quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O CERTO E O ERRADO

No rinque do Pavilhão Municipal de Tomar, disputou-se no passado dia 7 de dezembro a 1ª jornada da 2ª fase APL com o jogo entre Sporting de Tomar e o Paço de Arcos (Escolares), com grande realce para o Sp. Tomar, cuja equipa deu uma grande lição de humildade.

Foto: António Antunes - T.M. Foto

Foi bem patente a filosofia do seu treinador Ivo Silva, cujo ensino vai muito para lá do perder ou ganhar. À equipa é-lhes criado o apetite pelo verdadeiro valor desportivo, o entusiasmo, por competir consigo mesma, o aprender, a reconhecer que o trabalho em equipa é essencial, que só trabalhando se vence. A equipa enquanto joga, deixa passar a mensagem de que a Concentração, o Querer e o Crer, são o segredo para atingir o objetivo que querem alcançar.

Ao invés de tudo isto, tinham como adversários a equipa do Paço de Arcos, que perderam o jogo de duas maneiras, em golos (4- 3) e em dignidade. Reagir à sua derrota como se fossem "adultos malcriados" no seu comportamento. Ainda no rinque toda a equipa do Sp. Tomar assistiu incrédula ao que via, acho até que já não se importava de lhes oferecer a vitória, enquanto a equipa do Paço de Arcos se negava a praticar rituais próprios do pós jogo, chorando a choro, deixar passar esta má preparação para lidar com frustrações, num espaço, tanto no âmbito de idades como num trabalho de equipa com o mesmo objetivo.

Onde está a pedagogia? De que não sendo aproveitada é quase crime. É assim que são formados os futuros jogadores do vale tudo!?... Senhores treinadores de crianças, aproveitem o espaço do desporto para o tornar verdadeiro, educando e valorizando mais o "ser" que qualquer outra vitória.

Saber gerir sucessos e insucessos, treinar frustrações nesta idade é prevenir a não-aceitação dos "nãos" da vida. Obrigado Ivo pelo trabalho paralelo ao exercício tático do ensino/ aprendizagem. Parabéns à Seção Juvenil do Sporting de Tomar

Maria Ermelinda Vasconcelos Henriques – Jornal “O Templário” 12-12-2013

1 comentário:

Unknown disse...

Antes de mais, gostaria de afirmar que o presente texto que o autor publicou neste blog é insultuoso para com o meu trabalho, enquanto treinador dos escolares e dos infantis do Clube Desportivo de Paço de Arcos (CDPA).
O que escreve aqui acerca da pedagogia é totalmente falso e ofensivo para com os meus jogadores, o meu clube e a minha equipa técnica, até porque o CDPA é reconhecido mundialmente como uma das melhores escolas de formação de Hóquei em Patins e um dos principais impulsionadores da nossa modalidade a nível nacional e internacional.
Com as derrotas também se aprende, e seguramente que nos meus atletas (naquele momento a que se refere) reinava um sentimento de profunda tristeza, porque se viu o jogo e acredito que o tenha feito, para uma equipa que começa a 2ª parte e sofre dois golos e mesmo assim tem a capacidade de virar o resultado ao longo da 3ª parte é desolador perder um jogo a 1 minuto do final, principalmente devido a um factor estranho ao jogo (água na pista) que fez com que um atleta meu perdesse a bola junto à própria área e fosse originar o golo da vitória do Tomar.
"Quem não sente, não é filho de boa gente!" - Certamente que se assistiu ao jogo, viu da minha parte enquanto treinador, uma atitude bastante pedagógica, uma vez que, bem me recordo de tentar parar com o "chorando a choro" que refere, bem como a um cumprimento a todos os atletas do Tomar, sem excepção, uma vez que assisti ao melhor jogo de ambas as equipas e do escalão de Escolares, desde que iniciei a minha curta experiência como treinador. De realçar ainda, que quando se refere no texto de opinião "a equipa do Paço de Arcos se negava a praticar rituais próprios do pós jogo", eu incitei os meus atletas a cumprir um dos rituais. Mais acrescento, que tive uma sensação de grande felicidade e orgulho aquando do cumprimento ao treinador Ivo Silva, que realço está a fazer um excelente trabalho, pelo que pude ver durante o jogo, sentimento esse que penso ter sido reciproco, pelas suas palavras.

Por último, estou bastante grato pelo seu trabalho na divulgação da modalidade, mas espero que em publicações futuras tenha em maior consideração o meu trabalho enquanto treinador e o nome do meu clube, pois não acompanha o meu trabalho diário, nem tão pouco está a par da conversa que tive com os meus atletas na cabine após o final do jogo.
Agradeço-lhe também a possibilidade que me deu, de reflectir uma vez mais acerca do jogo e da continuidade do meu trabalho com estes jovens, de quem muito me orgulho de ajudar a formar, nas diferentes dimensões da sua personalidade.

Frederico Azevedo Mascarenhas