sábado, 11 de agosto de 2012

RECUPERAR O "BICINHO" E AJUDAR A ALCANÇAR OS OBJECTIVOS

Élio Mouzinho fez toda a sua formação no União FE, onde começou como Infantil-B, tendo conquistado alguns títulos distritais e participado em Nacionais. Percorreu todos os escalões até júnior, tendo chegado a integrar o plantel sénior do clube alvinegro. Após 10 anos no clube, pendura os patins devido aos estudos universitários. A época passada e aproveitando o facto de estar a estudar em Leiria foi treinando com o plantel da AC Sismaria. Esta época é um dos jogadores ao dispor do Prof. Francisco Mendes. Foi no Entroncamento que encontramos o novo reforço do AC Sismaria para uma pequena conversa sobre hóquei.
CA – Bom dia Élio. Depois de um tempo sem patins, voltas ao treinos e este ano a fazer parte de uma equipa, quais os teus objectivos?
EM – Boas amigo Gavancho, os objectivos que tracei para concretização pessoal na próxima época passam essencialmente por recuperar o “bichinho” que foi morrendo com o afastamento na modalidade, e que tantas saudades tenho, mas também, e por ser um jogo de equipa, quero ajudar da melhor maneira possível o A.C.Sismaria a alcançar todos os objectivos colectivos no campeonato e taça de Portugal.
CA – O AC Sismaria esteve a um pequeno passo da subida a época passada, esta época reforçou-se, mas perdeu um jogador de referência, o Márcio Aldeagas. Até onde pode ir o Sismaria este ano?
EM – Sim é verdade que estivemos a um pequeno passo da subida, com a estrela da sorte a não sorrir para o nosso lado depois de uma temporada tão positiva. Penso que este ano a luta será a mesma, mas tal como o ano passado, os objectivos vão-se traçando passo a passo, jornada a jornada, pensando uma semana de cada vez e mais na reta final delinear a estratégia final. No que toca à saída do Márcio ou de mais algum jogador, o que posso dizer é que como ele e como todos os outros fizeram um trabalho excelente em prol do clube, mas agora o futuro é que conta, e com caras novas vamos fazer de tudo para que o colectivo fique mais forte que nunca.
CA – Numa equipa que têm por exemplo no plantel o Orlando Fernandes, e é treinado por um profundo conhecedor da modalidade, o Francisco Mendes, o que poderá o Élio Mouzinho trazer desta experiência?
EM – O facto de ser a primeira vez que tenho outro símbolo ao peito que não o União FE, traz-me uma enorme novidade. Tudo é diferente, desde as pessoas, aos métodos de treino, aos métodos de jogo, as técnicas e personalidades dos meus colegas, entre outros. Posso dizer que os meses de treino sem estar inscrito no clube me deu algumas vantagens para o arranque desta época, visto que já começo a interiorizar o estilo do Prof. Francisco, e começo a intruzar-me melhor com os meus colegas. O Orlando é uma peça fundamental dado à sua experiência, e ajudou-me muito na integração na equipa, mas também os outros todos me quiseram ajudar, de uma forma ou de outra, não sou adepto de distinções.
 

CA – Após 12 anos a representar o União FE, que recordações te ficaram desse tempo e qual o melhor e o pior momento?
EM –Desde já, é difícil ter 12 anos de recordações vivas na minha cabeça, mas concerteza que guardo muitos momentos. Melhor momento não tenho apenas um, foram vários os momentos em que me sentia bem, sem vontade de voltar para casa no fim do treino ou do jogo. Guardo os meus colegas de equipa que hoje, passados tantos anos, são ainda os meus melhores amigos, como o Eduardo, Sotero, Nuno Gavancho, Raposo, Chiquinho, Saboga, entre outros tantos que passaram pelo meu escalão. Pior momento é inevitavelmente a minha lesão em miúdo (Infantil A) que me fez quase sair do Hóquei em Patins, afastando-me um pouco da equipa e que só em Iniciado/Juvenil voltei a recuperar a competitividade. Outra coisa que me faz confusão ainda hoje é como é que deixaram morrer tão facilmente a última geração de ouro do clube na formação, os últimos campeões distritais, que hoje em dia o clube poderia ter uma equipa sénior jovem, talentosa e da casa. Também a inexistência de um “obrigado” por exemplo quando saí por tantos anos ao serviço do clube me deixou um pouco triste, visto que fui o último a “abandonar o barco” da minha geração.
CA – Olhando para o União actualmente e para o União da tua última época, que diferenças existem?
EM –A direcção de hoje reempulsionou a modalidade, com novas ideias, apesar de ser na maioria prata da casa. Desportivamente penso que a equipa sénior está mais forte, e reforçou-se muito bem para a segunda divisão.
CA – Sendo o clube que te formou e onde conseguiste algumas vitórias importantes, ainda vamos ver o Élio com a camisola 55 do União FE?
EM – Para já esse não é o meu pensamento, nem num futuro próximo. Quero este novo desafio e o AC Sismaria pela disponibilidade que tiveram para comigo, merecem que eu faça um “contrato” de confiança de algum tempo, não quero desiludir ninguém, nem abusar da boa vontade dos responsáveis do meu novo clube.
CA – Obrigado Élio pela tua disponibilidade, e fica o espaço à tua disposição para alguma mensagem que queiras deixar aos adeptos da AC Sismaria e aos visitantes do Cartão Azul
EM – Obrigado Sr. Gavancho pelo convite e pelo que tem feito em prol deste desporto. Aos adeptos da AC Sismaria posso prometer enquanto singular, que honrarei o símbolo que vestirei ao peito, dando tudo jogo a jogo. Aos visitantes deste espaço um bem haja, e apareçam nos pavilhões para apoiar as vossas equipas. Visitem este espaço!

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