segunda-feira, 25 de junho de 2012

PAPARUCO - O COMENTADOR

DO CÉU AO INFERNO, NUMA ÉPOCA APENAS

Poderia ser este o título para definir a época 2011/2012 do FC Porto. O deca-campeão esta época acabou por ter uma prestação muito aquém do que era esperado.

No campeonato 2º lugar (apesar de segundo informação de Fernando Claro, presidente da FPP ainda não estar decidido o campeão), eliminado na Taça de Portugal em casa frente à UD Oliveirense e afastado da final 8 da Liga dos Campeões, podemos dizer mesmo que foi “madrasto” este regresso a casa de Tó Neves.

Sabia-se de antemão, e apesar das provas dadas que substituir Fraklin Pais não era tarefa fácil, e mesmo com provas dadas como técnico, a realidade e os resultados vieram provar que Tó Neves não esteve há altura do desafio, e poderíamos tentar vislumbrar factores que contribuíram para isso, como por exemplo problemas de ordem financeira, quem nã se lembra do gesto de Pedro “Pedrito” Gil no Dragão Caixa quando da marcação de um golo a virar-se para a bancada e a pedir dinheiro para comer, mas terá sido só isso??? Se calhar não, se calhar faltou a Tó Neves discernimento para tomar decisões mais arrojadas em situações complicadas, como por exemplo no jogo no Império-Bonança onde a vencer por dois golos de diferença deixa a equipa encarnada empatar e “roubar-lhe” o campeonato.

Treinar o FC Porto, não é treinar a UD Oliveirense, exige-se mais rigor, não que ambas as equipas não merecem igual respeito, pois merecem-no em termos iguais, mas sim porque as exigências feitas ao FC Porto são muito superiores às exigências feitas à UD Oliveirense, e o espaço para errar no FC Porto é zero, é o mesmo na Oliveirense mas existe uma “safety zone” que permite esses erros sem que os mesmos sejam apontados por tudo e por todos.

Franklim Pais tinha uma coisa que os Ingleses chamam de “tactical awareness” e o famoso “know-wow” que lhe garantiram o sucesso ano após ano e a forma com que se dedica ao FC Porto dava-lhe o porto de abrigo para se resguardar das poucas tempestades que apanhou, Tó Neves pelo contrário, não encontrou esse porto de abrigo, e num ano incomum em que as tempestades surgiram mais vezes, teve de encarar as vagas de frente qual “carranca” na proa de um veleiro, e assim sendo acabou por levar a sua nau não ao porto principal, mas um porto secundário, longe do centro dos festejos, numa viagem de um ano que não quererá repetir, e que certamente ao leme da nau para a próxima viagem, já com novos marinheiros na tripulação irá querer enveredar por outros rumos, navegar à bolina e nem que tenha que cruzar a linha de chegada com o “pano ás costas” mas seja o primeiro a fazê-lo, e assim oiça também os conselhos do Rei “Franklim” Neptuno e não fique novamente no Cabo das Tormentas.

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