Como havia referido na entrevista que concedeu ao Cartão Azul no dia 12, um dia antes de começar o evento «…O nosso principal objectivo passa por conseguir a melhor classificação possível, que corresponde a vencer o Inter - Regiões….» o Prof. João Lapo veio a cumprir o objectivo e tornou a selecção da AP Porto bicampeã do Inter Regiões. O Cartão Azul voltou á conversa com o técnico para saber o segredo do sucesso e como decorreu na sua perspectiva esta 32ª edição.
CA – Boa tarde Prof. em primeiro lugar os meus parabéns para mais esta conquista. A APP acabou por fazer uma prova quase imaculada, apenas com um empate, 38 golos marcados 6 sofridos. Qual a chave do sucesso?
JL – Em primeiro lugar formamos um grupo unido e coeso, no qual cada um dá o máximo contributo na sua área para atingirmos os nossos objectivos. Preparamos muito bem todos os Inter – Regiões. Trazemos sempre pelo menos um atleta do ano anterior para transmitir aos mais novos todo nosso espírito. Todos os pormenores para nós são importantes mesmo aqueles que parecem mais irrelevantes, posso contar um: após o 1º jogo detectamos que os atletas tinham dificuldades em travar, verificou-se que as rodas dos patins estavam cheias de pó, assim no final de cada jogo todo o grupo ia limpar todas as rodas para permitir melhor patinagem aos atletas, com o passar dos dias a pista secundária onde realizávamos os exercícios de mobilização articular (aquecimento) ficou cheia de pó e optei para a final efectuarmos esses exercícios de sapatinhas, para no inicio do jogo termos as rodas completamente limpas. Dei este exemplo como podia dar outro que para mim são extremamente importantes e podem ajudar a fazer a diferença. Somos exigentes para podemos dar aos atletas as melhores condições para o sucesso.
CA – Na final defrontou a selecção da AP Lisboa que ganhou o grupo só com vitórias, 46 golos marcados 4 sofridos, muito bem orientada pelo Prof. Luís Duarte, acha que a vitória por 4-0 espelha a diferença entre as selecções, ou o jogo acabou por correr de feição á sua equipa?
JL – Analisamos cuidadosamente a selecção de Lisboa e as suas principais características, sabíamos que era uma equipa ofensiva e pouco paciente e que em aspectos defensivos nos dava algum espaço, situação que a nossa equipa agradava bastante. Tinhamos a noção que fisicamente eramos mais débeis, mas tínhamos a noção que seríamos mais rigorosos e cometíamos menos erros. Penso correndo o risco de estar errado que menosprezaram o valor da nossa selecção, isto na nossa equipa não ocorre. Pelo rigor que demonstramos e pela qualidade de jogo apresentada penso que o resultado foi justo.
CA – O jogo com a selecção de Aveiro, foi um jogo onde tudo saiu mal, ou aproveitou para dar minutos aos jogadores, uma vez que a vantagem que tinha perante os adversários era confortável, é claro que esta minha questão prende-se única e exclusivamente, com o facto de em caso de vitória da sua equipa a selecção do Ribatejo ter ido disputar um lugar no pódio?
JL – Não gerimos. Foi um jogo um pouco incaracterístico para nós, ficamos sem um jogador influente nesse jogo e que nos desconcentrou um pouco. Penso que Aveiro fez um excelente jogo e ao mesmo tempo de todas as selecções era a que melhor nos conhecia e tiraram proveito disso. Como o jogo não nos corria de feição a partir do 2-1 tentarmos gerir o resultado num lance de ressalto não fomos eficazes e consentimos o empate.
CA – Boa tarde Prof. em primeiro lugar os meus parabéns para mais esta conquista. A APP acabou por fazer uma prova quase imaculada, apenas com um empate, 38 golos marcados 6 sofridos. Qual a chave do sucesso?
JL – Em primeiro lugar formamos um grupo unido e coeso, no qual cada um dá o máximo contributo na sua área para atingirmos os nossos objectivos. Preparamos muito bem todos os Inter – Regiões. Trazemos sempre pelo menos um atleta do ano anterior para transmitir aos mais novos todo nosso espírito. Todos os pormenores para nós são importantes mesmo aqueles que parecem mais irrelevantes, posso contar um: após o 1º jogo detectamos que os atletas tinham dificuldades em travar, verificou-se que as rodas dos patins estavam cheias de pó, assim no final de cada jogo todo o grupo ia limpar todas as rodas para permitir melhor patinagem aos atletas, com o passar dos dias a pista secundária onde realizávamos os exercícios de mobilização articular (aquecimento) ficou cheia de pó e optei para a final efectuarmos esses exercícios de sapatinhas, para no inicio do jogo termos as rodas completamente limpas. Dei este exemplo como podia dar outro que para mim são extremamente importantes e podem ajudar a fazer a diferença. Somos exigentes para podemos dar aos atletas as melhores condições para o sucesso.
CA – Na final defrontou a selecção da AP Lisboa que ganhou o grupo só com vitórias, 46 golos marcados 4 sofridos, muito bem orientada pelo Prof. Luís Duarte, acha que a vitória por 4-0 espelha a diferença entre as selecções, ou o jogo acabou por correr de feição á sua equipa?
JL – Analisamos cuidadosamente a selecção de Lisboa e as suas principais características, sabíamos que era uma equipa ofensiva e pouco paciente e que em aspectos defensivos nos dava algum espaço, situação que a nossa equipa agradava bastante. Tinhamos a noção que fisicamente eramos mais débeis, mas tínhamos a noção que seríamos mais rigorosos e cometíamos menos erros. Penso correndo o risco de estar errado que menosprezaram o valor da nossa selecção, isto na nossa equipa não ocorre. Pelo rigor que demonstramos e pela qualidade de jogo apresentada penso que o resultado foi justo.
CA – O jogo com a selecção de Aveiro, foi um jogo onde tudo saiu mal, ou aproveitou para dar minutos aos jogadores, uma vez que a vantagem que tinha perante os adversários era confortável, é claro que esta minha questão prende-se única e exclusivamente, com o facto de em caso de vitória da sua equipa a selecção do Ribatejo ter ido disputar um lugar no pódio?
JL – Não gerimos. Foi um jogo um pouco incaracterístico para nós, ficamos sem um jogador influente nesse jogo e que nos desconcentrou um pouco. Penso que Aveiro fez um excelente jogo e ao mesmo tempo de todas as selecções era a que melhor nos conhecia e tiraram proveito disso. Como o jogo não nos corria de feição a partir do 2-1 tentarmos gerir o resultado num lance de ressalto não fomos eficazes e consentimos o empate.
CA – Já que falei da selecção do Ribatejo, o que achou desta equipa?
JL –Houve aspectos que gostei outros nem tanto. No jogo com Aveiro em aspectos ofensivos construíram situações bastante positivas, mas em aspectos defensivos pareceu-me uma equipa desorganizada. Acho que o técnico analisou bem a sua equipa e a partir daí construiu uma equipa equilibrada em todas as suas acções, acabando por realizar um torneio em crescendo efectuando um bom torneio, por isso estão todos de parabéns .
CA – Em relação ao ano passado que diferenças notou a nível de selecções, achou o torneio mais equilibrado, ou acha que o ano passado foi mais competitivo?
JL –Acho que quase todas as selecções ano passado tinham melhores jogadores, mas por outro lado pareceu–me que as equipas este ano estavam mais organizadas melhor estruturadas. Com características diferentes penso que foi igualmente competitivo tirando algumas selecções.
CA – Em termos de organização de um Torneio desta envergadura, acha que seria preferível realizar o mesmo em zonas mais centrais, como foi por exemplo o ano passado no Entroncamento, até por uma questão de logística/transporte das próprias equipas, ou acha que este esquema de levar o Torneio a todas as regiões do País é mais lógico e uma maneira de divulgar a nossa modalidade, que digamos tanto precisa?
JL –Acho que todas as Associações tem o direito a realizarem um Inter – Regiões, independentemente do centralismo. Agora acho que deveria haver um apuramento prévio e participarem nesta fase final apenas as 6 melhores selecções, pois os atletas não estão habituados a realizarem tantos jogos num curto espaço de tempo e chegam aos jogos finais já bastante fatigados e algumas selecções não são competitivas.
CA – Agora que acabou a 32ª edição, o Prof. já está a preparar a próxima edição, com observação de jogadores, sessões de treino, etc, ou ainda é cedo para pensar na próxima edição?
JL – Em primeiro lugar não sei se continuo na APPorto. Contudo grande parte do trabalho de análise e observação de potenciais convocados já estão praticamente todos referenciados. A nossa equipa tinha 4 atletas de 1º ano e 3 deles foram dos mais utilizados na fina. O planeamento esta efectuado.
CA – Para terminar resta-me agradecer a sua disponibilidade e deixar o espaço aberto para alguma mensagem que queira enviar aos amantes da modalidade e aos visitantes do Cartão Azul
JL – Ao Cartão Azul quero dar uma palavra de incentivo e continuem a divulgar e bem a nossa modalidade.
Deixo um pensamento a todos os atletas principalmente aos mais jovens “ a diferença entre um segundo e meio segundo pode significar a diferença entre ter sucesso ou não “
Quero dizer com isto que todos os pormenores por mais pequenos que sejam são sempre importantes para evoluirmos como atletas, todas as questões do treino desde a concentração a aplicação etc….ao cuidado com o material. Tudo o que nos permita evoluir, vai fazer toda a diferencia para sermos melhores jogadores.
JL –Houve aspectos que gostei outros nem tanto. No jogo com Aveiro em aspectos ofensivos construíram situações bastante positivas, mas em aspectos defensivos pareceu-me uma equipa desorganizada. Acho que o técnico analisou bem a sua equipa e a partir daí construiu uma equipa equilibrada em todas as suas acções, acabando por realizar um torneio em crescendo efectuando um bom torneio, por isso estão todos de parabéns .
CA – Em relação ao ano passado que diferenças notou a nível de selecções, achou o torneio mais equilibrado, ou acha que o ano passado foi mais competitivo?
JL –Acho que quase todas as selecções ano passado tinham melhores jogadores, mas por outro lado pareceu–me que as equipas este ano estavam mais organizadas melhor estruturadas. Com características diferentes penso que foi igualmente competitivo tirando algumas selecções.
CA – Em termos de organização de um Torneio desta envergadura, acha que seria preferível realizar o mesmo em zonas mais centrais, como foi por exemplo o ano passado no Entroncamento, até por uma questão de logística/transporte das próprias equipas, ou acha que este esquema de levar o Torneio a todas as regiões do País é mais lógico e uma maneira de divulgar a nossa modalidade, que digamos tanto precisa?
JL –Acho que todas as Associações tem o direito a realizarem um Inter – Regiões, independentemente do centralismo. Agora acho que deveria haver um apuramento prévio e participarem nesta fase final apenas as 6 melhores selecções, pois os atletas não estão habituados a realizarem tantos jogos num curto espaço de tempo e chegam aos jogos finais já bastante fatigados e algumas selecções não são competitivas.
CA – Agora que acabou a 32ª edição, o Prof. já está a preparar a próxima edição, com observação de jogadores, sessões de treino, etc, ou ainda é cedo para pensar na próxima edição?
JL – Em primeiro lugar não sei se continuo na APPorto. Contudo grande parte do trabalho de análise e observação de potenciais convocados já estão praticamente todos referenciados. A nossa equipa tinha 4 atletas de 1º ano e 3 deles foram dos mais utilizados na fina. O planeamento esta efectuado.
CA – Para terminar resta-me agradecer a sua disponibilidade e deixar o espaço aberto para alguma mensagem que queira enviar aos amantes da modalidade e aos visitantes do Cartão Azul
JL – Ao Cartão Azul quero dar uma palavra de incentivo e continuem a divulgar e bem a nossa modalidade.
Deixo um pensamento a todos os atletas principalmente aos mais jovens “ a diferença entre um segundo e meio segundo pode significar a diferença entre ter sucesso ou não “
Quero dizer com isto que todos os pormenores por mais pequenos que sejam são sempre importantes para evoluirmos como atletas, todas as questões do treino desde a concentração a aplicação etc….ao cuidado com o material. Tudo o que nos permita evoluir, vai fazer toda a diferencia para sermos melhores jogadores.
Cortesia:
Fotos: Mundo do Hóquei
7 comentários:
"Deixo um pensamento a todos os atletas principalmente aos mais jovens “ a diferença entre um segundo e meio segundo pode significar a diferença entre ter sucesso ou não “
Quero dizer com isto que todos os pormenores por mais pequenos que sejam são sempre importantes para evoluirmos como atletas, todas as questões do treino desde a concentração a aplicação etc….ao cuidado com o material. Tudo o que nos permita evoluir, vai fazer toda a diferencia para sermos melhores jogadores."
Acho que as estas palavras do treinador da AP Porto, dizem tudo, inclusive a mentalidade que é incutida aos jovens desde do inicio, portanto não admira o indice de sucesso que as equipas que alinham por este diapasão conseguem.
Na minha opinião para quem trabalha com jovens patinadores tem nestas palavras muito para aprender e pensar se realmente quiser atingir patamares dignos de registo.
Somos os maiores!!!APP
Parabéns ao Prof. João Lapo, pelo seu sucesso no Inter regiões e ao Francisco Gavancho, pelo seu sucesso neste blog.
Amigo Francisco, Hoje és primeiro do Ranking Shinystat.
Grande abraço para ti e continua :-)
Pedro Antunes "Patinslover"
A APP ganha porque a AP Lisboa tem um treinador que não soube gerir o grupo que escolheu. Está de parabéns prof Lapo
claro que esta de parabens, o professor joao lapo, por todo o trabalho que tem desenvolvido nas camadas jovens, principalmente no fcp, com esta afirmaçao do anonimo de 20/3 as 11:47, em que o mesmo diz que a app so ganha porque o treinador de lisboa nao geriu bem os atletas que tinha.
estao a tirar o merito aos atletas da app. o que nao e justo.
pois lisboa foi ate onde pode ir, ate a final, o que nao acontecia a 4 anos.
depois na selecçao de lisboa, jogaram sempre os melhores, mas como nao eram de um certo clube, ja nao prestavam.
alias desse dito clube, sempre vi 3 atletas, serem indiscutiveis.
quem punha sr. dos que la estavam para podermos gainhar a app.
se sabe para o ano e o sr. o treinador.
Está a falar do PA?
Nao do sporting!!!
abraço
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