UM LEÃO COM MUITA RAÇA

O SC Tomar venceu de forma categórica e sem “espinhas” a formação do Valongo em jogo a contar para os 16 Avos de Final da Taça de Portugal.
Num encontro que gerava muita expectativa às gentes de Tomar, com a visita de uma equipa a militar na 1.ª Divisão, o SC Tomar não poderia ter feito melhor, tanto pelo resultado alcançado assim como pela forma como jogou e empolgou o público presente que quase enchia o Pavilhão “Jácome Ratton”.

Com um inicio de jogo a grande velocidade, seria a equipa visitante a inaugurar o marcador estavam decorridos 4 minutos de jogo.
O Sporting não pareceu afectado e balançou-se para o ataque, com Favinha a dar o exemplo. E seria o mesmo jogador a empatar a partida aos 8 minutos. Ainda se festejava e Favinha consegue encontrar espaço para colocar a redondinha no fundo das redes dois minutos depois, com o Pavilhão a rejubilar com o feito. Até ao intervalo mais oportunidades para as duas equipas, mas o resultado a não se alterar.
A equipa do Valongo vem do balneário disposta a inverter o resultado, e resolve puxar dos galões, perante uma equipa leonina afoita mas muitas vezes a ser surpreendida pela velocidade que o Valongo tinha imposto ao jogo. Foi sem surpresa que a equipa forasteira empata a partida com 7´ de jogo decorridos. Ainda estava o Leão a sarar a ferida e eis que o ataque forasteiro surpreende mais uma vez a defensiva Tomarense e coloca-se em vantagem.
Com o ritmo de jogo desde o seu inicio estonteante por parte das duas equipas, pensou-se que o Sporting não conseguisse acompanhar, começando a quebrar. Pura ilusão. Gonçalo Favinha, quem havia de ser, aos 9´ repõem a igualdade. A crença entre os adeptos leoninos voltou a crescer, mas o ataque do Valongo não dava tréguas e aos 14´ consegue novamente a vantagem no marcador em 3-4.
Com as equipas a procurarem um deslize do adversário, entrou-se num período de jogo mais incaracterístico. Tudo mudaria com a entrada de Ivo Silva que quase de seguida faz o golo do empate a 4 bolas, decorriam 18´. Com pouco tempo para jogar, o Valongo acelera novamente o ritmo de jogo, mas a equipa de Nuno Lopes empolgada pelo público e também pelo brio, não consente veleidades ao seu adversário primodivisionário.
Esteves, tinha entretanto entrado e numa jogada individual de belo efeito surpreende o guardião forasteiro, fazendo o 5-4, marcava o cronómetro 20´ de jogo, com o Pavilhão a vibrar com este golo. Para mais de um jogador que passou por um período menos bom, por motivos de saúde. Mostrou no Sábado que o problema que o apoquentou, não o incomodou, e jogando e fazendo jogar.

Mas ainda se festejava nas bancadas o golo de Esteves, quando Bruno Monteiro, desfeita o guardião do Valongo fazendo o 6-4, com o Pavilhão quase a vir abaixo, pela festa que se propagou pelas bancadas.
O Valongo com nada a perder lançou-se de cabeça no ataque, com o Sporting a responder na mesma moeda. A equipa Valonguense ferida no orgulho procurava o golo de forma quase cega, e aí o Sporting soube explorar de forma quase sublime o contra ataque, com Favinha a por a cabeça em água os defesas forasteiros. As oportunidades para os leões foram várias, mas por isto ou por aquilo a bola acabou por não entrar.
Final com vitória justíssima do Sporting frente a uma equipa do Valongo que deu tudo para levar vitória para casa, mas que encontrou pela frente uma formação motivada, unida e também ela sedenta de seguir em frente. Foi acima de tudo um hino ao hóquei, aquilo que aconteceu em Tomar no passado Sábado, a lembrar os bons velhos tempos dos jogos da 1.ª Divisão.

Crónica: Carlos Emidio Martins
Fotos: João Flores