quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A TRAIÇÃO DOS JOELHOS

Começou a patinar pela mão do José Manuel Ventura quando entrou para a primária, ao abrigo de um acordo que o União tinha com a Escola Primária nº1 do Entroncamento, começou a gostar e opta pela modalidade e começa a sua aprendizagem sob a batuta de João Maria Vaz, em 1997 realiza o seu primeiro encontro nacional de Infantis-B tendo como treinador Pereira da Silva, enquanto Infantil-B disputa todos os encontros nacionais e viria a sagrar-se campeão distrital em todos os escalões até juvenil inclusive, sempre com a camisola do União, e a representar a APR no Inter-regiões em 2005 realizado em Oeiras. Em 2003 num jogo com a AA Coimbra tem a sua primeira lesão grave no joelho, que o afasta dos ringues cerca de 3 meses, no final da época passada volta a ter dores em ambos os joelhos e no inicio desta época já como júnior, os sintomas recomeçam e agravam-se no jogo do Torneio de Abertura em Tomar. A ser seguido pela medicina desportiva após alguns exames é diagnosticado problemas a nível de ambas as rótulas, e aconselhado a parar durante algum tempo, para ver a evolução da lesão. Após essa paragem verifica-se que a mesma se mantêm o que, torna dificil a prática da modalidade ainda por cima na posição que sempre ocupou, guarda-redes. O Cartão Azul foi ter com Nuno Gavancho, para saber como foi praticar a modalidade durante tanto anos, a paixão que tem pela mesma e como encarou o abandono prematuro do hóquei em patins.
CA - Bom dia Nuno, obrigado pela disponibilidade, como encaraste o abandono da modalidade?
NG - Bom dia, claro que custa bastante deixar a modalidade que elegemos como preferida, ainda por cima tendo praticado hóquei durante onze anos. Para além de abandonar a modalidade, fiquei com a sensação que abandonei a minha equipa. Nos primeiros tempos foi bastante difícil aceitar esta realidade porque sempre acreditei que seria possível voltar. É evidente que é difícil ver a “minha” equipa jogar e não poder estar dentro do campo para dar o meu contributo para atingir os objectivos. Mas agora já estou mentalizado e consciente que a vida daqui para a frente é sem o hóquei.
CA - Sei que nos primeiros tempos, ainda acalentaste esperanças de voltar a praticar hóquei, mas depois da opinião do ortopedista a dizer que só com recurso á cirurgia poderias eventualmente voltar a jogar, como recebeste a noticia?
NG - Como já disse na pergunta anterior, eu sempre acreditei que seria possível voltar e estava confiante que após terminar as sessões de fisioterapia poderia voltar à baliza. Mas o pior ainda estava para vir, no dia da consulta com o fisiatra, ele após ver o resultado do TAC alertou-me logo que isto “só ia ao sítio” recorrendo a uma cirurgia que não era 100% fiável e obrigava a uma recuperação de um ano. Por outro lado poderia deixar o hóquei (a baliza) e com o tempo e com a ajuda de um medicamento isto podia ficar curado. É sempre chato ter de fazer uma decisão destas, mas como preciso de estar bem fisicamente para desafios futuros a nível profissional, é preferível deixar o hóquei e tentar recuperar sem recorrer à operação.
CA - Tencionas mais tarde, e depois de ter a tua vida estabilizada, voltar a tentar jogar hóquei, nem que seja só na brincadeira com um grupo de amigos?
NG - Seria sempre engraçado voltar a jogar hóquei, como se diz, nem que fosse para “matar o bichinho”. Quem sabe, um dia…

CA - Mudando de assunto, como foi a tua iniciação no hóquei, e porque a opção de guarda redes?
NG - A introdução já explica mais ou menos como foi a minha iniciação no hóquei, mas é de referir que este não foi a minha primeira opção, como acontece com mais de metade dos jovens português. Ainda tentei dar uns pontapés na bola no CADE mas desde cedo percebi que não era no futebol que poderia vir a ser um jogador minimamente razoável. Depois como a minha avó mora perto do Pavilhão, e incentivado por um projecto escolar, comecei a dar as primeiras voltas de patins. E pela mão do Senhor João Maria aperfeiçoei a patinagem e fui integrado na equipa infantil (B) do União. Nessa altura lembro-me perfeitamente do Senhor João ter perguntado quem queria ser guarda-redes e eu levantei logo a mão. Acho que é algo que passa pelo sangue cá em casa, visto que o meu pai também foi guarda-redes, mas de futebol.
CA - Dos treinadores que tiveste, qual ou quais aqueles que te marcaram mais?
NG - Todos acabam por marcar, um porque nos ensinou a andar de patins, outro porque nos ensinou a defender melhor, outro porque se preocupou mais connosco, outro porque nos ensinou a estar no desporto e por aí fora…
Mas se tivesse de escolher um, escolheria o Senhor João Maria, porque é de longe a pessoa que mais percebe de hóquei na região e afinal de contas foi um treinador que sempre acompanhou a minha “carreira” desportiva.
CA - De todos os títulos que conquistaste, qual o que te marcou mais, e porque razão?
NG - Sem dúvida o campeonato distrital de iniciados em 2004/2005. Nessa época ninguém acreditava em nós, todos pensavam que ia ser um mano a mano entre o Gualdim e o Santarém. Mas a nossa equipa cheia de jovens jogadores como o Eduardo e o Raposo demos bem conta do recado e apesar da derrota inicial na casa do Gualdim e a derrota pela margem mínima em Santarém, acabamos por ganhar. Aliás, penso que esta foi o meu melhor ano a nível desportivo, uma vez que foi nessa altura que fui um dos guarda-redes da selecção regional.
CA - Em 2005, estiveste presente no Inter-regiões em Oeiras, onde acabaram num honroso 5º lugar, e onde apenas foram derrotados por Lisboa e Porto. O que ficou dessa participação, e o que a mesma representou para ti?
NG - Em primeiro lugar ficam as amizades que se fizeram durante esse torneio e o convívio que conseguimos ter. Foi engraçado jogar na equipa de jogadores como o Vasco e o Ivo que sempre foram os meus principais adversários. Deu ainda para travar amizades com jogadores de outras selecções contra quem acabei por jogar no Nacional de Iniciados desse ano. A nível desportivo também foi uma prova bastante conseguida pela nossa selecção e se tivéssemos tido um bocadinho de sorte no jogo conta a AP Lisboa tínhamos conseguido um lugar ainda mais honroso.

CA - Sei que continuas a acompanhar o teu clube de sempre, o União, em particular os juniores e os seniores, como estás a ver o seu desempenho na presente época?
NG - Na minha opinião estão uns furos abaixo do que eu tinha previsto.
A equipa de juniores teve alguns problemas e não conseguiram atingir o objectivo principal, que era vencer o Distrital. Acho que a derrota com o Almeirim em casa foi no mínimo desastrosa. Mas acredito que a equipa tem valor e vai mostrá-lo neste torneio de encerramento.
Em relação à equipa de seniores, acho que já perderam pontos de forma infantil. Um bom exemplo foi o jogo em casa com o Vasco da Gama. Mas após ter visto a exibição deste fim-de-semana frente à Física, não tenho dúvidas que esta equipa tem um grande valor e se for bem gerida tem tudo para conseguir o seu objectivo.
CA - Nuno para terminar queres deixar alguma mensagem para os amantes da modalidade, para os adeptos do União e para os visitantes do Cartão Azul?
NG - Deixo antes uma mensagens para os amantes da modalidade..
Continuem a viver e a apoiar o hóquei em patins, esta modalidade precisa da ajuda de todos para se manter viva.

22 comentários:

Anónimo disse...

Ainda te gostava de ver na baliza do União como sénior.

Um adepto

Anónimo disse...

"O Cartão Azul foi ter com Nuno Gavancho"

Passou da sala para o quarto do Nuno??? eheh

Anónimo disse...

Grande abraço do Cajé...Foi contra tudo e contra todos aqule título.
Vê la se não tens aí uma peças prá troca com o Mantorras!

Anónimo disse...

Este sr. deste blog é o máximo.
Faz a festa lança os foguetes e apanha as canas.
Ou seja, dá uma de jornalista, promove-se, promove a trupe das minis, opina como Kaly e ainda tem um espaçinho para promover a família. E digam lá que e o Hóquei não tem gente válida.

Força vai em frente Kaly, ou será chefe da trupe, ou será Jornalista....
PS: vamos ver se isto passa na censura...

PATINSLOVER disse...

Nuno,
podes sempre estar ligado à modalidade.
Treinador, arbitro, dirigente, jornalista, etc...
Há muita coisa a fazer para "matar o bichinho" :-)
Grande abraço.
"Patinslover"

Anónimo disse...

Um dos guarda-redes com mais potencial da região.

As melhoras Nuno

Anónimo disse...

Nuno com este tempo todo parado o teu pai ficou com o frigorifico vazio.
Estou a brincar todos sabemos que fazes falta á modalidade.
As melhoras e que te veja ainda "dentro do campo" um abraço deste sempre amigo.
Rui Taborda

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o anónimo das 11:26, mas por enquanto faz parte da trupe As melhoras puto e um grande abraço do amigo.

Francisco Gavancho disse...

«Este sr. deste blog é o máximo.
Faz a festa lança os foguetes e apanha as canas.
Ou seja, dá uma de jornalista, promove-se, promove a trupe das minis, opina como Kaly e ainda tem um espaçinho para promover a família. E digam lá que e o Hóquei não tem gente válida.
Força vai em frente Kaly, ou será chefe da trupe, ou será Jornalista....
PS: vamos ver se isto passa na censura...»

Caro anónimo das 14:57
É claro que este comentário passaria sempre na censura, e por várias razões que passo a descrever:
1. Para denunciar as pessoas com desequilíbrios mentais graves que parece ser o seu caso.
2. De jornalista não tenho nada, apenas faço isto por carolice e para divulgar a modalidade que elegi como favorita.
3. A trupe das minis deve estar a fazer-lhe confusão, ou então teve alguma experiência desagradável com alguém da mesma que o deixou nesse estado de letargia.
4. O opinar como Kaly prova mais uma vez que você não me conhece, como não conhece o Kaly (para os amigos), que é o Carlos Faria da Silva, e as nossas diferenças são tantas que começa logo pela aparência física, a única coisa que temos em comum além de muitos anos de amizade é o nosso clubismo (União FE e Sporting CP).
5. Quanto ao promover-me, está muito enganado meu amigo, pois preciso de tudo menos isso, o Cartão Azul é o que é, eu profissionalmente sinto-me realizado, e as pessoas que lidam comigo sabem o meu valor, portanto não preciso de o demonstrar, a não ser que tivesse graves frustrações e falta de afirmação como parece ser o caso do meu “amigo”.
6. Quanto ao promover o meu filho, nem merece comentários, só queria que o meu “amigo” passasse metade da amargura que ele passou quando lhe foi diagnosticada a lesão e informado que não podia continuar a praticar a modalidade que ele tanto gosta.

Para terminar e pedindo desculpa aos visitantes, pela resposta, mas quando existe “gentalha” deste calibre a minar tudo e todos, escondido atrás de um anonimato, relevando graves distúrbios emocionais e problemas a nível da educação base que qualquer progenitor deve dar aos seus, apraz-me disser:
- Os burros estão em vias de extinção, mas na eventualidade de os mesmos se extinguirem (espero que não), serão sempre substituídos por outros já com upgrade que lhes permite andar erectos e dizer enormes barbaridades, sempre camuflados, não se vá descobrir qual a sua raça.

Atenciosamente
Francisco Gavancho

Anónimo disse...

É triste ver um comentário como este do anónimo das 14:57. A única coisa que me apetece dizer é um seguinte: à gente que não vale uma m...... Se quiser conhecer o Kaly para lhe dizer mais umas coisas gostava que fosse cara a cara, porque é triste mandarem estas bocas e ficarem anónimos. Isso é uma atitude covarde..... No entanto dia 1 de Março lá estarei atrás da baliza será que aparece?

Anónimo disse...

um abraçao miudo...as melhoras mesmo.. quanto a esse inter regioes so tenho a dixer que foram grandes dias e grandes jogos =)...

fica bem e mais uma vez as melhoras...Filipe almeida

Anónimo disse...

podiam passar este "blog" - cartao azul para UFE, era mais acertado em termos de matéria

Anónimo disse...

Para o "zé" das 22.50h

Eu não estou a ver como é que este post está directamente relacionado com o UFE

Aqui fala-se de um miudo que jogou durante mais de uma década num clube da região, com uma chamada à selecção regional, que teve de abandonar a modalidade devido a uma lesão. Isto não mete clubismos...

Mas quem não gosta do blog, tem uma boa solução "alt + F4"

Toni de Santarém

Anónimo disse...

millenium, acho que não merece resposta...se segue o blog regularmente, o admnistrador já disse dezenas de vezes que sempre esteve ligado ao clube de uma maneira ou outra, mas mesmo assim e pode ver pelos posts que há uma total imparcialidade, se não segue o blog regularmente não dê opiniões como essa.

Vai dizer que a s entrevistas são sempre com pessoas da União???Acho que não.

Anónimo disse...

Sendo eu um frequentador assíduo deste Blog, que tem tido um papel fundamental na divulgação do hoquei da zona centro, quero apenas deixar aqui uma mensagem de incentivo ao Sr.Francisco Gavancho que tem tido a capacidade de fazer algo de positivo em prole da modalidade de que tanto gostamos.
Uma vez mais aceite os meus parabéns e quanto a certos comentários, o melhor é lembrarmo-nos da velha máxima "Os cães ladram e a caravana passa".

Saudações hoquistas
José Carlos Gaspar

Anónimo disse...

Sr. Francisco, compreendo a sua revolta com comentários tipo o das 14:57, mas ponha isso de lado, porque os mesmos partem de pessoas que vivem apenas para denegrir o trabalho dos outros, pessoas que tentam iniciar projectos e os mesmos não saem do papel, pessoas socialmente excluídas e que só a troco do “escárnio e mal dizer” vão arranjando alguém da sua laia para trocarem umas ideias.
Continue com o seu hobby, porque quem o conhece sabe que dedica muito do seu tempo livre ao mesmo, e o número de visitantes e a projecção do mesmo falam por si, portanto não se deixe abalar, por comentários de anónimos.

Quanto a ti Nuno, espero que recuperes e voltes a praticar a tua modalidade, e em caso de o mesmo não ser possível, aceita o conselho do Sr. Pedro Antunes, pois no hóquei existem muitas formas de matar o bichinho.

Anónimo disse...

Grande "garabolas" assim é que é falar, a dor de cotovelo é mto complicada,aqui se vê a falta de nivel e dignidade humana de algumas pessoas k ñ têm o mínimo de perfil.Não há palavras para as descrever.Deixa-os poisar....DOS FRACOS NÃO REZA A HISTÓRIA. Continua assim que estás bem.Um abraço. Tolinhas

Anónimo disse...

O problema é as pessoas aproveitarem os blogs para cuspirem o seu veneno e muitas vezes as ofensas que são pessoais. Este blog que assumidamente tem um cariz regional e local e isso não o diminui em nada, é também um blog pessoal, sujeito á opinião e leitura pessoal do seu dono e administrador, como tal ninguém têm o direito de criticar a decisão de ele ter entrevistado o Nuno Gavancho que é seu filho, mas que também foi atleta do União até ao momento em que parou pelas razões expostas, não tenho duvida que a entrevista sairia na mesma, mesmo que de outro miúdo se tratasse, que tivesse vivido uma situação como a que este miúdo esta a viver. Não estão em questão os valores, estão em questão vontades que ninguém tem nada a ver com isso, a não ser que se sinta visado ou utilizado no seu nome ou imagem de forma grosseira e ou sem autorização.

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o comentário das 15:05.Seja o Nuno ou outro atleta qualquer deste distrito,neste blog haverão sempre "bocas" de gente invejosa e que só sabe deitar abaixo o pessoal.

Anónimo disse...

peço desculpa, nao era minha intenção nem por em causa o trabalho do senhor gavancho, aliás, eu acho que tem feito um optimo trabalho em divulgar o hoquei da regiao (Ribatejo) e nao só.
apenas referi que dado o ultimo conteudo e pessoas frequentadoras deste espaço, sejam quase na totalidade ligadas directamente ou inderectamente ao UFE.
Mais uma vez peço desculpas, nao era minha intençao de atingir alguem, fui infeliz....
Obrigado pela compreenssao e continue com o bom trabalho que está a desenvolver!

Anónimo disse...

Sr Francisco Gavancho, os meus parabéns pela dedicação a este espaço que é interessante dado o número de visitantes que evidencia. De entre estes há aqueles que o Sr apelida e bem de "burros erectos". Mas temos que ser superiores a essa gente e respeitar mais os verdadeiros burros que estão em extinção que por certo não têm similar comportamento como esse anónimo a quem o Sr responde. Na Liga de Protecção do Burro Português de que sou sócio, toda a gente se identifica pelo nome. Não temos sócios anónimos.

Um abraço e continue com este trabalho

Gilberto Dias Borges

Anónimo disse...

Tem toda a razão, porque até para ser burro é preciso classe e nível, coisa que os tais "burros erectos" não possuem.

As melhoras para o atleta e que volte aos ringues para fazer o que tanto gosta.

Flávio Mendes
Almada