Nuno Lopes diz que não ficou surpreendido com as saídas no plantel do Sp. Tomar
Nuno Lopes não ficou surpreendido com as saídas no plantel do Sporting de Tomar que, recorde-se, já perdeu atletas da valia de Favinha, Gonçalo Santos, Rui Alves, Esteves e Fábio Guerra. Numa análise a estas transferências, o treinador dos «leões», em declarações à Hertz, aproveitou para destacar a frontalidade com que os jogadores trataram este processo... sendo que a excepção terá sido Esteves, a quem o técnico deixou alguns reparos. Nuno Lopes recuou a um passado recente para basear a sua opinião relativamente a cada um dos jogadores:
«Francamente não fiquei surpreendido pois tinha falado com os atletas e se há algo que posso destacar nessas conversas foi a forma directa com que todos abordaram os respectivos temas... Exceptuando o Esteves, todos foram correctos para comigo e para com o clube. Refiro-me ao Esteves, pois julgo que a maneira com que conduziu a situação não foi a mais correcta. O Esteves saiu porque encontrou um clube que lhe arranjou emprego, levando-o a optar pelo Alcobacense... Parece correcto, mas não é! Há umas coisas por detrás disto, neste caso particular com a minha pessoa. O Esteves falhou, mas a vida vai continuar e, mais tarde, vão ser os homens de Alcobaça que vão dizer-me alguma coisa do Esteves. Durante muitos anos eu tive que guardar muita coisa e transformar situações negativas em positivas. Ainda assim, desejo-lhe a maior sorte do mundo. O Rui Alves, por exemplo, saiu para Santa Cita por uma questão de emprego. Relativamente ao Gonçalo Santos, sabia que havia essa necessidade de poder contar com um plantel mais competitivo mas, neste ano, o Sporting de Tomar não pode tê-lo. Há que compreender que talvez também seja bom para o Gonçalo mudar de ares e também para outras pessoas que iam ao hóquei e se insurgiam um pouco contra o jogador. No caso do Favinha, julgo que se trata de algo natural. Disse a Favinha que ele não deveria baixar o nível dele, pois é um atleta de 1ª Divisão e ele tem que fazer por isso. Houve alguma dificuldade em encontrar a melhor solução para o Favinha, já que ele desejava um emprego em Tomar e, por isso, ele optou em ir jogar para Almeirim e em ir trabalhar também para lá. Já relativamente ao Fábio, temos consciência que aquilo que ele ganhava em Tomar era perfeitamente incomportável. Recorro a uma frase do Eliseu (ndr: dirigente do Sp. Tomar), que disse que gostava de dar pão com queijo... mas como não pode, só oferece um pouco de pão».
In Rádio Hertz