Na véspera do inicio do 4º Torneio Internacional do HC Santarém, o Cartão Azul, deslocou-se até á capital do distrito, para falar com Francisco Mogas o “Homem do Leme”, do HCS e o principal mentor da organização destes eventos que já vai na 4ª edição.
CA – Bom Francisco, em primeiro lugar os parabéns, tardios eu sei, pela conquista dos distritais de Infantis e Iniciados, mas passando ao tema da entrevista, que Torneio vamos ter este Ano, e com equipas de que países?
FM – Todos os anos temos algo de novo no torneio. Este ano também não é excepção e a grande diferença relativamente a outros anos passa pelo nº de equipas estrangeiras. Inicialmente estavam previstas 8 equipas sendo 1 Suiça, 1 francesa e 6 espanholas. Lamentavelmente a equipa francesa de Seynod desistiu em Dezembro do ano passado pelo que teremos 7 equipas estrangeiras. O escalão de iniciado não estará representado pelo que teremos 4 equipas em benjamins, 5 escolares, 5 infantis e 4 juvenis.
CA – Para as pessoas terem mais ou menos uma ideia, há quanto tempo está a ser preparado este evento, e por quantas pessoas?
FM – Este evento começou a ser tratado em inícios de Outubro do ano passado, estando em Dezembro praticamente pronto no que concerne à calendarização e confirmação de equipas. Inicialmente toda a logística é tratada por mim, em Janeiro temos a colaboração por parte de alguns pais no que diz respeito à obtenção de patrocínios. Na semana do torneio, ainda antes do mesmo começar tenho pais que gastam uma semana de férias e aproveitam para dar apoio no que diz respeito ao acompanhamento e recepção de equipas que começam a chegar no dia 5 de Abril, pela madrugada, via aeroporto. Durante o Torneio normalmente a equipa é constituída por cerca de 25 pessoas.
CA – Um torneio desta dimensão, ficará com certeza bastante dispendioso. Onde se consegue o suporte financeiro para a realização e quais os apoios a nível Camarário, e de outras organizações Estatais?
FM – Normalmente as juntas de freguesia apoiam com algum dinheiro (250 euros cada – 3 Juntas Urbanas), a CMS através da alimentação às equipas participantes e donativos conseguidos pela Direcção e por pais de atletas para a elaboração do livro do torneio.
CA – Quais os grandes objectivos que o HC Santarém pretende atingir ao organizar este género de torneios, que já vão na 4ª edição?
FM – Posso dizer que os torneios internacionais têm 3 objectivos preponderantes: o primeiro, criar oportunidades competitivas para os hoquistas do HCS colmatando assim algumas carências de competitividade das equipas que constituem a APR; o segundo passa por uma questão de marketing. O torneio que temos trás muitas equipas conhecidas que acabam por divulgar o clube, a cidade fazendo com que o HCS seja convidado para participar em torneios que a nível nacional quer internacional; o terceiro objectivo é mostrar aos políticos que gerem Santarém que existe um clube na cidade que já mexe com cerca de 120 crianças “obrigando-os” a estarem atentos por forma a que possam ajudar quem trabalha bem. Os frutos destes 3 objectivos estão já a surgir quer no foro desportivo quer no financeiro dado que esta época a CMS atribuiu um apoio 3 vezes superior ao da época passada.
CA – Francisco, como explicas a não inclusão da vossa equipa de Juvenis (na minha opinião a mais mediática do clube) no torneio?
FM – A equipa de Juvenis está no torneio. A de iniciados (campeão distrital) é que por falta de jogadores que estarão de férias na Páscoa fora de Santarém, não irá participar.
CA – Deixando este torneio para trás, e dando uma saltada á vossa página na Internet, constatamos que 3 equipas do HCS (Iniciados e 2 de Escolares) vão participar dias 14 e 15 de Abril num torneio em Seynod na França. De onde surgiu o convite?
FM – O convite foi feito logo após de termos convidado Seynod a participar no nosso torneio. No entanto, já tinha ficado em aberto este convite dado que 2 equipas de escolares tinham já participado naquele torneio em Junho do ano passado. Ainda este ano levaremos em Junho próximo mais uma equipa de benjamins a efectuarem o seu 1º torneio fora do país, também em Seynod.
CA – Sei também que não é a primeira vez que equipas do HCS participam em torneios além fronteiras. Como se consegue esse intercâmbio desportivo?
FM – A Internet tem sido a grande responsável pois é uma janela aberta para o mundo. Assim, quando não nos convidam eu faço por vezes uma apresentação formal do clube a outros clubes estrangeiros e mostro disponibilidade para participar em torneios que possam realizar. No entanto, após 5 anos de diversas participações internacionais começamos a ser conhecidos e isso arrasta tudo o resto. Logo a estratégia de nos fazermos convidados já é praticamente desnecessária uma vez que esta época já recusamos 3 convites para participarmos em torneios no estrangeiro.
CA – Uma participação em torneios no estrangeiro, em principio acarretará elevados custos, onde consegues ou conseguem “descobrir” esses apoios que possibilitam a ida aos respectivos torneios?
FM – Normalmente fazemos um programa social que seja aliciante e faça arrastar os pais a acompanhar pagando desta forma uma parte do autocarro. Uma participação num torneio está sempre associada uma visita a um parque temático (Disney, Futuroscope, Asterix, etc)
CA – Bem Francisco, não podia terminar sem te colocar aquela questão fundamental, como vês a formação a nível da Associação de Patinagem do Ribatejo?
FM – Sobre esse assunto não me quero pronunciar. Posso falar sobre a formação do HCS que corre sobre rodas.
CA – Obrigado pela disponibilidade, felicidades para o 4º Torneio Internacional e para o Torneio em França, e continua a apostar na formação, porque depois de tanto semeares, está na hora de colher os frutos.
FM – Obrigado.
CA – Bom Francisco, em primeiro lugar os parabéns, tardios eu sei, pela conquista dos distritais de Infantis e Iniciados, mas passando ao tema da entrevista, que Torneio vamos ter este Ano, e com equipas de que países?
FM – Todos os anos temos algo de novo no torneio. Este ano também não é excepção e a grande diferença relativamente a outros anos passa pelo nº de equipas estrangeiras. Inicialmente estavam previstas 8 equipas sendo 1 Suiça, 1 francesa e 6 espanholas. Lamentavelmente a equipa francesa de Seynod desistiu em Dezembro do ano passado pelo que teremos 7 equipas estrangeiras. O escalão de iniciado não estará representado pelo que teremos 4 equipas em benjamins, 5 escolares, 5 infantis e 4 juvenis.
CA – Para as pessoas terem mais ou menos uma ideia, há quanto tempo está a ser preparado este evento, e por quantas pessoas?
FM – Este evento começou a ser tratado em inícios de Outubro do ano passado, estando em Dezembro praticamente pronto no que concerne à calendarização e confirmação de equipas. Inicialmente toda a logística é tratada por mim, em Janeiro temos a colaboração por parte de alguns pais no que diz respeito à obtenção de patrocínios. Na semana do torneio, ainda antes do mesmo começar tenho pais que gastam uma semana de férias e aproveitam para dar apoio no que diz respeito ao acompanhamento e recepção de equipas que começam a chegar no dia 5 de Abril, pela madrugada, via aeroporto. Durante o Torneio normalmente a equipa é constituída por cerca de 25 pessoas.
CA – Um torneio desta dimensão, ficará com certeza bastante dispendioso. Onde se consegue o suporte financeiro para a realização e quais os apoios a nível Camarário, e de outras organizações Estatais?
FM – Normalmente as juntas de freguesia apoiam com algum dinheiro (250 euros cada – 3 Juntas Urbanas), a CMS através da alimentação às equipas participantes e donativos conseguidos pela Direcção e por pais de atletas para a elaboração do livro do torneio.
CA – Quais os grandes objectivos que o HC Santarém pretende atingir ao organizar este género de torneios, que já vão na 4ª edição?
FM – Posso dizer que os torneios internacionais têm 3 objectivos preponderantes: o primeiro, criar oportunidades competitivas para os hoquistas do HCS colmatando assim algumas carências de competitividade das equipas que constituem a APR; o segundo passa por uma questão de marketing. O torneio que temos trás muitas equipas conhecidas que acabam por divulgar o clube, a cidade fazendo com que o HCS seja convidado para participar em torneios que a nível nacional quer internacional; o terceiro objectivo é mostrar aos políticos que gerem Santarém que existe um clube na cidade que já mexe com cerca de 120 crianças “obrigando-os” a estarem atentos por forma a que possam ajudar quem trabalha bem. Os frutos destes 3 objectivos estão já a surgir quer no foro desportivo quer no financeiro dado que esta época a CMS atribuiu um apoio 3 vezes superior ao da época passada.
CA – Francisco, como explicas a não inclusão da vossa equipa de Juvenis (na minha opinião a mais mediática do clube) no torneio?
FM – A equipa de Juvenis está no torneio. A de iniciados (campeão distrital) é que por falta de jogadores que estarão de férias na Páscoa fora de Santarém, não irá participar.
CA – Deixando este torneio para trás, e dando uma saltada á vossa página na Internet, constatamos que 3 equipas do HCS (Iniciados e 2 de Escolares) vão participar dias 14 e 15 de Abril num torneio em Seynod na França. De onde surgiu o convite?
FM – O convite foi feito logo após de termos convidado Seynod a participar no nosso torneio. No entanto, já tinha ficado em aberto este convite dado que 2 equipas de escolares tinham já participado naquele torneio em Junho do ano passado. Ainda este ano levaremos em Junho próximo mais uma equipa de benjamins a efectuarem o seu 1º torneio fora do país, também em Seynod.
CA – Sei também que não é a primeira vez que equipas do HCS participam em torneios além fronteiras. Como se consegue esse intercâmbio desportivo?
FM – A Internet tem sido a grande responsável pois é uma janela aberta para o mundo. Assim, quando não nos convidam eu faço por vezes uma apresentação formal do clube a outros clubes estrangeiros e mostro disponibilidade para participar em torneios que possam realizar. No entanto, após 5 anos de diversas participações internacionais começamos a ser conhecidos e isso arrasta tudo o resto. Logo a estratégia de nos fazermos convidados já é praticamente desnecessária uma vez que esta época já recusamos 3 convites para participarmos em torneios no estrangeiro.
CA – Uma participação em torneios no estrangeiro, em principio acarretará elevados custos, onde consegues ou conseguem “descobrir” esses apoios que possibilitam a ida aos respectivos torneios?
FM – Normalmente fazemos um programa social que seja aliciante e faça arrastar os pais a acompanhar pagando desta forma uma parte do autocarro. Uma participação num torneio está sempre associada uma visita a um parque temático (Disney, Futuroscope, Asterix, etc)
CA – Bem Francisco, não podia terminar sem te colocar aquela questão fundamental, como vês a formação a nível da Associação de Patinagem do Ribatejo?
FM – Sobre esse assunto não me quero pronunciar. Posso falar sobre a formação do HCS que corre sobre rodas.
CA – Obrigado pela disponibilidade, felicidades para o 4º Torneio Internacional e para o Torneio em França, e continua a apostar na formação, porque depois de tanto semeares, está na hora de colher os frutos.
FM – Obrigado.
O Cartão Azul informa todos os visitantes que podem acompanhar os resultados e classificações do 4º Torneio Internacional do Hoquei Clube de Santarém, em www.hcsantarem.pt
5 comentários:
Marketing????!!!! Pois é, afinal isso serve mesmo para alguma coisa!
Não é por acaso que este senhor frequentou a minha escola (ES Gestão de Santarém).
Um clube que ainda ontem nasceu já vai ultrapassando muitos outros de maior longevidade. Pelo menos internacionalmente já deve ser o mais conhecido da região...
Mas também não concordo com a mobilização dos miúdos dos escalões mais jovens para torneios que os obrigam a viagens tão desgastantes. Quando fui treinador dos infantis B do UFE dei o meu "parecer" negativo a uma proposta deste tipo porque considerei que os benefícios que traria não justificavam a exposição dos miúdos a algo desta dureza.
Talvez porque o seu clube foi criado recentemente, esteja mais preocupado em fazê-lo crescer. Mas não deve deixar "baixas" pelo caminho... É também importante ter um grande conhecimento e prestar atenção às necessidades dos caxops.
De qualquer maneira, dou os meus parabém ao clube pela organização deste evento e desejo que cresçam para o bem da modalidade da nossa região!
vai"O HOMEM DO LEME"
ENTAO I O 5ºLUGAR EM JUVENIS?
so falam na ida ao nacional dos infantis e dos iniciados?!
ai ai...
O srº Francisco Mogas é um excelente gestor, director, seccionista, angariador de patrocínios, presidente, etc... tem muito valor, e o hóquei precisa de pessoas como ele.
Mas treinador nunca será, pelo menos de sucesso. O grande treinador que o HCS tem é o Mister Carlos que começou com estes miudos que estão no naconal. Parabéns ao HCS mas quantidade não significa qualidade...
Mas já é um bom começo... Com vontade, ambição e humildade a qualidade aparecerá!
Vontade e ambição já há. Quanto à humildade (na perspectiva do anonimo da 18.48, de perceber de que não é a pessoa certa para certa função), acredito que a crescente exigência de qualidade de um clube com aquela progressão rapidamente encarregar-se-à de lha despertar.
concordo plenamente gnoronha...e irá ele perceber isso...ou quando perceber o HCS acaba?
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