Em três minutos o sonho parecia desfeito, mas a recomposição da equipa e uma boa reacção, principalmente na segunda parte garantiriam o empate
Académica (3): Cinco inicial – João Duarte (GR) (Cap), Diogo Lobo (1), Alexandre Marques, Filipe Duarte (1) e Nuno Monteiro
Banco – Luís “Canavarro” Tavares (GR), Ricardo Barata, Pedro Campos, Carlos Fernandes e Vasco Martinho (1).
Treinador: Joaquim Romeiro
BIR (3): Cinco inicial – Nuno Peça (GR), Diogo Ruivo (3), Nuno Ricardo (Cap), André Ramos, João Sousa
Banco – João Marcelino e Marcelo Rocha
Treinador: Hélder Coelho
Arbitras: Sofia Ferreira e Sílvia Coelho (Porto)
A Académica começou a segunda volta do nacional da 2.ª divisão com um empate, num jogo em que as pretensões dos estudantes (pontuar) quase desmoronavam. Nos três primeiros minutos, o BIR marcava por três vezes, graças a uma defesa da equipa de Coimbra completamente amorfa. Três golos de Diogo Ruivo. Primeiro, recebendo uma bola picada para o interior da área à qual aplicou um toque subtil para o interior da baliza. Depois desviando, em falta, um remate de longe já que se encontrava no interior da área do guarda-redes da Académica impedindo-o de se fazer à bola. Depois, surgindo completamente isolado no canto direito da grande área e colocando a bola no ângulo mais afastado, da baliza dos estudantes.
A partir daqui a equipa da casa reorganizou-se, começou a dominar a partida e, depois de, aos 14 minutos, Joaquim Romeiro ter oportunamente mexido no cinco que jogava desde início, o jogo abriu mais, ganhou velocidade e Vasco impediria Nuno Peça de chegar à bola, fazendo bem a mancha, a um forte remate de longe de Lobo. Um resultado que se manteria até final da primeira parte. Para contrariar o ascendente academista, a equipa de Valado dos Frades inventava faltas para ganhar vantagem, dessa forma, estratégia em que as duas árbitras se deixaram cair. No final da primeira parte, as duas equipas tinham 9 faltas cada uma. À décima haveria lugar à marcação de livre directo.
No reinício, a Briosa parecia outra e continuava a ser mais dominante, com mais posse de bola, mas o BIR era sempre perigoso quando o jogo se fazia dentro da área da Académica. É neste período que, numa falta que nunca existiu, atrás da baliza dos anfitriões, Pedro Campos é suspenso por dois minutos, ficando os estudantes em desvantagem. Porém conseguiam resistir, primeiro com João Duarte a evitar a conversão do consequente livre directo, depois não permitindo que os forasteiros se acercassem com perigo da sua baliza. Foi mesmo a Académica que, na conversão do livre directo que resultou da décima falta do BIR, chegaria à vantagem mínima. Diogo Lobo bisava na conversão da falta, recuperando a bola, após defesa do guarda-redes adversário, e fazendo-a entrar na baliza.
O jogo cresceu de emoção e todos na equipa conimbricense acreditaram que seria possível ir mais longe. Porém, num choque frontal entre os dois juniores da Académica, Ricardo Barata e Vasco Martinho, este último seria obrigado a sair e a estar afastado durante algum tempo da contenda. O BIR aproveitou, foi atrás do golo, mas João Duarte puxou dos pergaminhos e respondeu com uma mão cheia de boas intervenções. É neste período, já perto do fim, que o seu irmão, Filipe, recebe uma bola do lado direito do ataque e mete a bola entre o guarda-redes e o poste no ângulo mais difícil. Estava feito o empate. O jogo crescia de emoção, mas também de agressividade. As duas equipas davam tudo por tudo para chegar à vitória. O BIR por uma vez, com um desvio ao segundo poste, e a Académica por duas vezes, a última delas delas por Vasco Martinho, que, entretanto reentrou no jogo, já no último minuto, podiam ter marcado. No entanto, o resultado não se alteraria. No final, algum nervosismo de parte a parte e a falta de autoridade disciplinar da equipa de arbitragem, poderiam ter dado para o torto. Imperou, no entanto, o bom senso.
Académica de Coimbra – 3 | BIR – 3
Não apenas um ponto, mas sim mais um ponto importante.
A Académica de Coimbra vai no próximo fim-de-semana ao Entroncamento, jogar com o clube local, às 15H00, um adversário que está na mesma zona de desconforto.
Luís Lobo - Informação AACHóquei
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