quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ENTREVISTA A CARLOS EMÍDIO MARTINS

Terminada a 1ª fase dos Regionais nos respectivos escalões de formação, o Cartão Azul (CA) deslocou-se até Tomar, para falar com Carlos Emídio Martins (CEM), administrador do Blog "Hóquei Regional" e um profundo conhecedor dos escalões de formação, em grande parte motivado pelo facto de anos e anos a fio a colaborar com a iniciação/formação tanto da SFG Pais como no SC Tomar. 
CA - Bom dia Carlos, como viste este Regional e quais as diferenças que vês nos clubes em relação ao Regional do ano passado? 
CEM -É o segundo Regional que se está a realizar fruto das alterações preconizadas pela FPP relativamente ao quadro competitivo das camadas jovens, e como tal só com o tempo é que se podem começar a tirar conclusões mais exaustivas.
Mas começa a dar a perceber várias situações tanto a nivel desportivo como competitivo relativamente ao trabalho dos Clubes envolvidos.
E aqui dá para concluir que de entre as três Associações envolvidas, o Ribatejo está mais à frente tanto em quantidade de equipas assim como na qualidade do trabalho desenvolvido pelos Clubes na sua generalidade. Das 71 equipas envolvidas nas provas Regionais desde Benjamins a Juniores, o Ribatejo tem 31 equipas representativas de 8 Clubes, a AP Leiria com 24 equipas distribuídas por 6 Clubes, e a AP Coimbra com 16 equipas a representarem 5 Clubes.
E se nos debruçarmos sobre os números dentro de cada Associação podemos ver que na APR dos 8 Clubes, 6 tem entre 4 a 6 escalões a competir e onde só o  “Corujas”  (2) e o “Rio Maior” (1) destoam da maioria. Na AP Leiria a referência é o HC Turquel (com 9 equipas nos 6 escalões) e o SC Marinhense com 5 equipas. As restantes tem em actividade  entre 1 ( CSM Peniche) a tres equipas (os restantes Clubes).
Essa discrepância ainda é mais evidente na AP Coimbra, onde o destaque vai para a A Académica C (6 equipas e 5 escalões) e o FCO Hospital com 5 equipas a evoluir. Os restantes Clubes ,Lagonense ( 2 escalões) Vigor e Macidade (2 escalões) e Arazede (1 escalão), dividem o resto das equipas em competição a representar a AP Coimbra.
Esta intermitência de equipas nalguns escalões em muitos destes Clubes acaba por seleccionar naturalmente, os que investem na modalidade a fundo, dos outros.
Não quer isto dizer que existam Clubes com pouco interesse em apostar na modalidade, porque as circunstâncias e as variantes são muitas, desde ter ou não um espaço fisico que permita desenvolver o HP, à dificuldade de conseguir matéria humana que permita sustentar de forma constante a formação dos Clubes, entre outros.
Penso, que face a estes números é evidente que se trabalha mais e melhor no Ribatejo, e embora o SC Tomar seja o Clube mais forte em termos estruturais e competitivos na generalidade dos escalões, existe em quase todos os restantes Clubes um trabalho de qualidade que de uma forma ou outra acabam por ter equipas muito competitivas, o que faz com que essa visibilidade nos Nacionais das várias categorias, seja repartida por vários Clubes.
Na Associação de Leiria nota-se de forma clara que a hegemonia competitiva está em Turquel, Clube que aposta muito e bem na formação, e que é na minha opinião,  o Clube neste momento mais forte da região centro, tanto em termos competitivos como estruturais. De Infantis a Juniores, qualquer das equipas é candidata a vencer os respectivos escalões.
Em Coimbra, com dois Clubes (AAC e FCOH) a representarem 70 % das equipas da Associação, é natural que a competitividade seja diminuta. A Académica Coimbra é o Clube mais emblemático, mas tem a concorrência do O Hospital, Clube que pese embora a interioridade a que está sujeito, tem feito um trabalho notável na modalidade, mas é claro que a falta de competição acabe por penalizar este e os restantes Clubes de Coimbra.
Isto tudo para te responder à pergunta de como vejo e analiso este Regional.
É pois sem surpresas que vemos as equipas Ribatejanas a garantir já 6 equipas para o Nacional podendo ir até às 8/9 formações. Leiria já garantiu 4, podendo chegar às 6/7, e por fim Coimbra até ao momento garantiu a presença de 1 equipa no Nacional podendo se tudo correr pelo melhor meter 2 ou 3 equipas. Reforçando aquilo que disse atrás, o resultado destes números tem a haver com todos os factores atrás descritos, e a tendência é para se manter assim nos próximos tempos.
Se nos lembrarmos dos Clubes e equipas que na passada época disputaram o Nacional, vemos que esta época irá ser quase uma fotocópia do mesmo. O HC Turquel irá ter 4 equipas, o SC Tomar pelo menos 3, o J. Ouriense já com 2 garantidas e mais uma com oportunidades, o HC Santarém com 1 garantida e mais uma na calha, e o Santa Cita com a formação de Iniciados com grandes chances de lá estar. Depois vem o BIR, o FCO Hospital, e a A Académica C assim como o  Águias com 1 equipa já confirmada e este Clube com hipóteses de meter 2. Como vês são praticamente os mesmos emblemas a representarem a região centro na montra do HP Nacional.
Mas acima de tudo há um facto que tem que ser realçado, que é a competitividade entre as formações das várias Associações, o que aumenta a qualidade das provas, com os Clubes a sairem reforçados em termos qualitativos para os Nacionais."A prova cabal disso foi a época passada com o FCO Hospital em Juvenis e o HC Turquel em Juniores a estarem nas finais-four, assim como o SCFour.
Por isso este modelo de competição na minha óptica deverá ter continuidade, embora ainda haja rectificações que se poderão fazer, como por exemplo, criar cabeças de série nos Escalões (a exemplo de Lisboa, que adptou esse sistema esta época), uma vez que o fosso entre os Clubes ainda é grande, basta ver a discrepância nalguns resultados, e com este modelo salvaguardava-se, a distribuição das melhores equipas pelos grupos, não existindo assim a probabilidade...."
Por isso este modelo de competição na minha óptica deverá ter continuidade, embora ainda haja rectificações que se poderão fazer, como por exemplo, criar cabeças de série nos Escalões (a exemplo de Lisboa, que adaptou esse sistema esta época), uma vez que o fosso entre os Clubes ainda é grande, basta ver a discrepância nalguns resultados, e com este modelo salvaguardava-se, a distribuição das melhores equipas pelos grupos, não existindo assim a probabilidade de caírem todos ou quase todos no mesmo grupo, condicionando assim a hipóteses de chegarem os melhores aos Nacionais. Porque é isso naturalmente que se quer, que as equipas que representem qualquer destas 3 Associações mostrem na montra principal do HP de formação a qualidade e o trabalho que estes Clubes efectuam nas suas “canteras”.


CA - Achas que as equipas apuradas tem hipóteses reais nos nacionais de chegar ás finais-four?
CEM - Na minha opinião existem 2 ou 3 equipas que tem eventualmente capacidade para atingirem esse patamar.
Destaco sem dúvidas o FC Oliveira do Hospital em Juvenis, porque mantém quase a mesma estrutura à já alguns anos, e se considerarmos que na passada época estiveram na final-four, é de crer mantém aspirações a estar lá novamente.
O HC Turquel em Juniores, outro dos Clubes que na passada época esteve em Bragança a disputar a final-four, embora esteja com uma equipa,aparentemente mais fraca, acredito que tenha capacidade para se bater por um lugar entre as 4 melhores formações, até porque conta com um apoio sempre muito forte por parte do publico local, factor muitas vezes decisivo para as boas prestações que o Clube tem obtido a nível regional e nacional.
Ainda em Juvenis, estou curioso para saber o que o SC Tomar e o HC Turquel poderão fazer no Nacional, porque me parecem equipas com capacidade de se bater com as melhores formações nacionais. Mas o factor interioridade tem ainda custos muito altos, e que em muitas situações são muitos difíceis de serem superados.
Em Infantis realço o HC Santarém porque mantém praticamente a mesma equipa da passada época que esteve no Nacional, assim como o HC Turquel, com uma formação também ela quase toda repetente da passada época e que tão bons resultados obteve no Nacional da categoria. 
Nos Iniciados ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que o regional vai prolongar-se até ao final de Janeiro, mas o Águias da Memória é claramente o favorito deste escalão, até porque mantém também a quase totalidade dos jogadores que na passada época evoluíram no Nacional.
Em resumo, existem aqui formações que poderão suplantar-se no Nacional e baralhar as contas dos eternos favoritos das andanças das finais-four.
CA - Para terminar, quais são na tua opinião os principais favoritos aos títulos regionais por escalão?
CEM - Nos Juniores, Juvenis e Infantis, qualquer das equipas que vai jogar a fase de apuramento para Campeão é candidato natural a vencer a prova.
Em qualquer dos escalões vão lá estar as melhores formações, cada jogo vai ser uma final, e onde serão os pequenos erros que irão fazer a diferença para os melhores.
Em Juniores, o favoritismo é para o HC Turquel, campeão em titulo e um dos crónicos canditatos a vencer a prova. Mas o BIR para mim poderá ser a surpresa deste escalão. Com um conjunto muito homogéneo e muito forte ofensivamente vai ser o osso mais duro de roer para os Turquelenses. O SC Tomar e o J Ouriense vão ter uma palavra a dizer nesta história toda, e poderão ser qualquer uma delas um vencedor surpresa em Juniores.
Em Juvenis é onde na minha óptica, se vai assistir a um equilíbrio maior, entre o FCO Hospital, o HC Turquel e o SC Tomar. A equipa Beirã vai defender o titulo conquistado na passada época em Santarém, mas vai ter o Turquel e o Tomar “à perna”. O Turquel esta época reforçada com um dos melhores guarda redes nacional e com um conjunto muito forte e lutador vem para esta fase disposta a levar o “Caneco” para a “Aldeia do Hóquei”. O SC Tomar com um conjunto quase todo de 1.º ano, mas onde pontificam alguns bons valores individuais, vai ter que mostrar nesta fase o porquê do favoritismo que muitos apontam a esta formação. Inserida num grupo muito acessível nesta 1.ª fase, só agora é que vai entrar na batalha propriamente dita. Vamos esperar para ver como é que a equipa orientada por Pedro Nobre vai reagir aos jogos a doer. Deixei propositadamente o Ouriense para o fim, porque acho que a equipa de Pipoca, poderá ser o “outsider” deste grupo. Sem nada a perder, esta formação Ouriense, que é algo heterógenea no seu conjunto, poderá surpreender qualquer dos outros opositores ao titulo. A partir do dia 4 de Dezembro, é seguir o segundo episódio da saga “Titulo Regional Juvenil”.
Quanto aos Infantis vão ter 3 “galos” para o mesmo poleiro. Com uma qualificação ligeiramente diferente dos outros Escalões, o HC Santarém é para mim a equipa que reúne o maior favoritismo. Com uma equipa quase toda repetente da passada época, o actual Campeão Regional, tem quase a obrigação de repetir a história, mas terá que ter cuidado com o HC Turquel, que para variar é sempre um candidato sério ao Ceptro. Por fim o SC Tomar, com uma equipa quase toda nova nestas andanças,e que terminou a 1.ª fase invicta, parte moralizada para esta fase final sabendo que nada tem a perder perante as outras duas formações. Poderá criar surpresa, vamos ver como se portará a equipa do jovem técnico Tomarense Vasco Pereira.
Por fim nos iniciados, só agora se entrou na segunda volta do Campeonato, mas já deu para perceber que no grupo B, o HC Turquel é de longe a formação mais forte. A seguir vem o HC Santarém que se não houver nenhum percalço de caminho também deverá garantir a presença no Nacional.
No Grupo A é que as contas estão mais complicadas. O Águias parece ser a equipa com mais argumentos para vencer o Grupo e talvez a prova Regional. Depois assiste-se a uma luta entre o Tomar e o Santa Cita pelo 2.º lugar e que dá direito a presença na Nacional. Vamos ter que esperar até meados de Janeiro para saber quais as equipas que disputarão a Final-Four Regional a 23 desse mês.

4 comentários:

Anónimo disse...

peço desculpa mas nao e sobre este optimo trabalho que eu vou falar mas se me permitem e ate aqueles que dizem mal dos arbitros do ribatejo é nao continuua a ser uma vergonha as nomeaçooes deste conselho nacional dde arbitros,em duas jornadas nomeia 1 arbitro para femeninos e 1 para terceiro arbitro é a gozar com os poucos do ribatejo mas eles sao bons, tem um problema nao inclinam as pistas mas lembro aos senhores do norte que nomeam que ainda falta um pouco para os campeoes,quem nomeia se nao sabe entregue a outro ou sera um lugar cativo,falavam dos outros mas estao muito abaixo,nao queram que seja so o norte o hoquei porque para estes lados tambem se joga e bem ponham os olhos no turquel e nao queiram as pistas inclinadas,para bem do hoquei,tchau e o barrete serve á melhor cabeça mas por este andar temos que fazer mais barretes,como nao han ofensas gostaria de ver esta mens publicada obrigada

Anónimo disse...

Grande trabalho o do Carlos Emidio. Abraço

Anónimo disse...

na verdade aqui esta um registo que corroboro plenamente,e desculpem me os outros distritos e associações pois eu sou de leiria e acompanho o hoquei e por acaso acompanho os arbitros do ribatejo
e digo vos ja que sem duvidas estes sao dos melhores que por ai andam e nao é desprimor para os de leiria mas na verdade diz se tanto mal dos arbitros e normalmente é sempre por quem perde ou nao sabe nada de arbitragem que eu tenho de dizer que estes daqui nao fazem "fretes" nem favores a ninguem! è por isso que por vezes ha arbitros que sao aqui criticados e isso é notório que cai sempre sobre aqueles que nao se deixam pressionar e tb ja vi que alguns é por razoes pessoais e nao desportivas!

Um abraço Carlos Emidio e Gavancho,continuem!


Jose Sousa

Anónimo disse...

ainda bem que se identifica que por amizade eu conheco obrigado npela sinceridade mas todos falham so que alguns flham mais que outros e por vezes outro tipo de falhas como o sr frizou e bem mas parece que isto esta entregue aos bichos,eles mudam regras,eles nomeiam sempre os mesmos 2,3,4 jogos por semana, eu sei la fazem o que lhes apetece mas a batata quente esta sempre nas mesmas vitimas OS ARBITROS um abraço mas nao posso identificar-me mas qualquer dia posso