Pedro Gil e Mia Ordeig bisaram na final |
A Selecção Nacional terminou a 49ª edição do Campeonato Europeu de Hóquei em patins classificada no segundo lugar, depois de perder na final com a Espanha por 8-2.
Portugal demonstrou desde o jogo com a Itália um rendimento elevado, caracterizado por qualidade técnica, táctica e goleadas expressivas, apresentando alguns dos melhores momentos do torneio. A equipa de Rui Neto, que chegou ao jogo decisivo só com triunfos incontestados, sai, por exemplo, com o melhor ataque (54 golos) e o melhor marcador: Caio, autor de 14 tentos.
A Selecção não conseguiu o principal objectivo, mas, pelo que fez durante o campeonato, todo o elenco merece, naturalmente, os parabéns. Fernando Claro, presidente da Federação de Patinagem de Portugal, teve, na liderança da comitiva, Paulo Rodrigues, Jorge Lopes surgiu como director-técnico nacional, Rui Neto, auxiliado por Luís Teixeira, foi o seleccionador de Ricardo Silva, Sebastian Silva, Valter Neves, Pedro Moreira, Tiago Rafael, Reinaldo Ventura, André Azevedo, Ricardo Barreiros, Caio e Luís Viana. António Sousa (médico), Daniel Cunha (enfermeiro) e Hermínio Carrilho (técnico de equipamentos) completaram o “staff” português.
O encontro de ontem não começou bem e, logo aos três minutos, Pedro Gil inaugurou o marcador. Portugal não conseguia reagir e seguiram-se os golos de Ordeig e novamente do espanhol que representa o FC Porto. Contudo, a Selecção Nacional não desistiu de lutar e reduziu a desvantagem, por intermédio de Ricardo Barreiros e André Azevedo, autor de um excelente remate. Aliás, este debutante foi, hoje, um dos melhores da formação das quinas e uma boa aposta de Rui Neto.
Quando se perspectivava o empate, Ordeig contribuiu para a fuga da fúria espanhola rumo ao título. Ainda na primeira parte, destaque para o inconformismo de Reinaldo Ventura, que merecia melhor sorte, embora nem sempre com a clarividência que o costuma caracterizar.
Portugal entrou no segundo tempo rematador, com intenção de contrariar o ímpeto adversário, mas o quinto golo da Espanha, assinado por Bargallo, ditou em definitivo o destino da partida. Até final, já sem o melhor discernimento, a goleada avolumou-se, novamente com intervenção do número seis espanhol, embora haja influência do “corte” de Reinaldo Ventura, de Torra e Adroher.
A Selecção Nacional saiu do Unihalle debaixo dos aplausos dos emigrantes portugueses, incansáveis no apoio manifestado.
Espanha 8 – Portugal 2
Espanha – Sergi Fernandez; Ordeig (2), Bargallo (2), Gual e Pedro Gil (2). Jogaram ainda: Torra (1), Roca, Bancells e Adroher (1).
Treinador: Carlos Feriche
Portugal – Ricardo Silva; Valter Neves, Reinaldo Ventura, Ricardo Barreiros (1) e Luís Viana. Jogaram ainda: Pedro Moreira, André Azevedo (1) e Caio.
Treinador: Rui Neto.
Ao intervalo: 4-2
A Selecção Nacional saiu do Unihalle debaixo dos aplausos dos emigrantes portugueses, incansáveis no apoio manifestado.
Espanha 8 – Portugal 2
Espanha – Sergi Fernandez; Ordeig (2), Bargallo (2), Gual e Pedro Gil (2). Jogaram ainda: Torra (1), Roca, Bancells e Adroher (1).
Treinador: Carlos Feriche
Portugal – Ricardo Silva; Valter Neves, Reinaldo Ventura, Ricardo Barreiros (1) e Luís Viana. Jogaram ainda: Pedro Moreira, André Azevedo (1) e Caio.
Treinador: Rui Neto.
Ao intervalo: 4-2
Protagonistas em discurso directo:
Rui Neto, seleccionador nacional: «Houve mais demérito de Portugal do que mérito de Espanha. Entrámos a perder 3-0, com golos oferecidos aos espanhóis. Tivemos dez minutos no rinque, chegámos ao 3-2, e acabámos por sofrer o quatro golo de forma fortuita. Depois, na segunda parte, a equipa sentiu-se impotente, tendo, também, azar no “corte” de Reinaldo Ventura, que originou o sexto golo. Não estivemos ao nosso melhor nível, mas disse aos jogadores que têm de levantar a cabeça, porque foram dignos.
Reinaldo Ventura, capitão de Portugal: «Correu mal desde o início até ao fim, mas a diferença entre as equipas não é esta que o resultado mostra. Demos três golos de avanço, reagimos e fizemos o 3-2, a Espanha tremeu,e, num lance inacreditável, obteve o 4-2. Penso que esta jogada foi a chave do desafio, porque quebrámos. Os espanhóis têm um estilo, definido há muito tempo, que é difícil de contrariar. Não interessa termos feito boas partidas, com exibições de qualidade. Seria preferível jogarmos mal e termos sido campeões europeus. Contudo, como capitão de equipa, sinto orgulho nestes rapazes, pela atitude demonstrada. Nunca houve ninguém a acusar o parceiro do lado».
França celebra medalha de bronze
Os franceses garantiram o terceiro lugar, depois de derrotarem a Alemanha por 3-1, no desempate por grandes penalidades. Nicolas Guilbert e Weber foram os heróis dos gauleses, ao marcarem os dois penalties que confirmaram um resultado que não acontecia desde 1932 (!).
Até ao final do prolongamento, as equipas permaneceram empatadas a um golo, na sequência dos remates certeiros de Furtensberger e Behrendt. Apesar da derrota, os jogadores alemães foram aplaudidos pelos 4.000 adeptos que encheram o Unihalle.
Itália conquista quinto lugar
Os italianos derrotaram a Suíça, por 4-2, o que lhes permitiu ficar no modesto quinto ponto. Motaran (2), Festa e Illuzzi, pela Itália, Munger e Wirth, da Suíça, foram os autores dos golos helvéticos.
No confronto do sétimo e oitavo classificados, a Inglaterra, treinada pelo português Carlos Amaral, venceu a Áustria por 8-3. Waddingham (2), Stewart (2), Barker (2), Hosking e James Taylor fabricaram os golos dos ingleses, enquanto Witzeman concretizou o hattrick da Áustria.
Ranking de campeões europeus
1- Portugal - 20 títulos
2- Espanha – 13
3- Inglaterra -12
4- Itália - 2
Informação: Pedro Santos, assessor de imprensa da FPP
Foto: Gordon Morrison - Jornal "A Marca" - Arquivo Cartão Azul
Titulo: Cartão Azul
1 comentário:
Sempre a conversa do custome. E lá vão 6 segidos, não se vê forma de contrariar o hoquei espanhol equanto estiverem á frente da FPP os coveiros do hoquei português.
Rua com este acamados.
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