No regresso da festa da Taça de Portugal a Ourém, onde o Pavilhão Municipal apresentava uma moldura humana significativa, a justiça da vitória do SC Tomar até poderia em certos momentos ser discutível, face ao que foi alguma superioridade do JO na 1ª parte. Mas somados e analisados os 50 minutos desta eliminatória o mérito da qualificação da equipa de Nuno Lopes não sofre contestação: maior velocidade, mais jogos, e ao mais alto nível com jogadores muito fortes no um para um, ingredientes que só por si fazem a diferença.
Numa 1ª parte em que a equipa do JO tenta circular a bola, encontrando um SC Tomar expectante, aproveitando estes, na primeira recuperação de bola ao minuto 23" para marcar o seu primeiro golo através do seu capitão Gonçalo Santos num remate cruzado, o mesmo jogador viria mais a torna-se a figura desta primeira metade a par do seu GR Fábio Guerra, em que este defendia tudo o que ia á sua baliza, quando assim não acontecia, o poste substituía-o e assim aconteceu por duas vezes, mais á frente continuava mais do mesmo com o Gonçalo aos 19" num remate de meia distância, viria a aumentar a contenda para 0-2. Com um JO batalhando perante tal eficácia da equipa Nabantina, lá ia fazendo investidas á baliza adversária, ora anuladas pela defesa tomarense, ou por falta de concentração no momento decisivo dos jogadores da casa, até ao intervalo o capitão Nabantino viria a marcar por mais duas vezes, chegando ao intervalo com o resultado de 0-4.
Na 2ª parte o SC Tomar vinha disposto a controlar o jogo perante a vantagem que dispunha, mas o equipa da casa não baixou os braços, fazendo com que a equipa Nabantina revelasse mais segurança no passe e mais qualidade na saída de bola para o ataque, ainda assim o JO reduziu para 1-4 através de Diogo Bernardes num remate á meia volta fazendo a bola passar entre as pernas de Fábio Guerra, para logo de seguida Ivo Silva aumentar a vantagem para 1-5, correspondendo a um passe adocicado de Gonçalo Santos, acontecendo que João Lomba viria a marcar o 1-6, concluindo uma jogada bem trabalhada pela equipa de Nuno Lopes. O capitão Ouriense Hélder Ferreira reduzia para 2-6 na marcação de uma grande penalidade, para logo de seguida Hernâni Diniz estabelece o resultado final 2-7.
De salientar a boa arbitragem de Rui Taborda, onde os jogadores de ambas as equipas também colaboraram para que tal acontecesse, com um pequeno pormenor a expulsão do GR ouriense, penso que por injurias.
O positivo deste jogo está na boa réplica do JO, perante um adversário de outro campeonato, também os treinadores das duas equipas deram oportunidade de todos os seus jogadores de poderem jogar, sendo que o negativo para além da expulsão do GR Ouriense, alguns jogadores tomarenses na 1ª parte vieram a Ourém passear o nome, o mesmo já não aconteceu na 2ª parte talvez fruto de algum puxão de orelhas. Em suma venceu o mais forte, contra um adversário que fez o que pode dentro das suas possibilidades.
Juv Ouriense (2): Bruno Aires(GR), Hélder Ferreira(1), Pedro "Russo" Silva, João F Silva e António Brito.
Suplentes: Diogo Bernardes (1), Carlos Clemente, Tiago Reis, Luís Silva e João Oliveira(GR)
Treinador: Pedro "Pipoca" Garcia
SC Tomar (7): Fábio Guerra(GR), Gonçalo Santos (5), Nuno Domingues, Ivo Silva (1) e João Lomba
Suplentes: Daniel Leal(GR), Hernâni Diniz (1), João Silva, Edgar Costa, Dário Santo
Treinador: Nuno Lopes
Cronica/Fotos: Manuel F.