sábado, 3 de dezembro de 2011

OS NOVOS EMIGRANTES DO HÓQUEI EM PATINS

Suíça, Alemanha e França novos destinos à força


Grandes nomes do hóquei português, como António Livramento, Cristiano Pereira ou Carlos Realista, entre outros, emigraram para a OK Liga e Serie A1, mas, nos últimos quatro anos, outros campeonatos, sem os pergaminhos do espanhol e italiano, captam hoquistas nacionais, sobretudo os que estão em fim de carreira ou os que não têm lugar em equipas de topo. França, Alemanha e Suíça são mercados emergentes à custa da crise.

O ex-campeão mundial e europeu Pedro Alves, aos 41 anos, e após passagens pelo Sporting, Barcelos, FC Porto, Candelária, Liceo, Viana e HC Braga, aceitou jogar no Genève, para onde foram Tiago Barbosa (ex-Braga) e Sebastian Silva (ex-Viana), e os menos conhecidos Ivo Ribeiro (Tigres) e Pedro Marinho (Riba d'Ave). Na recta final da sua carreira, ao deixar de ser profissional para conciliar os rinques com uma actividade na área do design, Pedro Alves foi confrontado com uma realidade, que segundo ele atinge muitos hoquistas: "Em Portugal, só três clubes podem ter um plantel profissional. Tirando FC Porto, Benfica e Candelária, os jogadores têm de trabalhar. Na Suíça, tal como na Alemanha e França, os clubes não são profissionais, logo não têm dinheiro para contratar estrangeiros, mas compensam-nos arranjando trabalho bem remunerado". É à procura de estabilidade que os hoquistas partem para novos campeonatos. "Com a inclusão de estrangeiros, estes países poderão pensar no profissionalismo, mas a realidade actual é que o trabalho está primeiro. Na Suíça, ao contrário de Portugal,começa-se a trabalhar cedo e com boas perspectivas de progressão, por isso o hóquei é secundário", explica Pedro Alves.

Paula Capela Martins in Jornal "O Jogo"
Foto: Blog "Patins Lover"
Titulo: Cartão Azul

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