A VISÃO DO ÁRBITRO
Em jeito de resposta ao Hugo Sousa, por João Paulo Romão
As mudanças criam por norma algumas incertezas, por mudarem o que está instituído há muito, por termos que mudar a nossa mentalidade à nova realidade, e porque foram muitos anos a regermos por algo e que agora muda.
Todos nós que estamos inseridos no fenómeno desportivo, neste caso do Hóquei em Patins, vamos ter a nossa opinião sobre o assunto, seja enquanto jogador, treinador, dirigente ou árbitro. Devemos, e é nossa obrigação, aquando da construção de algo, e neste caso das regras vigentes, dar a nossa opinião. As mesmas estiveram durante muito tempo em discussão, tanto cá em Portugal, como nos outros países. Mas a grande parte dos interlocutores o que fizeram? Assobiaram para o lado!!!
Naturalmente, enquanto uns dos agentes ligados à modalidade tenho a minha opinião sobre as regras vigentes, tenho ainda mais uma forte opinião da forma em como são organizados os jogos, e se queremos ser uma modalidade consentânea com os títulos mundiais que honramos conquistar, temos que pensar que todo o espectáculo desportivo deve ter regras, e começa logo, antes de começar o jogo, de só estar quem pode estar.
As perguntas colocadas pelo Hugo, jogador que arbitro há muitos anos, são pertinentes, e merecem da minha parte toda a minha atenção. Não para contrapor, nem para dizer se concordo ou não, mas tentar dar uma nova visão do facto.
O facto é que as regras estão a vigorar, gostemos ou não delas, por isso só nos resta adaptarmo-nos ás mesmas, e quanto o mais rápido melhor.
È normal ouvir, que os árbitros decidem jogos, nada mais irrealista, quem decide jogos, são os jogadores com as suas acções, porque é a forma como fazem essa acção que as torna punível ou não.
Naturalmente, existem correcções a fazer ás regras, até porque quem as fez disse logo isso, e que o período de adaptação às mesmas seria de três anos.
Mas não nos podemos esquecer, que isto deve servir para dialogar e esclarecemo-nos a todos, e não para aproveitar, para o bota abaixo. Quanto a mim tenho a perfeita noção, que me estou a adaptar ou a tentar adaptar-me esta nova realidade. Em jogo tomo boas e más decisões, mas as mesmas tem que ser tomadas na altura, e quando tomo uma má decisão só tenho que tentar rectificar, para não cair no mesmo erro.
O mesmo deve acontecer com todos os outros intervenientes, sejam eles jogadores ou treinadores, devem jogar limpo e leal, e quando por força das circunstâncias jogaram prevaricando a LEI, só têm que saber aceitar, e numa próxima fazer, cumprindo a LEI.
1 - Até ao ano passado, quantas regras foram alteradas em 20 anos para trás? Estas novas regras são apropriadas para se ter um único árbitro num jogo (terceira Divisão Nacional e escalões Jovens)?
1- Nos últimos vinte anos foram várias as regras que foram alteradas, posso dar alguns exemplos;
* tamanho das balizas
* tamanho da área de baliza
* introdução da área de protecção do guarda redes
* todas as faltas contra a equipa defensiva dentro da sua área serem grande penalidade
* introdução de locais próprios para a marcação do livre directo
* as mudanças sucessivas de como se marca uma grande penalidade
* as mudanças de posição de defender uma grande penalidade
Quando se começou a arbitrar jogos de hóquei, eram três os árbitros em pista, depois devido a problemas económicos, passou a ser só um, depois passaram a dois árbitros na primeira divisão e um ano depois também na segunda, infelizmente essa medida nunca chegou nem à terceira nem ás camadas jovens. Mas pergunto teríamos árbitros para isso tudo?
Para o árbitro todos os jogos deveriam ter dois árbitros, e pessoal formado convenientemente para a posição de terceiro árbitro e cronometrista.
2 - Os árbitros sabem todos como agir em conformidade perante várias situações de jogo? Onde andam os observadores dos árbitros?
2 – Poderia perguntar, todos os jogadores sabem da mesma forma responder ás solicitações postas durante um jogo? Claro que não.
Aos árbitros acontece a mesma coisa, todos os árbitros devem saber as regras, mas aplicá-las em pista, de uma forma consistente, só os anos e experiência, vai permitir, essa consistência. Depois um jogador treina várias vezes por semana. Aos árbitros não lhe são dadas, as mesmas hipóteses. Deveria de haver uma comissão técnica que deveria preparar, pelo menos quinzenalmente, formação/treino, através de vídeos explicativos das mais diversas situações de jogo.
Por onde andam os observadores? Se calhar pelo mesmo sitio onde andam os árbitros que faltam para completar os quadros. Com as condições oferecidas e da forma como somos vistos pelos diversos sectores da sociedade, ainda é um milagre haver árbitros.
3 - Uma pessoa que assiste regularmente a jogos de hóquei sem formação de árbitro consegue arbitrar um jogo com as novas regras (quando não há arbitro)?
3- A resposta é básica: claro que não. Antes das novas regras as pessoas que iam fazer o trabalho de árbitro, faziam-no, não por conhecer as regras no seu todo, mas por conhecê-las nos seus aspectos gerais. Actualmente, com alguma e muito especificidade que as regras têm, não é fácil. Naturalmente o que era falta antigamente continua a ser falta agora, mas é mais difícil de declarar a natureza da mesma.
4 - O hóquei é um desporto de velocidade, acham bem marcar faltas de setique contra setique?
4 – Aqui está uma falsa questão. Quando um jogador, ao cortar uma bola, no movimento toca no stick adversário, não fazendo que este perca o controle da bola, não existe falta nenhuma. O problema é quando o jogador ataca o stick num plano mais alto, ou atinge por mais que uma vez deliberadamente o stick adversário. O uso do stick, para bem do hóquei tem que ser controlado, porque em jogos que havia há mais de dois anos, o mesmo servia para tudo menos para jogar na bola. E convenhamos que o stick foi inventado para que o jogador só movimentasse a bola através deste dito instrumento.
5 - Alguém me consegue explicar a regra dos 45 segundos para atacar e como o árbitro controla esse tempo? Quem me explica o que é jogo passivo para um arbitro...?
5 – Nada mais fácil, como as regras estão hoje, tirou-se qualquer subjectividade que poderia haver por parte dos árbitros. A partir do momento que uma equipa ganha a posse da bola, tem 45 segundos para rematar à baliza adversária. Para poder continuar com a posse da bola ou o tempo recomeça a contar do zero, ou então depois de feito um remate a bola toca no guarda redes adversário, nos postes e barra da baliza adversária ou ainda a equipa atacante beneficia da marcação de uma grande penalidade ou livre directo.
Por isso, não cabe analisar se uma equipa faz ou não jogo passivo, é tudo uma questão de tempos.
O problema é que deram um nome errado à lei que está em vigor. A lei devia chamar-se de “Tempo de Ataque” e não de “Jogo Passivo”.
A forma de controlar, deveria ser como se faz no basquetebol, mas infelizmente não é assim, então, como bons portugueses temos que nos desenrascar, olha para o cronómetro e passamos o jogo a fazer contas.
6 - Se as faltas de equipa penalizam, porque alguns árbitros ainda dão a lei da vantagem?
6 – Porque está na Lei. A marcação de faltas de equipa tem a ver muito com o desenrolar do jogo. Ou seja, não é qualquer toque no stick adversário ou contacto que é falta. È falta quando existe uma acção deliberada por parte de um jogador que pretende por meios não lícitos tirar vantagem, tanto nos toques dos adversários, como nas movimentações.
Na lei vigente, quando na opinião do árbitro existe uma falta de equipa, a mesma deve ser sempre marcada, para isso tem que interromper o jogo. Mas se na opinião do árbitro a equipa que sofreu a falta, encontra-se numa situação de contra ataque de três para dois ou de dois para um, o árbitro deve dar a lei da vantagem mas fazer sinal à mesa da respectiva falta de equipa. Pela experiência que tenho, por norma cada vez que assinalo uma falta com a bola em movimento, os terceiros árbitros (dos clubes) normalmente nunca vêem.
7 - A situação de amostragem de cartão azul e livre directo e power-play não serão penalizações a mais?
7- Se existe penalização, é porque houve infracção. Naturalmente quanto mais grave, é essa infracção, também mais grave deve ser a penalização. O hóquei é um desporto para ser jogado, tem que ter um instrumento extra que não faz parte do corpo, por isso as regras devem bem regulamentar o uso desse mesmo instrumento, mas muito rapidamente passa de stick para cacete. As regras tendem para que os jogadores não de esqueçam disso. Se o jogador utilizar o stick só para jogar na bola, esta pergunta nem se punha.
O Hóquei em Patins é desporto de pavilhão, em que a velocidade é a principal arma de jogo, E a velocidade é mesmo muita. Além disso outra característica do Hóquei, é a movimentação dos seus jogadores, neste segundo são defesas, no segundo seguinte são avançados. Por tudo isso, as sensações que se vivem num jogo são intensas, e muitas vezes difíceis de controlar, e a melhor forma para todos cumprirmos as regras, é sabermos que, as infringirmos, vamos ser duramente penalizados.
8 - Não acham que cada árbitro tem a sua interpretação e hoje em dia não é difícil decidir um jogo e ter a desculpa de dizer no fim do jogo que são as novas regras? Acreditam que os árbitros sabem todos interpretar as novas regras? É impressão minha ou as novas regras podem ter interpretações diferentes?
8 – Essa questão passa-se com as regras novas, passava-se com as antigas e passam com as regras de todos os outros desportos. Porque a interpretação de uma dada situação, tem três juízes diferentes; a equipa que beneficia, a equipa infractora e do árbitro. E por força das circunstâncias raramente é unânime.
Enquanto árbitro, não tenho duvidas que as regras vigentes, são de mais fácil aplicação. E porquê? Porque define como deve ser utilizado o utensílio de jogo, isto é, em circunstâncias normais, ele só pode ser utilizado na bola. Quando utilizado nas zonas protegidas do adversário de forma mais viril, ou de forma não violenta fora das mesma, é considerada uma situação grave, por isso passível de amostragem de cartão azul. Sempre que um jogador utilize o stick de forma intencional ou não e que provoque a queda do adversário (engachamento), ou mesmo de lado pondo o stick provocando uma rasteira, é sancionado com cartão azul e sempre que o jogador na disputa de uma bola, empurre de forma clara e outra vez com ou sem intenção (por exemplo não conseguir travar a tempo carregando o adversário) é sempre sancionado com cartão azul.
Por isso as regras vigentes ficaram mais clara, o jogo é para ser jogado com um stick, na bola, e quem não souber dominar o stick, é punido. O jogo é para ser jogado sobre uns patins, procurando a melhor posição de jogo, sem servir dos braços para ganhar posição.
O Jogador deve saber que o stick é para jogar sempre, encostado ao chão da pista e nunca deve servir nem de arma de arremesso ou utiliza-lo como escudo nas costas do adversário.
Peço desculpa por ter sido longo na minha resposta, mas é minha contribuição, talvez para um melhor esclarecimento. Mas muita água há-de correr, para que tudo fique mais ou menos bem. Porque bem nunca há-de ficar. Não nos podemos esquecer que são duas equipas que jogam para ganhar e que só uma ganha. A isto chama-se COMPETIÇÃO.
Extraído do Site "Clube União Micaelense"
Todos nós que estamos inseridos no fenómeno desportivo, neste caso do Hóquei em Patins, vamos ter a nossa opinião sobre o assunto, seja enquanto jogador, treinador, dirigente ou árbitro. Devemos, e é nossa obrigação, aquando da construção de algo, e neste caso das regras vigentes, dar a nossa opinião. As mesmas estiveram durante muito tempo em discussão, tanto cá em Portugal, como nos outros países. Mas a grande parte dos interlocutores o que fizeram? Assobiaram para o lado!!!
Naturalmente, enquanto uns dos agentes ligados à modalidade tenho a minha opinião sobre as regras vigentes, tenho ainda mais uma forte opinião da forma em como são organizados os jogos, e se queremos ser uma modalidade consentânea com os títulos mundiais que honramos conquistar, temos que pensar que todo o espectáculo desportivo deve ter regras, e começa logo, antes de começar o jogo, de só estar quem pode estar.
As perguntas colocadas pelo Hugo, jogador que arbitro há muitos anos, são pertinentes, e merecem da minha parte toda a minha atenção. Não para contrapor, nem para dizer se concordo ou não, mas tentar dar uma nova visão do facto.
O facto é que as regras estão a vigorar, gostemos ou não delas, por isso só nos resta adaptarmo-nos ás mesmas, e quanto o mais rápido melhor.
È normal ouvir, que os árbitros decidem jogos, nada mais irrealista, quem decide jogos, são os jogadores com as suas acções, porque é a forma como fazem essa acção que as torna punível ou não.
Naturalmente, existem correcções a fazer ás regras, até porque quem as fez disse logo isso, e que o período de adaptação às mesmas seria de três anos.
Mas não nos podemos esquecer, que isto deve servir para dialogar e esclarecemo-nos a todos, e não para aproveitar, para o bota abaixo. Quanto a mim tenho a perfeita noção, que me estou a adaptar ou a tentar adaptar-me esta nova realidade. Em jogo tomo boas e más decisões, mas as mesmas tem que ser tomadas na altura, e quando tomo uma má decisão só tenho que tentar rectificar, para não cair no mesmo erro.
O mesmo deve acontecer com todos os outros intervenientes, sejam eles jogadores ou treinadores, devem jogar limpo e leal, e quando por força das circunstâncias jogaram prevaricando a LEI, só têm que saber aceitar, e numa próxima fazer, cumprindo a LEI.
1 - Até ao ano passado, quantas regras foram alteradas em 20 anos para trás? Estas novas regras são apropriadas para se ter um único árbitro num jogo (terceira Divisão Nacional e escalões Jovens)?
1- Nos últimos vinte anos foram várias as regras que foram alteradas, posso dar alguns exemplos;
* tamanho das balizas
* tamanho da área de baliza
* introdução da área de protecção do guarda redes
* todas as faltas contra a equipa defensiva dentro da sua área serem grande penalidade
* introdução de locais próprios para a marcação do livre directo
* as mudanças sucessivas de como se marca uma grande penalidade
* as mudanças de posição de defender uma grande penalidade
Quando se começou a arbitrar jogos de hóquei, eram três os árbitros em pista, depois devido a problemas económicos, passou a ser só um, depois passaram a dois árbitros na primeira divisão e um ano depois também na segunda, infelizmente essa medida nunca chegou nem à terceira nem ás camadas jovens. Mas pergunto teríamos árbitros para isso tudo?
Para o árbitro todos os jogos deveriam ter dois árbitros, e pessoal formado convenientemente para a posição de terceiro árbitro e cronometrista.
2 - Os árbitros sabem todos como agir em conformidade perante várias situações de jogo? Onde andam os observadores dos árbitros?
2 – Poderia perguntar, todos os jogadores sabem da mesma forma responder ás solicitações postas durante um jogo? Claro que não.
Aos árbitros acontece a mesma coisa, todos os árbitros devem saber as regras, mas aplicá-las em pista, de uma forma consistente, só os anos e experiência, vai permitir, essa consistência. Depois um jogador treina várias vezes por semana. Aos árbitros não lhe são dadas, as mesmas hipóteses. Deveria de haver uma comissão técnica que deveria preparar, pelo menos quinzenalmente, formação/treino, através de vídeos explicativos das mais diversas situações de jogo.
Por onde andam os observadores? Se calhar pelo mesmo sitio onde andam os árbitros que faltam para completar os quadros. Com as condições oferecidas e da forma como somos vistos pelos diversos sectores da sociedade, ainda é um milagre haver árbitros.
3 - Uma pessoa que assiste regularmente a jogos de hóquei sem formação de árbitro consegue arbitrar um jogo com as novas regras (quando não há arbitro)?
3- A resposta é básica: claro que não. Antes das novas regras as pessoas que iam fazer o trabalho de árbitro, faziam-no, não por conhecer as regras no seu todo, mas por conhecê-las nos seus aspectos gerais. Actualmente, com alguma e muito especificidade que as regras têm, não é fácil. Naturalmente o que era falta antigamente continua a ser falta agora, mas é mais difícil de declarar a natureza da mesma.
4 - O hóquei é um desporto de velocidade, acham bem marcar faltas de setique contra setique?
4 – Aqui está uma falsa questão. Quando um jogador, ao cortar uma bola, no movimento toca no stick adversário, não fazendo que este perca o controle da bola, não existe falta nenhuma. O problema é quando o jogador ataca o stick num plano mais alto, ou atinge por mais que uma vez deliberadamente o stick adversário. O uso do stick, para bem do hóquei tem que ser controlado, porque em jogos que havia há mais de dois anos, o mesmo servia para tudo menos para jogar na bola. E convenhamos que o stick foi inventado para que o jogador só movimentasse a bola através deste dito instrumento.
5 - Alguém me consegue explicar a regra dos 45 segundos para atacar e como o árbitro controla esse tempo? Quem me explica o que é jogo passivo para um arbitro...?
5 – Nada mais fácil, como as regras estão hoje, tirou-se qualquer subjectividade que poderia haver por parte dos árbitros. A partir do momento que uma equipa ganha a posse da bola, tem 45 segundos para rematar à baliza adversária. Para poder continuar com a posse da bola ou o tempo recomeça a contar do zero, ou então depois de feito um remate a bola toca no guarda redes adversário, nos postes e barra da baliza adversária ou ainda a equipa atacante beneficia da marcação de uma grande penalidade ou livre directo.
Por isso, não cabe analisar se uma equipa faz ou não jogo passivo, é tudo uma questão de tempos.
O problema é que deram um nome errado à lei que está em vigor. A lei devia chamar-se de “Tempo de Ataque” e não de “Jogo Passivo”.
A forma de controlar, deveria ser como se faz no basquetebol, mas infelizmente não é assim, então, como bons portugueses temos que nos desenrascar, olha para o cronómetro e passamos o jogo a fazer contas.
6 - Se as faltas de equipa penalizam, porque alguns árbitros ainda dão a lei da vantagem?
6 – Porque está na Lei. A marcação de faltas de equipa tem a ver muito com o desenrolar do jogo. Ou seja, não é qualquer toque no stick adversário ou contacto que é falta. È falta quando existe uma acção deliberada por parte de um jogador que pretende por meios não lícitos tirar vantagem, tanto nos toques dos adversários, como nas movimentações.
Na lei vigente, quando na opinião do árbitro existe uma falta de equipa, a mesma deve ser sempre marcada, para isso tem que interromper o jogo. Mas se na opinião do árbitro a equipa que sofreu a falta, encontra-se numa situação de contra ataque de três para dois ou de dois para um, o árbitro deve dar a lei da vantagem mas fazer sinal à mesa da respectiva falta de equipa. Pela experiência que tenho, por norma cada vez que assinalo uma falta com a bola em movimento, os terceiros árbitros (dos clubes) normalmente nunca vêem.
7 - A situação de amostragem de cartão azul e livre directo e power-play não serão penalizações a mais?
7- Se existe penalização, é porque houve infracção. Naturalmente quanto mais grave, é essa infracção, também mais grave deve ser a penalização. O hóquei é um desporto para ser jogado, tem que ter um instrumento extra que não faz parte do corpo, por isso as regras devem bem regulamentar o uso desse mesmo instrumento, mas muito rapidamente passa de stick para cacete. As regras tendem para que os jogadores não de esqueçam disso. Se o jogador utilizar o stick só para jogar na bola, esta pergunta nem se punha.
O Hóquei em Patins é desporto de pavilhão, em que a velocidade é a principal arma de jogo, E a velocidade é mesmo muita. Além disso outra característica do Hóquei, é a movimentação dos seus jogadores, neste segundo são defesas, no segundo seguinte são avançados. Por tudo isso, as sensações que se vivem num jogo são intensas, e muitas vezes difíceis de controlar, e a melhor forma para todos cumprirmos as regras, é sabermos que, as infringirmos, vamos ser duramente penalizados.
8 - Não acham que cada árbitro tem a sua interpretação e hoje em dia não é difícil decidir um jogo e ter a desculpa de dizer no fim do jogo que são as novas regras? Acreditam que os árbitros sabem todos interpretar as novas regras? É impressão minha ou as novas regras podem ter interpretações diferentes?
8 – Essa questão passa-se com as regras novas, passava-se com as antigas e passam com as regras de todos os outros desportos. Porque a interpretação de uma dada situação, tem três juízes diferentes; a equipa que beneficia, a equipa infractora e do árbitro. E por força das circunstâncias raramente é unânime.
Enquanto árbitro, não tenho duvidas que as regras vigentes, são de mais fácil aplicação. E porquê? Porque define como deve ser utilizado o utensílio de jogo, isto é, em circunstâncias normais, ele só pode ser utilizado na bola. Quando utilizado nas zonas protegidas do adversário de forma mais viril, ou de forma não violenta fora das mesma, é considerada uma situação grave, por isso passível de amostragem de cartão azul. Sempre que um jogador utilize o stick de forma intencional ou não e que provoque a queda do adversário (engachamento), ou mesmo de lado pondo o stick provocando uma rasteira, é sancionado com cartão azul e sempre que o jogador na disputa de uma bola, empurre de forma clara e outra vez com ou sem intenção (por exemplo não conseguir travar a tempo carregando o adversário) é sempre sancionado com cartão azul.
Por isso as regras vigentes ficaram mais clara, o jogo é para ser jogado com um stick, na bola, e quem não souber dominar o stick, é punido. O jogo é para ser jogado sobre uns patins, procurando a melhor posição de jogo, sem servir dos braços para ganhar posição.
O Jogador deve saber que o stick é para jogar sempre, encostado ao chão da pista e nunca deve servir nem de arma de arremesso ou utiliza-lo como escudo nas costas do adversário.
Peço desculpa por ter sido longo na minha resposta, mas é minha contribuição, talvez para um melhor esclarecimento. Mas muita água há-de correr, para que tudo fique mais ou menos bem. Porque bem nunca há-de ficar. Não nos podemos esquecer que são duas equipas que jogam para ganhar e que só uma ganha. A isto chama-se COMPETIÇÃO.
Extraído do Site "Clube União Micaelense"
14 comentários:
Os árbitros andam muito preocupados com o que se diz e escreve nos blogs!!!
Talvez se não fizessem tanta asneira não recebessem tantas criticas.
A verdade doi mas tem que ser dita,com estas regras têm o poder de decidir os jogos a seu belo prazer e FAZEM-NO com a maior cára de pau do mundo.
Semana após semana somos confrontádos com autênticas aberrações que se intitulam árbitros que quando se apanham com o apito na boca se julgam importantes,gozando com a cára de quem não sendo profissional,treina 2,3 ou até 4 vezes por semana para ser enchovalhado por esses senhores.
Na 1ª divisão principalmente nos jogos com os grandes as regras saõ umas...na 2ª e 3ª divisão toca a enchovalhar os jogadores e se alguem tiver a ousadia de dirigir a a palavra toca a despachar com azul e ameaçar vermelho!!
Existem jogadores nos grandes que chamam tudo e mais alguma coisa e os arbitros fikam todos surdos.Na 3ª divisão se um jogadores diz apenas que não fez nada e dão um "fod...-se ouvem nem que seja de baliza a baliza e toca a expulsar.
Deviam ter uma reciclagem era de humildade ,fazia-lhes muito bem.
E treinar duas e três vezes por semana á noite,muitas vezes com más condiçoes depois de um dia de trabalho e ganhar zero euros ao fim do mês e quando chegassem ao jogo,se falassem para um jogador apenas um pouquinho ,a perguntar fosse o que fosse, viesse um observador de arbitros da bancada e os mandasse recolher ao balneario!
Ou depois de expulsos do jogo teriam de ficar no banquinho ao lado da mesa do relogio tipo condenados para ver se gostavam.
Treinam zero vezes por semana, ganham o ordenadinho e mais os km ,e nao aceitam criticas???
HUMILDADE É O K LHES FALTA.
Concordo plenamente c o anónimo acima.
Tem sido uma vergonha as arbitragens
Ó meu amigo tens toda a razão. E por seres tão humilde que és não tenho duvidas mete um apito na boca e salta para dentro dos ringues.
Porque não fazes isso? pareces ser a pessoa indicada.
infelizmente, não posso dizer nada.
infelizmente ainda não nos deixam dizer nada.
mas prometo e deixo aqui uma certeza, quando sair, ai sim ninguém me pode proibir de falar e de escrever.
porque, só falam dos árbitros e jogadores, e o resto amigos o resto.
depois começo desde a formação aos seniores.
por aqui me fico
para bem do hóquei.
Acho graça este paleio todo dos árbitros, na teoria sabem sempre tudo, sabes as regras, sabem as alterações às ditas, ou seja lá teoria têm todos, agora na pratica as regras são feitas conforme lhes convém, não têm um critério uniforme para todos os jogadores e todas as equipas.
Tou de acordo com o que o anonimo disse atras, se for um jogador do porto ou do benfica, podem dizer-lhe tudo na cara que nem amarelo levam, se for um coitado de outra equipa qualquer nem "ai" pode dizer.
Meus amigos, utilizem este espaço para conversas mais objectivas. Um dos problemas deste país é que todos falamos muito... Enquanto houver um homem ao cimo da terra, haverá sempre erros, que hoje prejudicam uns, amanhã favorecem outros. Não sou árbitro, não sou jogador, não sou dirigente - sou, apenas, adepto do hóquei em patins. Assisto aos jogos que é possíve, posso não concordar com algumas decisões dos árbitros, mas repito que errar é próprio dos homens. Quem nunca errou que atire a primeira pedra!
Criticar é tão fácil, gostaria de ver estes srs. lá dentro com o apito na boca, porque é uma experiência única, não os condeno é bom que critiquem, mal ou bem pois o importante é debater para que todos nós possamos evoluir em direcção à perfeição. Devo só lembrar que as novas regras foram implantadas à dois anos e novamente revistas este ano e foram revistas porquê? Devido aos "inteligentes" que não conseguem impor na pista os valores tácticos ou técnicos e o rigor e a disciplina aos seus jogadores, depois entram por caminhos e acções durante os jogos que nada dignificam o desporto em geral e o hóquei em particular. Deveriam ser os primeiros a zelar pelos interesses deste desporto, demonstrando honestidade, seriedade e imenso respeito pela equipa adversária e o público em geral que vai assistir aos jogos e que observa estas trapalhadas, porque alguns treinadores querem ser os protagonistas pela negativa. Depois cá estão os homens do apito para resolver estas incompetências em que alguns
se metem. Faz algum sentido um treinador colocar dentro da pista um jogador que ainda não terminou de cumprir o Power-play ou outro, sem que esse tempo tenha terminado? Isto só cria imensa confusão a todos aqueles que assistem aos jogos e reclamam que o hóquei assim não vai a lado nenhum. Deixe-mo-nos de rodeios e vamos encarar os problemas de frente e falar neles abertamente, na arbitragem à muita coisa para alterar é verdade...mas não é só aí.
Pela verdade desportiva
O que tem haver pessoas lá dentro com o apito na boca, se calhar o problema é mesmo esse, vão lá para dentro com o apito na boca para cumprir e fazer cumprir as regras e não se vê. Como é possível uma dupla de Aveiro apitar com um critério, outra do Minho com outro e assim por diante. O presidente dos árbitros faz nomeações ao quilómetro, para que todos os árbitros no fim recebam o mesmo e pouco se tem preocupado em obrigar os árbitros do país a terem um critério uniforme. Nas nomeações há equipas que são apitados em casa e fora com duplas da mesma associação do respectivo clube, nomeia o mesmo árbitro para apitar jogos seguidos, etc. As regras são boas mas interpreta cada um à sua maneira. Por que raios não marcam falta de equipa quando dão a lei da vantagem. Das duas uma, ou marcam sempre falta, mesmo que o jogador continue a "lutar" pela bola ou, interrompem sempre que haja falta. Só que a ideia da regra segundo eu percebo é, deixar jogar e com o jogo em movimento marcar falta de equipa para que não haja paragens. Daqui a pouco está tudo a mandar-se para o chão para beneficiar dos livres directos. Quem vai ver jogos quer ver golos de jogada, os livres directos servem pontualmente para castigar situações, que ultrapassam o limite do razoável, com este critério os livres directos decidem jogos e dão um poder ilimitado ao árbitro. Ou isto muda ou, cada vez mais o hóquei bate no fundo. Quem está disposto a andar nisto sabendo que os senhores do apito na boca comandam resultados?
a educaçao da-se em casa agora os arbitros terem que educarem miudos de 25 anos para cima,directores,jogadores,assistencia por amor de deus nao sao professores e encarregados de educaçao sao para os que tem em casa.joguem treinem dirigem e respeitem e deixem os apitos para quem la esta ou entao juntem-se a classe mas isso ja vi que nao estao interessados,aqui e mais facil
Boa maneira de deitar a responsabilidade para os outros.Um conselho que toda a gente mostre o seu curriculum, já agora incluam foto do berço e veremos em que berço cada um nasceu.Pelo que percebo, aqueles que trabalham a semana toda,tres, quatro,cinco vezes por semana(jogadores e treinadores), aqueles que se preocupam em dar condições,sacrificando a sua vida pessoal(dirigentes seccionistas e demais pessoas)não percebem nada disto e nasceram em berços de "porcaria",os senhores árbitros, que nasceram em berço de ouro e cuja maioria nunca jogou ou calçou um patins, não admite a critica e estão cheios de razão.A única coisa que se pede é que cumpram as regras e tenham critérios a nível nacional uniformes.
E depois são os árbitros que não aceitam a critica...berços de ouro?? o que é isso tem haver para esta "discussão" enfim!! Quando se trabalha tanto tem que haver disciplina, competência e honestidade acima de tudo, erros todos nós cometemos, é assim em todos os aspectos da nossa vida. Em relação à uniformidade de critérios, concordo plenamente com a disparidade entre os árbitros, sobre alguns aspectos do jogo e questões administrativas, também não consigo perceber essas discrepâncias. "Nunca jogou ou calçou patins" não é por aí, pois temos alguns colegas que passaram por essa experiência e não vejo que sejam uns fora de serie. Todos nós falhamos e só não erra quem não anda lá dentro, pois quando estamos sentados na bancada somos os melhores árbitros do mundo.
Julgo que a discussão e o debate dentro do respeito mutuo deve de ser enaltecido e só assim poderemos ser melhores ou esclarecidos de forma mais correcta.
Pois é isto dos arbitros é só para sabotar....,pois o problema é que a maioria desses entendidos de bancada nao percebe nada disto ,e nem mesmo os treinadores que cometem erros atras de erros e depois sao os arbitros....,enfim os arbitros sao tao maus que sao os tais entendidos quando nao ha arbitros vao la para dentro e depois nao tem sequer força para apitar e nao querem nunca mais apitar,por isso ja se esta a ver...nao é...os tais entendidos que sabem tudo..enfim deixem se mas e de desculpas com os arbitros e respeitem as regras pois se sabem as regras so tem de cumpri las e nao deixem para os arbitros o juizo dos vossos erros !
Andam andam muitissimo preocupados com o que se diz nos blogs,eheheheh,isso é que eles estao preocupados com isso!heheheh,ganhem mas é juizo que o que os arbitros estao mais preocupados e com os blogs!!!estao estao...,voces tem a mania da perseguiçao,ehehe,preocupem se com voces e deixem os homens andarem pois que eu saiba os melhores continuam a ganhar e os piores nao conseguem ganhar,pois como querem ganhar,com os arbitros a meterem golos? e a nao falharem os livres directos e os penaltis?ehhhhhhhehhh
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