domingo, 16 de setembro de 2012

DO CÉU AO INFERNO EM SEIS SEGUNDOS

 A 6 segundos do fim do jogo os sorrisos iam começando a tomar forma nos rostos dos milhares de espectadores que lotaram por completo o Pavilhão Rota dos Móveis, Portugal ia quebrar o jejum de 14 anos e voltar a sagrar-se campeão Europeu, mas Jordi Bargallo não quis e marcou o quinto golo da sua equipa e deu o 16º titulo à "Roja".

 
A Espanha sagrou-se este sábado campeã da Europa de hóquei em patins ao derrotar Portugal por 5-4 na final, com o golo da vitória espanhola a ser marcado a 6 segundos do final do jogo. A Itália, que venceu a Suíça por 4-1, conquistou o último lugar do pódio.

Um golo de Jordi Bargallo, a seis segundos do final da partida, deu o 16.º título à selecção espanhola, que partia com pior diferença entre golos marcados e sofridos - 39 contra 38 -, e começou o encontro a perder por 2-0, com golos de Valter Neves, aos quatro minutos, e Reinaldo Ventura, aos oito. 

Pedro Gil, aos 12, e Bargallo, aos 15, empataram na primeira parte, antes de Ventura voltar a colocar a equipa das "quinas" na dianteira. Na segunda parte, Bargallo, aos 31, e Gil, aos 37, viraram o resultado para a Espanha, mas Reinaldo Ventura empatou outra vez o encontro e voltou a colocar Portugal na rota do 21.º troféu, que viria a perder com o tento decisivo de Bargallo, no último minuto do encontro.

Nos outros dois encontros também disputados este sábado, a França despediu-se com uma difícil vitória (4-3) sobre a Alemanha, relegada para o penúltimo lugar da competição.

A formação francesa começou melhor o encontro e conquistou facilmente uma vantagem de três golos, por Cirilo Garcia, Florent David (livre direto) e Nicolas Guilbert, mas permitiu, depois, a reação alemã.  

Benjamin Nusch e Maximilian Hack, de livre direto, marcaram pela Alemanha, que, de permeio, sofreu um golo de Corentin Le Polodec, que colocou os franceses a ganhar ao intervalo por 4-2.

A segunda parte foi mais equilibrada, mas só teve um golo, e para a Alemanha, apontado por Benjamin Nusch, que "bisou" no encontro, enquanto os franceses, mais preocupados em gerir o resultado, falharam três livres direitos.

A Itália também sofreu para derrotar a Suíça por 4-1, mas a vitória permitiu-lhe concluir o Campeonato Europeu de hóquei em patins no terceiro lugar, com os helvéticos a não irem além do quinto posto.

A formação italiana esteve em desvantagem no marcador, graças a um golo do suíço Pascal Kissling, na recarga a um livre directo, mas reagiu já perto do intervalo, por Gaston de Oro, restabelecendo a igualdade no marcador.

Este golo moralizou os pupilos de Massimo Mariotti na segunda parte, período durante o qual os italianos foram claramente superiores, justificando a marcação dos três golos, por Sergio Festa, que "bisou", e Miguel Nicolas.

Este triunfo garantiu à Itália o último lugar do pódio neste Europeu, com 12 pontos, à frente da França, no quarto lugar (nove), da Suíça, quinta (seis), enquanto a Alemanha fez sexto (três) e a Inglaterra terminou no último lugar, sem qualquer ponto.

In RTP
Titulo e introdução: Cartão Azul

1 comentário:

Luís Brízida disse...

Na minha opinião infelismente não ganhamos apenas por, como já aqui tinha dito, falta de discernimento/ambição. A diferença esteve na mentalidade ganhadora dos espanhois, bastante superior à portuguesa. A 20 segundos do fim o marcador era favorável a portugal mas advinhava-se o golo dos espanhois, tal era a tremideira da nossa equipa. O Reinaldo Ventura faz 3 golos (acho eu), mas falha 3 livres diretos em momentos cruciais do jogo. Não pode acontecer e este nível, ainda por cima a um jogador com a qualidade dele. Faltou-lhe o quê? Apenas e só concentração no golo e na vitória, porque técnicamente tem valor de sobra para ter convertido pelo menos 1 delas e estarmos agora a festejar o titulo. Não quero com isto dizer que ele foi o culpado, nada disso. Foram todos. Pressão havia para os dois lados e mais justificada para os espanhois que estiveram quase sempre a correr atrás do prejuizo. Reafirmo que esta é só a minha opinião, que vale o que vale, ou seja, provavelmente nada...