quinta-feira, 4 de julho de 2013

DIREITO DE RESPOSTA

De acordo com o previsto na Lei da Imprensa, publicamos o texto seguinte a pedido dos subscritores do mesmo.
 

Em resposta a uma entrevista, no mínimo curiosa à Radio Cidade de Tomar, pelo Presidente e treinador do ACR Santa Cita, sentimo-nos no direito de fazer algumas observações em relação aquele clube vertical, situado nos arredores de Tomar.

Numa reunião em Oeiras, por volta do mês de julho, o Sr. Rui Pedro Cunha ofereceu-nos mais 50 euros apenas que os jogadores do Santa Cita auferiam, garantindo-nos que as despesas de transporte eram asseguradas pelo clube, incluindo carro. Concordamos com o acordo, referindo ainda o Sr. Rui Pedro que nenhum jogador do Santa Cita deveria entrar em prejuízo para jogar nesse clube. Concordando, assinamos a folha e esperamos até Setembro.

No início de setembro foi nos dito, que durante esse mês teríamos dois fins-de-semana que teríamos de pernoitar na região. Ficamos em casa do Alex, em Ourém, que fica a cerca de 20 km de Santa Cita, em que as refeições e o combustível teriam de ficar a nosso encargo. Logo, começou mal o acordo feito em Julho.

Foi pedido também aos responsáveis do clube, por parte do Hugo Costa Pereira e pelo João Filipe que os prémios de jogo referentes a época passada fossem liquidados. Prontamente os responsáveis disseram que sim, não disseram foi uma data certa, por esta razão os atletas em questão ainda estão à espera desse mesmo pagamento.

O mês de setembro foi-se desenrolando, e as viagens continuando, e os atletas a adiantarem dinheiro para o gasóleo e portagens para comparecer nos treinos. Para os dirigentes liquidarem essas dividas, nós tínhamos de andar literalmente atrás dos referidos para que o dinheiro fosse entregue.

A partir da segunda semana de setembro fomos ouvindo a palavra “incomportável” pela boca do Sr. Rui Cunha. Percebemos que algo estava a correr fora do normal, mas garantiram-nos que com os fundos da festa da terra, que o orçamento do clube ficaria equilibrado e as coisas iriam correr da forma planeada e combinada. Agora pergunto, que clube, que tanto rivaliza com o Sporting de Tomar, baseia o orçamento de uma época desportiva, numa festa de uma aldeia com cerca de 1000 pessoas?

Claro está que a festa não correu como o previsto, e o dito orçamento sofreu uma diminuição significativa. Aqui é que os verdadeiros problemas começam. Após um jogo amigável com o Sismaria, o Sr. Rui Pedro, na presença do Alex, do Costa Pereira e do Treinador do Santa Cita, Miguel Cunha, referiu que o clube não tinha condições para ter os três atletas fazerem viagens para vir treinar. O mesmo, referiu ainda algumas soluções, que passamos a citar:

1 – Começarmos a fazer a viagem para Santa Cita pela estrada Nacional, o que demora cerca de duas horas e tal, visto ser hora de ponta. Teríamos de sair de Lisboa cerca das 17h.

2- Reduzir o ordenado em 50 euros, ficando a receber o mesmo dos jogadores que moram na região. Pensamos que um clube que queira ir buscar jogadores a Lisboa, compreenda á partida, que têm de ter uma recompensa monetária visto o desgaste que tão sujeitos por tantos quilómetros feitos diariamente para treinar.

3- Reduzir os treinos de três vezes para duas, o que nos pareceu extremamente injusto para com os nossos colegas, pois não nos sentíamos no direito de jogar, se treinamos menos vezes.

Justificando de forma clara e direta à direção, estes argumentos, o Sr. Rui Pedro prontamente disse que se tivéssemos outra alternativa, para continuar a nossa carreira, que o fizéssemos.

E assim foi, nunca esquecendo, que este clube exigiu dinheiro para a saída do Alex e do João Filipe, visto que o primeiro abdicou do ordenado de Setembro e o segundo veio para o clube sem custos alguns, pois o Ourém tinha terminado o escalão de seniores. Na nossa análise, o clube ficou a ganhar em termos financeiros.

É referido nessa entrevista que o Santa Cita deu a mão ao Costa Pereira. É uma maneira estranha de observar a realidade, se não vejamos, quando o Costa chegou a Santa Cita no final de Dezembro, a proposta cingiu-se em 150 euros para viagens e deslocações, e o atleta abdicou de um ordenado para poder representar o clube. Esse clube tinha 4 pontos no final da primeira volta e quando acabou a época terminou com 27 pontos. Juntando a isto o fato de não terem ainda pago os prémios de jogo dessa época e o ordenado de Setembro desta época.

De enaltecer o comentário do atual presidente do Santa Cita, em que fala que os atletas não têm educação. De referir que o que foi discutido em praça publica foram fatos e questões profissionais, nunca opiniões e juízos quanto à moralidade e civilidade das pessoas da terra. Mas ficou enaltecido, nessa entrevista pelos comentários relatados onde a educação não se preza.

Chamaram-nos de ratos. Não podemos deixar de concordar com essa afirmação. Fomos ratos, que caímos numa ratoeira muito bem montada.

Por tais afirmações na rádio acima citada, estamos dispostos a agir judicialmente uma vez que são tecidas palavras graves que fogem totalmente á verdade. Esses Senhores deveriam ser banidos da modalidade, vivem á margem do que representa o desporto, e como tal, vamos até onde for preciso para que se faça justiça.

Antes de terminar, queríamos deixar um agradecimento profundo ao Sr. Francisco Gavancho por nos ter dado a oportunidade de relatar os acontecimentos e pelo trabalho prestado á modalidade, onde diariamente partilha a informação e os acontecimentos hora a hora do Hóquei em Patins!

Também às pessoas de Santa Cita e aos nossos antigos colegas, que merecem a nossa amizade e reconhecimento.

Alexandre Andrade
Hugo Costa Pereira
João Filipe Silva 

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