FCO HOSPITAL VENCE EM DOIS RINGUES

Mais uma vez com o Albano Mateus bem composto o União FE (3º classificado) recebeu o FCO Hospital (2º classificado) num jogo que se antevia de grau elevado de dificuldade para ambas as equipas que estavam separadas na tabela classificativa por 4 pontos. Começou melhor a equipa de Oliveira do Hospital a fazer circular bem a bola e a manter a sua posse, acercando-se da baliza de Márito com lances bem delineados que revelam trabalho de casa bem desenvolvido durante a semana. A pouco e pouco a equipa da casa foi segurando o jogo e ganhando ascendente, mas seria a equipa da "aba da serra" com 19m30s para jogar a inaugurar o marcador por intermédio de Veloso. A equipa de Cajé/Simões não acusou o golo e continuou a trocar bem a bola, a privilegiar o colectivo em detrimento do individual, e a procupar a baliza de Malta, mas seria a equipa forasteira a ter duas excelentes oportunidades de ampliar o marcador, sem no entanto ter conseguido esse intento. Quando faltavam 9 minutos para o final da 1ª parte numa jogada de insistência do União com ressaltos uns atrás dos outros seria Marco Bento à boca da baliza a fazer o empate e a trazer justiça para o marcador. O jogo corria normalmente com ambas as equipas a procurarem o resultado e com o arbitro de Lisboa Jorge Carmona a passar despercebido (sinónimo de boa actuação até ao momento) e lance cá lance lá as defesas iam-se sobrepondo aos ataques e assistia-se a uma boa partida de hóquei ou não estivessem dois dos três primeiros classificados a jogar. Quando faltavam cerca de 2 minutos para o final da 1ª parte o União FE atinge a 10ª falta de equipa e Gonçalo Barreto chamado a marcar o livre directo não aproveita a oportunidade.

Faltavam 01m47s quando tudo se transformou no Albano Mateus, sob a batuta (leia-se apito) de quem de Lisboa viajou acompanhado pelos seu "fiel escudeiro" António Jardim (3º arbitro que estava no cronometro), João Pais atrás da sua baliza atinge Bruno Carvalho na cabeça, e o arbitro da partida mostra-lhe o vermelho directo, no entanto fica a sensação que o jogador de Oliveira do Hospital não tenta agredir, mas como o setique atinge o capitão Unionista na cabeça era merecedor de cartão azul, (esta é no entanto a minha opinião do lance). Assinalado o correspondente livre directo, e antes da marcação do mesmo, Gonçalo Barreto perto do arbitro da partida e de frente para o cronometro pega do setique de Bruno Carvalho e atira-o para o meio ringue perto da vedação, lance que passou impune tanto ao arbitro principal como ao 3º arbitro e que valeria azul ou se fosse utilizado o mesmo critério anteriormente utilizado vermelho, mas a equipa de arbitragem foi condescendente com o jovem atleta, que parece exercer alguma influência nos árbitros pois segundo informação que corre nos meios hoquistas, em Odivelas foi expulso e depois já no balneário retirada a mesma expulsão. Mas voltando ao jogo Marco Bento chamado a marcar o livre directo não perdoou e estava dada a volta no marcador e com este 2-1 chegar o intervalo.

Intervalo: União FE 2  -  FCO Hospital 1     (Faltas: 10 - 8)

A segunda parte começa praticamente com o golo do empate da equipa visitante estavam decorridos 1m10s João Amaro foi o seu autor, para decorridos poucos segundos Marco Bento fazer hattrick e repor a diferença. «Começou frenética esta segunda parte, comentavam os espectadores», e tinham razão, a bola continuava a rondar ambas as balizas, mas numa visão mais apurada via-se que começava a faltar "pernas" aos jogadores da casa, e que a equipa forasteira começava a apostar nos remates de meia distância, (remates esses que resultariam em três golos), até pelo facto de se terem apercebido que Márito estava um bocado "tremido" nesse tipo de lance. A equipa de Oliveira do Hospital atinge a 10ª falta com 22 minutos para jogar e Marco Bento chamado a marcar não leva a melhor sobre Malta e o resultado mantém-se, já nesta altura Jorge Carmona iam apitando e marcando faltas de equipa sem que algumas tivessem razão de ser e com um critério não uniforme pois o que marcava para um lado, em caso igual não marcava para o outro. No mesmo minuto em que Marco Bento desperdiçou um livre directo o capitão da equipa visitante vê o cartão azul e desta feita foi Pedro Ricardo chamado à cobrança do livre directo, falhando mais uma oportunidade soberana de aumentar o marcador. Antes da marcação do livre directo o arbitro da partida expulsa João Rodrigues que estava no banco por alegadas palavras dirigidas à sua pessoa. Com 3-2 no marcador e a equipa do União a jogar contra três consegue o quarto golo por autoria de Marco Bento, que fazia assim poker. Entra um jogador para o FCOH, mas o União continua a beneficiar de power-play, mas seria a equipa visitante a marcar por João Amaro, num remate de meia distância onde Márito não ficou bem na fotografia, faltava ainda 19 minutos para o final e o resultado marcava 4-3. O União continuou por cima do jogo pois a equipa forasteira como já foi dito começou a apostar na "artilharia de longa distância" e Pedro Brazete viria a colocar a diferença de dois golos no placard, 5-3 a 17 minutos do terminus da partida. O União atinge a 15ª falta e Veloso chamado a marcar não consegue marcar, mas na recarga João Amaro que foi mais rápido do que a concorrênciaapuradissímo sentido auditivo e expulsa Barros Simões por alegadas palavras a si dirigidas, palavras essas que nós que nos encontrávamos atrás da baliza (muito mais perto) não descortinamos nem ouvimos, aliás nem gestos aliadas a essas mesmas palavras. A equipa do FCOH beneficia de situação de power-play pois pelo facto de ter sido exibido cartão vermelho ao treinador da equipa da casa, teve que sair um atleta de campo, e soube aproveitar para chegar à igualdade, faltavam 7 minutos para o final e estava feito o 5-5.

Com 3 minutos para jogar a equipa do FCOH atinge a 15ª falta e Zé Miguel chamado a marcar o livre directo não aproveita a oportunidade e tudo fica na mesma, o jogo continua naquela fase em que qualquer uma equipa pode ganhar assim penda a sorte, ou a eficácia. Numa jogada na tabela junto á bancada ainda no meio-ringue visitante, Jorge Carmona fazendo apelo mais uma vez aos seus apurados instintos, não só acústicos como visuais, descortina uma falta a Marco Bento e mostra-lhe o azul, quando o lance não passa de uma disputa de bola entre os dois jogadores, e aponta o consequente livre directo que o capitão Veloso falha, faltava ainda 2m30s para o fim e o FCOH beneficiava de power-play e viria a aproveitar essa situação a 46 segundos do final quando Gonçalo Barreto faz o sexto golo da sua equipa, que deu direito a festejos pouco usuais e provocatórios para toda a assistência, perante novamente a passividade de Jorge Carmona que assistiu a tudo calmo e tranquilo como se de um festejo normal se tratasse. Não terminaria a partida sem que o Sr. Juíz da partida que viajou de Lisboa mostrasse cartão azul a Bruno Carvalho, pelo facto de o capitão de equipa Unionista apenas o ter questionado pela marcação de uma falta. Com esta vitória a equipa de Oliveira do Hospital subiu á liderança, aproveitando o desaire caseiro do líder até então ACR Santa Cita frente ao HC Lourinhã (2-3).

Final: Intervalo: União FE 5  -  FCO Hospital 6     (Faltas: 18 - 17)

Sob a arbitragem de Jorge Carmona e  António Jardim (3º arbitro) as equipas alinharam:

União FE: Márito, Carvalho (c), Brazete, Zé Miguel e Marco Bento

Jogaram ainda: Pedro Ricardo

Não Jogaram: Velez, Navalho e Filipe

FCO Hospital: Malta, Veloso (c), João Pais,Gonçalo Barreto e João Amaro

Jogaram ainda: João Rodrigues, Miguel, Brantanas e Alexandre

Não Jogou: Rui Daniel

Sinal Mais: Para a assistência que tem composto o Albano Mateus e para o apoio prestado do primeiro ao ultimo minuto à sua equipa. Para a equipa do FCO Hospital pela garra e juventude apresentada.

Sinal Menos: Para o não aproveitamento dos livres directos por parte do União (4 falhados, que dariam de certeza outro colorido ao marcador), para Gonçalo Barreto o elo mais fraco da equipa do FCO Hospital (não no capitulo técnico, porque verdade seja dito é bom jogador e um verdadeiro jogador de equipa) com atitudes que não se coadunam com a pratica desportiva, com atitudes a provocar todos os espectadores a maioria com idade para serem pais e/ou avós e ainda uma bancada recheada de senhoras.

Para o arbitro da partida que prejudicou ambas as equipas com a marcação de faltas com critérios diferentes para situações iguais e para o deixar passar impune as duas situações referidas do jogador Gonçalo Barreto, sendo que na primeira António Jardim que está no cronometro não fica isento de culpas.

Nota final, para a situação após terminar o jogo em que Zé Miguel ao dar a bola ao arbitro a mesma ressalta na sua direcção, atingindo-o . Jorge Carmona de imediato pede a um  dos agentes da PSP presente para identificar Zé Miguel e tomar conta da ocorrência, considerando que tinha sido agredido e todo o "sururu" daí resultante com Zé Miguel a perder "as  estribeiras" pois queria explicar e o arbitro não o ouvia (quem diria com um sentido auditivo tão apurado) e depois a tentar aí sim fazer-se ouvir e chegar perto do arbitro utilizando a força. Uma nota negativa a finalizar uma partida emocionante bem jogada, com indecisão até ao final e onde dois elementos um de vermelho e outro de azul acabaram pela negativa por o cunho pessoal na partida.

Fotos de arquivo: Barros Simões e Correio da Beira_Serra