quinta-feira, 28 de maio de 2015

PAPARUCO – O COMENTADOR

Taça de Portugal – O que vi e o que li


Agora que já pouco se fala da final-four da Taça de Portugal realizada no passado fim-de-semana em Vila Franca de Xira, e depois do apelo do Retiro da Avó Lídia que me levou para outra vertente que não o hóquei em patins, cá estou eu a deixar a minha opinião, de que goste-se ou não é a minha.


No jogos da meia-final que colocou SL Benfica e OC Barcelos em busca de um lugar na final de domingo, a equipa Minhota entrou melhor com a lição bem estudada e com muito “sangue na guelra” devido à juventude que integrava o plantel escalado para a final-four, e com estes dois factores associados a equipa do Óquei deu “água pela barba” ao campeão nacional e não foi de estranhar que por duas vezes estivesse na frente do marcador. O SL Benfica foi correndo atrás do prejuízo e foi complicado aos pupilos de Pedro Nunes “desmontar o xadrez” Barcelense que esteve quase “a dar galo” aos encarnados. O Benfica viu a estrelinha da sorte brilhar e lá seguiu para a final, num jogo que merecia prolongamento e foi emotivo do primeiro ao último minuto. No entanto existem dois pormenores que me prenderam a atenção e merecem ser revelados.

- A excelente exibição do “keeper” do OC Barcelos, Ricardo Silva que provou mais uma vez (como se isso fosse necessário) que é dos melhores na sua posição e se a esta exibição juntarmos o que fez durante a época, merecia estar agora no Luso integrado no trabalhos da selecção nacional que prepara o Mundial, mas Luís Sénica optou (e respeito a sua escolha) por Pedro Henriques (sem por em causa a sua qualidade) continua a ser o eterno suplente e não tem rotina de jogo para um Mundial, e já agora se a ideia do seleccionador era levar um suplente estranha-se a “não chamada” de Nelson Filipe do FC Porto que foi titular durante o castigo de Edo Bosh e revelou as qualidades sobejamente conhecidas. 
- A forma provocatória como Tiago Rafael festejou o golo em frente à claque do OC Barcelos, numa atitude daquelas que incendeiam um pavilhão e ainda por cima vindo de um jogador que já representou o clube Minhoto, e estranha-se ou talvez não, não ver registado em lado nenhum apesar da muita comunicação social presente, apenas ouvi na rua várias referências ao sucedido, e pergunto eu se fosse um jogador do Barcelos a fazê-lo, quanta tinta tinha sido gasta a relatar o facto.


A UD Oliveirense, Sporting CP trouxe ao rinque duas equipas que nos últimos tempos se cruzaram várias vezes com a vantagem da equipa de Nuno Lopes (recorde-se o apuramento para a final-four da Taça CERS) que desta feita voltou a sair vitoriosa frente à equipa de Tó Silva, num jogo onde os Leões entraram melhor e André Moreira (a jogar em casa, pois é natural de Vila Franca) foi elemento chave a que se juntou Ângelo Girão. A equipa de Oliveira de Azeméis com alguns jogadores a fazerem o ultimo (s) jogo (s) pois estão de saída para outras paragens ainda chegou ao empate 1-1, mas depois foi incapaz de contrariar os argumentos leoninos e a etapa complementar foi disso prova e o 4-1 final também.
Deste jogo realce para a boa prestação da equipa de arbitragem constituída por Paulo Rainha (Minho) e José Pinto (Porto) e para João “Mustang” Pinto que têm de refrear o seu ímpeto e não simular certas faltas pois prejudica-se a si próprio e a equipa, e tira-lhe um pouco da enorme qualidade que têm, que sem estes “senão” o colocariam uns pontos mais acima na “bolsa”.

Foto: David Veiga

Quanto à final não me vou manifestar pois não estive presente, apenas vi o resumo e li o que se escreveu nos jornais, sites e blogs e quero endereçar publicamente os parabéns ao SL Benfica pela conquista do troféu, provando mais uma vez que é a melhor equipa em Portugal. Uma palavra também para a arbitragem, e se Miguel Guilherme (Lisboa) e Joaquim Pinto (Porto) são dos melhores em Portugal, também é verdade que gostam deixar a sua “xancela” quando apitam e normalmente quando o fazem, fazem mal e com prejuízo para terceiros.

Quase a terminar que a prosa vai longa acho que o Sporting CP ficou mal na fotografia ao não comparecer na cerimónia de entrega de prémios pois apesar de toda a razão que lhe pudesse assistir, esta atitude acabou por fazer perder a mesma, como também não percebo a revolta de muitos adeptos encarnados pelo facto, visto que o seu clube noutra modalidade quando perdeu uma competição em casa, desligou as luzes do estádio e ligou o sistema de rega.

Finalmente recorde-se que o facto de uma equipa faltar à entrega de medalhas não é caso virgem na modalidade e com o exemplo a vir de cima, e basta recuar a 2011 para constatar que a Selecção Nacional teve a mesma atitude no Mundial de San Juan em protesto pela arbitragem no jogo das meias finais frente à Argentina.

2 comentários:

Paulo disse...

Francisco, o último parágrafo não corresponde inteiramente à verdade: "Finalmente recorde-se que o facto de uma equipa faltar à entrega de medalhas não é caso virgem na modalidade e com o exemplo a vir de cima, e basta recuar a 2011 para constatar que a Selecção Nacional teve a mesma atitude no Mundial de San Juan em protesto pela arbitragem no jogo das meias finais frente à Argentina.".
Essa ausência foi justificada quer ao Secretário de Estado do Desporto na altura, como pode comprovar aqui: http://desporto.sapo.pt/.../alexandre-mestre-apoia... , como na própria Assembleia Geral da FPP.
Bem sei que esse argumento já foi utilizado, sendo no mínimo desvirtuar a verdade, para justificar um acto.

Unknown disse...

Esqueceu-se de referir o porquê da escolha do pavilhão! Um pavilhão com uma só bancada (mau para a segurança), um piso escuro que é péssimo para ser tele-visionado e numa altura em que se fala da modalidade ser mais vezes transmitida pela TV, sem ar condicionado, foi um autentico forno para espectadores e jogadores, sem cobertura de entrada e saída dos jogadores para o balneário etc..... péssima a escolha para um evento desta categoria e natureza que é uma final da Taça de Portugal.