domingo, 20 de julho de 2014

CINCO CONTRA CINCO E NO FINAL GANHA A....ITÁLIA

No futebol são onze contra onze e no final ganha a Alemanha, no hóquei costuma ser cinco contra cinco e no final ganha a Espanha, desta feita em Alcobendas a excepção confirmou a regra, e foram cinco contra cinco e no final ganhou a Itália.



Chegou ontem ao fim a 51ª edição do Campeonato Europeu de hóquei em patins que teve em Alcobendas nos arredores de Madrid a sua sede e onde contra "ventos e marés" e todas as "apostas" a Itália sagrou-se vencedora após 4 vitórias e um empate e 13 pontos somados.


Num Europeu onde a Espanha partia como principal favorita, pelo facto de jogar em casa e de ter vencido as ultimas sete edições, Portugal era apontado como o principal adversário à vitória de "nuestros hermanos" e começou com uma vitória "suada" sobre a França por 3-1 (Luís Viana, Gonçalo Alves e Diogo Rafael), depois de ter visto os gauleses inaugurarem o marcador logo aos 8' por Carlo di Benedetto.


No 2º jogo e perante a selecção mais fraca em prova, os comandados de Luís Sénica não tiveram dificuldade e venceram por 5-0 (2-0 ao intervalo) com os golos a serem apontados por João Rodrigues, Jorge Silva, Gonçalo Alves, Hélder Nunes e Luís Viana.


Ao 3º jogo chegou a goleada frente à Alemanha e apesar do susto pois os germânicos estiveram a vencer por 0-2, Portugal deu a volta 3-2, mas os Alemães voltaram a empatar a três, mas antes do descanso os Lusos marcaram e saíram na frente. Na etapa complementar um parcial de 10-0 selou a goleada e colocou Portugal na frente da classificação com 9 pontos, mais 2 que Espanha e Itália que empataram a duas bolas. Jorge Silva (4), Gonçalo Alves (2), João Rodrigues (2), Ricardo Barreiro (2), Hélder Nunes, Luís Viana e Valter Neves apontaram os golos da selecção Portuguesa.


Frente à Itália, Portugal começou bem e adiantou-se no marcador, mas não foi capaz de manter a vantagem e acabou por ser surpreendido no ultimo minuto da 1ª parte com a Itália a marcar por duas vezes, numa altura em que jogava com menos um jogador. No 2º tempo Portugal chegou ao empate, mas a equipa de Massimo Mariotti não deixou de procurar a vitória, e a 6' do fim marcou por Cocco e infligiu a 1ª derrota à equipa das Quinas, que assim ficava praticamente arredada da luta pelo título. Gonçalo Alves e João Rodrigues foram os marcadores de serviço.


Na ultima jornada e no ultimo jogo do dia Portugal e Espanha esgrimiram argumentos e a equipa de Luís Sénica que entrou para este jogo a saber que mesmo que vencesse não traria o "caneco" para terras Lusas, pois a Itália havia vencido a França por 5-4, entrou melhor e aos 4' já vencia por 2-0, antes do intervalo "nuestros hermanos" reduziram por Marc Gual. No 2º tempo Pedro Gil empatou a partida logo aos 4', mas Portugal marcou por mais duas vezes e colocou-se na frente por 4-2. Voltou de novo a Espanha "à carga" e empatou de novo. Já nos últimos cinco minutos e com o Pavilhão a puxar pelas cores espanholas (excepção feita à equipa Italiana que iam puxando por Portugal) a equipa das Quinas marcou por duas vezes e colocava praticamente o troféu na mão dos Italianos. No ultimo minuto Pedro Gil bisou e colocou o resultado em 6-6, ainda com 30 segundos para se jogou a Espanha tentou o golo do titulo, mas Portugal não permitiu tal veleidade e entrou em bandeja de ouro o titulo aos Italianos que se sagram campeões Europeus pela 3ª vez.

Muitas são as ilações que se podem tirar deste Europeu, mas o que fica para a história é que num Europeu com apenas 6 selecções, Portugal acaba em 3º, o que se pode dizer com toda a certeza que é um resultado negativo e que obriga a repensar certas coisas no que à modalidade diz respeito.

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