A AP Lisboa irá na próxima época ter competição em Seniores Masculinos com a realização do Torneio de Abertura, do Regional e da Taça AP Lisboa. Sendo algo inédito nos últimos tempos no que aos Campeonatos de Seniores Masculinos diz respeito e que poderá mudar a forma de competição deste escalão onde até ao momento existia a III Divisão (Norte, Centro e Sul), II Divisão (Norte e Sul) e I Divisão o Cartão Azul foi tentar saber junto de Luís Nascimento, presidente da APL o quais os motivos que levaram à criação destas competições.
CA – Boa tarde Luís. Quais os motivos que levaram a APL a criarem estas competições no escalão de seniores masculinos?
LN – Quero desde já felicitar o “Cartão Azul” pelo excelente trabalho que tem vindo a desenvolver na divulgação da modalidade, especialmente na região do Ribatejo, divulgando a actividade dos seus clubes, divulgando opiniões e dando desta forma um grande contributo ao hóquei em patins nacional. No que respeita às Provas para Seniores Masculinos, quero dizer que a Associação de Patinagem de Lisboa tem vindo a contemplar no seu Planeamento, o Torneio de Abertura e a Taça APL de seniores masculinos para colmatar lacunas e espaços sem competição, indo desta forma ao encontro das necessidades dos clubes, sendo desde já uma referência nas provas distritais.
Nos últimos três anos esta Associação tem vindo a dizer que face à conjuntura que se avizinha tínhamos que criar condições para manter ou aumentar o número de praticantes e de clubes. Quando começamos a ter dificuldade de ter equipas para estar na base da competição sénior é um sintoma de preocupação para quem anda no hóquei em patins. Parece-me a mim que quem tem responsabilidades na modalidade não tem dado muita importância. O que é verdade é que de ano para ano temos tido menos equipas na terceira divisão, sintoma de que a modalidade está a diminuir em termos de praticantes e clubes que sustentam a base piramidal que existe na categoria sénior. É muito preocupante, pois assim, não estão criadas as condições de continuidade dos praticantes e a aumentar o número de praticantes. E mais importante fidelizá-los como consumidores da modalidade.
É óbvio que todos sabemos que existem clubes neste momento não têm capacidade de suportar os custos de uma equipa sénior na terceira divisão, a não ser um clube que tenha capacidade organização e financeira para o fazer. Grande maioria dos clubes para darem continuidade à prática da modalidade e sequência à evolução dos atletas, ou admitem esses custos ou acabam, pois não têm outra solução. Assim, a Associação Patinagem de Lisboa ciente do fenómeno que está a acontecer tem vindo a alertar as instâncias para esse fenómeno e criou uma outra solução para os clubes. Ou seja, perante o problema actual devido a várias condicionantes criámos uma outra solução e que penso ser muito importante para os clubes e para a modalidade.
CA – Boa tarde Luís. Quais os motivos que levaram a APL a criarem estas competições no escalão de seniores masculinos?
LN – Quero desde já felicitar o “Cartão Azul” pelo excelente trabalho que tem vindo a desenvolver na divulgação da modalidade, especialmente na região do Ribatejo, divulgando a actividade dos seus clubes, divulgando opiniões e dando desta forma um grande contributo ao hóquei em patins nacional. No que respeita às Provas para Seniores Masculinos, quero dizer que a Associação de Patinagem de Lisboa tem vindo a contemplar no seu Planeamento, o Torneio de Abertura e a Taça APL de seniores masculinos para colmatar lacunas e espaços sem competição, indo desta forma ao encontro das necessidades dos clubes, sendo desde já uma referência nas provas distritais.
Nos últimos três anos esta Associação tem vindo a dizer que face à conjuntura que se avizinha tínhamos que criar condições para manter ou aumentar o número de praticantes e de clubes. Quando começamos a ter dificuldade de ter equipas para estar na base da competição sénior é um sintoma de preocupação para quem anda no hóquei em patins. Parece-me a mim que quem tem responsabilidades na modalidade não tem dado muita importância. O que é verdade é que de ano para ano temos tido menos equipas na terceira divisão, sintoma de que a modalidade está a diminuir em termos de praticantes e clubes que sustentam a base piramidal que existe na categoria sénior. É muito preocupante, pois assim, não estão criadas as condições de continuidade dos praticantes e a aumentar o número de praticantes. E mais importante fidelizá-los como consumidores da modalidade.
É óbvio que todos sabemos que existem clubes neste momento não têm capacidade de suportar os custos de uma equipa sénior na terceira divisão, a não ser um clube que tenha capacidade organização e financeira para o fazer. Grande maioria dos clubes para darem continuidade à prática da modalidade e sequência à evolução dos atletas, ou admitem esses custos ou acabam, pois não têm outra solução. Assim, a Associação Patinagem de Lisboa ciente do fenómeno que está a acontecer tem vindo a alertar as instâncias para esse fenómeno e criou uma outra solução para os clubes. Ou seja, perante o problema actual devido a várias condicionantes criámos uma outra solução e que penso ser muito importante para os clubes e para a modalidade.
Essa é a nossa função e para o qual trabalhamos em prol dos clubes. E mais haveria para dizer sobre este assunto, penso que os clubes percebem as dificuldades por que estão a passar e por eles que estamos a aconselhar e criar estas soluções defendendo os seus interesses e os da modalidade.
CA – Se este quadro competitivo for “adoptado” por outras Associações, até que ponto o Nacional da III Divisão pode estar em risco?
LN – Aqui existe um equívoco, este modelo não tem que ser adoptado pelas associações, tem é que ser assumido pela Direcção da FPP, e alterar o regulamento geral do Hóquei em Patins no que respeita aos quadros competitivos. Como esta Associação tem vindo a defender, temos que promover os campeonatos distritais de seniores e destes apurarem as equipas para os campeonatos da segunda divisão. Só desta forma aumentamos o número de clubes com equipas seniores. Quem sabe daqui a uns anos voltarmos a ter terceira divisão. Se isso acontecer é uma vitória do hóquei em patins, mas que essa terceira divisão seja constituída pelos clubes que participaram nos campeonatos distritais e que através deles garantiram o apuramento à terceira divisão nacional. Era o resultado de bom trabalho, aumento de praticantes, aumento das capacidades financeiras dos clubes e aproveitamentos dos jovens que tem vindo a percorrer as camadas jovens dos clubes. Concluindo, eu penso que a terceira divisão já está em risco há bastante tempo, não é de agora. Temos vindo a alertar para este problema. Vejam o que o Futebol está a fazer!
Foto: UDC Nafarros |
CA – Este campeonato vêm no âmbito do Plano Estratégico para Desenvolvimento da Patinagem que ainda está em fase de “crescimento”, e até que ponto pode alterar a realidade do hóquei a nível sénior?
LN – Basta perceber o fenómeno do desporto e que é transversal em todas as modalidades e perceber o que queremos para o hóquei em patins. Eu penso que temos que assumir que queremos o hóquei em patins como primeira modalidade de pavilhão.
Por isso assumimos o trabalho que temos vindo a desenvolver por pessoas que nos merecem toda a credibilidade na elaboração de tal documento. Parte desse documento já é do conhecimento público, mas muito vai ser acrescentado brevemente.
A reestruturação é urgente e estamos a perder tempo com discussões, quando já devia ter sido feita uma sondagem a todos os clubes para os dirigentes perceberem onde os clubes se querem enquadrar.
As quatro associações no continente têm que a ser uma realidade urgentemente. Existem pessoas que não querem quatro, mas sim cinco ou seis associações. Então vejam as dificuldades que estão a ter para efetuar os campeonatos regionais.
E cada vez existem menos equipas para essas provas. Os custos que têm as associações com a sua estrutura seria que reduzido. Não poderiam as associações terem condições de “amparar” os clubes neste período difícil se houvesse esta reestruturação? E os cortes nas receitas que as associações tiveram? Poderão perguntar se com o aumento das áreas de jurisdição os clubes têm que percorrer maiores distâncias. Será que com a reestruturação não existe “imaginação" para uma associação elaborar os quadros competitivos adequados a esta situação? Claro que há, e os clubes de Lisboa têm esse conhecimento, pois já tivemos a oportunidade de divulgar o que pensamos sobre o assunto e por isso são também eles defensores dessa reestruturação. Mas com isto muito poderíamos aqui falar, mas teremos outra oportunidade, com certeza!
CA - HC Lourinhã, HC Santarém, UD Vilafranquense, GC Odivelas, GDR “Os Lobinhos”, AA Amadora, SFO Olhalvo e SL Benfica “B” a que se poderão juntar LMR Algés e C Stella Maris serão as equipas que irão disputar este campeonato Regional, confirma-se este cenário, ou ainda é cedo para adiantar o nome das equipas participantes?
LN – É um pouco prematuro para falar das equipas pois as inscrições estão abertas até ao dia 19 de Setembro e antes dessa prova ainda temos o Torneio de Abertura de Seniores Masculinos e que terá a participação dos nossos clubes das primeira, segunda e terceira divisões. Mas posso dizer que muito me apraz ter neste momento cerca de 10 equipas que já manifestaram a intenção de participar e de outras estarem a ponderar fazer o mesmo. De referir que o era muito bom para nós o Olhalvo arrancar novamente com o hóquei em patins. Dirigentes de alguns clubes já me contactaram a dizer que estavam a ponderar acabar com a equipa sénior mas que com esta possibilidade iriam fazer tudo por tudo para continuar com a equipa sénior, casos do Seixal, Fabril, Stella Maris, entre outros. Congratulo-me por isso, é sinal que podemos desta forma dar um pequeno contributo para que clubes históricos, não só pertencentes à nossa Associação, mas a outras associações estão a par dos nossos esforços em ir ao encontro das suas necessidades. Estou convencido que iremos ter, um campeonato distrital bastante aliciante e competitivo complementado com a Taça APL.
CA – A nível financeiro esta competição é menos onerosa para os clubes participantes, devido ao facto das distâncias a percorrer e os custos inerentes às mesmas, têm a ver com o valor das inscrições das equipas, ou as equipas que eventualmente participarem terão que fazer as inscrições normais na FPP?
LN – Pois existe aqui um problema, que também nós já questionámos, e é verdade que os clubes têm que fazer a inscrição dos atletas como se fossem participar na terceira divisão. De resto posso afirmar que as deslocações são dentro da nossa área de jurisdição excepto nalguns casos, como a alguns clubes que, não pertencendo à nossa Associação, estarão perto e que nos permite aceitar e apoiar a sua participação.De resto, a inscrição na prova são 180,00 euros, a taxa de arbitragem de 45,00 nos jogos que efectuam em casa.
CA – As equipas que participam no Regional podem inscrever-se na Taça de Portugal, ou ficarão “amarradas” apenas ás competições da AP Lisboa?
LN – Podem inscrever-se na Taça de Portugal. Sobre esta matéria o Regulamento Geral do Hóquei em Patins da FPP é claro, e contempla esta situação no artigo 48.º no seu ponto 1.2. Mas posso transcrever:
“ARTIGO 48º: (Taça de Portugal de Seniores Masculinos)
1. A Taça de Portugal de Seniores Masculinos é uma competição disputada no sistema de eliminatórias sucessivas e a uma só mão, tendo como participantes:
1.1 Os clubes que disputam os Campeonatos Nacionais da Primeira; Segunda e Terceira Divisões, cuja inscrição e participação é obrigatória.
1.2 Os demais clubes de Seniores Masculinos, sediados no território nacional e que pretendam participar nesta competição, cuja inscrição é livre e não obrigatória.
CA – As equipas que não pertençam à AP Lisboa, como é o caso do HC Santarém que medidas têm de tomar para poder participar?
LN – Têm que manifestar o seu interesse em participar, solicitar a sua inscrição através da Associação de Patinagem onde estão filiados, e ter conhecimento da regulamentação da prova.
CA – Luís obrigado pela tua disponibilidade, fica agora o espaço aberto para alguma mensagem que queiras deixar aos visitantes do Cartão Azul
LN – Quero desde já agradecer o convite para responder a algumas perguntar e que podem esclarecer um pouco mais todos os teus visitantes. Sem dúvida, que muito ficou por esclarecer, mas estou sempre disponível para esclarecer quem necessite e também a ouvir opiniões de todos aqueles que adoram a modalidade. Não hesitem, seja o assunto de Hóquei em Patins, Patinagem Artística, Patinagem de Velocidade, da Associação de Patinagem ou outro assunto. Qualquer esclarecimento ou contributo, de certeza que terá a minha resposta, assim como poderá ver o seu contributo contemplado em algumas das nossas propostas em prol da modalidade. É para o Desporto que estamos a trabalhar, principalmente para o NOSSO!
Obrigado e saudações desportistas.
luis.nascimento@aplisboa.com
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