NOVAS REGRAS! ASPECTOS QUE O TREINADOR DEVE TER EM CONTA...
Opinião Pessoal de Hélder Antunes
Não vou aqui "perder" uma palavra sequer em torno do “estar ou não de acordo” com as novas regras.
Para mim, na presente actualidade e de depois das Novas Regras estarem introduzidas, o mais importante é saber como potencializar os jogadores e a equipa que oriento, tendo em conta essas mesmas regras.
Pessoalmente, não tenho qualquer dúvida que do ponto de vista Físico o trabalho que até então se realizava nas equipas não poderá ser igual ao que presentemente se realiza.
Não realizei nenhum estudo cientificamente validado, mas não tenho dúvidas sobre o que afirmo. Se o jogo está mais rápido, se há menos paragens, se há menos faltas e se há 45 segundos para atacar a baliza adversária, logo o trabalho físico tem de ser adaptado e ajustado, não podendo ser o mesmo tipo de trabalho que se realizava quando o jogo era mais lento, mais faltoso, com mais paragens e sem tempo para atacar a baliza adversária.
Não se pode trabalhar hoje uma equipa do ponto de vista físico como se trabalhava à 4/5 anos atrás. Como também não se pode trabalhar da mesma forma várias equipas. Cada equipa é uma equipa e cada jogador é um jogador. Temos de ter a perfeita noção disso, pois a realidade de cada clube e da cada equipa é diferente e isso estabelece uma correlação directa com o trabalho que se realiza por parte de uma equipa técnica.
Do ponto de vista técnico, está criado o mito que o jogo actual “é para os tecnicistas”. Chega-se mesmo a afirmar que os “tecnicistas” estão mais protegidos. Quero relembrar que para o jogo ser dos “tecnicistas”, é preciso haver jogadores evoluídos tecnicamente. Todavia temos de nos lembrar que cada vez menos existem jogadores evoluídos tecnicamente e porquê? Porque uma das lacunas do Hóquei em Patins actual está na formação base dos seus praticantes, na minha opinião. E aqui poderíamos entrar num tema “enorme” de contra-senso que é a modalidade ter evoluído as suas regras para proteger os “tecnicistas” e cada vez mais os “tecnicistas” serem menos, ou seja, evoluímos as regras para proteger uma minoria. Será? (Não me alongo mais aqui).
Basta ir ao Inter-Regiões e a “olhómetro” qualquer treinador vê que de ano para ano existem menos jogadores evoluídos tecnicamente a surgirem.
Para mim, a grande evolução e o grande trabalho que terá de existir doravante nas equipas é do ponto de vista PSICOLÒGICO. Se até agora poucos davam importância aos aspectos psicológicos do treino, penso ser fulcral trabalhar-se muito bem nesta área.
Eu não tenho dúvidas que uma equipa Psicologicamente bem preparada e trabalhada, poderá tirar vantagens com estas novas regras, sob todos os pontos de vistas. Desde a situação mais simples, por exemplo “a falta de igualdade de critérios na aplicabilidade das regras de jogo por parte da equipa de arbitragem, que leva muitas vezes a que as equipas se descontrolem”, até a uma situação mais complexa de “ficar reduzida a jogar com menos 1 jogador de campo”.
Caberá a cada equipa técnica privilegiar ou não o trabalho psicológico nos seus jogadores.
Do meu ponto de vista, ao realizar uma planificação de uma sessão de treino há que colocar a componente psicológica em todos os exercícios e em tudo o que se diz e faz num treino.
Penso também ser muito mais importante o treinador ao longo da semana de treinos provocar situações reais que possam ocorrer no jogo ou nos jogos, para que se essas mesmas situações ocorrerem no jogo a sério, eles (jogadores) possam estar prontos as “dar uma resposta positiva”, do que por exemplo gastar infinitos minutos de treino na cobrança de livres directos e grandes penalidades.
Já que abordo as grandes penalidades e livres directos, sou da opinião que não se deve exagerar no tempo dispendido ao longo das sessões de treino para estas duas situações. Penso que se deve é elevar os níveis de confiança e de motivação (lá está a psicologia de novo) de um jogador que “bata” bem livres directos de remate com balanço (para mim os que mais resultam em golo) e de um outro jogador que “finte” bem, para que possamos ter 2 opções e seleccionar a melhor mediante o GR adversário.
Quanto à grande penalidade, a mesma coisa, ter sempre os níveis de confiança e de motivação (psicologia de novo) de um jogador que seja exímio a rematar à baliza sem balanço é fulcral. Somente isto no que respeita a grandes penalidades e a livres directos.
Para terminar e talvez fruto de ser um ex-guarda-redes da modalidade, faço aqui a minha ressalva ao facto de eu pensar que as novas regras da modalidade foram testadas, pensadas e introduzidas sem se pensar no guarda-redes. E mais uma vez, o guarda-redes é mais penalizado que beneficiado. Isto causa-me “estranheza cerebral”, uma vez que tanto se fala na importância do guarda-redes numa equipa de Hóquei em Patins. Será então que ele é assim tão importante?
Sob o ponto de vista do treino, penso ser importante, para além do trabalho específico de guarda-redes, realizar-se treino específico ao nível da sua velocidade de reacção, nomeadamente para as situações de defender uma grande penalidade ou livre directo.
Os guarda-redes de Hóquei em Patins (na situação da grande penalidade e do livre directo) são os únicos no mundo que têm de estar em posição estática para não dizer estátua, contraídos e há espera que o adversário execute a respectiva falta sem existir um sinal sonoro.Para finalizar, volto afirmar que o que atrás foi descrito é meramente a minha opinião e que será por aqui que devemos ir quando falamos das Novas Regras. A sabedoria popular diz que “não vale a pena chover no molhado”…
Para mim, na presente actualidade e de depois das Novas Regras estarem introduzidas, o mais importante é saber como potencializar os jogadores e a equipa que oriento, tendo em conta essas mesmas regras.
Pessoalmente, não tenho qualquer dúvida que do ponto de vista Físico o trabalho que até então se realizava nas equipas não poderá ser igual ao que presentemente se realiza.
Não realizei nenhum estudo cientificamente validado, mas não tenho dúvidas sobre o que afirmo. Se o jogo está mais rápido, se há menos paragens, se há menos faltas e se há 45 segundos para atacar a baliza adversária, logo o trabalho físico tem de ser adaptado e ajustado, não podendo ser o mesmo tipo de trabalho que se realizava quando o jogo era mais lento, mais faltoso, com mais paragens e sem tempo para atacar a baliza adversária.
Não se pode trabalhar hoje uma equipa do ponto de vista físico como se trabalhava à 4/5 anos atrás. Como também não se pode trabalhar da mesma forma várias equipas. Cada equipa é uma equipa e cada jogador é um jogador. Temos de ter a perfeita noção disso, pois a realidade de cada clube e da cada equipa é diferente e isso estabelece uma correlação directa com o trabalho que se realiza por parte de uma equipa técnica.
Do ponto de vista técnico, está criado o mito que o jogo actual “é para os tecnicistas”. Chega-se mesmo a afirmar que os “tecnicistas” estão mais protegidos. Quero relembrar que para o jogo ser dos “tecnicistas”, é preciso haver jogadores evoluídos tecnicamente. Todavia temos de nos lembrar que cada vez menos existem jogadores evoluídos tecnicamente e porquê? Porque uma das lacunas do Hóquei em Patins actual está na formação base dos seus praticantes, na minha opinião. E aqui poderíamos entrar num tema “enorme” de contra-senso que é a modalidade ter evoluído as suas regras para proteger os “tecnicistas” e cada vez mais os “tecnicistas” serem menos, ou seja, evoluímos as regras para proteger uma minoria. Será? (Não me alongo mais aqui).
Basta ir ao Inter-Regiões e a “olhómetro” qualquer treinador vê que de ano para ano existem menos jogadores evoluídos tecnicamente a surgirem.
Para mim, a grande evolução e o grande trabalho que terá de existir doravante nas equipas é do ponto de vista PSICOLÒGICO. Se até agora poucos davam importância aos aspectos psicológicos do treino, penso ser fulcral trabalhar-se muito bem nesta área.
Eu não tenho dúvidas que uma equipa Psicologicamente bem preparada e trabalhada, poderá tirar vantagens com estas novas regras, sob todos os pontos de vistas. Desde a situação mais simples, por exemplo “a falta de igualdade de critérios na aplicabilidade das regras de jogo por parte da equipa de arbitragem, que leva muitas vezes a que as equipas se descontrolem”, até a uma situação mais complexa de “ficar reduzida a jogar com menos 1 jogador de campo”.
Caberá a cada equipa técnica privilegiar ou não o trabalho psicológico nos seus jogadores.
Do meu ponto de vista, ao realizar uma planificação de uma sessão de treino há que colocar a componente psicológica em todos os exercícios e em tudo o que se diz e faz num treino.
Penso também ser muito mais importante o treinador ao longo da semana de treinos provocar situações reais que possam ocorrer no jogo ou nos jogos, para que se essas mesmas situações ocorrerem no jogo a sério, eles (jogadores) possam estar prontos as “dar uma resposta positiva”, do que por exemplo gastar infinitos minutos de treino na cobrança de livres directos e grandes penalidades.
Já que abordo as grandes penalidades e livres directos, sou da opinião que não se deve exagerar no tempo dispendido ao longo das sessões de treino para estas duas situações. Penso que se deve é elevar os níveis de confiança e de motivação (lá está a psicologia de novo) de um jogador que “bata” bem livres directos de remate com balanço (para mim os que mais resultam em golo) e de um outro jogador que “finte” bem, para que possamos ter 2 opções e seleccionar a melhor mediante o GR adversário.
Quanto à grande penalidade, a mesma coisa, ter sempre os níveis de confiança e de motivação (psicologia de novo) de um jogador que seja exímio a rematar à baliza sem balanço é fulcral. Somente isto no que respeita a grandes penalidades e a livres directos.
Para terminar e talvez fruto de ser um ex-guarda-redes da modalidade, faço aqui a minha ressalva ao facto de eu pensar que as novas regras da modalidade foram testadas, pensadas e introduzidas sem se pensar no guarda-redes. E mais uma vez, o guarda-redes é mais penalizado que beneficiado. Isto causa-me “estranheza cerebral”, uma vez que tanto se fala na importância do guarda-redes numa equipa de Hóquei em Patins. Será então que ele é assim tão importante?
Sob o ponto de vista do treino, penso ser importante, para além do trabalho específico de guarda-redes, realizar-se treino específico ao nível da sua velocidade de reacção, nomeadamente para as situações de defender uma grande penalidade ou livre directo.
Os guarda-redes de Hóquei em Patins (na situação da grande penalidade e do livre directo) são os únicos no mundo que têm de estar em posição estática para não dizer estátua, contraídos e há espera que o adversário execute a respectiva falta sem existir um sinal sonoro.Para finalizar, volto afirmar que o que atrás foi descrito é meramente a minha opinião e que será por aqui que devemos ir quando falamos das Novas Regras. A sabedoria popular diz que “não vale a pena chover no molhado”…
Extraído do Blog "THP - Treinadores Hóquei em Patins"
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