quinta-feira, 24 de julho de 2014

ESPAÇO ABERTO

Campeonatos Regional de Lisboa - Prós e Contras

A presença das equipas de Leiria e do Ribatejo nos campeonatos organizados pela associação de patinagem de Lisboa, na presente época (13/14), foi algo inevitável a partir do momento que alguns clubes do Ribatejo assumiram tal vontade. 


O número reduzido de clubes na associação de Leiria obrigou à fusão com os clubes da Associação do Ribatejo e seguidamente de Lisboa, o que veio a dificultar muito a vida dos clubes, particularmente dos mais a Norte. A grande dúvida é saber se as vantagens competitivas compensam os gastos financeiros.
A situação não é nova pois na época anterior, a taça APLisboa (prova de encerramento) já se tinha realizado nestes moldes, mas na altura era experimental e de curta duração, acabando por prevalecer os prós.

O principal objectivo deste artigo visa enumerar os prós e os contras detectados durante esta época, seria desejável que o tema fosse debatido por todos, para em conjunto encontrarmos uma solução financeira e desportiva mais adequada à realidade de todos os clubes.

Começo por enumerar os prós e contras registados na I – Fase dos campeonatos regional de Lisboa, com particular atenção nos escalões sub-17 e sub-20.

Prós - I Fase
A distribuição das equipas em séries zonais foi sem dúvida uma aposta sensata, e é algo que registo com grande satisfação, nomeadamente:
  • A logística semanal da competição tornou-se mais fácil, mais rápida e menos dispendiosa;
  • A troca de jogos e realização dos mesmos durante a semana;
  • Os custos financeiros nesta fase mantiveram-se iguais aos de época anterior;
  • O 1.º e 2.º classificado garantiram o apuramento para disputarem os campeonatos nacionais e apuramento do Campeão Regional de Lisboa.

Contras - I Fase
Como aspectos menos positivos e que gostaria que fossem revistos, são:
  • O início da competição a 14 de Setembro 2013, condicionou a preparação da maioria das equipas, porque nessa altura ainda havia atletas de férias;
  • As jornadas duplas, nos diversos escalões dificultam a vida aos clubes, com menor número de atletas, impedindo-os de jogarem nos escalões superiores;
  • A I fase da competição é muito curta, (14Set2013 a 2Nov2013) e é a mais importantes para os clubes que ambicionam participar nacionais;
  • A competitividade causa discórdia, ao nível do apuramento de campeão regional, porque verdadeiramente existem 2 ou 3 três equipas, com potencial para lá chegar (Benfica, Sporting, Paço de Arcos ou Sintra), as restantes são espectadoras, porque houve grandes goleadas entre os líderes e 6.º classificado;
  • Os custos elevados da organização das provas e da arbitragem, em tempos tão difíceis onde ainda impera a carolice, são algo muito penalizadores;
  • As multas são muito dispendiosas, em caso de troca de jogos;
  • A obrigatoriedade de um técnico de saúde, nos jogos realizados em casa contribui para o aumento das despesas correntes ou então paga-se as multas. 

Seguidamente falo sobre os prós e contras da Taça APLisboa, uma prova onde deveriam ser aplicados novos critérios para reduzir os custos, angariar receitas e aumentar a competitividade, como tal apelo ao debate de ideias e experiências vivida, caso contrario os clubes do Ribatejo e Leiria são meros cumpridores/pagadores das regras de Lisboa. 

Taça APLisboa  – Contras
  • A alteração dos dias de jogos, ex: juvenis (Domingo) e Juniores (Sábado), perturba a calendarização dos clubes e obriga a constantes trocas de jogos e naturalmente ao pagamento de multas, além disso:
  • Beneficia os clubes de Lisboa que competem ao sábado para o campeonato nacional e ao domingo para o regional, esta regra aplica-se a todos os escalões embora o exemplo real seja do escalão júnior;
  • Prejudica os clubes, as equipas e os atletas de escalões inferiores actuarem no escalão superior se um dos escalões participar no campeonato nacional;
  • As deslocações desta prova, designadamente nos escalões sub -17 e sub-20 foram muito longas, muito demoradas e bastante dispendiosas, não se respeitou a proximidade dos clubes, como foi feito noutros escalões, exemplo: 
  • A deslocação da Memória ao Seixal e vice-versa para a realização do jogo de Sub-20 demorou 9 horas (concentração 14H00, jogo 18H00 e regresso casa 23H00), sim um dos percurso foi pela estrada nacional, demasiado tempo, principalmente para atletas em época de exames/frequências; 
  • A ausência de um técnico de saúde, penaliza o clube com multa.

Taça APLisboa – Prós
  • Em todos os escalões excepto sub 17 e sub-20, o agrupamento das séries por região foi uma boa opção, e contribuiu para a redução dos custos de deslocação e de tempo despendido.

Em suma
Compreendo que para os clubes de Lisboa também não deve ser fácil deslocar-se ao Norte de 15 em 15 dias, pois o tempo gasto, as deslocações e os custos são os mesmos.

Vamos reflectir e apresentar novas e melhoradas soluções.

Atenciosamente, Jaime Santos

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