Carta enviada para o Site "Entroncamentoonline"
União Futebol do Entroncamento em riscos de fechar as suas portas
Entroncamento, 27 de Maio de 2010
Ao,
Exm.o Sr. Chefe de Redacção
Venho, por este meio partilhar consigo de uma situação que tenho observado há alguns meses e me tem deixado deveras indignada.
Não só a mim, mas a várias outras pessoas sócias há longos anos do União Futebol do Entroncamento, adeptos do clube, apaixonados pelo desporto, pais e mães das crianças que teimam em praticar ali uma modalidade.
Num clube credível, que sempre foi sério e transparente até à entrada em funções de uma direcção, bando de malfeitores, que pelas suas acções nada mais têm feito do que concorrer para o fecho de portas do União, para o fim de algumas modalidades ali praticadas, para o despedaçar de uma instituição histórica.
Sempre assisti às grandes vitórias deste clube, à capacidade que tem de superar as dificuldades, à entrada e saída de funções de vários corpos directivos, que por lá foram passando. Alguns memoráveis, outros efémeros. Manteve-se porém, o núcleo que sustenta o clube, o núcleo de apaixonados pelo União, sócios, ex-atletas, treinadores. Esses sim, os heróis que têm ultrapassado as tempestades e conseguido fazer sempre do União Futebol do Entroncamento um clube de referência no distrito e também a nível nacional sobretudo se falarmos das duas modalidades mais antigas: o hóquei em patins e a patinagem artística.
Ora, com esta direcção todo o trabalho deste núcleo está a ser posto em causa, por razões mesquinhas, intriguistas e de excesso de protagonismo que em nada beneficiam os interesses globais do clube.
Um dos corpos directivos do União Futebol do Entroncamento, mãe de ex-atletas da patinagem artística do clube, mantém-se na direcção somente para alimentar e promover uma campanha declarada para terminar com a modalidade. Ou, sendo mais clara, procurar substituir a professora de patinagem, com mais de 40 anos de experiência, pela sua filha que terminou um curso de monitora de patinagem há cerca de um ano.
Esta senhora, dirigente, tem aliciado atletas do União para outros clubes, alegando que a professora não tem capacidades e o clube não tem condições. Recordo, a mesma professora que formou os filhos desta senhora e conduziu um deles ao estatuto de patinador internacional.
Presenciei, há cerca de duas semanas, um campeonato nacional onde a dirigente do União supra citada esteve presente, sem nunca se dirigir aos patinadores do União que actuaram nesse campeonato.
Muito menos sem felicitar ou manifestar apoio a essa equipa que representava, naquele momento o clube.
Antes pelo contrário.
Manteve um comportamento inaceitável, aplaudindo efusivamente outros patinadores, alguns adversários directos do União, remetendo-se ao total silêncio e indiferença nas actuações dos jovens do seu clube.
Recordo que a patinagem artística do União é dirigida, julgo que há mais de 15 anos, pela professora Quina, sem grandes dúvidas a melhor professora de patinagem do distrito, e umas das melhores do país.
Basta olhar o palmarés que transporta de títulos regionais, nacionais e internacionais, basta recordar todas as alegrias que a patinagem artística já trouxe ao município do Entroncamento. Basta dizer que três outros treinadores dos clubes do distrito de Santarém foram alunos da professora Quina.
Não há, por isso, margem para dúvidas.
Apenas, este novo presidente, coadjuvado por um grupo de dirigentes autoritários e “sabichões” pretende abrir guerra contra a patinagem. Promover polémicas e facilitar a desagregação do clube.
Durante 15 anos, hóquei e patinagem artística sempre coabitaram com respeito, amizade e compreensão. Agora, este Sr. Presidente pretende fragmentá-los, limitar as horas de treino, impor-se nos assuntos técnicos, da responsabilidade dos treinadores, assuntos esses que desconhece e para os quais não tem qualquer formação.
Nunca o União esteve tão enfraquecido, nunca tão débil do ponto de vista financeiro. Nunca o União esteve tão desunido. Em riscos de fechar portas, deitando por terra o empenho, esforço e dedicação de alguns históricos da terra, grandes desportistas e dirigentes.
O Sr. Presidente não ouve os pais, recusa-se a respeitar os sócios e actua apenas com esse grupo de directores que, por não terem ali quaisquer interesses competitivos e desportivos, preferem ver o fim daquele clube.
Sócios e pais ligados à patinagem, que pagam mensalmente as suas quotizações, já pediram a saída dessa senhora, reconhecendo o boicote que está a fazer à patinagem. Mas nada é feito.
A senhora continua a sua campanha, aliciando o presidente e os dirigentes com patrocínios vindos das suas lojas de óculos.
Por sua vez o presidente anunciou que iria deixar a direcção em Dezembro. Há rumores de que pretende formar um novo clube, levando os atletas da patinagem do União que a senhora directora conseguir persuadir.
É um facto lamentável.
Por essa razão e como penso que a sociedade civil tem sempre uma palavra a dizer, venho por este meio deixar de compactuar com o silêncio instaurado em torno desta questão.
O objectivo é apenas o de salvar e “limpar”um clube e uma modalidade pelos quais tenho o maior carinho e a mais elevada estima.
Agradeço que levem em consideração esta minha carta e lhe dêem o tratamento que considerarem mais oportuno, no vosso respeitável órgão de comunicação social.
Cumprimentos sinceros
Alice José Fonseca
NR: Pelo facto da carta ter sido enviada para outro órgão de informação, o post não se encontra aberto a comentários.
União Futebol do Entroncamento em riscos de fechar as suas portas
Entroncamento, 27 de Maio de 2010
Ao,
Exm.o Sr. Chefe de Redacção
Venho, por este meio partilhar consigo de uma situação que tenho observado há alguns meses e me tem deixado deveras indignada.
Não só a mim, mas a várias outras pessoas sócias há longos anos do União Futebol do Entroncamento, adeptos do clube, apaixonados pelo desporto, pais e mães das crianças que teimam em praticar ali uma modalidade.
Num clube credível, que sempre foi sério e transparente até à entrada em funções de uma direcção, bando de malfeitores, que pelas suas acções nada mais têm feito do que concorrer para o fecho de portas do União, para o fim de algumas modalidades ali praticadas, para o despedaçar de uma instituição histórica.
Sempre assisti às grandes vitórias deste clube, à capacidade que tem de superar as dificuldades, à entrada e saída de funções de vários corpos directivos, que por lá foram passando. Alguns memoráveis, outros efémeros. Manteve-se porém, o núcleo que sustenta o clube, o núcleo de apaixonados pelo União, sócios, ex-atletas, treinadores. Esses sim, os heróis que têm ultrapassado as tempestades e conseguido fazer sempre do União Futebol do Entroncamento um clube de referência no distrito e também a nível nacional sobretudo se falarmos das duas modalidades mais antigas: o hóquei em patins e a patinagem artística.
Ora, com esta direcção todo o trabalho deste núcleo está a ser posto em causa, por razões mesquinhas, intriguistas e de excesso de protagonismo que em nada beneficiam os interesses globais do clube.
Um dos corpos directivos do União Futebol do Entroncamento, mãe de ex-atletas da patinagem artística do clube, mantém-se na direcção somente para alimentar e promover uma campanha declarada para terminar com a modalidade. Ou, sendo mais clara, procurar substituir a professora de patinagem, com mais de 40 anos de experiência, pela sua filha que terminou um curso de monitora de patinagem há cerca de um ano.
Esta senhora, dirigente, tem aliciado atletas do União para outros clubes, alegando que a professora não tem capacidades e o clube não tem condições. Recordo, a mesma professora que formou os filhos desta senhora e conduziu um deles ao estatuto de patinador internacional.
Presenciei, há cerca de duas semanas, um campeonato nacional onde a dirigente do União supra citada esteve presente, sem nunca se dirigir aos patinadores do União que actuaram nesse campeonato.
Muito menos sem felicitar ou manifestar apoio a essa equipa que representava, naquele momento o clube.
Antes pelo contrário.
Manteve um comportamento inaceitável, aplaudindo efusivamente outros patinadores, alguns adversários directos do União, remetendo-se ao total silêncio e indiferença nas actuações dos jovens do seu clube.
Recordo que a patinagem artística do União é dirigida, julgo que há mais de 15 anos, pela professora Quina, sem grandes dúvidas a melhor professora de patinagem do distrito, e umas das melhores do país.
Basta olhar o palmarés que transporta de títulos regionais, nacionais e internacionais, basta recordar todas as alegrias que a patinagem artística já trouxe ao município do Entroncamento. Basta dizer que três outros treinadores dos clubes do distrito de Santarém foram alunos da professora Quina.
Não há, por isso, margem para dúvidas.
Apenas, este novo presidente, coadjuvado por um grupo de dirigentes autoritários e “sabichões” pretende abrir guerra contra a patinagem. Promover polémicas e facilitar a desagregação do clube.
Durante 15 anos, hóquei e patinagem artística sempre coabitaram com respeito, amizade e compreensão. Agora, este Sr. Presidente pretende fragmentá-los, limitar as horas de treino, impor-se nos assuntos técnicos, da responsabilidade dos treinadores, assuntos esses que desconhece e para os quais não tem qualquer formação.
Nunca o União esteve tão enfraquecido, nunca tão débil do ponto de vista financeiro. Nunca o União esteve tão desunido. Em riscos de fechar portas, deitando por terra o empenho, esforço e dedicação de alguns históricos da terra, grandes desportistas e dirigentes.
O Sr. Presidente não ouve os pais, recusa-se a respeitar os sócios e actua apenas com esse grupo de directores que, por não terem ali quaisquer interesses competitivos e desportivos, preferem ver o fim daquele clube.
Sócios e pais ligados à patinagem, que pagam mensalmente as suas quotizações, já pediram a saída dessa senhora, reconhecendo o boicote que está a fazer à patinagem. Mas nada é feito.
A senhora continua a sua campanha, aliciando o presidente e os dirigentes com patrocínios vindos das suas lojas de óculos.
Por sua vez o presidente anunciou que iria deixar a direcção em Dezembro. Há rumores de que pretende formar um novo clube, levando os atletas da patinagem do União que a senhora directora conseguir persuadir.
É um facto lamentável.
Por essa razão e como penso que a sociedade civil tem sempre uma palavra a dizer, venho por este meio deixar de compactuar com o silêncio instaurado em torno desta questão.
O objectivo é apenas o de salvar e “limpar”um clube e uma modalidade pelos quais tenho o maior carinho e a mais elevada estima.
Agradeço que levem em consideração esta minha carta e lhe dêem o tratamento que considerarem mais oportuno, no vosso respeitável órgão de comunicação social.
Cumprimentos sinceros
Alice José Fonseca
NR: Pelo facto da carta ter sido enviada para outro órgão de informação, o post não se encontra aberto a comentários.