segunda-feira, 13 de junho de 2011

A FESTA DA TAÇA INVADIU SANTA CITA


Dia de festa em Santa Cita, na recepção ao deca-campeão FC Porto em jogo respeitante aos quartos de final da Taça de Portugal edição 2010/2011. Várias figuras ligadas ao hóquei marcaram presença neste final de tarde na Aldeia Ribatejana do Hóquei em Patins, como por exemplo os Srs. Agostinho Silva e Guilherme ligados Conselho de Arbitragem, Jorge Godinho, treinador que levou os Tigres à 1ª Divisão, Gonçalo Favinha jogador do SC Tomar, vários árbitros como por exemplo Luís Inácio, Teófilo Casimiro, Carlos Fagulha, Fernando Cabaço entre outros, e desta feita a AP Ribatejo a fazer-se representar pelo vogal da Direcção para o Hóquei em Patins Sr. Rogério Ferrão. Mas num Pavilhão praticamente cheio, muitas outras figuras ligadas ao hóquei estiveram presentes.


Em relação ao jogo propriamente dito, podemos dizer que desenganaram-se aqueles que iam a contar com uma goleada das antigas, num jogo entre "David e Golias", mas apesar do resultado final apontar para um 2-8, a equipa de Luís Miguel Cunha apenas "caiu" aos pés do Campeão Nacional a 12' 52'' do final quando Emanuel Garcia fez o 1-3.


Num jogo dirigido pela dupla Lisboeta Paulo Romão (que na passada sexta-feira já tinha dirigido o Santa Cita frente ao Famalicense AC) e Miguel Guilherme as equipas apresentaram-se da seguinte forma:

ACR Santa Cita:  João Martins (gr), Tiago Barreiro, Zig, David Vieira e Nuno Nobre
Banco: Renato Godinho (gr), Tiago Pereira, Rui Oliveira (c), Rui Nunes, e André Conde
Tr - Luís Miguel Cunha

FC Porto: Filipe Magalhães (gr), André Azevedo, Reinaldo Ventura, Pedro Moreira e Pedro Gil
Banco: Edo Bosch (gr) , Filipe Santos (c), José "Rafa", Gonçalo Suissas e Emanuel Garcia
Tr- Franklim Pais


O jogo começa com a equipa azul e branca a tentar resolver a contenda o mais cedo possível, para depois poder gerir o jogo e permitir "quiçá" a Franklim experiências para a final four do próximo sábado em Coimbra, no entanto a equipa do Santa Cita ia dando boa réplica e demonstrava grande frescura física (apesar de ter jogado 48 antes frente ao Famalicense AC) e anímica, aliada a uma estrutura psicológica motivada possivelmente por defrontar a melhor equipa Portuguesa da ultima década. Com 20' 05' para jogar seria Pedro Moreira a inaugurar o marcador, numa seticada descaída para a direita do ataque Portista. Estava feito o 0-1 e pensou-se que a resistência tinha terminado e agora seria sempre a somar.


Pura ilusão pois a equipa de Santa Cita, não desarmou e começou a tentar chegar com perigo à baliza adversária, e com 14' 19'' para jogar numa jogada iniciada na área do Santa Cita com a bola a ser trocada em velocidade, Zig na cara de Filipe Magalhães falha uma oportunidade flagrante de empatar a partida. Continua o FC Porto a jogar em busca do 2º golo fazendo uso da apurada técnico dos seus jogadores, no entanto e na minha opinião abusando um pouco nas jogadas individuais, o que o Santa Cita agradecia e noutra boa jogada de entendimento foi a vez de Tiago Pereira, que tinha sido entrado em ringue falhar nova excelente oportunidade.


Na baliza da equipa da casa João Martins, que no 1º golo acabou por ficar um pouco mal na fotografia, ia defendendo tudo o que havia para defender e dando confiança aos companheiros de equipa e seria Tiago Pereira com 10' 29'' para jogar a empatar a partida (1 - 1). Os Dragões acusaram o golo e foram à procura de dar a volta ao marcador e ir para o intervalo em situação de vencedor e se possível com uma vantagem confortável. Com 7' 34'' para jogar Miguel Guilherme assinala grande penalidade contra o Santa Cita por falta (indiscutível) sobre Pedro Gil, no entanto e do sitio onde me encontrava pareceu que a mesma tinha sido cometida fora da área. Reinado Ventura chamado à marcação do castigo máximo permitiu a defesa de João Martins e nas duas recargas consecutivas João Martins voltou a dizer não ao internacional Português. O jogo manteve-se disputado e em velocidade nos 7' que restavam com oportunidades para ambas as  equipas, mas ambos os guarda redes não permitiram que o marcador se alterasse.

Intervalo: ACR Santa Cita 1  -  FC Porto 1  (Faltas 8 - 6)


A 2ª parte começa com a mesma toada da 1ª parte, ou seja o Santa Cita a der excelente réplica aos Campeões Nacionais, e essa réplica havia de durar cerca de 10' altura em que Gonçalo Suissas numa jogada por detrás da baliza consegue iludir João Martins e fazer o 1-2. O Santa Cita vacilou mas não caiu e continuou a dar jogar "taco-a-taco" com os azuis e brancos, e seria Emanuel Garcia á entrada da área e numa seticada rasteira para o lado direito de João Martins a fazer o 1-3 e a colocar o ponto final na partida, faltavam ainda 12' 52'' para terminar. Cerca de um minuto depois seria o capitão Filipe Santos a finalizar uma jogada corrida e a fazer o 1-4.


Era notória a quebra física da equipa de Santa Cita que se até ao golo do Emanuel Garcia dado excelente réplica e disfarçar com classe o "fosso" existente entre duas equipas de escalões diametralmente opostos. O FC Porto a vencer por 1-4 ia controlando a partida e fazendo circular a bola entre todos os seus jogadores com rapidez, o que ia neste fase do jogo confundindo as marcações da equipa de casa, e foi com naturalidade que Pedro Gil fez o 1-5 num remate de primeira após passe longo de um colega de equipa, faltavam 08' 47'' para terminar a partida.


Luís Miguel Cunha que já havia efectuado a troca de guarda redes, colocando o jovem Renato Godinho (júnior) em ringue. O Santa Cinta viria a atingir a 10ª falta com 06' 50'' para jogar e de realçar que a equipa de Luís Miguel Cunha que foi para o intervalo com 8 faltas, conseguiu estar a jogar contra o FC Porto 18 minutos e com esta equipa a dominar grande parte do tempo e cometer apenas duas faltas. Emanuel Garcia chamado à marcação não desperdiçou a oportunidade e aumentou para 1-7. Com Franklim Pais a rodar todos os jogadores, excepto Edo Bosch, seria o jovem Rafa a cometer falta sobre David Vieira, merecedora de livre directo que André Conde que entretanto tinha entrado na equipa de Santa Cita não aproveitou.


Com pouco mais de 2 minutos para jogar seria Gonçalo Suissas "com todo o tempo do mundo, já cantava Rui Veloso) a fazer  o1-8. O jogo caminhava para o fim as bancadas muito bem compostas iam fazendo a festa e puxando pelas suas equipas e já no dentro do ultimo minuto o FC Porto atingia a 10ª falta. Nuno Nobre chamado a marcar setica à barra e na recarga faz o 2º golo da sua equipa e fecha o resultado.

Final: ACR Santa Cita 2  -  FC Porto 8  (Faltas 10 - 10)


Sinal mais - Para a excelente moldura humana presente no Pavilhão e para a excelente réplica que a equipa de Luís Miguel Cunha deu ao FC Porto. Para ambos os treinadores que rodaram todos os seus atletas (excepto Edo Bosch, como foi referido), nomeadamente Luís Miguel Cunha que quis proporcionar a todos os seus jogadores, uma oportunidade única de defrontar uma constelação de estrelas como é a equipa do FC Porto. Para a Rádio Cidade de Tomar que fez o relato em directo, assim com a transmissão on-line com Paulo Faria (relato) e Paulo Pereira (entrevistas) em bom nível.


A dupla de arbitragem esteve bem, num jogo onde os jogadores se limitaram pura e simplesmente a jogar, no entanto e na minha opinião há que rever alguns critérios (que em nada alteraram o rumo do jogo) pois quando existe uma falta de equipa que é apontada a uma equipa, quando a mesma situação ocorre em sentido contrário, a mesma falta deverá ser assinalada a essa equipa.

Fotos: Barros Simões

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