segunda-feira, 2 de novembro de 2015

TARDA A JUSTIFICAR O ESTATUTO DE CANDIDATO

Ao 3º jogo (oficial) em Almeirim a equipa de Pedro Nifo perdeu tb a invencibilidade caseira, ampliando dessa forma a crise de resultados dos "Tigres" que por uma razão ou outra, tardam em justificar o estatuto de candidatos à subida que lhes era atribuído no arranque do campeonato.


Mas vamos às principais incidências do jogo.

De regresso a casa, a equipa do Tigres cedo demonstrou ao que vinha, rubricando os melhores 25 minutos da época com Pedro Nifo a voltar ao seu 5 habitual, que se manteve inalterado durante todo o 1º tempo e grande parte do 2º.

17- Carlos Coelho (Pilé) Gr.
4 - André Martins (Kéké) (Cap.)
45 - João Silva (Janeka) (1)
5 - André Gaspar 
28 - Paulo Passos

Jogaram ainda:
26 - João Galão
7 - Rui
8 - Hugo Morais 
55 - Márcio Nunes 
10 - João Patrício Gr.

Foi com tudo, que os Tigres entraram no jogo e apesar da boa réplica da equipa vinda de "Monte Santos", era evidente a supremacia da equipa da casa, bastante rematadora (destaque para mais uma grande exibição de um g.redes forasteiro, cabendo desta feita o papel de protagonista a Pedro Santos) e muito rápida quer na circulação de bola no ataque, como nas transições quer defensivas quer ofensivas, se bem que nestas últimas a falta de critério no último passe e/ou na finalização foi gritante.

Foi nesta toada que surgiu a 1ª grande oportunidade de golo, com Paulinho a desperdiçar uma grande penalidade, que havia sido marcada a sancionar um patim intencional de Vasco que dessa forma impediu que a bola entrasse na sua baliza, estavam decorridos cerca de 7 minutos de jogo.

O jogo ia ficando mais repartido, com as defesas quase sempre melhor que os ataques, mas com os Tigres sempre mais perigosos e como prova disso, entre o minuto 15 e o minuto 18, a equipa de Nifo desperdiça 3 claras situações de golo, em lances onde o azar (bola no poste) umas vezes e a precipitação noutras (2 passes falhados em 2X1) impediram que a bola entrasse na baliza do Sintra.

Provavelmente percebendo que a sua equipa estava em apuros, Paulo Pantana pede o 1º time-out do jogo quando faltavam 6:30 para o intervalo e consegue de alguma forma estancar a avalanche de ataques para a sua área. 

É já na recta final deste 1º tempo que o Sintra tem a 1ª clara situação de golo, com Quintino a trabalhar bem dentro da área, na posição especifica de pivot, e a permitir excelente defesa de Pilé.

Faltavam cerca de 2 minutos, quando Janeka é carregado em falta dentro da área, falta que é prontamente assinalada, por uma dupla de arbitragem que já estava a ser muito contestada nesse momento pelos adeptos da casa.

O castigo máximo é de novo desperdiçado, desta feita pelo próprio Janeka. Tempo ainda para Pedro Nifo pedir o seu tempo técnico e passado pouco mais de 1 minuto as equipas recolherem aos balneários com o Tigres a ter de se queixar de si próprio e da sua ineficácia na finalização, para não estar em vantagem.
Registo ainda para o facto de neste 1º tempo não se ter registado nenhuma substituição.

Intervalo

HC Os Tigres 0 vs 0 HC Sintra

Faltas de equipa 7 - 3

2ª Parte

Início de 2ª parte com as equipas a continuarem a não registar alterações. O sinal + continuava a ser dos anfitriões, mas os homens da terra das queijadas, iam sendo cada vez mais perigosos nas rápidas saídas para contra-ataque e numa delas criou-se uma situação de algum sururu junto da baliza de Pilé, com os jogadores do Sintra a reclamarem que a bola teria entrado, mas rapidamente se percebeu que esses protestos não tinham razão de ser.

Aos 6 minutos, eis que finalmente o Tigres chega à merecida vantagem, por Janeka, que em mais uma rápida transição pelo corredor esquerdo do seu ataque, dispara um "míssil" à baliza do Sintra, não dando hipóteses de defesa ao g.redes contrário.

Paulo Pantana, reage à desvantagem e mexe pela 1ª vez, colocando em pista os jovens Diogo Carrilho e Ricardo Viegas, para os lugares de Vasco e Quintino e na verdade esta alteração, mexeu com o jogo, pois estes 2 elementos deram outra agressividade à equipa do Sintra, que passou a pressionar o portador da bola adversário, de forma mais efectiva, condicionando dessa forma a construção do ataque de um Tigres que ia começando a dar sinais de algum cansaço.

Quintino volta à pista a render Tomás e escassos segundos depois volta a sair, mas por força de um cartão azul com que foi admoestado na sequência de protestos junto dos árbitros com o jogo parado. Por esse facto não ouve lugar a livre-direto, mas apenas ao respectivo power-play a beneficiar a equipa da casa.
Faltam 14 minutos para o final e os Tigres sentem que é o momento de consolidar a vantagem, no entanto a ânsia de chegar ao golo foi tanta, que acabou a ser a equipa do Sintra a empatar, com o cap. Paulo Dias numa iniciativa individual a empatar o jogo, para desespero da equipa da casa.

Poucos instantes depois, Nifo promove a 1ª alteração, retirando Janeka e lançando Márcio, numa altura em que tb no Sintra, Tiago Pedro entrava pela 1ª vez.
A pressão defensiva do Sintra era cada vez maior e fruto disso o avolumar de faltas de equipa ia tb aumentando, com a 10ª a chegar quando faltavam cerca de 11 minutos para o final.

Desta feita é a vez de André Gaspar desperdiçar mais esta soberana ocasião de recolocar a sua equipa em vantagem, permitindo por 2 vezes (o LD foi repetido por infracção assinalada, aos jogadores do Sintra, na saída antecipada da área aquando da 1ª tentativa) a defesa de Pedro Santos.

Poucos minutos depois sai um "esgotado" Gaspar e regressa Janeka, numa altura em que o Tigres ainda consegue ir criando ocasiões de perigo, como foi o caso de uma fantástica iniciativa individual de Paulo Passos que por pouco não dava golo, mas a maior frescura física do Sintra era por demais evidente e começava a temer-se o golo do Sintra.

Que viria a surgir a escassos 4 minutos do final, da autoria do recém entrado Quintino, que à entrada da área atira a contar, colocando pela 1ª vez a sua equipa em vantagem.

De imediato, Nifo recoloca Gaspar em pista no lugar do cap. Kéké e o Tigres volta a correr todos os riscos, arriscando num pressing a toda a pista. Mas o cansaço e falta de discernimento impediam que esse risco tivesse êxito, sendo uma vez mais de pesadelo estes últimos 3 minutos e pouco, com a reedição do jogo da semana passada. Deste modo, a equipa forasteira beneficia de 4 LD fruto da 10ª falta, cartões azuis a Márcio e Gaspar e, finalmente, cartão vermelho a Janeka, sendo que apenas esta última bola parada foi aproveitada pelo Sintra, com o cap. Paulo Dias a bisar na partida e a fixar o resultado final. 

Com esta derrota a equipa de Almeirim afunda-se na classificação e o horizonte é negro se tivermos em conta que para além do ciclo competitivo tremendamente difícil que a equipa atravessa (na próxima jornada, deslocação a Oeiras e depois recepção ao S.C. Tomar), a equipa vai estar privada de Anderson e muito provavelmente de Janeka para esses jogos.​

Pode ver o resumo do jogo e as declarações de Pedro Nifo aqui, num trabalho do Almeirense TV

Crónica: José Carlos Gaspar

Sem comentários: