sábado, 8 de março de 2014

A RAZÃO, A CONSIDERAÇÃO E A “CAMPEONITE”

O desporto rege-se por princípios, fundamentos e leis, mas também se rege por consideração, amizade e tolerância, e assim sendo os agentes desportivos, ou alguns deles conseguem fomentar o que de bom o desporto têm e criar laços de amizade entre instituições que são o garante de um sã convivência, mas como em tudo na vida há atitudes e atitudes há agentes desportivos com “A”, outros que nem por isso e vou dar dois exemplos que sucederam com o mesmo clube em dois sábados seguidos e as ilações os ilustres visitantes que as tirem e que as comentem se for o caso.


No passado sábado o União recebeu no Albano Mateus o Marítimo SC dos Açores, equipa que têm a manutenção praticamente garantida, ao passo que os Unionistas lutam ponto a ponto para a conseguir a mesma. A equipa da freguesia de S. Pedro, Calheta na Ilha de São Miguel viu os seus equipamentos serem roubados à chegada ao aeroporto da Portela, e sem equipamentos e com o tempo a correr contra si via-se na eminência de perder o jogo por falta de comparência. O presidente do clube ligou aos directores do União e tudo ficou resolvido, a equipa do Entroncamento cedeu equipamentos, toalhas para banhos e tudo mais o que foi necessário e jogou taco-a-taco até ao último segundo e lutou pelos 3 pontos que conseguiu, quando podia ter negado o pedido da equipa Maritimista e ter vencido sem derramar uma única gota de suor.

Este sábado o União deslocou-se até Grândola para defrontar a equipa local, num jogo que foi acordado entre ambos os clubes a inversão de jornada e com início marcado para as 15:00. O clube Unionista por lapso e até a fazer lembrar algum amadorismo directivo, saiu tarde do Entroncamento, juntando-se ainda um percalço com o autocarro que motivou mais um atraso. Ciente que não chegariam a horas de iniciar o jogo o director do hóquei em patins do União fez os contactos devidos, e falou com as pessoas em questão ligadas ao jogo para que o mesmo começasse mais tarde para que não houvesse lugar a falta de comparência. O que vem a seguir é o inverso da consideração e o querer ganhar a todo o custo. A equipa de Grândola mostrou-se irredutível e às 15:15 exigiu que a bola fosse ao centro do rinque e que o jogo fosse dado como terminado, conquistando assim os três pontos sem uma gota de suor despendida. É claro que a lei está do seu lado, ninguém põe isso em causa, mas que atitude foi esta para um clube cujas relações são, ou eram excelentes, onde na pré-época se convidam mutuamente para torneios, troféus e jogos de apresentação. Aqui sim a “campeonite” veio ao cimo e tentou-se ganhar a todo o custo, sem pensar num clube, que por lapso cometeu um erro e que para além da derrota vai ter de pagar a multa inerente à falta de comparência, quando chegou 40 minutos depois da hora prevista para o inicio e quando havia hipoteses do jogo se realizar, nem que fosse em data a combinar, mas que à hora que chegaram já não havia atletas adversários para defrontar, pois tinham ganho três pontos e quiçá o prémio de jogo mais rápido da sua vida desportiva.

São estas atitudes de pessoas, não das Instituições que essas são e serão sempre superiores a quem as dirige que revelam a forma e a maneira como os mesmos andam no desporto, e assim sendo acho em dois sábados seguidos as relações institucionais e apesar da distância o União estará sempre mais perto do Marítimo SC do que do HCP Grândola

3 comentários:

HCVGama disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Paulo Chainho disse...

Sérios são os dirigentes do HCVG que à umas épocas ,já não sei quantas,por meia hora não jogaram com o Marítimo da Madeira!!

Unknown disse...

Caro Paulo Coitadinho,

o que se passou em Sines é bastante diferente do que se passou em Grândola, já vi que as suas fontes o informaram bem , sofrem é de memória seletiva.
A equipa do Marítimo chegou com muito mais de 30 minutos de atraso, já o jogo tinha sido dado como acabado pelo árbitro. O atraso do Marítimo deveu-se ao facto de os senhores se terem desviado do caminho para poderem ir almoçar e depois perderam a noção do tempo que demorariam a chegar a Sines.
Nenhum jogador do Vasco da Gama abandonou o ringue ou se escondeu, a equipa encontrava-se a treinar, jogando uns contra os outros.
No entanto, os senhores sérios do HCPG, na pré-época tiveram um jogador de juvenis do Vasco da Gama a treinar no seu pavilhão, que fez o jogo de apresentação pelo Vasco da Gama e por coincidência começou o regional com a camisola do Grândola.

Saudações Desportivas