Em semana de decisões na Taça Dr. Joaquim Guerra, o Cartão Azul deslocou-se até Arazede uma freguesia do concelho de Montemor-o-Velho, com cerca de 6 mil habitantes e sede do AF Arazede, que disputou a série B do nacional da 3ª divisão tendo ficado em 6º lugar com 7 vitórias, 1 empate e 8 derrotas, e que neste momento é um dos candidatos á vitória na Taça Dr. Joaquim Guerra, para falarmos com Pedro Fernando, director da equipa.
CA – Bom dia e obrigado pela disponibilidade, em primeiro lugar como está a decorrer esta Taça Dr. Joaquim Guerra?
PF – Muito bom dia para o Cartão Azul. Quero que saiba que a minha disponibilidade e do AF Arazede é total, pois consideramos que este tipo de iniciativas contribui para dignificar e dar, de certa forma, um pouco mais de visibilidade a este desporto que todos nós adoramos.
Relativamente à forma como está a decorrer esta prova, considero que tem sido muito boa. Temos vindo a melhorar jogo a jogo, com a habitual humildade e entrega que sempre nos caracterizou.
CA – Sábado, vão ao Ribatejo defrontar o líder HC “Os Tigres”, e segundo sei desfalcados de alguns elementos, que estão a cumprir castigo depois daquele jogo em Marrazes, como estão a encarar este jogo, que poderá ser o jogo do título?
PF – Com a maior naturalidade possível. Encaramos este jogo como todos os outros que temos tido até aqui: com todo o respeito pelo nosso adversário e plena consciência do seu hóquei. Percebemos, naturalmente, que é um jogo importante, que nos pode dar uma grande ajuda na conquista do título, mas não é um jogo de vida ou morte. Não temos nada a provar a ninguém, temos consciência do nosso valor e por isso, confiamos num bom resultado.
Também sabemos aquilo que vamos encontrar: uma equipa arrogante, com muita ânsia de mostrar resultados positivos aos seus adeptos, que lhes têm faltado nestas últimas 2 épocas, e que nos vulgariza. É verdade que não temos a tradição do HC Os Tigres, mas mesmo com equipas que teoricamente são menos evoluídas que nós, nunca desvalorizamos o seu hóquei ou afirmamos que os podemos ganhar sempre que quisermos.
Felizmente o hóquei é um jogo em que nunca existe à partida um vencedor e onde os resultados nunca se podem prever.
CA – No campeonato nacional da 3ª divisão série B, tiveram uma prestação um pouco abaixo do que era de esperar, o que faltou a esta equipa?
PF – O Objectivo que foi traçado para o Campeonato Nacional foi cumprido. Terminámos o campeonato com 22 pontos e ficámos a apenas 3 pontos do 3º lugar. Por isso, tendo em conta que esta é uma equipa muito jovem, toda ela formada no AF Arazede e que está junta neste escalão a apenas 3 anos, considero que não esteve abaixo do que era de esperar. Somos uma equipa que se tem vindo a afirmar na modalidade, que é respeitada quando joga no seu pavilhão e que tem bastante potencial.
CA – Acha que a criação de uma prova como a Taça Dr. Joaquim Guerra, é benéfico para a modalidade, no que concerne á preparação para a próxima época e para não haver um interregno tão grande entre o final do nacional numa época e o inicio na outra?
PF – Acho que esta prova é importante para manter viva a competição e para que os jogadores mantenham a competitividade e a forma física. Ao contrário do que diz o Sr. treinador-jogador do HC Os Tigres, não encaramos esta prova como mais uns treinos de preparação para a próxima época. Encaramo-la com todo o respeito que ela e as equipas que nela participam merecem. Acho que nenhum jogador nem nenhum treinador gosta apenas de treinar, sem no final da semana ter uma competição. O AF Arazede não foge à regra, gosta de treinar durante a semana para depois poder competir na melhor forma possível. Esta e todas as provas como esta, são sempre bem vindas e aceites pelo AF Arazede.
CA – Ainda falando da Taça Dr. Joaquim Guerra, que está a ser disputada sob a égide da Associação de Patinagem de Coimbra, acha que o convite deveria ser alargado a mais associações, para aumentar o número de equipas, e consequentemente a competitividade?
PF – Acho que inicialmente o convite para a participação nesta Taça, foi alargado a várias associações, mas como todos sabemos, os custos associados a esta modalidade, juntamente com a falta de ajuda e o pouco investimento que é feito, são sempre um entrave à participação de mais equipas.
CA – Falando agora do AF Arazede, como é que uma freguesia pequena, de um concelho que não tem tradições na modalidade, tem esta paixão pelo hóquei, tendo inclusive uma equipa feminina na Zona Norte da 1ª divisão?
PF – Felizmente, ainda existe alguma carolice nesta freguesia. Não é tanta quanto a desejada, mas juntamente com a paixão que este desporto provoca e com a humildade com que encaramos todos os jogos, tem sido a receita do sucesso que este clube tem tido ao longo da sua pequena história. A Freguesia de Arazede, a maior do concelho de Montemor-o-Velho e uma das maiores do Distrito, ao contrário do que disse, apesar de não ter tradição nesta modalidade abraçou-a desde o primeiro momento, como um amor à primeira vista. Esta paixão pelo hóquei já deu alguns bons resultados, nomeadamente a presença da equipa feminina numa final da taça de Portugal, 4 final four, vários campeonatos regionais de Coimbra e de Aveiro e a participação em mais de 10 Campeonatos da 1ª divisão consecutivos.
CA – Em que ponto estão os escalões de formação a nível do AF Arazede?
PF – Neste momento ainda não estão como desejávamos, mas para esta direcção a formação tem sido uma aposta muito forte neste últimos anos. A grande participação dos atletas mais crescidos do clube, no incentivo da prática da modalidade junto dos mais novos, fez com que neste momento as escolinhas representem mais de 70% de toda a formação existente no AF Arazede, que já conta com mais de 25 jovens atletas. Dado que a actual direcção do AF Arazede, considera ser este o grande segredo para a construção de equipas coesas e competitivas, à imagem das actuais equipas seniores masculinas e femininas, está neste momento a mobilizar um grupo de trabalho, constituído sobretudo por atletas femininas, para dinamizar todos os escalões de formação do clube.
CA – Não sei se tem acompanhado, mas em caso afirmativo, como estão os escalões de formação a nível da Associação de Patinagem de Coimbra?
PF – Não tenho acompanhado.
CA – Para terminar, obrigado pela entrevista e se quiser deixar alguma mensagem aos visitantes do Cartão Azul, o espaço é seu.
PF – Antes de mais nada quero agradecer a oportunidade que o Cartão Azul deu ao AF Arazede de falar deste torneio e dar os parabéns à excelente iniciativa que é este blog. Acho que é sem dúvida um sítio a visitar por todos os amantes deste desporto, pois é um bom tributo a esta modalidade que tanto precisa de visibilidade.
CA – Bom dia e obrigado pela disponibilidade, em primeiro lugar como está a decorrer esta Taça Dr. Joaquim Guerra?
PF – Muito bom dia para o Cartão Azul. Quero que saiba que a minha disponibilidade e do AF Arazede é total, pois consideramos que este tipo de iniciativas contribui para dignificar e dar, de certa forma, um pouco mais de visibilidade a este desporto que todos nós adoramos.
Relativamente à forma como está a decorrer esta prova, considero que tem sido muito boa. Temos vindo a melhorar jogo a jogo, com a habitual humildade e entrega que sempre nos caracterizou.
CA – Sábado, vão ao Ribatejo defrontar o líder HC “Os Tigres”, e segundo sei desfalcados de alguns elementos, que estão a cumprir castigo depois daquele jogo em Marrazes, como estão a encarar este jogo, que poderá ser o jogo do título?
PF – Com a maior naturalidade possível. Encaramos este jogo como todos os outros que temos tido até aqui: com todo o respeito pelo nosso adversário e plena consciência do seu hóquei. Percebemos, naturalmente, que é um jogo importante, que nos pode dar uma grande ajuda na conquista do título, mas não é um jogo de vida ou morte. Não temos nada a provar a ninguém, temos consciência do nosso valor e por isso, confiamos num bom resultado.
Também sabemos aquilo que vamos encontrar: uma equipa arrogante, com muita ânsia de mostrar resultados positivos aos seus adeptos, que lhes têm faltado nestas últimas 2 épocas, e que nos vulgariza. É verdade que não temos a tradição do HC Os Tigres, mas mesmo com equipas que teoricamente são menos evoluídas que nós, nunca desvalorizamos o seu hóquei ou afirmamos que os podemos ganhar sempre que quisermos.
Felizmente o hóquei é um jogo em que nunca existe à partida um vencedor e onde os resultados nunca se podem prever.
CA – No campeonato nacional da 3ª divisão série B, tiveram uma prestação um pouco abaixo do que era de esperar, o que faltou a esta equipa?
PF – O Objectivo que foi traçado para o Campeonato Nacional foi cumprido. Terminámos o campeonato com 22 pontos e ficámos a apenas 3 pontos do 3º lugar. Por isso, tendo em conta que esta é uma equipa muito jovem, toda ela formada no AF Arazede e que está junta neste escalão a apenas 3 anos, considero que não esteve abaixo do que era de esperar. Somos uma equipa que se tem vindo a afirmar na modalidade, que é respeitada quando joga no seu pavilhão e que tem bastante potencial.
CA – Acha que a criação de uma prova como a Taça Dr. Joaquim Guerra, é benéfico para a modalidade, no que concerne á preparação para a próxima época e para não haver um interregno tão grande entre o final do nacional numa época e o inicio na outra?
PF – Acho que esta prova é importante para manter viva a competição e para que os jogadores mantenham a competitividade e a forma física. Ao contrário do que diz o Sr. treinador-jogador do HC Os Tigres, não encaramos esta prova como mais uns treinos de preparação para a próxima época. Encaramo-la com todo o respeito que ela e as equipas que nela participam merecem. Acho que nenhum jogador nem nenhum treinador gosta apenas de treinar, sem no final da semana ter uma competição. O AF Arazede não foge à regra, gosta de treinar durante a semana para depois poder competir na melhor forma possível. Esta e todas as provas como esta, são sempre bem vindas e aceites pelo AF Arazede.
CA – Ainda falando da Taça Dr. Joaquim Guerra, que está a ser disputada sob a égide da Associação de Patinagem de Coimbra, acha que o convite deveria ser alargado a mais associações, para aumentar o número de equipas, e consequentemente a competitividade?
PF – Acho que inicialmente o convite para a participação nesta Taça, foi alargado a várias associações, mas como todos sabemos, os custos associados a esta modalidade, juntamente com a falta de ajuda e o pouco investimento que é feito, são sempre um entrave à participação de mais equipas.
CA – Falando agora do AF Arazede, como é que uma freguesia pequena, de um concelho que não tem tradições na modalidade, tem esta paixão pelo hóquei, tendo inclusive uma equipa feminina na Zona Norte da 1ª divisão?
PF – Felizmente, ainda existe alguma carolice nesta freguesia. Não é tanta quanto a desejada, mas juntamente com a paixão que este desporto provoca e com a humildade com que encaramos todos os jogos, tem sido a receita do sucesso que este clube tem tido ao longo da sua pequena história. A Freguesia de Arazede, a maior do concelho de Montemor-o-Velho e uma das maiores do Distrito, ao contrário do que disse, apesar de não ter tradição nesta modalidade abraçou-a desde o primeiro momento, como um amor à primeira vista. Esta paixão pelo hóquei já deu alguns bons resultados, nomeadamente a presença da equipa feminina numa final da taça de Portugal, 4 final four, vários campeonatos regionais de Coimbra e de Aveiro e a participação em mais de 10 Campeonatos da 1ª divisão consecutivos.
CA – Em que ponto estão os escalões de formação a nível do AF Arazede?
PF – Neste momento ainda não estão como desejávamos, mas para esta direcção a formação tem sido uma aposta muito forte neste últimos anos. A grande participação dos atletas mais crescidos do clube, no incentivo da prática da modalidade junto dos mais novos, fez com que neste momento as escolinhas representem mais de 70% de toda a formação existente no AF Arazede, que já conta com mais de 25 jovens atletas. Dado que a actual direcção do AF Arazede, considera ser este o grande segredo para a construção de equipas coesas e competitivas, à imagem das actuais equipas seniores masculinas e femininas, está neste momento a mobilizar um grupo de trabalho, constituído sobretudo por atletas femininas, para dinamizar todos os escalões de formação do clube.
CA – Não sei se tem acompanhado, mas em caso afirmativo, como estão os escalões de formação a nível da Associação de Patinagem de Coimbra?
PF – Não tenho acompanhado.
CA – Para terminar, obrigado pela entrevista e se quiser deixar alguma mensagem aos visitantes do Cartão Azul, o espaço é seu.
PF – Antes de mais nada quero agradecer a oportunidade que o Cartão Azul deu ao AF Arazede de falar deste torneio e dar os parabéns à excelente iniciativa que é este blog. Acho que é sem dúvida um sítio a visitar por todos os amantes deste desporto, pois é um bom tributo a esta modalidade que tanto precisa de visibilidade.