Na Aldeia Portuguesa do Hóquei em Patins mora o 2º classificado da II Divisão Sul e a única equipa a assumir publicamente que o objectivo da época passa pela subida. Com o melhor ataque (127 golos) e a melhor defesa (40 golos) e apenas a um ponto do líder Sporting CP, o HC Turquel conheceu na 1ª volta por três vezes o sabor amargo da derrota (CACO 5-4, Sesimbra 5-3 e Sporting 5-3). Com um calendário teoricamente mais fácil que Sporting CP e SC Tomar na 2ª volta a equipa do Professor João Simões tem esta época uma oportunidade de ouro para concretizar o sonho da subida que tem sido adiado nas últimas épocas, com os “Brutos dos Queixos” a terminarem na 3ª posição. Foi em Turquel e em plena época Carnavalesca que encontrámos o Prof. João Simões com quem mantivemos uma agradável conversa.
CA – Bom dia Professor, qual o balanço da 1ª volta?
JS – Bom dia, o balanço é satisfatório uma vez que terminámos esta 1.ª volta nos lugares de subida, muito embora tenhamos a noção de que desperdiçámos alguns pontos por culpa própria e podíamos ter feito ainda melhor.
CA – O HC Turquel chega ao fim da 1ª volta a um ponto do líder com o melhor ataque e a melhor defesa da prova, e para não deixar os créditos por mãos alheias na 1ª jornada da 2ª volta goleou a Académica de Coimbra por 11-0 e o Parede FC por 0-9. Será a prova que o virar do campeonato, não alterou os níveis de concentração, mas sim, fortaleceu o grupo para alcançar os objectivos?
JS – Os níveis de concentração não podem ser alterados nunca pois em qualquer Sábado as dificuldades podem aparecer e quem não estiver preparado para as enfrentar poderá sofrer as consequências e ficar a lamentar-se de si mesmo. O grupo está forte e motivado no sentido de alcançar os objetivos e sabemos que necessitamos de ser muito consistentes para não vacilar e conseguir levar o barco a bom porto o que, no nosso caso, significa alcançarmos a subida de divisão.
CA – Bom dia Professor, qual o balanço da 1ª volta?
JS – Bom dia, o balanço é satisfatório uma vez que terminámos esta 1.ª volta nos lugares de subida, muito embora tenhamos a noção de que desperdiçámos alguns pontos por culpa própria e podíamos ter feito ainda melhor.
CA – O HC Turquel chega ao fim da 1ª volta a um ponto do líder com o melhor ataque e a melhor defesa da prova, e para não deixar os créditos por mãos alheias na 1ª jornada da 2ª volta goleou a Académica de Coimbra por 11-0 e o Parede FC por 0-9. Será a prova que o virar do campeonato, não alterou os níveis de concentração, mas sim, fortaleceu o grupo para alcançar os objectivos?
JS – Os níveis de concentração não podem ser alterados nunca pois em qualquer Sábado as dificuldades podem aparecer e quem não estiver preparado para as enfrentar poderá sofrer as consequências e ficar a lamentar-se de si mesmo. O grupo está forte e motivado no sentido de alcançar os objetivos e sabemos que necessitamos de ser muito consistentes para não vacilar e conseguir levar o barco a bom porto o que, no nosso caso, significa alcançarmos a subida de divisão.
CA – O HC Turquel foi a única equipa que assumiu publicamente a subida, olhando para os resultados até ao momento e o calendário da 2ª volta, podemos afirmar que o HC Turquel é o principal candidato à subida?
JS – Não me diz muito se mais ninguém quis assumir a subida como objetivo, nós fizemo-lo por opção própria pois sentimos que, apesar de difícil, temos condições para o alcançar. Reconheço que é mais fácil não o fazer publicamente pois assim não se tem a necessidade de lidar com a pressão e o insucesso se tal não acontecer mas, na minha opinião, é essa pressão que nos faz evoluir querendo sempre mais e melhor. Creio que o título de principal candidato não se ajusta, pois ainda existem muitos jogos para disputar e, neste momento, quem lidera o campeonato é o Sporting.
CA – Voltando ao calendário da 2ª volta, e na minha opinião o HC Turquel acaba por ter 4 saídas de risco (HC Sintra, AD Oeiras, LMR Algés e ao vizinho BIR). Serão estes os jogos importantes, ou como é sabido por vezes são nos jogos teoricamente mais acessíveis que se hipotecam os objectivos?
JS – Sabemos que para conseguirmos subir teremos obrigatoriamente de perder poucos pontos mas a verdade é que por exemplo em Santa Cita teoricamente não seria uma deslocação muito difícil e acabámos por sofrer bastante para conseguir vencer. Prefiro pensar que cada jogo tem uma história e só durante os 50m conseguiremos perceber o grau de dificuldade que essa partida tem realmente, tendo a noção de que quem não for consistente poderá perder pontos em qualquer jogo.
CA – Quais são os verdadeiros candidatos, assumidos ou não, à subida de divisão?
JS – Julgo que neste momento a tabela já começa a espelhar esses candidatos e temos Sporting, Turquel e Tomar os três em pé de igualdade pois só dependem de si. Caso estes vacilem, existe um grupo de 6 equipas de muita qualidade que decerto poderão aproveitar um deslize do grupo da frente.
CA – E no sentido oposto quais as equipas que terão menos hipóteses de se manter na II Divisão?
JS – Também aí a tabela começa a dar algumas indicações e das 5 equipas do fundo da tabela irão descer duas. Julgo que o fator casa e os confrontos diretos poderão ser decisivos. Pessoalmente gostava que o Santa Cita se mantivesse pois contra nós mostrou argumentos para isso e para além de ser um clube da região, está, na minha opinião, a fazer um trabalho sustentado que poderá trazer frutos num futuro próximo.
CA – Na entrevista ao Nuno Lopes, treinador do SC Tomar confrontei-o com o facto do HC Turquel ter vencido nas últimas épocas em Tomar, podemos dizer que o Pavilhão Jácome Ratton é “talismã” para a sua equipa?
JS – Deixo essas considerações para as pessoas que acompanham o desporto por fora. Nós que estamos “dentro” da pista temos de ter “talismãs” mais concretos e direcionados com a competência da equipa em jogo e essa, se acontecer, pode levar à vitória em qualquer pavilhão. É verdade que temos ganho lá mas eles conseguiram subir e nós não. Por isso, preferia ter perdido lá sempre e estar agora na 1.ª divisão.
CA – Sem querer entrar em futurologias, mas acho que a pergunta se impõe, os jogos em casa frente ao Sporting CP e SC Tomar serão a chave da época, ou serão encarados apenas como mais dois jogos rumo ao objectivo final?
JS – Depende do que as equipas fizerem nos restantes jogos. Se a diferença pontual for muito reduzida sem dúvida que poderão ditar muito do desfecho final. Vamos ver semana a semana como a tabela classificativa vai evoluir. Nós vamos olhar para todos de forma igual pois sabemos que de nada nos serve vencer esses jogos se não o conseguirmos fazer nos restantes.
CA – Que palavras para descrever um público, ou os adeptos que jogo após jogo enchem o Pavilhão e quando jogam fora vos acompanham em número considerável?
JS – Na minha opinião, existe muita gente para além da equipa que gostava muito que conseguíssemos subir de divisão e isso faz com que façam questão de nos apoiar na obtenção desse objetivo. Só posso, em nome da equipa, agradecer pois estou certo que nos tempos que correm não é fácil ter essa disponibilidade e descrevê-los como fantásticos e pedir que continuem assim, pois a força que eles nos transmitem contribui bastante para o elevar das nossas competências em jogo.
CA – Professor mais uma vez obrigado pela disponibilidade e fica o espaço à disposição para alguma mensagem que queira deixar aos adeptos/simpatizantes do HC Turquel e a todos os visitantes do Cartão Azul.
JS – Gostava de lhe dar os parabéns pelo espaço que dirige e que é já uma referência na modalidade, congratulando-o pela forma séria com que tenta apresentar os conteúdos. A todos os visitantes e amantes da modalidade gostaria de passar a mensagem de que não faz sentido continuar com o discurso de que o hóquei em patins está mal e para acabar, mas sim gastar essa energia no pouco que cada um possa contribuir no desenvolvimento da modalidade.
Fotos: HC Turquel
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