Passados cerca de 4 meses da nova Direcção do União FE ter tomado posse, e depois de terminada a época desportiva 2010/2011, o Cartão Azul foi ter com o responsável pelo hóquei em patins da colectividade alvi-negra, Mário Serra para uma entrevista que tenta abordar o passado, o presente e o futuro.
CA – Bom dia Mário, obrigado pela disponibilidade, e vamos começar esta entrevista recuando a Fevereiro quando tomaram posse, como encontraram a secção de hóquei em patins?
MS – Boa tarde Francisco, e antes de mais deixa-me cumprimentar-te e felicitar-te pela tua capacidade de ao fim de 4 anos ainda teres o Cartão Azul na máxima força, sendo um espaço de referência a nível nacional. Relativamente á tua pergunta, devo dizer-te que encontramos a secção de hóquei em muito mau estado, tanto físico como logístico. Uma casa desarrumada, sem ponta por onde se pegasse, que muito sinceramente me fazia impressão entrar lá dentro. A primeira coisa que fizemos foi limpar e lavar aquelas paredes e de seguida pintá-las para que todos nos pudéssemos sentir confortáveis dentro daquele espaço. Arrumamos aqueles armários que estavam empilhados até cima, e acima de tudo, andamos até hoje a “lamber” papel para que pudéssemos ter o mínimo de registos e estatísticas do que se passou em termos desportivos, em toda a secção de hóquei. Há equipas que estiveram em actividade em anos transactos que não encontramos um único boletim de jogo, não há dados estatísticos de nada e foi mais fácil encontrar todos os documentos do tempo do João Maria, de há 10 anos atrás, do que os do ano passado. Hoje, felizmente que conseguimos arrumar a casa, por as prateleiras em ordem, tirar as nossa análises e acima de tudo voltamos a recrear um espaço onde todos se sintam bem.
CA – Com a eleição desta nova Direcção assistiu-se ao regresso de algumas referências à vida activa do clube, como é por exemplo o caso de João Maria Vaz e Jaime Clemente. Quais os motivos do regresso e que benefícios para o clube?
MS – Antes de falar do João Maria e do Jaime, deixa-me dizer-te que muito mais gente entrou neste projecto, e começo por te dizer que desde que tomamos posse, o clube já registou mais de 100 novos sócios. Já vejo as Assembleias cheias de Unionistas, os nossos jantares de Terça-Feira têm em média cerca de 80 amigos, quando no passado esses números raramente passavam as 30. Relativamente ao João Maria, foi para mim enquanto director do Hóquei, o pilar de estabilidade que esta secção precisava. Ninguém dúvida da capacidade de organização e gestão do João Maria. Nunca escondi que no dia que voltasse ao União a grande prioridade seria que o João Maria fizesse parte da equipa e felizmente, também devido à enorme paixão que ele tem pelo seu União, não foi difícil de convencê-lo a voltar para à sua secretária, mas acima de tudo para um espaço que também ele ajudou a criar e a crescer. O Jaime foi outra aposta nossa, dentro da qualidade que todos lhe reconhecemos, não só enquanto técnico, mas acima de tudo enquanto formador de miúdos. Quem hoje em dia assiste atentamente aos treinos dos mais jovens, já se apercebe que o trabalho desenvolvido é completamente diferente, o trabalho feito no treino é previamente estudado e delineado entre os vários treinadores e o coordenador técnico que é o Jaime. Vou dar-te um exemplo que reflecte bem esse excelente trabalho que a nossa formação tem vindo a desenvolver. Optámos por não entrar nos Torneios de encerramento de Benjamins e Escolares em detrimento de efectuarmos um trabalho de base que pudesse já servir de arranque para o planeamento que está a ser elaborado na formação para a próxima época, e a realidade é que ao fim destes meses, esse trabalho trouxe benefícios, onde em Benjamins fomos a Oliveira do Hospital e ficamos em primeiro lugar com uma excelente prestação dos nossos miúdos. Para finalizar relembrar que muito do sucesso do União de outros tempos, também se deveu a duas pessoas, o Jaime e o João Maria.
CA – Na ultima Assembleia, e olhando para a demonstração de resultados em 2010, chamou-me à atenção o item da publicidade, que só gerou 100 euros. Será que este valor é uma prova da crise que o País atravessa, ou revela algo mais?
MS – Essa é uma realidade descrita no relatório de contas, mas obviamente que essas foram contas de outra direcção que não a nossa, como tal deverá ser a eles que essa pergunta deverá ser colocada. No entanto, e com estes quatros meses de experiência como director, deixa-me dizer-te que ainda não vi nenhum patrocinador vir ao União oferecer dinheiro, vejo isso sim o União todos os dias a ir bater á porta das empresas no Entroncamento e mesmo a nível Nacional, para que para o ano, quando apresentarmos as nossas contas, o valor que venha reflectido no item da publicidade possa ser muito superior ao apresentado este ano.
CA – Ainda em relação ao ponto anterior, podemos dizer que as equipas do União FE andaram a publicitar empresas/produtos pelos Pavilhões deste País, sem que o Clube tirasse dividendos dessa divulgação?
MS – É uma realidade que tem acontecido nos últimos anos e que nós neste curto espaço de tempo ainda não conseguimos contornar, mas seguramente que para o próximo ano não irá acontecer. Estamos neste momento a trabalhar nesse sentido, sendo que a curto/médio prazo o nosso objectivo passará por uniformizar todos os escalões do clube.
CA – Vamos agora “assentar arraiais” no hóquei. Que balanço fazes da época que agora chegou ao fim, no que diz respeito aos Seniores? O 3º lugar sabe a pouco? O que faltou para que a equipa tivesse terminado nos lugares de subida, e se essa subida iria de encontro aos objectivos da nova Direcção no que concerne aos projectos financeiro/desportivos?
MS – O balanço só o posso fazer a partir do momento que entramos para a estrutura do hóquei, e esse não podia ser mais positivo. Em 8 jogos que tivemos pela frente a equipa ganhou 7, sendo que a única derrota acabou por ser em casa da equipa que ganhou a nossa serie, sendo que tivemos deslocações muito complicadas como a Odivelas, Vialonga e Oliveira do Hospital, onde passamos com distinção em qualquer uma delas. Se o 3º lugar sabe a pouco? Sabe sempre, mas não escondo que nesta última fase do campeonato a equipa deu tudo o que tinha para conseguir alcançar algo mais. Agora, seria hipócrita se te dissesse que seria benéfico uma subida de divisão já este ano. Penso que se isso tivesse acontecido, obviamente que teríamos de arranjar as condições mínimas necessárias para disputar essa competição no próximo ano, mas seria subir degraus depressa demais. O importante era estabilizar, dotar a equipa de responsabilidade e fazer os jogadores perceber quais eram os nossos objectivos e as nossas directrizes, entenderem que a partir de agora iriam andar muito mais acompanhados, mas que também iriam ter mais responsabilidade. Prefiro sem qualquer tipo de receios, assumir já este ano uma subida de divisão, com uma equipa muita mais bem preparada e estruturada, com um plantel homogéneo onde cada um saberá até onde poderá e deverá ir, com um técnico extremamente exigente e capaz de gerir a equipa de forma a que tenha sucesso desportivo. Criando também uma equipa de trabalho que tem a tarefa de organizar e planear tudo que se passa fora do ringue, e ao mesmo tempo conseguir blindar o balneário e a secção, para que não se cometam erros passados.
CA – Agora o balanço no que diz respeito aos escalões de formação?
MS – Muito razoável também, tendo em conta a capacidade de trabalho que estavam preparados para absorver. Obviamente que quando o nível de exigência é baixo, não poderemos obrigar que os resultados sejam bons. De qualquer forma, e tendo em conta a evolução que os miúdos têm tido nestes últimos tempos, dá-nos garantias para que já nas próximas épocas possamos ambicionar sempre mais alguma coisa, nunca esquecendo que a nossa prioridade passará sempre por formar.
CA – Ainda nos escalões de formação, a aposta no Miguel Jerónimo foi uma aposta ganha?
MS – A aposta no Miguel não foi nossa, foi sim uma das poucas decisões acertadas da anterior direcção. Depois de 4 meses de trabalho com o Miguel não temos a mais pequena dúvida que tem a capacidade e dinâmica necessária para dar continuidade ao seu trabalho no União Futebol Entroncamento. Apesar de novo, o Miguel é um técnico estudioso, gosta de dinamizar o treino e aperfeiçoar os seus conhecimentos. Agora, se aliarmos tudo isso ao facto de também ir trabalhar directamente com o Jaime, garantidamente que aperfeiçoará ainda mais o seu trabalho diário alcançando desta forma mais sucessos, tanto no campo desportivo como pedagógico.
CA – Depois da nova Direcção ter tomado posse, voltou a ver-se o União convidado para Torneios um pouco por todo lado, como é o exemplo de Turquel, Oliveira do Hospital, Académica e Grândola, e em vários escalões. A que se deve este facto?
MS – No passado não se pode dizer que o clube não tivesse também esses convites, no entanto é um facto que exceptuando um ou outro caso pontual, não rejeitaremos nenhuma participação em torneios. A participação nestes torneios devem ser encaradas como um premio para os atletas e um prestígio para o clube. Posso dizer-te por exemplo que há 21 anos seguidos que o União participa no Torneio da Académica de Coimbra. O de Grândola no dia 18 e 19 de Junho onde iremos participar com a nossa equipa de seniores, será um torneio de grande valor com 2 equipas de 2º Divisão. Como disse noutra questão, fomos em Benjamins a Oliveira do Hospital e trouxemos a Taça de 1º Classificado. Queremos estar sempre presentes nos grandes Torneios!
CA – Ainda na área dos Torneios, no passado dia 10 feriado Nacional, o Albano Mateus voltou a encher-se de atletas de todas as idades, de clubes de renome no panorama nacional e, claro de publico entusiasta. Qual o balanço final deste evento?
MS – Espectacular! Com cerca de 16 horas de torneio, 200 atletas, 50 seccionistas e treinadores, 3 árbitros, 16 jogos de hóquei patins, 400 almoços e 120 quilos de carne grelhada, este foi sem duvida uma prova de fogo para a qual esta secção, mas acima de tudo esta equipa de pais, amigos e familiares se propuseram e passaram com distinção. Foi um ponto de partida para outros eventos, que com a ajuda de todos, não teremos qualquer tipo de dúvidas ou problemas em levar para a frente. Relembro-me que á hora da final do torneio tínhamos as bancadas centrais do pavilhão praticamente cheias. Temos recebido inúmeros emails e telefonemas de clubes que participaram a dar os parabéns pela organização. Procuramos acima de tudo, convidar equipas de renome, de forma a criar bons espectáculos e acima de tudo grandes jogos de hóquei em patins. Por outro lado provamos que o Pavilhão Albano Mateus é a nossa casa, e é para lá que temos de puxar os amigos, sócios e simpatizantes do clube. É e será sempre a casa em que todos nos revemos e orgulhamos.
CA – Para finalizar o tema Torneios, existe mais algum evento programada para breve?
MS – Existe, nós não conseguimos estar parados! Temos de voltar a dar vida ao clube, envolver os sócios e a cidade na vida do União. Senão vejamos, desde que tomamos posse, já fizemos 4 jantares na 1ª Terça Feira de cada mês, onde normalmente conseguimos juntar á mesa cerca de 70 a 80 amigos do União. No mês passado, organizamos uma noite de fados, que segundo os críticos, do melhor que se organiza na zona, onde tivemos em palco alguns dos artistas mais conceituados a nível Nacional. Na Sexta-feira passada tivemos a I Taça Cidade Ferroviária. Já no próximo dia 2 de Julho, como prova de todo o nosso dinamismo, vamos organizar um Torneio de 24 horas de Futebol 7 no relvado sintético do Bonito, algo inédito na zona, já que o mais normal é os torneios de pavilhão de futebol salão. Dia 9 de Julho, temos a 1ª edição do Torneio de 3x3 que muito nos honra de denominar de Torneio Albano Mateus, onde este ano temos a novidade de ter um escalão apenas de veteranos. Como vês Francisco, aquilo que nos propusemos antes de ser eleitos, foi tudo concretizado, e para isso muito se deve o dinamismo e a vontade de toda a equipa de trabalho que em cada evento dá tudo que tem para que o sucesso seja garantido. Aproveito ainda para informar todos os sócios e amigos do União que vamos estar novamente nas tasquinhas das Festas do Entroncamento, para que também eles, possam, de uma forma ou de outra, dar o seu contributo ao clube. Para finalizar, posso ainda adiantar que está já marcado para dia 10 de Setembro a Gala de Apresentação da nova época, um espectáculo que concerteza irá surpreender muita gente, dado a forma como o mesmo irá decorrer.
CA – Vamos agora voltar a falar dos seniores. Como é do conhecimento público a esmagadora maioria dos atletas renovaram. Já podes revelar se existem reforços e se estes são os que Barros Simões pediu para colmatar algumas lacunas a nível de plantel, ou serão aqueles que o orçamento permite?
MS – Como é do conhecimento de quem esteve presente na ultima Assembleia, a situação financeira do clube deverá ser a pior dos últimos 20 anos, uma herança pesada, mas que de certeza que iremos ultrapassar. De qualquer forma, não baixamos os braços e estamos a trabalhar no sentido de proporcionar a todos os nossos atletas as melhores condições possíveis, e claro está os seniores não fogem dessa directriz. É verdade que neste momento já temos assegurada a continuidade de praticamente todo o plantel, exceptuando para já, o Hugo Saboga que como é de conhecimento público deixou este ano a competição, o Márito que tem vindo a referir há já algum tempo que também irá abandonar a competição e o caso do João Mendes que ainda não está definido. Quanto a reforços, temos já confirmada a entrada do Luis Santos, mais conhecido por Melão que o ano passado representou a J. Ouriense, e estamos ainda a negociar com mais dois atletas que poderão vir a integrar o plantel. Temos ainda dois juniores, o João Salvador que já assinou e o Daniel Rito que poderá fazer parte do plantel do próximo ano. Quanto ao plantel, sem duvidas que será aquele que o treinador e a direcção definiram em devida altura, face aquela que é a nossa realidade do ponto de vista financeiro e desportivo. Sem duvida que teremos um plantel muito mais forte e unido, tanto dentro como fora do campo.
CA – Uma questão que tem sido falada entre sócios e adeptos e que acho que te deve ser colocada enquanto responsável pelo hóquei, é a seguinte, se Barros Simões tem chegado mais cedo ao comando técnico da equipa, o “overall” final poderia ter sido outro?
MS – Acho que não. Como ficou provado nesta fase final do campeonato, a equipa tinha potencialidade que lhe permitia alcançar outros objectivos, no entanto, penso que faltou uma estrutura forte e coesa que pudesse auxiliar a equipa técnica nas alturas difíceis e dar a cara nos momentos de maior desgaste. Um treinador, por muito bom que seja, se não tiver uma máquina montada e a funcionar fora do ringue de jogo, dificilmente conseguirá ter êxito desportivo. Um técnico só se pode preocupar em treinar dentro do terreno de jogo, não pode andar a ir buscar as bolas, buscar coletes, resolver conflitos dentro e fora do balneário, entre outras situações que provocam um desgaste imenso em quem tem a tarefa de treinar. Hoje em dia a tarefa dos nossos treinadores é apenas preocuparem-se em fazer os planos de treinos e cumpri-los, juntamente com os seus atletas e restante equipa técnica.
CA – Quais os objectivos da Direcção e equipa técnica para a temporada 2011/2012?
MS – Relativamente á formação é, dotar cada vez mais os nossos atletas de hábitos de treino e disciplina que lhes permita no futuro poder dar continuidade nos escalões de competição, a um nível em que esteja sempre presente o sucesso desportivo. Não temos a obrigatoriedade de ganhar todos os jogos, temos sim a obrigação de formar bons atletas e acima de tudo grandes homens. Quanto aos seniores, como já disse anteriormente, o objectivo passará sempre por colocar o UFE no lugar que merece e que mais se aproxima da sua história, a 2ª divisão nacional. No que diz respeito aos objectivos da direcção, passarão sempre por cumprir aquele que foi o projecto apresentado a todos os sócios aquando da nossa eleição.
CA – Entrando agora na fase final da entrevista, e voltando a mudar de assunto. Numa leitura do novo projecto podemos constatar que o mesmo engloba o regresso de todos os escalões de formação. Olhando para o panorama actual do clube, quanto tempo vai demorar até esse projecto estar concluído e se esse mesmo projecto vai passar pela aproximação do clube com o desporto escolar e tentar junto das escolas a inclusão da patinagem nesse mesmo desporto escolar?
MS – Tal como vem referenciado no nosso projecto, os protocolos com as escolas do concelho serão uma realidade a curto espaço. Temos consciência que nos próximos 4 anos dificilmente teremos escalão de juniores e juvenis, mas essa é uma realidade que tentaremos inverter o mais rápido possível. Temos já preparadas algumas iniciativas para conseguir chamar os miúdos para o hóquei, iremos às escolas, faremos propaganda nos Centros Comerciais, andaremos de patins pela cidade, enfim, faremos tudo que pudermos para cada vez mais divulgar-mos esta modalidade e ao mesmo tempo engrandecer-mos o União.
CA – Sendo a actual Direcção constituída por alguns ex-atletas do clube, a que se junta a experiência e dedicação dos outros Directores, aliado a um projecto ambicioso, achas que vamos voltar a ver sócios, adeptos e Direcção de mãos dadas em redor do mesmo objectivo?
MS – Sinceramente, penso que sim Francisco. Nesta direcção não existe vaidade nem protagonismo, todos descascam batatas para os torneios, limpamos os balneários à esfregona todas as semanas e todos entregam prémios, não há distinções. Temos uma equipa jovem e dinâmica, muito unida e que acima de tudo são um grupo de amigos de longa data. Nesta fase da vida do clube, em que começa a haver novamente algum ecletismo, apelo a todos os sócios e simpatizantes do União que se unam em torno de um objectivo comum, engrandecer cada vez mais o nosso UFE.
CA – Para terminar, resta-me mais uma vez agradecer a tua disponibilidade, e fica o espaço à tua disposição para alguma mensagem que queiras deixar aos sócios e adeptos do União em particular e aos visitantes do Cartão Azul em geral
MS – Para ti Francisco, mais uma vez resta-me agradecer-te, enquanto amante desta modalidade, todo o trabalho que fazes pelo hóquei patins. Continua que terás sempre a nossa colaboração. Aproveito mais uma vez para apelar aos sócios que se unam em torno do clube, acreditem nas pessoas que têm a responsabilidade de assumir o dia-a-dia da Instituição, e acima do tudo, participem activamente na vida do UNIÃO FUTEBOL ENTRONCAMENTO. UNIÃO! UNIÃO! UNIÃO!
CA – Bom dia Mário, obrigado pela disponibilidade, e vamos começar esta entrevista recuando a Fevereiro quando tomaram posse, como encontraram a secção de hóquei em patins?
MS – Boa tarde Francisco, e antes de mais deixa-me cumprimentar-te e felicitar-te pela tua capacidade de ao fim de 4 anos ainda teres o Cartão Azul na máxima força, sendo um espaço de referência a nível nacional. Relativamente á tua pergunta, devo dizer-te que encontramos a secção de hóquei em muito mau estado, tanto físico como logístico. Uma casa desarrumada, sem ponta por onde se pegasse, que muito sinceramente me fazia impressão entrar lá dentro. A primeira coisa que fizemos foi limpar e lavar aquelas paredes e de seguida pintá-las para que todos nos pudéssemos sentir confortáveis dentro daquele espaço. Arrumamos aqueles armários que estavam empilhados até cima, e acima de tudo, andamos até hoje a “lamber” papel para que pudéssemos ter o mínimo de registos e estatísticas do que se passou em termos desportivos, em toda a secção de hóquei. Há equipas que estiveram em actividade em anos transactos que não encontramos um único boletim de jogo, não há dados estatísticos de nada e foi mais fácil encontrar todos os documentos do tempo do João Maria, de há 10 anos atrás, do que os do ano passado. Hoje, felizmente que conseguimos arrumar a casa, por as prateleiras em ordem, tirar as nossa análises e acima de tudo voltamos a recrear um espaço onde todos se sintam bem.
CA – Com a eleição desta nova Direcção assistiu-se ao regresso de algumas referências à vida activa do clube, como é por exemplo o caso de João Maria Vaz e Jaime Clemente. Quais os motivos do regresso e que benefícios para o clube?
MS – Antes de falar do João Maria e do Jaime, deixa-me dizer-te que muito mais gente entrou neste projecto, e começo por te dizer que desde que tomamos posse, o clube já registou mais de 100 novos sócios. Já vejo as Assembleias cheias de Unionistas, os nossos jantares de Terça-Feira têm em média cerca de 80 amigos, quando no passado esses números raramente passavam as 30. Relativamente ao João Maria, foi para mim enquanto director do Hóquei, o pilar de estabilidade que esta secção precisava. Ninguém dúvida da capacidade de organização e gestão do João Maria. Nunca escondi que no dia que voltasse ao União a grande prioridade seria que o João Maria fizesse parte da equipa e felizmente, também devido à enorme paixão que ele tem pelo seu União, não foi difícil de convencê-lo a voltar para à sua secretária, mas acima de tudo para um espaço que também ele ajudou a criar e a crescer. O Jaime foi outra aposta nossa, dentro da qualidade que todos lhe reconhecemos, não só enquanto técnico, mas acima de tudo enquanto formador de miúdos. Quem hoje em dia assiste atentamente aos treinos dos mais jovens, já se apercebe que o trabalho desenvolvido é completamente diferente, o trabalho feito no treino é previamente estudado e delineado entre os vários treinadores e o coordenador técnico que é o Jaime. Vou dar-te um exemplo que reflecte bem esse excelente trabalho que a nossa formação tem vindo a desenvolver. Optámos por não entrar nos Torneios de encerramento de Benjamins e Escolares em detrimento de efectuarmos um trabalho de base que pudesse já servir de arranque para o planeamento que está a ser elaborado na formação para a próxima época, e a realidade é que ao fim destes meses, esse trabalho trouxe benefícios, onde em Benjamins fomos a Oliveira do Hospital e ficamos em primeiro lugar com uma excelente prestação dos nossos miúdos. Para finalizar relembrar que muito do sucesso do União de outros tempos, também se deveu a duas pessoas, o Jaime e o João Maria.
CA – Na ultima Assembleia, e olhando para a demonstração de resultados em 2010, chamou-me à atenção o item da publicidade, que só gerou 100 euros. Será que este valor é uma prova da crise que o País atravessa, ou revela algo mais?
MS – Essa é uma realidade descrita no relatório de contas, mas obviamente que essas foram contas de outra direcção que não a nossa, como tal deverá ser a eles que essa pergunta deverá ser colocada. No entanto, e com estes quatros meses de experiência como director, deixa-me dizer-te que ainda não vi nenhum patrocinador vir ao União oferecer dinheiro, vejo isso sim o União todos os dias a ir bater á porta das empresas no Entroncamento e mesmo a nível Nacional, para que para o ano, quando apresentarmos as nossas contas, o valor que venha reflectido no item da publicidade possa ser muito superior ao apresentado este ano.
CA – Ainda em relação ao ponto anterior, podemos dizer que as equipas do União FE andaram a publicitar empresas/produtos pelos Pavilhões deste País, sem que o Clube tirasse dividendos dessa divulgação?
MS – É uma realidade que tem acontecido nos últimos anos e que nós neste curto espaço de tempo ainda não conseguimos contornar, mas seguramente que para o próximo ano não irá acontecer. Estamos neste momento a trabalhar nesse sentido, sendo que a curto/médio prazo o nosso objectivo passará por uniformizar todos os escalões do clube.
CA – Vamos agora “assentar arraiais” no hóquei. Que balanço fazes da época que agora chegou ao fim, no que diz respeito aos Seniores? O 3º lugar sabe a pouco? O que faltou para que a equipa tivesse terminado nos lugares de subida, e se essa subida iria de encontro aos objectivos da nova Direcção no que concerne aos projectos financeiro/desportivos?
MS – O balanço só o posso fazer a partir do momento que entramos para a estrutura do hóquei, e esse não podia ser mais positivo. Em 8 jogos que tivemos pela frente a equipa ganhou 7, sendo que a única derrota acabou por ser em casa da equipa que ganhou a nossa serie, sendo que tivemos deslocações muito complicadas como a Odivelas, Vialonga e Oliveira do Hospital, onde passamos com distinção em qualquer uma delas. Se o 3º lugar sabe a pouco? Sabe sempre, mas não escondo que nesta última fase do campeonato a equipa deu tudo o que tinha para conseguir alcançar algo mais. Agora, seria hipócrita se te dissesse que seria benéfico uma subida de divisão já este ano. Penso que se isso tivesse acontecido, obviamente que teríamos de arranjar as condições mínimas necessárias para disputar essa competição no próximo ano, mas seria subir degraus depressa demais. O importante era estabilizar, dotar a equipa de responsabilidade e fazer os jogadores perceber quais eram os nossos objectivos e as nossas directrizes, entenderem que a partir de agora iriam andar muito mais acompanhados, mas que também iriam ter mais responsabilidade. Prefiro sem qualquer tipo de receios, assumir já este ano uma subida de divisão, com uma equipa muita mais bem preparada e estruturada, com um plantel homogéneo onde cada um saberá até onde poderá e deverá ir, com um técnico extremamente exigente e capaz de gerir a equipa de forma a que tenha sucesso desportivo. Criando também uma equipa de trabalho que tem a tarefa de organizar e planear tudo que se passa fora do ringue, e ao mesmo tempo conseguir blindar o balneário e a secção, para que não se cometam erros passados.
CA – Agora o balanço no que diz respeito aos escalões de formação?
MS – Muito razoável também, tendo em conta a capacidade de trabalho que estavam preparados para absorver. Obviamente que quando o nível de exigência é baixo, não poderemos obrigar que os resultados sejam bons. De qualquer forma, e tendo em conta a evolução que os miúdos têm tido nestes últimos tempos, dá-nos garantias para que já nas próximas épocas possamos ambicionar sempre mais alguma coisa, nunca esquecendo que a nossa prioridade passará sempre por formar.
CA – Ainda nos escalões de formação, a aposta no Miguel Jerónimo foi uma aposta ganha?
MS – A aposta no Miguel não foi nossa, foi sim uma das poucas decisões acertadas da anterior direcção. Depois de 4 meses de trabalho com o Miguel não temos a mais pequena dúvida que tem a capacidade e dinâmica necessária para dar continuidade ao seu trabalho no União Futebol Entroncamento. Apesar de novo, o Miguel é um técnico estudioso, gosta de dinamizar o treino e aperfeiçoar os seus conhecimentos. Agora, se aliarmos tudo isso ao facto de também ir trabalhar directamente com o Jaime, garantidamente que aperfeiçoará ainda mais o seu trabalho diário alcançando desta forma mais sucessos, tanto no campo desportivo como pedagógico.
CA – Depois da nova Direcção ter tomado posse, voltou a ver-se o União convidado para Torneios um pouco por todo lado, como é o exemplo de Turquel, Oliveira do Hospital, Académica e Grândola, e em vários escalões. A que se deve este facto?
MS – No passado não se pode dizer que o clube não tivesse também esses convites, no entanto é um facto que exceptuando um ou outro caso pontual, não rejeitaremos nenhuma participação em torneios. A participação nestes torneios devem ser encaradas como um premio para os atletas e um prestígio para o clube. Posso dizer-te por exemplo que há 21 anos seguidos que o União participa no Torneio da Académica de Coimbra. O de Grândola no dia 18 e 19 de Junho onde iremos participar com a nossa equipa de seniores, será um torneio de grande valor com 2 equipas de 2º Divisão. Como disse noutra questão, fomos em Benjamins a Oliveira do Hospital e trouxemos a Taça de 1º Classificado. Queremos estar sempre presentes nos grandes Torneios!
CA – Ainda na área dos Torneios, no passado dia 10 feriado Nacional, o Albano Mateus voltou a encher-se de atletas de todas as idades, de clubes de renome no panorama nacional e, claro de publico entusiasta. Qual o balanço final deste evento?
MS – Espectacular! Com cerca de 16 horas de torneio, 200 atletas, 50 seccionistas e treinadores, 3 árbitros, 16 jogos de hóquei patins, 400 almoços e 120 quilos de carne grelhada, este foi sem duvida uma prova de fogo para a qual esta secção, mas acima de tudo esta equipa de pais, amigos e familiares se propuseram e passaram com distinção. Foi um ponto de partida para outros eventos, que com a ajuda de todos, não teremos qualquer tipo de dúvidas ou problemas em levar para a frente. Relembro-me que á hora da final do torneio tínhamos as bancadas centrais do pavilhão praticamente cheias. Temos recebido inúmeros emails e telefonemas de clubes que participaram a dar os parabéns pela organização. Procuramos acima de tudo, convidar equipas de renome, de forma a criar bons espectáculos e acima de tudo grandes jogos de hóquei em patins. Por outro lado provamos que o Pavilhão Albano Mateus é a nossa casa, e é para lá que temos de puxar os amigos, sócios e simpatizantes do clube. É e será sempre a casa em que todos nos revemos e orgulhamos.
CA – Para finalizar o tema Torneios, existe mais algum evento programada para breve?
MS – Existe, nós não conseguimos estar parados! Temos de voltar a dar vida ao clube, envolver os sócios e a cidade na vida do União. Senão vejamos, desde que tomamos posse, já fizemos 4 jantares na 1ª Terça Feira de cada mês, onde normalmente conseguimos juntar á mesa cerca de 70 a 80 amigos do União. No mês passado, organizamos uma noite de fados, que segundo os críticos, do melhor que se organiza na zona, onde tivemos em palco alguns dos artistas mais conceituados a nível Nacional. Na Sexta-feira passada tivemos a I Taça Cidade Ferroviária. Já no próximo dia 2 de Julho, como prova de todo o nosso dinamismo, vamos organizar um Torneio de 24 horas de Futebol 7 no relvado sintético do Bonito, algo inédito na zona, já que o mais normal é os torneios de pavilhão de futebol salão. Dia 9 de Julho, temos a 1ª edição do Torneio de 3x3 que muito nos honra de denominar de Torneio Albano Mateus, onde este ano temos a novidade de ter um escalão apenas de veteranos. Como vês Francisco, aquilo que nos propusemos antes de ser eleitos, foi tudo concretizado, e para isso muito se deve o dinamismo e a vontade de toda a equipa de trabalho que em cada evento dá tudo que tem para que o sucesso seja garantido. Aproveito ainda para informar todos os sócios e amigos do União que vamos estar novamente nas tasquinhas das Festas do Entroncamento, para que também eles, possam, de uma forma ou de outra, dar o seu contributo ao clube. Para finalizar, posso ainda adiantar que está já marcado para dia 10 de Setembro a Gala de Apresentação da nova época, um espectáculo que concerteza irá surpreender muita gente, dado a forma como o mesmo irá decorrer.
CA – Vamos agora voltar a falar dos seniores. Como é do conhecimento público a esmagadora maioria dos atletas renovaram. Já podes revelar se existem reforços e se estes são os que Barros Simões pediu para colmatar algumas lacunas a nível de plantel, ou serão aqueles que o orçamento permite?
MS – Como é do conhecimento de quem esteve presente na ultima Assembleia, a situação financeira do clube deverá ser a pior dos últimos 20 anos, uma herança pesada, mas que de certeza que iremos ultrapassar. De qualquer forma, não baixamos os braços e estamos a trabalhar no sentido de proporcionar a todos os nossos atletas as melhores condições possíveis, e claro está os seniores não fogem dessa directriz. É verdade que neste momento já temos assegurada a continuidade de praticamente todo o plantel, exceptuando para já, o Hugo Saboga que como é de conhecimento público deixou este ano a competição, o Márito que tem vindo a referir há já algum tempo que também irá abandonar a competição e o caso do João Mendes que ainda não está definido. Quanto a reforços, temos já confirmada a entrada do Luis Santos, mais conhecido por Melão que o ano passado representou a J. Ouriense, e estamos ainda a negociar com mais dois atletas que poderão vir a integrar o plantel. Temos ainda dois juniores, o João Salvador que já assinou e o Daniel Rito que poderá fazer parte do plantel do próximo ano. Quanto ao plantel, sem duvidas que será aquele que o treinador e a direcção definiram em devida altura, face aquela que é a nossa realidade do ponto de vista financeiro e desportivo. Sem duvida que teremos um plantel muito mais forte e unido, tanto dentro como fora do campo.
CA – Uma questão que tem sido falada entre sócios e adeptos e que acho que te deve ser colocada enquanto responsável pelo hóquei, é a seguinte, se Barros Simões tem chegado mais cedo ao comando técnico da equipa, o “overall” final poderia ter sido outro?
MS – Acho que não. Como ficou provado nesta fase final do campeonato, a equipa tinha potencialidade que lhe permitia alcançar outros objectivos, no entanto, penso que faltou uma estrutura forte e coesa que pudesse auxiliar a equipa técnica nas alturas difíceis e dar a cara nos momentos de maior desgaste. Um treinador, por muito bom que seja, se não tiver uma máquina montada e a funcionar fora do ringue de jogo, dificilmente conseguirá ter êxito desportivo. Um técnico só se pode preocupar em treinar dentro do terreno de jogo, não pode andar a ir buscar as bolas, buscar coletes, resolver conflitos dentro e fora do balneário, entre outras situações que provocam um desgaste imenso em quem tem a tarefa de treinar. Hoje em dia a tarefa dos nossos treinadores é apenas preocuparem-se em fazer os planos de treinos e cumpri-los, juntamente com os seus atletas e restante equipa técnica.
CA – Quais os objectivos da Direcção e equipa técnica para a temporada 2011/2012?
MS – Relativamente á formação é, dotar cada vez mais os nossos atletas de hábitos de treino e disciplina que lhes permita no futuro poder dar continuidade nos escalões de competição, a um nível em que esteja sempre presente o sucesso desportivo. Não temos a obrigatoriedade de ganhar todos os jogos, temos sim a obrigação de formar bons atletas e acima de tudo grandes homens. Quanto aos seniores, como já disse anteriormente, o objectivo passará sempre por colocar o UFE no lugar que merece e que mais se aproxima da sua história, a 2ª divisão nacional. No que diz respeito aos objectivos da direcção, passarão sempre por cumprir aquele que foi o projecto apresentado a todos os sócios aquando da nossa eleição.
CA – Entrando agora na fase final da entrevista, e voltando a mudar de assunto. Numa leitura do novo projecto podemos constatar que o mesmo engloba o regresso de todos os escalões de formação. Olhando para o panorama actual do clube, quanto tempo vai demorar até esse projecto estar concluído e se esse mesmo projecto vai passar pela aproximação do clube com o desporto escolar e tentar junto das escolas a inclusão da patinagem nesse mesmo desporto escolar?
MS – Tal como vem referenciado no nosso projecto, os protocolos com as escolas do concelho serão uma realidade a curto espaço. Temos consciência que nos próximos 4 anos dificilmente teremos escalão de juniores e juvenis, mas essa é uma realidade que tentaremos inverter o mais rápido possível. Temos já preparadas algumas iniciativas para conseguir chamar os miúdos para o hóquei, iremos às escolas, faremos propaganda nos Centros Comerciais, andaremos de patins pela cidade, enfim, faremos tudo que pudermos para cada vez mais divulgar-mos esta modalidade e ao mesmo tempo engrandecer-mos o União.
CA – Sendo a actual Direcção constituída por alguns ex-atletas do clube, a que se junta a experiência e dedicação dos outros Directores, aliado a um projecto ambicioso, achas que vamos voltar a ver sócios, adeptos e Direcção de mãos dadas em redor do mesmo objectivo?
MS – Sinceramente, penso que sim Francisco. Nesta direcção não existe vaidade nem protagonismo, todos descascam batatas para os torneios, limpamos os balneários à esfregona todas as semanas e todos entregam prémios, não há distinções. Temos uma equipa jovem e dinâmica, muito unida e que acima de tudo são um grupo de amigos de longa data. Nesta fase da vida do clube, em que começa a haver novamente algum ecletismo, apelo a todos os sócios e simpatizantes do União que se unam em torno de um objectivo comum, engrandecer cada vez mais o nosso UFE.
CA – Para terminar, resta-me mais uma vez agradecer a tua disponibilidade, e fica o espaço à tua disposição para alguma mensagem que queiras deixar aos sócios e adeptos do União em particular e aos visitantes do Cartão Azul em geral
MS – Para ti Francisco, mais uma vez resta-me agradecer-te, enquanto amante desta modalidade, todo o trabalho que fazes pelo hóquei patins. Continua que terás sempre a nossa colaboração. Aproveito mais uma vez para apelar aos sócios que se unam em torno do clube, acreditem nas pessoas que têm a responsabilidade de assumir o dia-a-dia da Instituição, e acima do tudo, participem activamente na vida do UNIÃO FUTEBOL ENTRONCAMENTO. UNIÃO! UNIÃO! UNIÃO!
Fotos: Carolina Gavancho, Barros Simões, Mário Serra, Fernando Vaz, UFE
6 comentários:
Sem duvida uma entrevista bem feita, e as respostas politicamente correctas, estão de parabéns o entrevistador e o entrevistado, e espero que se concretizem os objectivos desta nova direcção.
União União União
Duas perguntas que gostaria de ver respondidas:
1-O que vão fazer aos rapazes do escalão de juniores, tirando o Daniel Rito e o João Salvador que terão o privilégio de integrar o plantel sénior, vão mandá-los embora?
2-Tantas vezes se criticou a anterior direcção pelo facto do presidente não estar presente em alguns eventos organizados pelo clube, que agora gostava de saber qual a razão do actual presidente não ter sido visto no torneio dos último dia 10 de Junho.
Por último, não se esqueçam que se têm miudos para os escalões mais jovens isso não se deve única e escusivamente ao Sr. joão Maria, ao Sr. Jaime Clemente e a esta nova direcção.
Resumindo, como sócio do União não acho normal e não gosto mesmo nada que os actuais responsáveis venham para a praça pública denegrir o que se fez anteriormente, mesmo que tudo tenha sido mal feito. Acho uma grande falta de nível e de respeito pela história daa casa que actualmente dirigem.
Fiquem bem e que tenham o melhor sucesso do mundo.
Caro anónimo,
Poderá e deverá fazer essa pergunta pessoalmente a quem tem essa responsabilidade de lhe responder, o Mário. Mas se me permite, uma equipa que não aparecem mais de 3 ou 4 á maioria dos treinos, concerteza que deverá ser extinta!
Quanto ao presidente, se o quer ver , basta frequentar mais a sede do clube, passar o portão grande para dentro e não ficar logo ali nas primeiras filas da bancada.
E se ontem fosse ao União, podia ver o homem a acartar mesas e cadeiras para as festas.
Este não é como o outro. Não aparece só para as fotos. Gosta de trabalhar mas sem dar a cara.
Sei que é pessoa para acartar cadeiras, mas isso o anterior também fazia.
Gostava de saber é porque num torneio com aquela envergadura ele não apareceu. Se calhar até teve o dia ocupado com algo mais importante, mas essa também era a razão do anterior faltar, por conseguinte...
Em relação à equipa de juniores e juvenis, estou esclarecido. Vão mesmo mandar os rapazes embora. Afinal fazem o mesmo dos outros que lá estiveram e que tanto criticaram...
Enviar um comentário