quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ESPAÇO ABERTO

Bom dia Gavancho. Em anexo uma reflexão sobre o que acho da hóquei no centro do país. Vou pôr no site do HCS e enviar para diversas entidades. Gostaria de publicasses no Cartão Azul.

Um abraço
Francisco Mogas

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3 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite Mogas

Este é um assunto importantíssimo e dá vontade de manter o post no topo até o assunto ser devidamente abordado e discutido pelos visitantes.

É que quando há lenha não faltam comentário. Quando se trata de assuntos importantes, as intervenções não abundam.

Hoje já é tarde e amanhã é dia de trabalho mas prometo que vou analisar melhor a sua reflexão e pensar no assunto para escrever a minha opinião logo que tenha um tempinho.

gnoronha

Anónimo disse...

Então vamos por partes que o texto ainda é longo…
- 17 equipas escolares e 14 benjamins: a acontecer, seria fantástico! Lembro-me de participar em distritais de 4 equipas em que uma ganhava direito a participar no nacional.
- Motivos para desistências: parece-me aqui que os clubes já sabiam de antemão quais as condicionantes com que se iriam deparar quando se inscreveram. Pode ser falta de preparação e planeamento por parte das direcções quando inscreveram as suas equipas. Infelizmente são raros os clubes que apresentam estruturas capazes de responder de forma sistematizada às exigências e condicionantes do meio desportivo.
- “Todas as equipas devem apresentar…”: há certos requisitos que podem servir para garantir que as equipas não vão desistir a meio de um jogo ou de um campeonato. Compreendo que se façam estas exigências assim como quando os bancos exigem que quem pede um empréstimo tenha rendimentos para o pagar. Os números parecem-me bastante razoáveis. Do ponto de vista desportivo, não só não se exige que as crianças fiquem sujeitas a cargas físicas inadequadas (só por falta de colegas), como dá mais hipótese de as suas equipas chegarem mais longe – juniores, seniores – que é para isso que teoricamente os clubes deveriam fazer um esforço na formação. Claro que o regime de transferências mata logo a 2ª parte da frase anterior.
- Participação de jogadores em escalões diferentes: (e é apenas isso que vou comentar dado o parágrafo que escrevi acima). Pois… talvez aqui o número de jogadores com idade inferior à do escalão devesse ser os tais 3, quer estivessem inscritos nele ou não. É preciso que se dê uma coincidência muito grande para que um clube reúna mais de 3 jogadores com estrutura ou maturidade suficiente para jogar num escalão acima.
- Treinador com bom senso: normal não é… esse treinador não deve deixar de ter bom senso, mas não normal que do outro lado não haja o mesmo senso não é… e de cima (Federação) não haja o mesmo senso não é… e ficar toda a responsabilidade nas mãos do treinador e do jogador com mais x cm e y kg… também não é…
- Equipas que não cumprem Art. 55º garantem continuidade: não me parece que haja aqui uma relação. Não só as equipas que têm menos elementos usam obrigatoriamente todos os elementos, como as que têm mais elementos irão acabar forçosamente com menos elementos que as 1ªs.
- Análise SWOT: já que nos formámos na mesma escola… essa análise nunca é assim tão fácil… por outro lado tenho a certeza que a Federação não está com tempo para essas tretas (na perspectiva deles claro) de estratégia. Transformar Pfs em PFs e ameaças em oportunidades requer visão. É preciso muitas horas e textos de reflexão para conseguir um milagre de alquimia. Porque neste momento não estou com inspiração para ver uma criança conseguir transformar-se num JOGADOR sem esforço e sacrifício, seja no hóquei ou no futsal.

Por agora vou ficar por aqui mas se vir que o tema está em aberto ainda participo para discutir com pessoas (não anónimos) ou abordar os temas que me faltaram abordar.
Embora não peça desculpa a ninguém pelas minha opiniões, saliento só que estas são apenas as minhas opiniões, fundamentadas nas minhas experiências pessoais e talvez, por falta de discussão pública sobre o tema, não consigo fazer melhor.
De qualquer forma fiquem a saber não tenho interesses pessoais a defender, neste momento ou num horizonte próximo.

Cumps a todos,
gnoronha

Anónimo disse...

Quero desde já dar os parabéns pelo texto. Reflete muito bem algumas das realidades do nosso hóquei e serviria de bom caso de estudo.
Posso dizer que na região onde me encontro (Algarve) sentimos muito esses problemas, aliás como toda a gente. Felizmente nos últimas épocas temos conseguido participar em todas as competições de escolares e benjamins porque as associações organizadoras promoveram a regra de utilização de 1 guarda redes até Janeiro e 2 a partir de Janeiro. Penso ser uma boa opção e dá algum tempo aos clubes e às equipas de conseguir formar guarda redes, bem como mentalizar os miudos da importância do guarda redes na equipa.

Rikardo
Boliqueime