Albano Mateus praticamente cheio para assistir ao jogo da 2ª eliminatória da Taça de Portugal e que opunha os vizinhos União FE e SC Tomar. A militarem em escalões diferentes, mas com a coincidência de ambos se encontrarem na 3ª posição, a equipa Nabantina partia como natural favorito à vitória.
Com a arbitragem a cargo de Vítor Roxo de Leiria as equipas apresentaram-se da seguinte forma:
União FE: Tiago Velez (gr), Bruno Pereira, Pedro Brazete, Marco Bento e João “Capi” Capitolino
Suplentes: Luís "Melão" Santos (gr), Bruno Carvalho ©, João Mendes, Pedro “PR” Ricardo e Chiquinho
Treinador: Miguel Jerónimo
SC Tomar: Marco Gaspar (gr), Nuno Domingues, João Lomba, Ivo Silva © e Tiago Barros
Suplentes: Márcio Ornelas (gr), Bruno Januário, João Almeida, Pedro Vitorino e Hernâni Diniz
Treinador: Nuno Lopes
Como lhe competia o SC Tomar entrou a dominar a partida a ter mais posse de bola e numa seticada de fora da área Nuno Domingues coloca a sua equipa na frente do marcador (0-1), estavam decorridos 1’ 48’’ de jogo. O União tentava equilibrar a partida e aos poucos conseguindo esse intento, no entanto quando o SC Tomar acelerava eram nítidas as dificuldades no último reduto Unionista, onde Tiago Velez ia-se cotando em bom nível.
O segundo golo Leonino surgiu na marcação de um livre à entrada da área do União e depois numa jogada estudada Tiago Barros com a baliza totalmente escancarada e à segunda empurra para o 0-2, faltavam 12’52’’ para o intervalo. O União nesta fase da partida jogava de igual para igual com o vizinho SC Tomar e por vezes superiorizava no domínio da partida, mas sem resultados práticos. Tiago Barros derruba Capi dentro da área e Vítor Roxo não tem dúvidas em assinalar grande penalidade que PR chamado á conversão da mesma, desperdiça estavam decorridos 16’45’’ de jogo.
Com o jogo equilibrado e com o SC Tomar a gerir os dois golos de vantagem, seria de novo Tiago Barros num contra ataque a fazer o seu segundo golo e o terceiro da sua equipa, a 03’48’’ do intervalo os verde e brancos de Tomar venciam por 0-3. Parecia que o destino da partida estava selado, mas tudo não passou de uma ilusão pois ainda havia muito para jogar e nova grande penalidade assinalada contra o SC Tomar por derrube a Bruno Carvalho, PR novamente chamado à marcação não desperdiça e faz o 1-3, faltavam 2’53’’ para o intervalo, mas antes do descanso chegar o SC Tomar atinge a 10ª falta e PR chamado à marcação do respectivo livre directo faz o 2-3. Com 01’41’ para jogar o resultado não voltaria a funcionar.
Intervalo: União FE 2 – SC Tomar 3 (Faltas: 8 – 10)
A 2ª parte traz um União FE confiante e mais afoito e um SC Tomar concentrado e a tentar jogar no erro do adversário, fazendo circular a bola e deixar o tempo correr, pois corria a seu favor. Com cerca de 6’ decorridos o União atinge a 10ª falta, Ivo Silva chamado a marcar o livre directo não aproveita para aumentar o score e seria B. Pereira numa seticada de longe a empatar a partida 3-3, com 17’18’’ para jogar.
O SC Tomar acusou o golo do empate e voltou a “carregar no acelerador” e a causa dificuldades à defesa alvi-negra, mas Tiago Velez ia dizendo presente e chegava para as encomendas. Marco Bento vê o cartão azul com cerca de 9’ decorridos e Nuno Domingues chamado a marcar o livre directo falha, no entanto Vítor Roxo manda repetir e Nuno Domingues volta a permitir excelente intervenção de Tiago Velez, foi nesta altura que o árbitro de Leiria teve o seu período menos bom, a inclinar ligeiramente o rinque para o lado da baliza Unionista.
Jogava o SC Tomar em power-play mas não tirou qualquer dividendo dessa vantagem, e com 13’20’’ para jogar seria a vez de Bruno Carvalho ver o cartão azul. Ivo Silva chamado à marcação do livre directo falha a oportunidade de desempatar a partida, novamente em power-play a equipa Leonina volta a não aproveitar a vantagem. Novamente as equipas completas e desta feita por falta sobre Ivo Silva (no entender de Vítor Roxo) é a vez de Bruno Pereira ver cartão Azul e Nuno Domingues chamado à marcação da grande penalidade não consegue bater Tiago Velez.
Novamente em power-play seria agora a vez de Pedro Almeida que entretanto havia entrado em rinque ver cartão azul e desta feita PR não consegue na marcação do livre directo bater Marco Gaspar. Com ambos os conjuntos a jogar apenas com 3 jogadores de campo, o resultado não se alterou e seria Bruno Pereira numa seticada de fora da area a fazer o 4-3 e a dar a volta ao marcador, estavam decorridos cerca de 18’ de jogo.
O SC Tomar depois de estar a vencer por 0-3, via-se agora numa situação desfavorável e Ivo Silva revelava algum nervosismo, situação não muito comum neste atleta, e seria fruto desse nervosismo a falta que cometeu sobre Capi dentro da sua área e que o arbitro não teve duvidas em apontar para a marca de grande penalidade, mas PR não aproveitou a situação para colocar a sua equipa com dois golos de vantagem, passaram apenas 9’’ para que o União atingisse a 15ª falta e Hernani Diniz chamado à marcação do livre directo não desperdiça e faz o empate (4-4) a 06’06’’ do fim da partida.
Com o pavilhão ao rubro e com os guarda-redes a cotaram-se como os melhores em pista nesta fase do jogo, as equipas tentavam evitar o prolongamento, e num desses lances, Tiago Barros dentro da sua área, coloca a bola no setique de Chiquinho que só com Marco Gaspar pela frente não consegue marcar.
Faltava 01’45’’ para o final quando Marco Bento, ultimo jogador da equipa pois todos os seus companheiros estavam na zona da área Leonina, a perder a bola (um erro de palmatória, num jogo onde Marco Bento esteve muito bem) para Hernâni Diniz que isolado na “cara” de Tiago Velez faz o 4-5. Balde de água fria nas aspirações unionistas e seu publico afecto e veio a desconcentração aliada à forma gélida como se sofre o golo, e o jovem Hernâni Diniz aproveitou essa mesma desconcentração para numa seticada de fora da área bater Tiago Velez (que desta feita, depois de uma exibição excelente) podia ter feito um pouco melhor, 4-6 com 01’04’’ para jogar.
O resultado não se viria a alterar e o SC Tomar segue para os 1/32 de final. O União FE sai de cabeça erguida fruto da excelente exibição que efectuou e provar que a jogar desta forma tem condições para estar na Divisão imediatamente acima.
Final: União FE 4 - SC Tomar 6 (Faltas: 16 – 14)
Num jogo onde teve condições para vencer o União acaba numa situação em que está empatado e com o adversário nas 14 faltas cometer dois erros infantis que ditaram a derrota, no entanto há que tirar conclusões positivas da partida para os próximos 4 jogos que faltam na III Centro, pois que se mantiverem esta postura e forma de jogar certamente irão atingir os objectivos. O SC Tomar na 1ª parte em particular nomeadamente quando colocava mais velocidade em jogo provou o porquê da posição que ocupa na II Sul, tendo no entanto ontem no Albano Mateus uma baixa de peso, Tiago Monteiro que daria certamente a Nuno Lopes outras opções para o decorrer na partida.
Sinal mais: Para o jovem Hernâni Diniz (ainda júnior) que com o seu hattrick colocou a sua equipa na próxima eliminatória. Para o muito público que encheu praticamente o Albano Mateus e que com enorme fair-play souberam e de que maneira apoiar as suas equipas. Para Nuno Lopes para a forma exemplar como “puxou as orelhas” a Hernâni Diniz que foi “picar” o público após a marcação de um golo. Para a exibição da equipa Unionista que jogou num todo e merecia pelo menos o prolongamento.
Vítor Roxo teve uma exibição normal tanto no capitulo técnico como disciplinar, sem interferência no marcador, no entanto fica o período de cerca de 6’ minutos (16’07 aos 10’41’’) em que inclinou ligeiramente o rinque como foi dito anteriormente para o lado dos verde e brancos da cidade dos Templários, no entanto acaba por ter nota positiva.
Fotos: Barros Simões e João Flores
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