Porém, após um pedido de explicação ao organismo que tutela a modalidade em Portugal, a Académica viu goradas as suas pretensões ao abrigo dos regulamentos, uma vez que a alínea 3.2, do artigo 46 do Regulamento Geral do Hóquei em Patins é elucidativa ao afirmar que o emblema que substituirá o desistente será aquele que tiver reunido, dentro da mesma série, maior número de pontos. «Quando um clube qualificado desistir da sua participação na competição em data anterior ao seu início, a Federação de Patinagem de Portugal (FPP) promoverá a sua substituição pelo clube que – tendo integrado, na época anterior, a mesma "zona" do clube desistente – tiver obtido a melhor classificação, de entre os clubes que haviam sido despromovidos", pode ler-se no documento.Contactado pelo nosso Jornal, João Rodrigues, presidente da secção de Hóquei em Patins da Associação Académica de Coimbra (AAC), mostrou-se resignado relativamente à clareza dos regulamentos: «Nesta situação não há nada que possamos fazer porque as regras são claras», afirmou. No entanto, o recém-empossado líder do clube estudantil aproveitou o momento para lamentar a postura da FPP em relação a uma exposição que os estudantes efectuaram à tutela em relação a um facto ocorrido durante o campeonato e à qual não obtiveram resposta. «A Sanjoanense abandonou um encontro do Nacional da 2.a Divisão a meio e perante o regulamento internacional da modalidade, a equipa teria de ser desclassificada do campeonato, o que iria permitir que a Académica se mantivesse no escalão secundário, por ter sido a melhor classificada das equipas despromovidas da Zona Norte. Porém, dado que o regulamento do Conselho de Disciplina da FPP não contempla essa decisão, a federação decidiu atribuir a derrota por 10-0 à Sanjoanense, retirar-lhe dois pontos e aplicar-lhe uma multa. Este processo já se arrasta há algum tempo que já não esperamos nada dele», confessou João Rodrigues.
Ricardo Busano, in Diário de Coimbra, edição de 31 de Julho de 2010
Foto de arquivo: Blog "AAC - Hóquei em Patins"