Foi um União apático, sem ideias e diametralmente oposto ao União que venceu o AC Sismaria, que defrontou o C.U. Micaelense no passado sábado no Albano Mateus, averbando uma derrota que tem tanto de expressiva como de justa.
Com Pedro Mota de Setúbal a dirigir a partida as equipas apresentaram-se da seguinte forma:
União FE: Tiago Velez (gr), Bruno Carvalho ©, Bruno Pereira, João Mendes e João Capitolino
Suplentes: Luís “Melão” Santos (gr), Pedro Brazete, Marco Bento, Pedro “PR” Ricardo e Chiquinho
Técnico: Barros Simões, Miguel Jerónimo (Adj)
C.U. Micaelense: Rúben Moniz (gr), Carlos Guimarães, Sandro Melo ©, Nelson Calisto e Miguel Branco
Suplentes: Filipe Rebelo (gr), Carlos Cardoso, Tiago Leite, Miguel Santos e Bruno Ponte
Técnico: Herberto Resendes
Depois da excelente vitória na ultima jornada, esperava-se um União com outro dinamismo, a fazer pressão alta e a criar muitas dificuldades ao ultimo reduto Micaelense, mas não foi assim, antes pelo contrário, o União entrou apático, sem ideias e a fazer a bola rodar por todos os jogadores, mas sem conseguir entrar no bem “escalonado” quadrado da equipa de Ponta Delgada. O Micaelense por seu turno com Carlos Guimarães no comando ia chegando para as encomendas e quando tinha a posse de bola, criava dificuldades ao último reduto alvi-negro nomeadamente pela irreverência e qualidade de Miguel Branco. Os minutos iam passando e os pontos de interesse e jogadas de “frison” contavam-se pelos dedos de um mão e não eram necessários todos. Com 07’ 16’’ para jogar Bruno Pereira é derrubado dentro da área do adversário e o árbitro peremptório aponta a marca de grande penalidade. João Capitolino chamado a marcar não desperdiça e inaugura o marcador (1-0). Na sequência do lance Sandro Melo dirige-se ao arbitro em termos menos próprios e vê o cartão azul, ficando o União a jogar em “power-play”, situação essa que não foi aproveitada pela equipa Unionista. No Pavilhão após o golo de “Capi” pensou-se que o mais difícil estava feito, mas foi pura ilusão, pois o jogo continuava igual e os da casa sem criar oportunidades, e sem conseguir “desmontar” a defesa contrária para criar espaços e consequentes lances de desequilíbrio, e seria a 40’’ do final Carlos Guimarães quase a marcar, valeu a excelente intervenção de Tiago Velez, mas este foi o aviso para o que iria suceder a 01’’ do final quando numa jogada rápida Carlos Guimarães emenda à boca da baliza para o fundo das redes.
Intervalo: União FE 1 - C.U. Micaelense 1 (Faltas 8-6)
O golo sofrido no ultimo segundo da primeira parte mexeu com os jogadores Unionistas, que entraram na segunda metade da partida, ansiosos a revelaram algum nervosismo e sem soluções para levarem de vencida a equipa que viajou da bonita Ilha de São Miguel nos Açores, e com dois minutos decorridos Bruno Pereira vê cartão azul, mas Tiago Leite desperdiça o livre directo. Com o União a jogar em “power-play” Carlos Guimarães aproveitou para colocar a sua equipa na situação de vencedora ao finalizar um contra-ataque a que Tiago Velez se opôs em primeira instância, mas a bola a ressaltar par Tiago Leite que serve Carlos Guimarães para este finalizar, estava feito o 1-2 com 21’ 01’’ para jogar. A perder e sem soluções o União ia vendo passar os minutos e a equipa do Micaelense a defender bem e a sair rápida para a contra-ofensiva atinge a 10ª falta com cerca de 8’ decorridos, Pedro Brazete chamado à marcação do livre directo, desperdiça a oportunidade. O 1-3 seria apontado por Sandro Melo na sequência de mais um contra ataque com 09’ 20’’ decorridos, para Miguel Branco passados 4’ minutos aproveitar um mau passe de um adversário e descaído para a esquerda “enrolar” a bola que entrou no ângulo superior esquerdo da baliza de Tiago Velez (um golo de bandeira) estava feito o 1-4. O União já não acreditava que pudesse virar o jogo e ia jogando aos repelões e sem sentido de equipa e sem criar grandes dificuldades à defesa adversária. Com 06’ 50’’ para jogar Bruno Ponte comete falta sobre Bruno Pereira atrás da baliza do União e vê o respectivo cartão azul, PR chamado à marcação do livre directo reduz para 2-4, e devolve emoção ao jogo e alguma incerteza ao resultado. O União “carregava” nesta altura, um bocado mais com o coração de que com a cabeça e Bruno Pereira vê novo cartão azul, que a equipa do Micaelense não aproveita da marca de livre directo para aumentar, mas a jogar em “power-play” seria Carlos Guimarães a seticar a bola dentro da área de Tiago Velez com a mesma a embater no patim de Pedro Brazete e a anichar-se no fundo das redes, estava feito o 2-5 com 4’ para o final. Demorou apenas 58’’ para Nelson Calisto estabelecer o resultado final 2-6. Até final ainda houve tempo para o União cometer a 10ª falta, mas Tiago Leite a desperdiçar.
Final: União FE 2 - C.U. Micaelense 6 (Faltas 10-12)
O União FE com uma exibição paupérrima, ao nível do pior que já vimos fazer por esta equipa, acabou por perder a oportunidade de se manter colado aos da frente (A Alcobacense CD e AC Sismaria) e se a margem de erro é praticamente zero, agora é mesmo nula e só vitórias em todos os jogos até final poderão manter o sonho Unionista vivo. O C.U. Micaelense foi um justo vencedor, soube interpretar bem o jogo, anular os pontos fortes do adversário e saí do Entroncamento com o sonho da subida bem vivo, e se juntarmos o facto de José Júlio Soares estar a menos de um mês do regresso, depois da grave lesão sofrida, esta equipa ainda poderá apresentar melhores “performances”.
Sinal mais: Para a estratégia montada por Herberto Resendes, que enrolou o União numa “teia” de onde não conseguiu sair. Para Carlos Guimarães um “pivot” de toda a manobra ofensiva do C.U. Micaelense, e Miguel Branco pela qualidade técnica e pelo golo fabuloso que apontou.
Sinal menos: Para a exibição do União, longe daquilo que se espera de um candidato à subida
O árbitro da partida Pedro Mota acabou por fazer um trabalho fraco, com decisões polémicas, e a prejudicar quase sempre o União (mas não foi por motivo destas decisões que o União perdeu o jogo) e técnica e disciplinarmente a precisar de uma reciclagem.
Fotos: União FE e AP Ponta Delgada
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