Na semana do início do Inter-regiões “Páscoa 2014” que se realiza novamente na Mealhada o Cartão Azul foi ao encontro de Rui Nunes, seleccionador Ribatejano para saber quais os objectivos para o torneio e como decorreu a preparação para o mesmo.
Foto: Carlos Emídio Martins - Plurisports |
CA – Boa tarde Rui, como decorreu a preparação para este Inter-regiões?
RN – Boa tarde Gavancho. Obrigado uma vez mais pelo teu acompanhamento e interesse pela Seleção da AP Ribatejo. A preparação decorreu muito bem! Realizámos 17 treinos, participámos no Torneio de Natal em Sines e no de Carnaval em Almeirim. Fizemos alguns treinos com equipas do escalão de juvenis da região e os restantes treinos foram sempre bastante produtivos na observação dos atletas e no desenvolvimento das nossas ideias. A direção da Associação esteve sempre em sintonia com o nosso trabalho e sentimos (eu e o Sr. Saboga) que tudo foi feito para que nada faltasse à equipa técnica e aos atletas que foram sendo convocados. Uma palavra para o Fernandes, responsável pela logística, que tem sido inexcedível no acompanhamento. O objetivo para o Inter-regiões é ter uma equipa competitiva, que respeite todos os adversários por igual e jogo a jogo tentar obter a melhor classificação possível. Tenho uma grande confiança no trabalho desenvolvido e nos atletas que compõem a Seleção. Sei que todos eles irão colocar o seu valor, acima de tudo, ao serviço da equipa. Disse-me quem sabe, que este foi dos grupos de trabalho mais disciplinado e trabalhador que já esteve na Seleção. Este facto para mim já é gratificante!
CA – Durante a preparação disputaram dois torneios no Natal em Sines com AP Lisboa, AP Setúbal e AP Alentejo, e no Carnaval em Almeirim com AP Lisboa A e B e AP Leiria. De que forma contribuiu para a evolução da tua equipa, quais os ensinamentos e o que achaste dos adversários e onde achas que podem chegar?
RN – Esses Torneios foram importantes e serviram essencialmente para preparar o Inter-regiões… Pretendemos observar os atletas em competição e colocar os resultados em 2º plano. Penso que foram bastante produtivos e contribuíram de forma decisiva para fazer evoluir a Seleção. Uma Seleção é muito mais do que a junção de bons jogadores… É preciso colocar a equipa a jogar, de uma forma que seja comum e percetível a todos os atletas, dentro de alguns hábitos interiorizados nos seus respetivos Clubes porque um treino por semana assim o obriga. Há Seleções adversárias com bastante valor que também trabalham há bastante tempo e que serão difíceis de bater… Sabemos que estrategicamente teremos que estar atentos a uma ou outra situação que têm, nomeadamente movimentações coletivas e qualidades individuais. Mas sinceramente teremos que estar mais concentrados em nós e no que temos de fazer em cada jogo.
Foto: Carlos Emídio Martins - Plurisports |
CA – Olhando para o grupo onde ficaram colocados o B com Minho, Aveiro, Coimbra e Açores, até onde pode chegar o Ribatejo?
RN – Quem me conhece sabe que respeito todos os adversários por igual e a minha postura é sempre essa! Os atletas sabem de cor os pensamentos e os princípios que tenho… Vamos fazer tudo para dar o melhor de nós em todos os jogos, os resultados ver-se-ão no fim. Portanto “prognósticos só no fim dos jogos”!! (risos).
CA – Iniciares o Torneio com a equipa teoricamente mais acessível, é benéfico para a equipa ou é apenas mais um jogo e aquele onde os atletas vão estar mais nervosos e onde o favoritismo pode levar a facilitismos?
RN – Gavancho, sou treinador há já alguns anos e já vi de tudo… Parto bastante otimista para todos os jogos porque sei que nos preparámos muito bem para esta competição. O primeiro jogo tem caraterísticas emocionais diferentes e especiais, mas sabemos disso e estamos preparados. Os favoritismos mostram-se dentro de campo, e se realmente formos mais fortes iremos conseguir o demonstrar, é simples!
CA – Olhando para as equipas presentes quem achas que parte na “pole-position” para conquistar o ceptro?
RN – Há seleções que pelo número de Clubes a elas associadas, têm um leque de atletas possivelmente selecionáveis muito maior que outras… Essas têm logicamente mais possibilidades de terem seleções mais fortes e de terem prestações competitivas melhores, casos de Lisboa e do Porto evidentemente. Além disso, muitas vezes ainda beneficiam de atletas formados de clubes de regiões que não possuem Clubes de referência nacional.
CA – O facto de o Inter-regiões ter estado “apalavrado” para o Ribatejo tendo depois a FPP “roído a corda” e atribuído o mesmo a Aveiro, acaba por poder prejudicar a prestação Ribatejana devido a ter menos apoio, ou não irá interferir na “performance” da tua equipa.
RN – Quanto ao local de realização do Inter-regiões, segundo sei, o Paulo Beirante Presidente da nossa Associação, já disse em sede própria o que achava sobre isso, pelo que nada mais tenho a comentar… Em relação à nossa prestação desportiva, “prejudicar”? Não, nada disso… As seleções irão jogar no mesmo espaço e com o mesmo número de jogadores! Poderá apenas existir uma ou outra Seleção que estará mais adaptada e familiarizada com o tipo de piso e ambiente que vamos encontrar. Mas nós sabemos e estamos focados naquilo que precisamos de fazer para termos boas prestações desportivas e nestas idades não menos importante, sociais.
CA – Com 5 jogadores do SC Tomar nos 10 seleccionados, este facto pode ser um facto de estabilidade na equipa ou não é relevante na convocatória?
RN – Sabes Gavancho a seleção dos atletas teve somente um critério… O valor de cada jogador que segundo as nossas ideias (subjetiva evidentemente) estaria mais apto a pôr em prática o nosso modelo de jogo. A origem clubística não foi um critério relevante para a escolha dos selecionados mas logicamente que para a criação de um modelo de jogo tivemos que ter em conta que 5 deles jogam no mesmo Clube. Aproveito a oportunidade para agradecer a todos atletas, treinadores e seccionistas de todos os Clubes do Ribatejo que colaboraram nesta preparação. Uma palavra especial para os atletas que participaram em alguns treinos e até Torneios e que não foram convocados para o Inter-regiões final. Tiveram sempre uma postura impecável e o facto de terem pertencido a este grupo de trabalho é um excelente ponto de partida e de reconhecimento pelo trabalho que estão a fazer nos seus Clubes.
CA – Antes de terminar e pelo facto de estares ligado aos escalões de formação há muitos anos, apraz-me perguntar: Como está a formação no Ribatejo? E o que os Regionais com a junção de equipas de Lisboa, Leiria e Coimbra vieram trazer de bom aos jovens Ribatejanos e a vocês técnicos?
RN – Quem me conhece sabe que respeito todos os adversários por igual e a minha postura é sempre essa! Os atletas sabem de cor os pensamentos e os princípios que tenho… Vamos fazer tudo para dar o melhor de nós em todos os jogos, os resultados ver-se-ão no fim. Portanto “prognósticos só no fim dos jogos”!! (risos).
CA – Iniciares o Torneio com a equipa teoricamente mais acessível, é benéfico para a equipa ou é apenas mais um jogo e aquele onde os atletas vão estar mais nervosos e onde o favoritismo pode levar a facilitismos?
RN – Gavancho, sou treinador há já alguns anos e já vi de tudo… Parto bastante otimista para todos os jogos porque sei que nos preparámos muito bem para esta competição. O primeiro jogo tem caraterísticas emocionais diferentes e especiais, mas sabemos disso e estamos preparados. Os favoritismos mostram-se dentro de campo, e se realmente formos mais fortes iremos conseguir o demonstrar, é simples!
CA – Olhando para as equipas presentes quem achas que parte na “pole-position” para conquistar o ceptro?
RN – Há seleções que pelo número de Clubes a elas associadas, têm um leque de atletas possivelmente selecionáveis muito maior que outras… Essas têm logicamente mais possibilidades de terem seleções mais fortes e de terem prestações competitivas melhores, casos de Lisboa e do Porto evidentemente. Além disso, muitas vezes ainda beneficiam de atletas formados de clubes de regiões que não possuem Clubes de referência nacional.
CA – O facto de o Inter-regiões ter estado “apalavrado” para o Ribatejo tendo depois a FPP “roído a corda” e atribuído o mesmo a Aveiro, acaba por poder prejudicar a prestação Ribatejana devido a ter menos apoio, ou não irá interferir na “performance” da tua equipa.
RN – Quanto ao local de realização do Inter-regiões, segundo sei, o Paulo Beirante Presidente da nossa Associação, já disse em sede própria o que achava sobre isso, pelo que nada mais tenho a comentar… Em relação à nossa prestação desportiva, “prejudicar”? Não, nada disso… As seleções irão jogar no mesmo espaço e com o mesmo número de jogadores! Poderá apenas existir uma ou outra Seleção que estará mais adaptada e familiarizada com o tipo de piso e ambiente que vamos encontrar. Mas nós sabemos e estamos focados naquilo que precisamos de fazer para termos boas prestações desportivas e nestas idades não menos importante, sociais.
CA – Com 5 jogadores do SC Tomar nos 10 seleccionados, este facto pode ser um facto de estabilidade na equipa ou não é relevante na convocatória?
RN – Sabes Gavancho a seleção dos atletas teve somente um critério… O valor de cada jogador que segundo as nossas ideias (subjetiva evidentemente) estaria mais apto a pôr em prática o nosso modelo de jogo. A origem clubística não foi um critério relevante para a escolha dos selecionados mas logicamente que para a criação de um modelo de jogo tivemos que ter em conta que 5 deles jogam no mesmo Clube. Aproveito a oportunidade para agradecer a todos atletas, treinadores e seccionistas de todos os Clubes do Ribatejo que colaboraram nesta preparação. Uma palavra especial para os atletas que participaram em alguns treinos e até Torneios e que não foram convocados para o Inter-regiões final. Tiveram sempre uma postura impecável e o facto de terem pertencido a este grupo de trabalho é um excelente ponto de partida e de reconhecimento pelo trabalho que estão a fazer nos seus Clubes.
CA – Antes de terminar e pelo facto de estares ligado aos escalões de formação há muitos anos, apraz-me perguntar: Como está a formação no Ribatejo? E o que os Regionais com a junção de equipas de Lisboa, Leiria e Coimbra vieram trazer de bom aos jovens Ribatejanos e a vocês técnicos?
Foto: Paulo Beirante |
RN – A formação no Ribatejo está bem e recomenda-se. Sim, estou ligado há muitos anos aos escalões de formação e atualmente quase de forma “umbilical” à equipa de escolares do Santa Cita. Tem-me dado um imenso gozo treiná-los porque são miúdos educados, bons alunos, que gostam de treinar e aprender… Têm evoluído muito e bem e isso tem-me dado obviamente grande satisfação! O Clube também me tem dado todas as condições para que isso aconteça. O escalão de Escolares é aliás na região é um ótimo exemplo do bom trabalho de base que se está a fazer nos Clubes de uma forma geral. E se olharmos para os Regionais, temos por exemplo os SUB 13 e SUB 15 do SC Tomar a fazerem ótimos nacionais… Os Infantis têm mesmo a liderança na série com 54 marcados e 3 sofridos!!! Estes factos espelham a qualidade do hóquei de formação do Ribatejo, dos seus treinadores e dirigentes e levam a crer que continuaremos no futuro a ter excelentes equipas. A junção de equipas de Lisboa, Leiria e Ribatejo tem sido desportivamente positiva principalmente para atletas e técnicos mas financeiramente difícil para os Clubes. No entanto, deixa-me frisar que é preciso olhar para este novo quadro competitivo como um todo e não em partes… Sinto que é necessário aperfeiçoar procedimentos e posturas para que todos os Clubes integrados nas 3 regiões se sintam perfeitamente identificados com esta nova estruturação competitiva.
CA – Para terminar, resta-me agradecer a tua disponibilidade e fica o espaço aberto para alguma mensagem que queiras enviar aos visitantes deste espaço. Obrigado.
RN – Obrigado eu. Sim queria uma vez mais enaltecer o “serviço público” que fazes ao hóquei regional e nacional. E também desejar uma excelente Páscoa a todos os visitantes do Cartão Azul.
CA – Para terminar, resta-me agradecer a tua disponibilidade e fica o espaço aberto para alguma mensagem que queiras enviar aos visitantes deste espaço. Obrigado.
RN – Obrigado eu. Sim queria uma vez mais enaltecer o “serviço público” que fazes ao hóquei regional e nacional. E também desejar uma excelente Páscoa a todos os visitantes do Cartão Azul.
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