sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

AZUIS DA DISCÓRDIA - PARTE V

"...se não houver um critério bem definido..."

Na minha perspectiva a questão dos cartões azuis tem de ser dividida em 2, pois o problema tanto se põe aos 3 azuis como aos 5, pois quando o jogador tiver 4 vai limpar na mesma, assim como também acho que se fossem 5, depois o ideal já seriam 7.
A questão de fundo não está no critério dos árbitros, mas sim na falta dele, essa é a realidade, hoje uma grande percentagem de árbitros no activo, não teve nada a ver com o hóquei em patins, nunca foram jogadores, não têm sensibilidade nem capacidade de leitura do jogo para decidir o que é falta, o que é violência ou o que é simulação, por isso mostram-se cartões que são verdadeiras aberrações.
O que eu defendo é que as exclusões deviam de ser temporárias ( por exemplo 2 minutos ao 2º amarelo) e que se mantivesse 1 jogo de castigo, mas só no caso de acumular 3 azuis directos, porque entende-se que o azul directo é passível de ter acontecido por uma falta grave e o crime não pode compensar. Acho que a exclusão temporária do jogo só por si já era um factor inibidor a determinado tipo de jogo que é passível de cartão azul.
Mas reforço que nada disto resulta se não houver um critério bem definido e que evite que cada arbitro interprete o jogo de maneira diferente. Foi um crime também por este motivo, as novas regras não terem ainda sido aprovadas, mas penso que neste caso dos cartões, pode perfeitamente haver um consenso (que já há), que leve a alterações positivas.

Rafael Oliveira, Seleccionador Nacional Feminino, Treinador da ACR Santa Cita

4 comentários:

Anónimo disse...

Toda a gente gosta de falar da falta de critério que os árbitros, e talvez seja verdade, e falta de critério que os treinadores ao colocar os jogadores para eles fazerem faltas. Sabem qual é diferença do futebol de ingles para o Português, o importante em Inglaterra é bola e em portugal é o jogador porque é o mais facil de acertar.
Ser arbitro não tem nada haver se foi ou não antigo jogador ou parar ser treinador não significa que tenha sido bom ou mau jogador.
Gostava que se preocupassem tanto com os seus treinos e pusessem os jogadores preocupados com a bola e nao com as caneleiras ou stick do adversario.
Gostava que ensinassem aos jogadores quando o árbitro apita o jogador não deve tocar mais na bola se falta foi contra a sua equipa.
Gostava que não utilizassem a pratica de levar cartões para queimar castigos.
Gostava que em vez de dizer mal só por dizerem por algumas defendessem os árbitros, porque para estes não existe dinheiro nem para reciclagens nem para formações nem infelizmente para pagarem a gasolina que tem que por para ir fazer os jogos.
Por acaso tem a noção Sr. Rafael quanto um árbitro tem que dispor por mês para poder ir arbitrar.
Somos e sempre seremos o parente pobre da FPP.
Os jogadores das seleções e talvez nem só eles e isto foi dito por uma figura da FPP em reuniões com todos os árbitros recebem á semana.
Nós este ano nem um tostão ainda vimos e posso dizer que já fiz mais de 3ooo Km para a arbitragem some isto mais portagens e veja quanto dinheiro eu já tiva que por do meu bolso.
Para os editores deste e doutros sites para quando tem a coragem de dar palavra aos árbitros, porque afinal de conta só consigo ver pessoas a dizer mal e não vejo ninguem a defender mas também só vejo sempre pessoas da mesma cor a dizer mal.
Basta de tanta hipocresia. Saibamos todos assumir a nossa cota parte do aml que vai neste reino e naõ sempre a por o negativo parar cima dos outros e não lhe darem hipotese de defender.
J Paulo Romão
jpnunesromao@netcabo.pt

Anónimo disse...

quanto aos arbitros demorarem mais ou menos tempo a receber o dinheiro que têm direito, não tem propriamente a ver com a falta de critério existente e que leva a comportamentos tão díspares, de duplas para duplas e de arbitro para arbitro, pelo menos não devia ter nada a ver, ou quer dizer o Sr. Romão, que se recebessem a horas esses tais quilometros arbitravam melhor? quanto aos árbitros terem ou não a palavra, caberá a quem de direito alterar isso.
O que eu penso que o sr. Rafael disse não foi contra nenhum arbitro, mas sim contra a falta de critério, porque há de facto critérios diferentes ou o Sr. Romão não está de acordo? Até porque se virmos bem toda a gente é unânime em afirmar o mesmo.Ainda digo outra coisa que nenhum destes treinadores disse é que existem ainda alguns arbitros que para alem de não terem jeitinho nenhum para apitar, ainda são prepotentes ao ponto de inventarem e serem mentirosos e tendenciosos.Era isto que todos estes homens que ouvimos aqui deviam ter dito tambem, mas percebo porque não o fazem, porque as responsabilidades que têm não lhes permite correr riscos, pois ainda algum arbitro se vingava aí num jogo qualquer.
Sr. Romão dou-lhe um concelho, não misture problemas de ordem económica com os problemas da disciplina e das regras e das discussões sérias sobre o hóquei que felizmente ainda se vão tendo nalguns blogues como este
, e já agora de certeza que nenhum destes treinadores se fez convidado para falar deste assunto, já o sr, tendo um comportamento digno de penetra, apressou-se a dar o seu email, para quê? para ser entrevistado? se for para misturar alhos com bogalhos mais vale estar calado.

Anónimo disse...

O Sr. Paulo Romão apenas vem confirmar que pelas razões apresentadas e outras já várias vezes aqui publicadas , a qualidade dos árbtiros é fraca,e o que aqui se discute é o poder que é atribuido a um interveniente do jogo que não tem qualidade certificada, ou seja não TÊM TODOS O MESMO CRITÉRIO.Quanto ao resto ,concordamos todos ,ou pelo menos eu nunca ouvi ninguem dizer que os arbitros têm boa formação e reciclagens continuas e condições ideais para trabalhar, mas a culpa não é concerteza dos clubes e dos atletas que pagam tudo o que lhes é exigido,se não pagam ficam a dever,á APR e á FPP entidades que deveriam apoiar a modalidade como um todo ,dando especial relevo á formação de Técnicos e Arbitros e á promoção da modalidade e creio ser precisamente nestes três itens onde menos se vê o trabalho dos responsáveis.PROMOVAM CURSOS DE FORMAÇÃO PARA TODOS OS SECTORES LIGADOS´Á MODALIDADE E PAGUEM PARA APARECEREM NAS NOTICIAS DESPORTIVAS E SOCIAIS(pois tambem nas camadas jovens existe a vertente da formação social e o apoio á integração dos mais desfavorecidos).Aprendam com o Futsal e o Andebol.
Que se saiba os arbitros não t~em contas atrasadas ou têm e depois quem paga são as equipas por eles ajuizadas?. Não me parce decente ter contas em atraso com os árbitros pois os clubes pagam para isso,e se não pagam deviam de ser penalizados por concorrencia desleal, ou pagam todos ou não paga ninguem.
DIZ QUE È uma especie de modalidade.Ou já foi?

Anónimo disse...

Não tenho nem nunca tive algum problema primeiro para me identificar e depois para expor as minhas opiniões. O titulo das entrevistas tem sido OS AZUIS DA DISCORDIA, e este como outros sites tem abordado e até a comunicação social nalguns dos seus diários tem versado este tema e normalmente os árbitros tem sido ou mais ou menos atacados, nunca nenhum teve a gentileza de tentar ouvir os árbitros, normalmente sempre com a desculpa de que os árbitros não falam, o que parar mim é uma falsa questão porque tenho a certeza que se fossem dávamos também a nossa opinião, e essa era dada a mesmo destaque que dão a outros.
O problema dos azuis e o critério é posta desde o ano passado porque , os mesmos começaram a ser punidos ao fim do terceiro cartão com um jogo de castigo, quem fez essas modificações foram os clubes e não os árbitros.
Qual era o objectivo é que o jogo se tornasse menos faltoso e que a bola rolasse mais e o que aconteceu foi que os jogadores continuaram a jogar da mesma forma e viraram se para os árbitros, para que estes não mostrassem tantos amarelos e depois vem o famigerado CRITERIO.
Quanto ao critério não tenho duvidas que ele nunca pode ser igual nem de árbitro para árbitro ou mesmo no mesmo árbitro e porque razão é porque não existe nenhuma jogo igual e nem os jogadores tem abordagens iguais aos jogos.
O preocupante é se os árbitros não aplicassem as Leis, mas posso assegurar que as Leis aplicam as Leis.
Tal como os jogadores não são iguais na sua forma de jogar nem de estar em campo, tal como os treinadores cada um tem sua visão do jogo, e a sua forma de comandar o jogo, aos árbitros deve ser dado o essa hipótese de não ser todos iguais.
Claro que existe na Arbitragem muitas lacunas, tal como existe hoje em dia nos jogadores e nos treinadores.
Como é que se consegue melhorar no desporto em primeiro lugar é com a quantidade , porque havendo quantidade essa pode ser espremida a qualidade, e quando não existe quantidade só o trabalho, formação e mais formação pode dar qualidade.

Mas falando do critério e quando falam do critério falam dos muitos cartões que são mostrados, mas a verdade o que vale haver cartões se não existe penalização directa para a equipa que promove a falta de lealdade pelas regras, é chover no molhado.
Nos últimos anos houve grandes modificações em outros desportos, por exemplo o andebol ainda este ano houve um Mundial tal como nunca tinha havido e porquê? Porque as regras foram mudadas e as penalizações são maiores para quem prevarica as Leis de forma objectiva impedindo as jogadas de ataque, o mesmo aconteceu no raiby no hóquei em campo e podia falar de outros. Por isto tudo pergunto para onde queremos levar o hóquei, Tal como o Sr. Rafael diz havia umas novas regras que iriam ser muito mais duras no aspecto disciplinares que as que estão em vigor, e o que fizeram foram chumbadas. Mas posso dizer tal como as novas regras e como a punição dos cartões são leis feitas por quem de direito e aos árbitros só compete cumpri-las concordem com elas ou não.
Mas falando ainda critérios dos grandes árbitros que vi a arbitrar no hóquei dos quais não tenho a leviandade de falar, sempre tiveram formas diferentes de arbitrar. E para não falar em árbitros de hóquei , falo de outros , o COROADO tinha uma forma completamente diferente de outros e isso não tornava melhor nem pior mas diferente. Por exemplo o Collina chegou a melhor arbitro mundial na opinião de alguns para chegar a esse patamar teve comer muito relva e andar muitos anos cá para que no final ser considerado uns dos melhores.
Quanto a nós não temos duvidas do problema do CRITÉRO mas não podem pedir para não cumprimos, ultimamente tenho feito jogos com poucos cartões ainda hoje acabei de fazer um jogo da 1º com 3 amarelos mas parar isso não basta o meu critério mas sim o critério dos jogadores que nada fizeram para que fosse obrigado a mostrar os cartões.
E acabando com um ouço de Humor normalmente quando marco uma falta um pouco mais dura e não mostro amarelo por norma tanto o publico como o banco é a primeira coisa que pedem e dizem “ENTÃO NÂO HÁ AMARELO”
Bom e Feliz Natal
J Paulo Romão