Depois de uma semana extremamente conturbada, com Pedro Nifo a optar por abandonar o comando técnico da equipa, passando a mesma a ser orientada de forma interina pelo até então treinador adjunto João Santos, coadjuvado nesta tarefa pelos jogadores André "Kéké" Martins e Rui Oliveira, os Tigres tinham uma tarefa que se antevia extremamente complicada, ao reduto de um dos candidatos à subida de divisão, a A.D. Oeiras.
A juntar a toda essa turbulência, acrescentar que no decurso da semana se soube, que foi instaurado um inquérito disciplinar a João "Janeka" Silva que o afastou (neste caso de forma indeterminada) da partida a exemplo de Anderson, que cumpriu o 2º dos 4 jogos com que foi castigado. Foi então com todas estas condicionantes, que a equipa Almerinense, subiu à pista, para este jogo da 6ª jornada.
Equipa Inicial:
17- Carlos Coelho (Pilé) Gr.
4 - André Martins (Kéké) (Cap.)
55 - Márcio Nunes
5 - André Gaspar
28 - Paulo Passos (1)
Suplentes:
26 - João Galão
7 - Rui Oliveira
8 - Hugo Morais
45 - Ivan Mamedov
10 - João Patrício Gr.
Os instantes iniciais da partida, mostraram uma ADO determinada em chegar rapidamente ao golo, perante um Tigres ainda à procura da melhor solução para refrear esse ímpeto adversário. Depois de 5 minutos iniciais, em que Pilé e seus pares iam demonstrando crescente concentração defensiva, surge a 1ª grande situação de golo a favor dos Tigres, com A. Gaspar em iniciativa individual, a furar pelo meio da defesa contrária e a ser derrubado já dentro da área, tendo sido assinalada a consequente grande penalidade. Na conversão da mesma. Paulo Passos falha a 1ª tentativa, pois os jogadores saíram prematuramente, obrigando desse forma a dupla de arbitragem a ordenar a repetição do castigo e aí Paulinho já não perdoou, inaugurando o marcador e dando mais tranquilidade á sua equipa. Praticamente na jogada de resposta ao golo, a ADO beneficia tb de uma grande penalidade, na sequência de um derrube a Diogo Alves, mas ao contrário do seu adversário a equipa da linha de Oeiras desperdiça esta oportunidade, com Pilé a defender de forma superior o remate e de seguida a recarga, ambas da autoria do experiente Tiago Nogueira. Esta situação, deu ainda mais alento à equipa de Almeirim, que de forma desinibida conseguia em definitivo repartir o jogo, é no entanto o Oeiras a aproveitar um ataque rápido para chegar ao empate, na sequência de uma "bomba" desferida do corredor central, por André Garção, restabelecendo a igualdade. Faltavam 15 minutos para o final e Rui Vieira opera a 1ª alteração no encontro, retirando Diogo Alves e lançando Paulo Jesus. Apesar da alteração, o jogo continua bastante equilibrado, com mais posse de bola da ADO, mas a serem do Tigres as principais ocasiões de golo, como foram as protagonizadas por Gaspar, que 1º enviou a bola ao poste, depois de uma excelente combinação ofensiva com Paulinho, e depois obrigou João Robalo a empregar-se a fundo para evitar nova vantagem dos visitantes. Até ao final do 1º tempo nada de mais relevante a assinalar, a não ser o facto de na equipa dos Tigres não terem sido feitas alterações, enquanto no Oeiras, ainda se registou o regresso de D. Alves para o lugar de Garção.
Intervalo
AD Oeiras 1 vs 1 HC Tigres
Faltas de equipa 2 - 6
2ª Parte
No reatamento do jogo, o Tigres regressa com os mesmos 5 iniciais, enquanto no Oeiras, Garção continua de fora, mantendo-se Paulo Jesus nos eleitos de Vieira. O jogo continua numa toada bastante idêntica à do 1º tempo, com posses de bola mais prolongadas da equipa da casa e com um Tigres mais expectante, a tentar jogar sempre pela certa no ataque de forma a não se desequilibrar no momento da recuperação de bola adversária. Com 7 minutos jogados, voltam a processar-se 2 alterações na equipa da "Linha" com o jovem Tiago Rodrigues a ter a oportunidade de se estrear na partida e tb Garção a regressar à pista, para os lugares de Jesus e Nogueira. A ADO tenta começar a pressionar mais alto, mas o Tigres continua a sair com critério e numa dessa transições, Kéké é claramente enganchado, mas a dupla de arbitragem tem outro entendimento, poupando o jogador da casa ao Azul respectivo. Instantes depois, a dupla de arbitragem já não tem dúvidas em sancionar com grande penalidade, um toque na bola de Kéké, na sequência de uma queda dentro da área. Pilé protesta e é sancionado com cartão azul, deixando a sua equipa em claras dificuldades. A. Gaspar é o sacrificado, para a entrada de João Patrício, que acaba por se revelar decisivo na partida, defendendo de forma fantástica a grande penalidade apontada por Garção e mais 2 recargas sucessivas. O Tigres resiste ao "power-play" subsequente, com Patrício uma vez mais a destacar-se com 2 excelentes intervenções. Estamos a meio do 2º tempo e o equilíbrio mantém-se, apesar dos jogadores do Tigres começarem a dar sinais de alguma fadiga. A 10 minutos do final, é assinalada a 10ª falta de equipa a penalizar o Tigres. Antes da tentativa de conversão da mesma, o Tigres gasta o seu Time-out e aproveita essa paragem para fazer regressar á pista Pilé, uma decisão que causou alguma surpresa, deixando no ar a sensação de injustiça para com o jovem Patrício, que tão bem havia estado. Desta vez, é Paulo Jesus que não consegue desfeitear um tb inspirado Pilé. Entramos na recta final da partida e perante algum desnorte da equipa da casa, começa de novo o Tigres a ficar por cima da partida e a construir algumas ocasiões de iminente golo, principalmente através dos irreverentes P. Passos e A. Gaspar. Perante o cada vez maior caudal ofensivo do Tigres o nº de faltas tb foi aumentando no marcador de faltas do Oeiras, mas surpreendentemente quando chegou ás 9 não mais de lá saiu, apesar de terem havido algumas situações que o teriam justificado. A partida acaba com o Tigres a encostar literalmente o Oeiras às cordas, mas uma vez mais a sorte e outros "promaiores" a não ajudarem os Almerinenses a regressarem ao trilho da vitórias.
Ficou a imagem de uma equipa 100% empenhada em honrar as "Gentes de Almeirim"
Crónica/Fotos: José Carlos Gaspar
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