Início da primeira parte e, como é timbre da equipa, o SC Tomar querer mandar na partida, a jogar com velocidade e acutilância, com vontade de se adiantar rapidamente no marcador, mas sem o necessário discernimento na finalização e com alguma displicência na defesa a sofrer também alguns calafrios.
Foto: Plurisports |
Por sua vez a equipa do HC Braga a jogar mais na expectativa, a pausar e a pensar mais o jogo, mais consistente, segura na defesa e a atacar mais pela certa, ia dando a sensação de ter o jogo controlado.
Perante este cenário, não foi de estranhar que os forasteiros conseguissem marcar por duas vezes sem resposta e chegassem ao intervalo com esta preciosa vantagem; pairava então no ar algum desalento dos adeptos Nabantinos, algo conformados com uma eventual incapacidade da sua equipa em mudar os acontecimentos.
Mas não viria a ser assim. Com o resultado desfavorável, e portanto com muito pouco a perder ao arriscar mais, o S C Tomar traz do balneário “ganas” ainda maiores de vencer e literalmente empurra o adversário para a sua defesa. Adivinhava-se o golo do Tomar, mas ao mesmo tempo o Braga mantinha uma estóica defesa, muito recuada e consistente, com um guarda-redes ao mais alto nível, pelo que cada vez parecia mais difícil alvejar a sua baliza.
“Tanta vez o cântaro vai à fonte que um dia acaba por partir” é talvez o provérbio popular que se poderia aplicar ao golo de raiva do Tomar com um remate violento à entrada da área dos forasteiros, completamente indefensável.
Galvanizada, a equipa Tomarense continua a sua cavalgada em busca do empate, o que viria a conseguir. Atrevemo-nos a escrever que foi um golo “saído da cartola” de um mágico, cujo setique bem que se poderia apelidar de “varinha mágica”. Simplesmente espetacular!
Delírio nas bancadas do pavilhão pelo lado dos adeptos da equipa das margens do Nabão e frustração desmedida por parte de alguns adeptos Bracarenses, que não se coibiram de fazer explodir um petardo na sua bancada; enfim, gente a mais no desporto, a necessitar rapidamente de acompanhamento psiquiátrico, diríamos!
Após mais de dez minutos de interregno, acalmados os ânimos, recomeça a partida e já na segunda meia metade da segunda parte o Tomar chega pela primeira vez na partida à vantagem através de um livre directo superiormente marcado a penalizar a décima falta do HC Braga.
Aproximava-se o final da partida e era agora a equipa forasteira a pressionar em busca de, pelo menos, o empate. Veio então ao de cima a juventude e irreverência da equipa do Tomar que não soube “aguentar” o resultado e a trinta segundos do final acaba por “oferecer” a oportunidade de golo ao adversário que este não desperdiçaria.
Resultado final, empate a três, na nossa opinião justo pelo regularidade demonstrada pela equipa do Braga a compensar a vontade e querer dos de Tomar.
Esperemos agora pelo desfecho final em Braga, a decidir finalmente a terceira equipa a subir para a primeira divisão na próxima época; na nossa opinião mereciam as duas!
Resultado Final: SC Tomar 3 - HC Braga 3 (0-2 ao intervalo)
Marcadores: Filipe Almeida, Luís Silva e Hernâni Diniz pelo SC Tomar. Ângelo Fernandes, André Ferreira e Pedro "Bekas" Delgado pelo HC Braga.
Árbitros: Jaime Vieira (Alentejo) e Ricardo Leão (Lisboa) auxiliados por António Gameiro (Ribatejo)
Crónica: Luís Brizida
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