Ricardo Cardoso, esta época indigitado para treinador da Selecção Distrital Ribatejana, conduziu na estreia como técnico a sua equipa ao 5.º lugar no Torneio Inter-Regiões, realizado em Ponte de Lima, na passada semana. Terminada a prova, o “Cartão Azul”, encontrou-se com o técnico Nabantino e aproveitou para lhe fazer algumas perguntas relativamente à prestação da nossa selecção em Ponte de Lima.
CA- Boa tarde Ricardo, terminada a prova, qual o balanço que faz da prestação da selecção ribatejana, no Inter Regiões?
RC - No meu ver, o balanço é muito positivo, uma vez que conseguimos construir um bom grupo de trabalho, humilde, dedicado, onde o espírito de grupo imperou e, por outro lado, os resultados foram bastante satisfatórios, não só no inter-regiões, mas nos outros dois torneios disputados (Barreiro e Almeirim). Gostava de enaltecer o comportamento dos atletas, sem excepção, pois penso que foram a base para o nosso sucesso e felicitar os clubes que os mesmos representam, pois este trabalho também é deles.
CA- Acha que o 5.ª lugar final é o espelho real do hóquei ribatejano, comparativamente às demais associações?
RC - Analisando as outras selecções, penso que seria difícil fazer melhor, no entanto, estivemos a um passo de disputar o 3º lugar, caso a AP do Porto tivesse ganho à AP de Aveiro, como era previsível. Depois de ganharmos a Coimbra por 5-0, sempre pensei podermos lá chegar, mas no desporto tudo é possível e o empate entre Porto e Aveiro obrigou-nos a disputar o 5º, facto esse, a que fomos completamente alheios. Por outro lado, reconheço maior maturidade nas equipas que ficaram à nossa frente, fruto talvez da maior competitividade nos campeonatos das suas associações. Respondendo concretamente à sua questão, penso que o 5º lugar se aceita e está correcto, mas ninguém sabe o que se poderia passar se tivéssemos defrontado o Minho para um lugar no pódio, até porque a nossa equipa foi crescendo muito ao longo de todo o campeonato, fruto de uma boa aprendizagem.
CA- Tendo sido a 1.ª vez que liderou uma selecção, para além da responsabilidade acrescida pelo facto de ser o rosto visível da selecção, sentiu alguma pressão por parte dos clubes ou associação, ou algum receio por ser novato nestas andanças?
RC - Não senti qualquer tipo de pressões. Acima de tudo preocupei-me em formar um grupo forte, coeso e amigo, onde determinadas regras teriam de imperar e, apesar de correr o risco de contestação, normal, os resultados não seriam a prioridade, mas sim fruto do nosso trabalho e empenho. É preciso esclarecer, que nestas idades, os resultados não são prioritários. A vertente pedagógica e educativa deve ser tomada em linha de conta e, interessa que estas experiências, ajudem os atletas a tornarem-se grandes homens do amanhã e, eles, compreenderam a mensagem.
CA- Boa tarde Ricardo, terminada a prova, qual o balanço que faz da prestação da selecção ribatejana, no Inter Regiões?
RC - No meu ver, o balanço é muito positivo, uma vez que conseguimos construir um bom grupo de trabalho, humilde, dedicado, onde o espírito de grupo imperou e, por outro lado, os resultados foram bastante satisfatórios, não só no inter-regiões, mas nos outros dois torneios disputados (Barreiro e Almeirim). Gostava de enaltecer o comportamento dos atletas, sem excepção, pois penso que foram a base para o nosso sucesso e felicitar os clubes que os mesmos representam, pois este trabalho também é deles.
CA- Acha que o 5.ª lugar final é o espelho real do hóquei ribatejano, comparativamente às demais associações?
RC - Analisando as outras selecções, penso que seria difícil fazer melhor, no entanto, estivemos a um passo de disputar o 3º lugar, caso a AP do Porto tivesse ganho à AP de Aveiro, como era previsível. Depois de ganharmos a Coimbra por 5-0, sempre pensei podermos lá chegar, mas no desporto tudo é possível e o empate entre Porto e Aveiro obrigou-nos a disputar o 5º, facto esse, a que fomos completamente alheios. Por outro lado, reconheço maior maturidade nas equipas que ficaram à nossa frente, fruto talvez da maior competitividade nos campeonatos das suas associações. Respondendo concretamente à sua questão, penso que o 5º lugar se aceita e está correcto, mas ninguém sabe o que se poderia passar se tivéssemos defrontado o Minho para um lugar no pódio, até porque a nossa equipa foi crescendo muito ao longo de todo o campeonato, fruto de uma boa aprendizagem.
CA- Tendo sido a 1.ª vez que liderou uma selecção, para além da responsabilidade acrescida pelo facto de ser o rosto visível da selecção, sentiu alguma pressão por parte dos clubes ou associação, ou algum receio por ser novato nestas andanças?
RC - Não senti qualquer tipo de pressões. Acima de tudo preocupei-me em formar um grupo forte, coeso e amigo, onde determinadas regras teriam de imperar e, apesar de correr o risco de contestação, normal, os resultados não seriam a prioridade, mas sim fruto do nosso trabalho e empenho. É preciso esclarecer, que nestas idades, os resultados não são prioritários. A vertente pedagógica e educativa deve ser tomada em linha de conta e, interessa que estas experiências, ajudem os atletas a tornarem-se grandes homens do amanhã e, eles, compreenderam a mensagem.
CA - Relativamente a este Torneio, que conclusão tira relativamente à competitividade e qualidade das selecções presentes na prova?
RC - Penso que na nossa Associação estamos ainda muito longe de atingir a competitividade necessária para podermos atingir melhores resultados. O número de equipas é muito reduzido, o que não ajuda em nada. É urgente competir com os melhores para percebermos a realidade e as dificuldades. Não é fácil competir com Associações como Lisboa, Porto e Minho, onde a base de escolha é muito mais alargada, fruto do número de clubes.
Por outro lado, à que salientar a qualidade das selecções de Setúbal (fez um grande torneio), Leiria e Coimbra, que, globalmente, não nos são inferiores.
CA- Das 4 selecções que disputaram o pódio, 3 são do norte do país. Que análise se pode tirar deste facto?
RC - É o espelho da nossa modalidade, se assim não fosse é que seria de admirar. O Hóquei Patins encontra-se cada vez mais concentrado nesta região. Tem sido uma tendência dos últimos anos.
CA - A AP Porto, foi a vencedora deste Torneio, repetindo a vitória da época passada no Entroncamento. Acha que foi um justo vencedor?
RC - Olhando para a final em si, a AP Porto foi a justa vencedora. Foi colectivamente mais forte e mais equilibrada, onde um jogador sobressaiu pela sua capacidade individual e maturidade (Telmo), em prol de um excelente grupo. Lisboa, que no meu parecer se apresentava individualmente mais forte, não se conseguiu encontrar na final.
CA- Para terminar resta agradecer a disponibilidade e deixar o espaço aberto para alguma mensagem que queira enviar aos visitantes do Cartão Azul?
RC - Desde já, queria agradecer também o facto de poder participar no Cartão Azul e queria também cumprimentar todos aqueles que nos apoiaram durante esta época e, em particular, no inter-regiões. Um grande abraço aos “meus” atletas e votos de felicidades. Não me quero despedir sem felicitar a Dra. Madalena, o Sr. Galamba, o Cajé, o Hernâni e o meu amigo Manuel Vitorino e dizer que foi um grande prazer trabalhar com eles.
RC - Penso que na nossa Associação estamos ainda muito longe de atingir a competitividade necessária para podermos atingir melhores resultados. O número de equipas é muito reduzido, o que não ajuda em nada. É urgente competir com os melhores para percebermos a realidade e as dificuldades. Não é fácil competir com Associações como Lisboa, Porto e Minho, onde a base de escolha é muito mais alargada, fruto do número de clubes.
Por outro lado, à que salientar a qualidade das selecções de Setúbal (fez um grande torneio), Leiria e Coimbra, que, globalmente, não nos são inferiores.
CA- Das 4 selecções que disputaram o pódio, 3 são do norte do país. Que análise se pode tirar deste facto?
RC - É o espelho da nossa modalidade, se assim não fosse é que seria de admirar. O Hóquei Patins encontra-se cada vez mais concentrado nesta região. Tem sido uma tendência dos últimos anos.
CA - A AP Porto, foi a vencedora deste Torneio, repetindo a vitória da época passada no Entroncamento. Acha que foi um justo vencedor?
RC - Olhando para a final em si, a AP Porto foi a justa vencedora. Foi colectivamente mais forte e mais equilibrada, onde um jogador sobressaiu pela sua capacidade individual e maturidade (Telmo), em prol de um excelente grupo. Lisboa, que no meu parecer se apresentava individualmente mais forte, não se conseguiu encontrar na final.
CA- Para terminar resta agradecer a disponibilidade e deixar o espaço aberto para alguma mensagem que queira enviar aos visitantes do Cartão Azul?
RC - Desde já, queria agradecer também o facto de poder participar no Cartão Azul e queria também cumprimentar todos aqueles que nos apoiaram durante esta época e, em particular, no inter-regiões. Um grande abraço aos “meus” atletas e votos de felicidades. Não me quero despedir sem felicitar a Dra. Madalena, o Sr. Galamba, o Cajé, o Hernâni e o meu amigo Manuel Vitorino e dizer que foi um grande prazer trabalhar com eles.
Cortesia:
Entrevista/Foto: Carlos Emídio Martins
Foto Equipa: Mundo do Hóquei
3 comentários:
Foi um bom resultado, dentro daquilo que tem sido feito nos ultimos anos, com excepção do Entroncamento o ano passado. Poderia eventualmente ter-se lutado pelo podio, mas haveria sempre o eterno "se", se o Porto tivesse vencido Aveiro e se o Ribatejo tivesse vencido o Minho. Acho que a entrevista releva uma pessoa consciente da realidade do nosso hóquei a nivel distrital e que não se põe em bicos de pés para tentar provar algo. Gostei da entrevista e da forma simples objectiva e humilde como foi encarada. Felicidades para todos e continuem a fazer o melhor pelo hóquei do Ribatejo.
Acho que estão todos de parabéns, mas um pouco de ambição mais, não faz mal nenhum. Aproveitem a entrevista do Prof. João Lapo e tirem ilações e vejam que até o mais pequeno pormenor é um factor a ter em conta.
a dupla ricardo/cajé é para manter para a próxima epoca?
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