O HC Santarém estreia-se esta época nos campeonatos nacionais de seniores depois de duas épocas a participar no Regional da AP Lisboa. Daniel Cabaceira é um dos jogadores que ira ostentar o emblema escalabitano na III Divisão Centro que se estende desde a capital Ribatejana até Marco de Canavezes.
Foto de arquivo: HC Santarém |
CA – Boa tarde Daniel, para um jogador formado no clube como é o teu caso, que significado tem a estreia do HC Santarém num nacional sénior?
DC – Boa tarde Francisco. O HC Santarém sempre foi um clube dedicado quase exclusivamente à formação, estava na altura de dar o próximo passo que correspondeu precisamente à entrada no Nacional da 3ª divisão. Esta estreia é um alargar de horizontes, uma experiência nova com que iremos todos aprender muito de certeza. É também um objectivo alcançado para mim e para os meus colegas que, depois de muitos anos de trabalho, podemos representar o HCS a nível nacional.
CA – Por onde passam os objectivos desta equipa?
DC – Com toda a nossa humildade e sabendo que seremos provavelmente uma das equipas mais jovens, não podemos deixar de ser ambiciosos. O nosso objectivo é sem dúvida aprender e divertirmo-nos mas também impusemos uma meta, queremos ficar na primeira metade da tabela.
CA – Em relação a ti, quais os objectivos para esta época?
DC – Primeiro que tudo, conciliar os estudos com as três competições em que vamos participar e com o estágio do Curso de Treinador de Grau I, em que vou acompanhar as camadas jovens do HCS. Como jogador o meu objectivo será sempre trabalhar e melhorar para ajudar a equipa.
CA – Uma zona centro que vai de Santarém a Vila Boa do Bispo (Marco de Canavezes) para além da ida aos Açores, pode vir a prejudicar os clubes nos extremos como é o caso do HCS, no que ao cansaço inerente às viagens diz respeito?
DC – Sem dúvida. Para a maioria de nós é uma novidade ter deslocações tão distantes, vamos ter que nos adaptar e aprender com os mais experientes. O próprio clube foi forçado a uma grande mudança de logística, já para não falar das despesas intrínsecas a estas deslocações, é um esforço que devemos honrar na hora da verdade, com o nosso esforço e dedicação.
Foto de arquivo: HC Santarém |
CA – Daniel na tua opinião como está o hóquei no Ribatejo tanto na formação como no escalão sénior?
DC – Em termos de formação nunca esteve melhor. Hoje em dia há muito mais equipas e competição para os mais pequenos, ainda mais quando se fazem campeonatos com clubes da zona de Lisboa. Em relação à qualidade, basta olhar para a quantidade de jogadores ribatejanos que cada vez mais são cobiçados desde pequenos por grandes clubes. No que concerne ao escalão sénior estamos bem representados pelos Tigres na 1ª Divisão, na minha opinião com qualidade para a manutenção. Tomar e Entroncamento não devem ter problemas na 2ª Divisão. Juventude Ouriense, Santa Cita e Santarém na 3ª, fazendo um total de 6 equipas em competições nacionais, acho que não nos podemos queixar. Fiquei triste quando soube da desistência da taça APL dos Corujas, um clube com o qual me lembro de jogar desde sempre e onde tenho várias amizades. De louvar a Taça APR, que nos permite ter mais competição e alguns derbys!
CA – E em Santarém como é encarada esta modalidade e qual a receptividade da mesma?
DC – O HCS é uma família. Todos se conhecem e todos sem excepção, atletas pais e dirigentes, fazem um esforço enorme para podermos fazer o que mais gostamos, jogar Hóquei. Como disse, o clube aposta sobretudo na formação, tendo este ano dado o tal “passo” para o Nacional sénior. A população ainda não vem na sua força máxima ao Hóquei, falta lutar um pouco nesse aspecto mas isso acontece quase em todo o lado. O Torneio Internacional que o HCS organiza todos os anos na Páscoa é o evento que traz mais pessoas ao pavilhão municipal de Santarém e isso já é um óptimo sinal.
CA – Para terminar fica o espaço aberto para alguma mensagem que queiras deixar aos adeptos do HCS e aos visitantes do Cartão Azul. Obrigado
DC – Quero agradecer e dar os parabéns ao Cartão Azul, por esta oportunidade e por divulgar o Hóquei da nossa Região a nível nacional. Gostava de apelar a todos para que venham ver os jogos aos pavilhões, há que melhorar a nossa cultura hoquista na região. Um grande abraço a toda a família do HCS. Obrigado
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