Chegou à União FE como Infantil-B e pela mão de João Maria deu as primeiras “patinadelas” e inicia-se na modalidade. Apesar de franzino logo se constou que se tratava de um jovem com valor e que não virava a cara à luta. Campeão distrital em Infantil-B (com presença nos Encontros Nacionais em Poiares/Arazede, Grândola e Sever do Vouga), Infantil-A e Iniciados começa a assumir-se como referência no ataque da equipa alvi-negra. A passada época é chamado várias vezes à equipa de Seniores tendo efectuando boas exibições coloridas com vários golos. Mas a ambição de querer evoluir mais a que se juntou o convite de Pedro Nobre e o poder disputar o Nacional de Juniores, aliado à estagnação do clube do Entroncamento levaram Francisco Maia (Chiquinho) a assinar pela equipa Leonina. Fomos ter com ele para saber mais desta transferência e falar um pouco do passado, presente e futuro.
CA – Em primeiro lugar obrigado pela tua disponibilidade. Que motivos te levaram a trocar o União pelo SC Tomar na próxima época?
CH – Boa tarde Francisco. O principal motivo que me levou a trocar o União pelo SC Tomar foi o facto de ser o meu último ano de júnior e ter a oportunidade de poder ir conhecer e jogar num clube com maior ambição, onde tenho certeza que vou aprender e crescer não só como jogador mas também como pessoa, até porque daqui a 1 ano sou sénior e sei que ainda tenho muito para aprender e no SC Tomar sei que isso vai acontecer.
CA – Este é o teu último ano de júnior, não temes que para a próxima época não tenhas espaço na equipa sénior, e que tenhas que rodar noutra equipa?
CH – Sim, eu tenho completa noção do que poderá acontecer no final desta época que se aproxima, mas neste momento estou mais preocupado com o presente e em dar o melhor de mim e esforçar-me para ter uma boa época, o resto se verá.
CA – Constou-se que tinhas assinado pelas duas equipas o que podia motivar um ano de paragem, tudo não passou de um boato, ou em caso de ter sido verdadeiro como foi resolvida a situação?
CH – Sim é verdade, eu já tinha assinado com o União antes de ser abordado pelo SC Tomar, mas a ideia de uma nova experiência cativou-me. Falei com o presidente do União e expliquei-lhe a minha situação, e ele compreendeu e como é um grande amigo meu disse-me para eu fazer o que achar melhor para mim. É com muita pena que deixo o clube que me criou e me viu crescer, mas este ano é o melhor para mim.
CA – Ao fim de tantos anos no União, que diferenças vês no clube que te acolheu como Infantil-B e o clube que deixas como júnior?
CH – Diferenças existem muitas, umas para melhor outras para pior, anormal seria se não existissem, mas uma das maiores diferenças que eu noto são os escalões de formação que na minha altura lutavam para ter uma boa classificação nos nacionais, desde infantis-B a juniores, e agora nem ao nacional conseguem ir. Depois também existe uma grande diferença no que toca à questão de relação Direcção-Sócios, é um assunto que não me diz respeito como jogador, mas que gostava que mudasse, pois para o clube não é bom.
CA – Foste campeão em todos os escalões até iniciado, depois essa equipa da qual tu fazias parte “eclipsou-se”, o que se passou? As outras equipas evoluíram ou vocês estagnaram?
CH – Na minha opinião foi um pouco de tudo, começando pelas outras equipas, evoluíram bastante, desde o SC Tomar, a Juventude Ouriense, o BIR e até o Turquel que ficou como 3º classificado no nacional, tornando-se complicado para nós conseguirmos chegar ao nacional. Depois a nossa equipa não estagnou mas sim “eclipsou-se”, o Eduardo saiu na altura para o Gualdim Pais, o João Teixeira também abandonou, o Nuno Gavancho por problemas físicos, entre outros, deixando assim a equipa mais fragilizada, também houve o facto de termos guarda-redes “novos” quase todas as épocas, e por fim falta de apoios há equipa, refiro-me a seccionistas.
CA – Na época passada foste uma presença assídua nos seniores. Não achas que este ano tinhas oportunidade de jogar mais e evoluir para depois dares o “salto”?
CH – Na minha opinião seria uma época semelhante á época passada em que muitas vezes, apesar de ir aos treinos todos, convocavam seniores que iam apenas a um treino durante a semana, ou seja, por ainda ser júnior os seniores tinha prioridade. E depois este ano o plantel tem jogadores bons tornando-se mais difícil ainda a minha presença nos seniores.
CA – Já que falamos dos seniores, achas que a equipa é candidata à subida? E a saída do Rui Alves, pode ter fragilizado a equipa, até pelo facto de ter sido um dos treinadores e ser aquele jogador que desequilibra?
CH – Sim é uma das equipas candidatas à subida, apesar de na minha opinião existirem várias equipas a poderem subir, pois existem sempre surpresas e tal como poderam ver na época passada ninguém dava nada pelo União no início da época e logo após os primeiros jogos também já éramos candidatos à subida. E este ano apesar da saída do Rui, que é óbvio que ajudava e muito e vai-se notar imenso a falta dele, também regressaram bons jogadores para compensar.
CA – Para terminar mais uma vez obrigado pela entrevista e o espaço fica à tua disposição para o que quiseres dizer aos visitantes
CH – Quero apenas deixar um obrigado a dois grandes amigos, ao Cajé e ao Vítor Frutuoso, que sempre me ajudaram quando precisei.