Poderia ter intitulado esta crónica como "Dia de São Renato" ou "Fonseca espalhou magia", mas de certeza que viria logo um grupo de anónimos (alguns muito pouco anónimos), dizer que o mérito é de todos, se eu estive a ver o jogo, que nestas idades não é justo destacar um jogador ou outro, etc, etc, etc, então resolvi chamar-lhe "Empate acabou por ser um prémio", e de certeza, que mesmo assim, virão os acérrimos críticos dizer "cobras e lagartos" do mesmo. Mas como se diz na gíria da minha "guerra" siga a Marinha, que o Exercito está cansado, e como tal no passado sábado desloquei-me até Tomar para ver o derby que opôs SC Tomar e J. Ouriense para o Nacional de Juvenis, num dia chuvoso (e de que maneira) e com um Jácome Ratton bem composto de publico entusiasta de ambas as equipas. Foi com redobrada alegria que revi amigos de longa data, o caso do Vitorino, Carlos "Chocolate", Carlos Emídio Martins, Carlos Clemente entre outros.
Quanto ao jogo em si, a equipa de Ourém entrou melhor (aliás foi a melhor equipa durante toda a partida), empurrando a equipa de Fernando Vaz para o seu meio ringue e quase "sufocando" a equipa verde e branca em tarefas defensivas, e a pressão era tal que só com cerca de 5 minutos de jogo a equipa do SC Tomar se acercou da baliza da J. Ouriense. O jogo manteve a mesma toada e a equipa de Tomar jogava em contra ataque e foi num desses lances que viria a inaugurar o marcador, e noutro lance idêntico aumentar para 2-0. A equipa de "Pipoca" não perdeu a cabeça e continuou a explanar o seu jogo e num lance de sorte (remate de fora da area de André Domingues, que tabela num defensor Leonino e traiu Renato Rodrigues) reduz para 2-1, mas antes do intervalo viria a empatar num golo de Fonseca. Nesta altura já Fernando Vaz tinha feito entrar o iniciado Pedro Martins que veio dar organização e acutilância à equipa Leonina.
Na 2ª parte apesar de continuar a jogar sem grande ideias e "cada um para si", existiram alturas em que por parte do Tomar parecia mais corridas de patins do que hóquei, sem colectivo, apesar de Pedro Martins tentar arrumar a casa, o Tomar voltaria a adiantar-se no marcador. Mais uma vez a equipa de Ourém manteve a calma e a organização, e num jogo pautado pelo rigor tactico viria a dar a volta ao marcador com mais dois golos de Carlos Fonseca, que fez um jogo fabuloso. À entrada do ultimo minuto num livre perto da area da J. Ouriense, Hernâni Dinis vira a empatar a partida 4-4, resultado com que se chegaria ao final, não se antes (faltavam 56 seg) faltar a luz, resultado do enorme trovoada que se abateu sobre a cidade do Nabão.
Este resultado injusto para os jovens Ouriense que mereceram e de que maneira a vitória, acabou por ser um prémio para a equipa Leonina, a precisar de rever a matéria no que concerne ao conceito de jogo de equipa, e a forma de fazer a bola circular entre todos e não um ou dois jogadores pegaram na mesma na sua área e tentaram sozinhos fazer o que deve ser feito em equipa. Uma boa arbitragem de Rui Taborda, que acompanhou de perto todos os lances e deixou jogar.
Sinal mais: Carlos Fonseca (que jogão), Renato Rodrigues (grande exibição) e o muito publico presente no Pavilhão
Sinal menos: Ricardo Marrucho, extremamente individualista e com atitudes (por exemplo, bater violentamente com o stick na tabela) que lhe podem valer cartões e o consequentemente prejudicar da equipa, assim como terá de rever a forma de se dirigir ao arbitro, e sendo o atleta, um excelente praticante e um dos valores seguros do hóquei Ribatejano terá de ter atenção nesses pormenores, pois poderão ser a pequena, grande diferença para uma carreira cheia de sucessos, como se espera.
Foto: Carlos Clemente - Blog "Juventude Ouriense OK"
Quanto ao jogo em si, a equipa de Ourém entrou melhor (aliás foi a melhor equipa durante toda a partida), empurrando a equipa de Fernando Vaz para o seu meio ringue e quase "sufocando" a equipa verde e branca em tarefas defensivas, e a pressão era tal que só com cerca de 5 minutos de jogo a equipa do SC Tomar se acercou da baliza da J. Ouriense. O jogo manteve a mesma toada e a equipa de Tomar jogava em contra ataque e foi num desses lances que viria a inaugurar o marcador, e noutro lance idêntico aumentar para 2-0. A equipa de "Pipoca" não perdeu a cabeça e continuou a explanar o seu jogo e num lance de sorte (remate de fora da area de André Domingues, que tabela num defensor Leonino e traiu Renato Rodrigues) reduz para 2-1, mas antes do intervalo viria a empatar num golo de Fonseca. Nesta altura já Fernando Vaz tinha feito entrar o iniciado Pedro Martins que veio dar organização e acutilância à equipa Leonina.
Na 2ª parte apesar de continuar a jogar sem grande ideias e "cada um para si", existiram alturas em que por parte do Tomar parecia mais corridas de patins do que hóquei, sem colectivo, apesar de Pedro Martins tentar arrumar a casa, o Tomar voltaria a adiantar-se no marcador. Mais uma vez a equipa de Ourém manteve a calma e a organização, e num jogo pautado pelo rigor tactico viria a dar a volta ao marcador com mais dois golos de Carlos Fonseca, que fez um jogo fabuloso. À entrada do ultimo minuto num livre perto da area da J. Ouriense, Hernâni Dinis vira a empatar a partida 4-4, resultado com que se chegaria ao final, não se antes (faltavam 56 seg) faltar a luz, resultado do enorme trovoada que se abateu sobre a cidade do Nabão.
Este resultado injusto para os jovens Ouriense que mereceram e de que maneira a vitória, acabou por ser um prémio para a equipa Leonina, a precisar de rever a matéria no que concerne ao conceito de jogo de equipa, e a forma de fazer a bola circular entre todos e não um ou dois jogadores pegaram na mesma na sua área e tentaram sozinhos fazer o que deve ser feito em equipa. Uma boa arbitragem de Rui Taborda, que acompanhou de perto todos os lances e deixou jogar.
Sinal mais: Carlos Fonseca (que jogão), Renato Rodrigues (grande exibição) e o muito publico presente no Pavilhão
Sinal menos: Ricardo Marrucho, extremamente individualista e com atitudes (por exemplo, bater violentamente com o stick na tabela) que lhe podem valer cartões e o consequentemente prejudicar da equipa, assim como terá de rever a forma de se dirigir ao arbitro, e sendo o atleta, um excelente praticante e um dos valores seguros do hóquei Ribatejano terá de ter atenção nesses pormenores, pois poderão ser a pequena, grande diferença para uma carreira cheia de sucessos, como se espera.
Foto: Carlos Clemente - Blog "Juventude Ouriense OK"
4 comentários:
Queria deixar aqui um grande abraço para o Ricardo, eu que fui seu treinador durante mais de dois anos em Santa Cita, e, provavelmente conheco-o melhor que muitos.
Para quem, como eu, que acompanhou o Ricardo desde os seus tempos de Escolar, nota-se garantidamente uma grande diferença em relação a sua postura e sua atitude dentro do campo. O Ricardo é um miudo que respira e vive o hóquei duma forma que muito poucos o fazem, está habituado a ganhar e fundamentalmente, nos tempos de Santa Cita, habituado a ser sempre o melhor.
Este ano, comparativamente com outros anos, nota-se no Ricardo uma postura completamente diferente, mais adulto, mais responsável e acima de tudo mais humilde, o que não invalida, que, de vez em quando, não possa sair daquela que tem sido a sua excelente conduta este ano, e exteriorize para fora o seu descontentamento, muitas vezes com ele próprio, daquele que terá sido um mau jogo.
Gavancho, deixo apenas a minha opinião, no que poderá ser a selecção de comentários, sinceramente, penso que deverá haver algum cuidado na aceitação de comentários neste poste, relembro que estamos a falar de um miudo de 15 anos que faz sacrificios, juntamente com a sua familia, que ninguém imagina para poder estar presente em todos os treinos e jogos, e ás vezes é nestas idades que se começam a defenir realmente aqueles que treinam para melhorar e os que vão aos treinos para brincar.
Grande Abraço ao Ricardo
Mário Serra
no ultimo paragrafo esta tudo dito.
e vindo de quem vem,que é quem conhece melhor o jovem em questão,está tudo dito.
Gavancho, se me permites este a parte, bater com o stik na tabela por ter falhado um golo, por estar chateado consigo mesmo, penso que não é nada demais, sim não o deveria fazer, mas vejo tantos jogos de 1ª 2ª 3ª, e sinceramente, quantos cartões haveria?
concordo que não o deveria fazer, mas quem é que aguenta, penso que nos proprios por vezes fazemos coisa que não queremos mas é o instinto de quem não gosta de perder,eo instinto de quem da tudo que tem dentro de campo, eo instinto de um lutador.
espero que não fiques chateado mas é a minha opinião.
respeitosamente:
ernani batista
Sao reacçoes perfeitamente normais...so quem joga sabe. E bater na tabela que mal tem?? reacção de quase todos os jogadores quando as coisas nao estao a sair bem. era evitavel esses comentarios sobre o atleta
Bater com o stick na tabela já era penalizado com cartão amarelo no mínimo, nas regras anteriores, como é agora motivo para exclusão quando os arbitros entendem, e é esse o erro, deviam ser sempre estas atitudes penalizadas, porque há todo um universo para respeitar para alem dos bens materiais, como são as tabelas.
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