segunda-feira, 30 de julho de 2012

SL BENFICA CAMPEÃO NACIONAL COM TODA A JUSTIÇA

Quatorze anos depois a equipa de Juniores do SL Benfica conquistou o Nacional de Juniores ao vencer o FC Porto detentor do trofeu por 7-5, numa vitória justíssima e onde o árbitro Miguel Guilherme de Lisboa também quis ser uma das estrelas da tarde.


Com o Pavilhão de Turquel cheio a provar que é sem dúvida o local de eleição em Portugal para a realização de eventos deste género e a fazer jus ao nome de Aldeia Portuguesa do Hóquei em Patins ou Catedral do Hóquei Nacional, com arbitragem de Joaquim Pinto (Porto) e Miguel Guilherme (Lisboa) auxiliados por Cláudia Rego, as equipas apresentaram o seguinte cinco inicial:

FC Porto: Pedro Costa (gr); Telmo Pinto, João Guimarães, Tomás Castanheira e Miguel Costa
Treinador: Renato Garrido

SL Benfica: Diogo "Matraco" Rodrigues; Diogo Neves, Miguel Rocha, Tiago Jorge e Tiago Gouveia
Treinador: Jorge Godinho


Numa final em que a equipa encarnada partia na "pole-position" para a conquista do troféu que já perseguia há mais de uma década, a mesma entrou melhor, a dominar e a obrigar a equipa azul e branca a jogar em "terrenos" mais recuados e foi fruto dessa pressão alta que com 03'38'' decorridos Miguel Rocha coloriu o marcador, num lance só ao alcance dos predestinados para modalidade, uma seticada de costas para a baliza pelo meio das pernas a fazer a bola entrar no ângulo superior esquerdo da baliza de Pedro Costa. O Benfica continuava no comando do jogo, no entanto o FC Porto ia sacudindo a pressão e ganhando ascendente, mas numa jogada dentro da área Portista, um jogador do Benfica é derrubado e Miguel Rocha chamado à marcação da grande penalidade não desperdiça e eleva para 2-0 quando ainda faltavam 16'30'' para o final da 1ª parte. A partir daqui o jogo ganhou mais velocidade com o FC Porto a "patinar atrás do prejuízo", mas com a equipa de Jorge Godinho a controlar a partida nomeadamente através de Diogo Neves, que sem se dar por ele, ia "arrumando a casa" e organizando "as saídas". A caminhar para o final da 1ª parte e com 03'33'' para jogar João Guimarães num lance dentro da área reduz para 2-1, deixando a sensação que Diogo Rodrigues não fez tudo o que estava ao seu alcance. O jogo ganha mais emoção e a incerteza paira no ar, mas o Benfica "põe água na fervura" e no espaço e 1' faz dois golos, primeiro Guilherme Silva numa seticada forte de fora da área após defesa de Pedro Costa e de seguida João Pais numa seticada à meia-volta.

Intervalo: FC Porto 1  -  SL Benfica 4


A 2ª parte traz um FC Porto a acreditar na reviravolta e na revalidação do titulo conquistado em Castro Verde na passada época e Tomás Castanheira após uma defesa do "outro mundo" de Pedro Costa, numa seticada de fora da área faz o 4-2, num lance inteligente de Telmo Pinto que passa pela frente do guarda-redes encarnado e com um gesto como se fosse emendar à boca da baliza engana o "keeper". Relançada a partida, o Benfica não tremeu e manteve a mesma toada e Tiago Jorge aproveita o ressalto de uma bola seticada por Miguel Rocha para aumentar de novo a contenda, 5-2 a 16'08'' do final. Passaram apenas 20'' e o SL Benfica atinge a 10ª falta mas Tomás Castanheira chamado à marcação do respectivo livre directo permite a defesa de Diogo Rodrigues. O FC Porto acreditava e o SL Benfica ia controlando a partida, mas Miguel Rocha (um jogador de eleição, mas que têm de repensar a forma como comete faltas, algumas delas desnecessárias e que vão se vão acumulando como faltas de equipa e como os prejuízos inerentes a tal situação) comete falta para grande penalidade, que Telmo Pinto desperdiça, e na resposta numa jogada corrida Tiago Jorge não desperdiça e faz o 6-2, faltavam 13'19'' para jogar. O Porto não baixava os braços e ia procurando o golo por vezes já mais com o coração de que com a cabeça e no espaço de 01'30'' reduz para dois golos de diferença, primeiro por João Guimarães numa jogada de insistência e depois por Tomás Castanheira. 6-4 com 09'21'' para o "términus" da partida. Com a partida jogada em velocidade as faltas de equipa iam-se sucedendo e o FC Porto atinge a 15ª falta que Tiago Jorge não soube aproveitar para dilatar o marcador.


Com 04'48'' para jogar e numa jogada de ataque do FC Porto Telmo Pinto emenda à boca da baliza e inadvertidamente bate com o setique na mascara do guardião encarnado, Miguel Guilherme assinala falta de equipa. Telmo Pinto em termos correctos dirige-se ao árbitro dizendo que apenas seticou a bola «Sr. Arbitro eu apenas setiquei a bola, e você marca falta de equipa», o árbitro manda calar o atleta que volta a proferir a mesma frase, sendo admoestado com o cartão azul. O Benfica aproveitou a situação do power-play e Miguel Rocha numa seticada da zona central faz o 7-4. Já com a vitória praticamente garantida o SL Benfica ia controlando as "operações", mas o FC Porto não "atirava a toalha ao chão". Miguel Rocha em mais uma falta desnecessária vê o cartão azul e Telmo Pinto aproveita para fazer o 7-5 na conversão do livre directo. Com o jogo de novo aberto e com 01'59'' para jogar, Miguel Guilherme volta a fazer "das suas" e num lance normal na tabela de fundo do Benfica e com o jogador encarnado a ser inteligente e a deixar-se cair com algum aparato volta a mostrar o cartão azul a Telmo Pinto, na sequencia da situação João Guimarães protesta e vê o cartão azul também, mas desta feita bem mostrado. José Barreto chamado à marcação do livre directo não concretiza. O Porto a jogar com três jogadores vê José Barreto após falhar o livre directo descarregar a sua frustração batendo com o setique na tabela e Joaquim Pinto a mostrar o cartão azul, algo forçado diga-se em abono da verdade, mas cumpriu o estipulado nas novas regras, Tomás Castanheiro têm na ponta do seu setique a pouco mais de um minuto a hipótese de reduzir, mas acaba por falhar e no seguimento da jogada acaba por em desespero cometer falta para azul, desta feita bem mostrado por Miguel Guilherme e o FC Porto que apenas tinha 3 jogadores em pista, fica apenas com 2 obrigando à entrada de outro (pois uma equipa não pode ter menos que 3 jogadores em pista, no entanto o tempo de suspensão do jogador que viu o cartão azul passa de 2 para 4 minutos). Na sequência do lance anteriormente descrito há lugar à marcação de um livre directo que Tiago Jorge desperdiça e o jogo termina e o SL Benfica sagra-se campeão nacional.

Final: FC Porto 5  -  SL Benfica 7


Como foi dito anteriormente o SL Benfica foi um justo vencedor, foi a melhor equipa em prova, a que apresentou mais soluções, e que soube explorar ao máximo as poucas fragilidades adversárias. O FC Porto saí de Turquel de cabeça erguida e podendo inclusive culpar-se de alguma ineficácia, pois o livre directo e a grande penalidade falhadas quando havia 5-2 poderiam ter mudado toda a história da partida.

Sinal mais: Em primeiro lugar para as cerca de 1600 pessoas que encheram o Pavilhão de Turquel, umas do Benfica, outras do Porto, outras do Braga, outras dos Tigres, muitas de Turquel e de outros clubes, mas todas do HÓQUEI. Para o golo fantástico de Miguel Rocha que abriu o marcador e para Diogo Neves um dos melhores em pista. No Porto Pedro Costa defendeu o que havia para defender e provou ser um dos melhores na sua posição.

Sinal menos: Para as picardias no final da partida, algumas que começaram com uma atitude menos correcta de um jogador do SL Benfica que não tinha necessidade nenhuma de provocar, pois tinha acabado de se sagrar campeão nacional e só tinha de festejar com os colegas e não provocar os adversários e a equipa técnica.

A equipa de arbitragem acabou por ter uma actuação diametralmente oposta, se o Benfica temia Joaquim Pinto por algumas actuações no passado, o mesmo acabou por ter uma exibição positiva, apenas com a ressalva do azul mostrado a José Barreto. Por seu turno Miguel Guilherme em "pezinhos de lã" e com uma exibição cirúrgica acabou por desmontar aos poucos a estratégia Portista e acabar com algumas esperanças que a equipa de Renato Garrido tivesse para vencer.

Pode rever o jogo num trabalho da Bola Tv, com os comentários de José Santos e Carlos Emídio Martins
1ª parte
2ª parte

Fotos: Plurisports, Miguel Silveira e Cartão Azul

2 comentários:

Sofia disse...

O senhor devia repensar na forma como relata o jogo. Que eu saiba não estava lá dentro a ouvir as palavras de Telmo Pinto para poder afirmar o que este disse ou não disse quando levou azul. Se não está no campo não pode afirmar o que se passa, existem aqui relatos sem sentido nenhum! Outra coisa, os "outros jogadores do Benfica" todos têm nome como Guilherme Silva e João Pais e outros que não refere em diferentes situações. Como site informativo devia ter a responsabilidade de o fazer em vez de muitas da vezes parecer um site de propaganda e de meras opiniões pessoais!!

Cartão Azul disse...

Boa tarde Sra Sofia

Tem toda a razão eu realmente não estava em rinque, mas estava suficientemente perto para ouvir o que o Telmo Pinto disse.

Quanto aos jogadores do SL Benfica referi aqueles que achei que devia referir

Em relação ao site parecer site de propaganda e de meras opiniões pessoais, é a sua opinião e respeito-a na integra, mas deve ser diferente da maioria dos 800 e tal visitantes que por aqui passam diariamente

Atenciosamente com elevada estima e consideração

Francisco Gavancho