão da mesma André Gaspar de forma exímia converte, restabelecendo a igualdade. 1 minuto depois, Márcio num potente remate de meia-distância faz o que se julgava ser o 3º golo do Tigres, mas perante a estupefacção geral, Vítor Roxo anula o golo.
Os últimos 5 minutos foram jogados mais com o coração do que com a cabeça, com os ânimos bastante alterados e talvez por isso foram diversas as claras oportunidades desperdiçadas por ambas as equipas até se chagar ao intervalo.
• Intervalo
Biblioteca IR 2 vs 2 HC Os Tigres - Faltas de equipa 13 - 9
2ª Parte
Para o inicio do 2º tempo, Ganchas continua sem "mexer" na sua equipa, enquanto que na equipa da casa após as alterações processadas durante o 1º tempo, Sérgio Nunes faz regressar os mesmo 5 com que havia iniciado a partida.
O Tigres começa melhor e logo no 1º minuto, A. Gaspar isola Anderson na 1/2 pista contrária, mas este não consegue desfeitear o Gr. adversário, mas depois deste aviso o mesmo Anderson redime-se do lance anterior, e em iniciativa individual, entrando pelo corredor esquerdo do ataque, entra na área e atira a contar, recolocando a sua equipa em vantagem com pouco mais de 1 minuto de jogo.
Esta entrada forte dos Tigres, deixa a equipa da casa em sérias dificuldades, com as ocasiões de golo dos forasteiros a sucederem-se, mas umas vezes por mérito do Gr. adversário, outras por demérito dos homens de Ganchas a equipa Almeirinense adiava consecutivamente a hipótese de sentenciar logo ali a partida. Estavam decorridos cerca de 10 minutos quando é assinalada a 10ª falta de equipa ao Tigres. No entanto o camisola 6, entrado expressamente para a tentativa de conversão do LD, desperdiça essa soberana ocasião para devolver o empate ao marcador.
Escassos segundo depois é o Tigres que beneficia de um LD, na sequência de um Azul mostrado a João Sousa por conduta anti-desportiva. André Gaspar desta feita permite defesa ao Gr. contrário e nem durante os 2 minutos de "power-play" o Tigres aproveita para ampliar a sua vantagem. À entrada dos últimos 10 minutos, Ganchas pede o seu "time-out" percebendo que o desgaste físico da sua equipa ia sendo evidente, se bem que tb fosse notório na equipa adversária, apesar desta proceder a uma rotação constante dos seus jogadores, enquanto o Tigres permanecia com o seu 5 inicial inalterado.
O BIR faz marcações directas permitindo ao Tigres, que atacava em 2:2 com as linhas muito afastadas, jogar em 2 para 2 o que em nosso entender favorecia a equipa visitante. Entretanto surge a 15ª falta de equipa do BIR, e desta feita é Anderson o escolhido para tentar a conversão, o que acontece com êxito, embora com alguma felicidade pois acaba por ser o Gr. a introduzir involuntariamente a bola na baliza, depois desta ter batido no poste, estava feito o 2-4.
Pensava-se que com estes 2 golos de vantagem, o Tigres iria ter mais facilidade em gerir o jogo, mas isso seria alterado quando escassos segundos após este golo, Anderson é admoestado com Azul por se ter "embrulhado" com João Sousa provocando a queda deste. Chamado à conversão "Rafa" Monteiro faz golo, mas o mesmo não é validado por Paulo Carvalho, que manda repetir o castigo, supostamente por ainda não ter dado ordem para que o LD fosse marcado, no momento em que o jogador do BIR tocou na bola antes de efectuar o remate. Ânimos de novo ao rubro no pavilhão ainda para mais quando na repetição do lance, Pilé defende.
Durante o power-play, nova grande penalidade contra Os Tigres, desta feita por suposto empurrão de Pilé a um adversário. Chamado á conversão João Sousa atira ao ferro e poucos segundos depois o "power-play" termina sem que o BIR tirasse partido do mesmo.
Reentra Anderson, mas imediatamente a seguir lesiona-se e é obrigado a sair, entrando para o seu lugar Rui Oliveira, que fez assim a sua estreia na prova. Entramos nos últimos 5 minutos de jogo, e o Tigres vai controlando a posse de bola com Gaspar e Kéké a segurarem a bola no último terço do ringue, cabendo a protecção defensiva a Rui Oliveira e Márcio. O BIR ainda reduz a 50s do final e o pavilhão ficou de novo ao rubro, pois o Tigres tinha 14 faltas de equipa.
Reentra Anderson para o lugar de Rui e é o recém entrado jogador que ainda isola Gaspar para a última grande ocasião da partida, mesmo sobre o final do jogo.
Em resumo, dizer que foi a vitória do crer e do espírito de sacrifício, de uma verdadeira equipa, onde apenas a ineficácia na finalização impediu que o resultado final fosse mais dilatado.
Final: Biblioteca IR 3 vs 4 HC Os Tigres
Crónica/Fotos: José Carlos Gaspar
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