Rafael Oliveira é decididamente uma figura incontornável do hóquei em patins, odiado por uns, idolatrado por outros, tem feito uma carreira com altos e baixos, saídas e entradas de clubes, regresso aos mesmos, e com uma passagem pela selecção nacional Feminina, com resultados de bom nível. Na semana em que a ACR Santa Cita prescindiu dos seus serviços, assina contrato com o Porto Santo SAD para ajudar aequipa da Ilha Dourada a permanecer no escalão principal do hóquei nacional. Fomos ter Rafael Oliveira, para tentar saber o que se passou nessa semana “alucinante”
CA – Boa tarde Rafael, num espaço de uma semana, passas da situação de treinador dispensado por uma equipa da 3ª Divisão, para treinador de uma equipa da 1ª Divisão. Como aparece o Porto Santo na tua carreira?
RO – Boa tarde Francisco e leitores do Cartão Azul. O Porto Santo aparece, fruto da minha disponibilidade no momento, fruto das minhas características e da minha forma de trabalhar e de estar no hóquei em patins e logicamente uma aposta da SAD nas minhas competências e no reforço da estrutura com um treinador que venha acrescentar algo mais ao que já existe e que possa fazer um trabalho, permitindo ao clube olhar paraa frente com um maior optimismo, coisa que neste momento também me agradou, o projecto, a vontade e o optimismo das pessoas em relação ao futuro. Portanto se Santa Cita é uma página virada e arrumada, até porque dada a forma como tudo se passou é mesmo uma questão para esquecer, embora uma página triste, abre-se agora outra página na minha vida, igual à de tantos outros treinadores, não só de hóquei em patins mas de qualquer modalidade, estando onde possamos desenvolver um trabalho, dando o melhor de nós próprios, retribuindo com o nosso esforço, dedicação e profissionalismo, a confiança depositada, por quem nos contratou.
CA – Boa tarde Rafael, num espaço de uma semana, passas da situação de treinador dispensado por uma equipa da 3ª Divisão, para treinador de uma equipa da 1ª Divisão. Como aparece o Porto Santo na tua carreira?
RO – Boa tarde Francisco e leitores do Cartão Azul. O Porto Santo aparece, fruto da minha disponibilidade no momento, fruto das minhas características e da minha forma de trabalhar e de estar no hóquei em patins e logicamente uma aposta da SAD nas minhas competências e no reforço da estrutura com um treinador que venha acrescentar algo mais ao que já existe e que possa fazer um trabalho, permitindo ao clube olhar paraa frente com um maior optimismo, coisa que neste momento também me agradou, o projecto, a vontade e o optimismo das pessoas em relação ao futuro. Portanto se Santa Cita é uma página virada e arrumada, até porque dada a forma como tudo se passou é mesmo uma questão para esquecer, embora uma página triste, abre-se agora outra página na minha vida, igual à de tantos outros treinadores, não só de hóquei em patins mas de qualquer modalidade, estando onde possamos desenvolver um trabalho, dando o melhor de nós próprios, retribuindo com o nosso esforço, dedicação e profissionalismo, a confiança depositada, por quem nos contratou.
CA – Quais os objectivos que traças para esta tua nova aventura?
RO – Os objectivos passam essencialmente pela manutenção e no desenvolvimento de um trabalho que possa preparar o futuro com a maior solidez possível, para que o clube possa futuramente estar a um nível superior e ir ao encontro de objectivos de maior exigência e que tenham mais a ver com as possibilidades, que são de facto reais e que podem e devem colocar o hóquei em patins Madeirense e neste caso Portosantense, num patamar de excelência.
CA – Esta situação é uma “estalada” de luva branca para alguém, ou com toda a experiência que tens, não passa de uma situação normal para um treinador?
RO – Olha Francisco, nesta vida, por mais que nós possamos pensar que já vimos tudo, haverá sempre algo que nos surpreende, o que me leva a dizer, que cada vez mais, as anormalidades são tidas como normais, principalmente para os treinadores. Não tenho estaladas para dar a ninguém, até porque se temos alguém que dá tiros nos próprios pés, se ainda lhe formos dar estaladas, pior. A realidade é que independentemente de tudo o que se passou, há pessoas em Santa Cita que me merecem todo o respeito e consideração, deixaram-me tristes, acima de tudo triste, mas eu continuo com a espinha direita e com a minha integridade intacta, pois acredito que há princípios que são básicos e inalteráveis e lutarei sempre por eles, defendendo com isso em 1º lugar, os interesses do clube e da equipa por mim orientada, sendo digno e exigindo dignidade e racionalidade, até porque nem conheço outra forma de estar no hóquei em patins e nem estou interessado em estar de outra forma.
RO – Os objectivos passam essencialmente pela manutenção e no desenvolvimento de um trabalho que possa preparar o futuro com a maior solidez possível, para que o clube possa futuramente estar a um nível superior e ir ao encontro de objectivos de maior exigência e que tenham mais a ver com as possibilidades, que são de facto reais e que podem e devem colocar o hóquei em patins Madeirense e neste caso Portosantense, num patamar de excelência.
CA – Esta situação é uma “estalada” de luva branca para alguém, ou com toda a experiência que tens, não passa de uma situação normal para um treinador?
RO – Olha Francisco, nesta vida, por mais que nós possamos pensar que já vimos tudo, haverá sempre algo que nos surpreende, o que me leva a dizer, que cada vez mais, as anormalidades são tidas como normais, principalmente para os treinadores. Não tenho estaladas para dar a ninguém, até porque se temos alguém que dá tiros nos próprios pés, se ainda lhe formos dar estaladas, pior. A realidade é que independentemente de tudo o que se passou, há pessoas em Santa Cita que me merecem todo o respeito e consideração, deixaram-me tristes, acima de tudo triste, mas eu continuo com a espinha direita e com a minha integridade intacta, pois acredito que há princípios que são básicos e inalteráveis e lutarei sempre por eles, defendendo com isso em 1º lugar, os interesses do clube e da equipa por mim orientada, sendo digno e exigindo dignidade e racionalidade, até porque nem conheço outra forma de estar no hóquei em patins e nem estou interessado em estar de outra forma.
CA – A viver no Entroncamento e com a tua vida profissional sediada no mesmo local, como vais conjugar esta tua nova experiência?
RO – Sendo a estrutura da Porto Santo SAD, “profissional”, a minha realidade actual é de profissionalismo, para que isto possa ser possível, continuo a contar com os meus pilares principais, que são a minha mulher e os meus filhos, sem eles, sem o esforço da Elsa, sem os sacrifícios que todos fazemos, estando ausentes e afastados, não haveria possibilidades de correr atrás dos meus sonhos e ideais, portanto a conjugação é feita desta forma, pois a minha entrega é total e por isso o meu contacto com os meus é feita quando vamos jogar ao continente, não é fácil, mas é esta a vida escolhida e por isso há que fazer com que valha a pena.
CA – No inicio da época, existiram rumores da extinção do hóquei profissional do clube da Ilha Dourada, tendo inclusive jogadores como por exemplo o Gonçalo Favinha, abandonado o clube, por incumprimento salarial, não temes que esta experiência seja uma experiência a prazo, motivada pela situação económica do clube?
RO – Será que a realidade é diferente de outros clubes? Não existirá sempre algum receio de que haja incumprimento? Alguma empresa neste país hoje em dia é 100% segura? A realidade é que as dificuldades são reais, mas não devemos acreditar em quem quer encaminhar as coisas no bom sentido? Não deveremos tentar também com a nossa ajuda, que o hóquei se mantenha em Porto Santo? Eu não tenho nenhum motivo para não acreditar nas pessoas, não podemos pensar que a irresponsabilidade é uma coisa banal, nem quero pensar que não se pode acreditar em ninguém, vejo as pessoas a lutarem para que tudo corra bem, só tenho de pensar que comigo é igual, eu farei tudo para que assim seja, no que a mim disser respeito, até porque também houve por parte de quem me convidou um voto de confiança, o qual eu retribuo e agradeço.
CA – Depois de teres sido seleccionador nacional Feminino, agora chegas à 1ª Divisão, até onde vão os teus objectivos/projectos enquanto treinador de hóquei em patins?
RO – Olha Francisco, nesta vida para tudo é preciso também um pouco de sorte, embora eu ache que ela se procura e acredito acima de tudo no trabalho e na qualidade do mesmo, eu procuro ser um treinador preparado para responder aos desafios que me são propostos, procuro estar á altura desses desafios e agora não é diferente, sei também se tiver sucesso no meu trabalho, quem está comigo também tem, como tal trabalho todos os dias, para que os resultados correspondam e para que os desafios possam ser cada vez maiores e mais exigentes, não sou obcecado, como já te disse, saberei sempre ter a espinha direita e dessa forma chegarei onde tiver de chegar, dignamente, trabalhando, tentando ser feliz com os meus e com aqueles que lutam ao meu lado todos os dias e que com o seu esforço contribuem tanto como eu para chegarmos onde nos propomos na expectativa de alcançarmos os nossos objectivos, um a um, degrau a degrau, palmo a palmo.
RO – Sendo a estrutura da Porto Santo SAD, “profissional”, a minha realidade actual é de profissionalismo, para que isto possa ser possível, continuo a contar com os meus pilares principais, que são a minha mulher e os meus filhos, sem eles, sem o esforço da Elsa, sem os sacrifícios que todos fazemos, estando ausentes e afastados, não haveria possibilidades de correr atrás dos meus sonhos e ideais, portanto a conjugação é feita desta forma, pois a minha entrega é total e por isso o meu contacto com os meus é feita quando vamos jogar ao continente, não é fácil, mas é esta a vida escolhida e por isso há que fazer com que valha a pena.
CA – No inicio da época, existiram rumores da extinção do hóquei profissional do clube da Ilha Dourada, tendo inclusive jogadores como por exemplo o Gonçalo Favinha, abandonado o clube, por incumprimento salarial, não temes que esta experiência seja uma experiência a prazo, motivada pela situação económica do clube?
RO – Será que a realidade é diferente de outros clubes? Não existirá sempre algum receio de que haja incumprimento? Alguma empresa neste país hoje em dia é 100% segura? A realidade é que as dificuldades são reais, mas não devemos acreditar em quem quer encaminhar as coisas no bom sentido? Não deveremos tentar também com a nossa ajuda, que o hóquei se mantenha em Porto Santo? Eu não tenho nenhum motivo para não acreditar nas pessoas, não podemos pensar que a irresponsabilidade é uma coisa banal, nem quero pensar que não se pode acreditar em ninguém, vejo as pessoas a lutarem para que tudo corra bem, só tenho de pensar que comigo é igual, eu farei tudo para que assim seja, no que a mim disser respeito, até porque também houve por parte de quem me convidou um voto de confiança, o qual eu retribuo e agradeço.
CA – Depois de teres sido seleccionador nacional Feminino, agora chegas à 1ª Divisão, até onde vão os teus objectivos/projectos enquanto treinador de hóquei em patins?
RO – Olha Francisco, nesta vida para tudo é preciso também um pouco de sorte, embora eu ache que ela se procura e acredito acima de tudo no trabalho e na qualidade do mesmo, eu procuro ser um treinador preparado para responder aos desafios que me são propostos, procuro estar á altura desses desafios e agora não é diferente, sei também se tiver sucesso no meu trabalho, quem está comigo também tem, como tal trabalho todos os dias, para que os resultados correspondam e para que os desafios possam ser cada vez maiores e mais exigentes, não sou obcecado, como já te disse, saberei sempre ter a espinha direita e dessa forma chegarei onde tiver de chegar, dignamente, trabalhando, tentando ser feliz com os meus e com aqueles que lutam ao meu lado todos os dias e que com o seu esforço contribuem tanto como eu para chegarmos onde nos propomos na expectativa de alcançarmos os nossos objectivos, um a um, degrau a degrau, palmo a palmo.
CA – Para terminar, vamos ver o Rafael a treinar de novo uma equipa Ribatejana?
RO – Não vejo porque não, sou um cidadão do Ribatejo, sinto-me Ribatejano, terei muito orgulho em lutar pela causa de qualquer clube Ribatejano, com a mesma dignidade de sempre, dando o meu melhor, como sempre fiz e sempre farei, com alma, com paixão. O amanhã ninguém conhece, mas estarei sempre pronto, quando for caso disso, até lá, será o Porto Santo a minha prioridade, pois é aqui que estou e é aqui que tentarei consolidar os meus sonhos, trabalhando como se cada dia fosse o último do resto da minha vida.
CA – Obrigado Rafael e boa sorte para este teu novo desafio
RO – Obrigado eu, Francisco, felicidades também para ti e para o teu Blog, que continue por muito tempo a falar com sotaque Ribatejano, mas acima de tudo que fale sempre e bem, em hóquei em patins, fazendo aquilo que outros deviam fazer e não fazem, até sempre.
Fotos: ColombroPress/JPM
NR: A pedido do entrevistado a noticia não se encontra aberta a comentários
RO – Não vejo porque não, sou um cidadão do Ribatejo, sinto-me Ribatejano, terei muito orgulho em lutar pela causa de qualquer clube Ribatejano, com a mesma dignidade de sempre, dando o meu melhor, como sempre fiz e sempre farei, com alma, com paixão. O amanhã ninguém conhece, mas estarei sempre pronto, quando for caso disso, até lá, será o Porto Santo a minha prioridade, pois é aqui que estou e é aqui que tentarei consolidar os meus sonhos, trabalhando como se cada dia fosse o último do resto da minha vida.
CA – Obrigado Rafael e boa sorte para este teu novo desafio
RO – Obrigado eu, Francisco, felicidades também para ti e para o teu Blog, que continue por muito tempo a falar com sotaque Ribatejano, mas acima de tudo que fale sempre e bem, em hóquei em patins, fazendo aquilo que outros deviam fazer e não fazem, até sempre.
Fotos: ColombroPress/JPM
NR: A pedido do entrevistado a noticia não se encontra aberta a comentários