Não chegou ao Natal a invencibilidade do Sp. de Tomar que, em Alcobaça diante da equipa local, viu esta roubar-lhe os três pontos e encurtar a distância entre as duas formações no que toca à liderança da tabela classificativa.
Foto: Fernando José |
Poder-se-á dizer que em síntese ganhou a formação que soube melhor aproveitar as oportunidades de golo e que a invencibilidade dos Ribatejanos caiu por terra fruto da pontaria estar mais direccionada aos postes da baliza contrária do que ao fundo das redes. Mas o hóquei também é isto e a formação Alcobacense fez o que lhe competia num jogo onde soube ser mais lúcida e calculista.
Foto: Fernando José |
Começou melhor a formação Ribatejana quando aos trinta segundos de jogo Gonçalo Santos faz embater o esférico na trave e poste direito do guardião Alcobacense dando a sensação de golo mas que, por capricho, o esférico resolveu ressaltar para fora evitando a primeira alteração do marcador. Não demorou muito tempo o público a ver o primeiro golo da equipe forasteira apontado por Luís Silva que numa forte seticada de meia distância inaugura o marcador um minuto depois. Balanceados com este golo a equipe forasteira continua no comando das operações não dando descanso ao ultimo reduto Alcobacense e o esférico não se anichou no fundo da baliza caseira por manifesto desacerto dos avançados Leoninos. No entanto, "água mole em pedra dura..." e, aos três minutos, Ivo Silva, aumenta a vantagem para dois a zero. A equipa do A.Alcobacense treme e, passado um minuto, as coisas parecem piorar quando é punida com um livre directo que não é aproveitado da melhor forma pela equipa forasteira. A partir deste momento, a equipa anfitriã recompõe-se um pouco mais, e começa a procurar o golo lançando-se no ataque de uma forma mais agressiva repartindo o jogo em jogadas de parada e resposta. Nesta altura do jogo, o jogador que mais sobressaiu foi o guardião da casa com defesas de grande qualidade e, quando falhava, lá estavam mais uma vez os postes a negar o golo aos forasteiros.E "como quem não marca sofre", é sem surpresa que aos oito e dezasseis minutos a equipa Alcobacense chega ao empate. Pode-se dizer que a equipe Ribatejana se deixou envolver na teia montada pela equipa anfitriã uma vez que ao invés de jogar o jogo pelo jogo, (estratégia que convinha ao A. Alcobacense), poderia muito bem controlar e congelar a posse da bola obrigando o adversário a "correr atrás do prejuízo", enervar-se mais, cometer mais erros e...."levar a água ao seu moinho"! Assim não aconteceu e com o guardião local a exibir-se com muita segurança, na defesa de uma grande penalidade e de um livre directo, o Sporting de Tomar vê "Esteves" desfazer a igualdade do marcador ao executar com mestria um livre directo não dando qualquer hipótese a Fábio Guerra à passagem do 23 minuto. E foi um Sporting de Tomar esbanjador que recolhe aos balneários meio atónito pela reviravolta no marcador, facto que premiava a equipa que na pista soubera aproveitar melhor aquilo que "lhe viera à mão".
Foto: Fernando José |
Resultado ao intervalo 3-2
No segundo tempo, quem entra melhor em pista é a formação da casa que aos três minutos da etapa complementar aumenta o score para 4-2. Com vinte e dois minutos para jogar pela frente, os Ribatejanos vêem a esperança renascer quando Hernâni Diniz dois minutos volvidos repõe a diferença mínima colocando o resultado em 4-3. No entanto, as coisas dentro da pista continuam "agrestes" para os Ribatejanos que continuando à procura do empate, vêem o guardião da casa chegar e sobrar para as encomendas quer anulando jogadas perigosas, quer opondo-se com eficácia aos lances de livres directos e grandes penalidades que teve pela frente. Neste segundo tempo por quatro vezes foi batido mas os postes lá estavam a provar que os Nabantinos têm que afinar a pontaria se querem ter mais alegrias do que tristezas. Quem não falhava realmente era "Esteves" que, mais uma vez de bola parada, na marcação de um livre directo mostra como se faz e anicha a bola no cantinho direito da baliza do desamparado Fábio Guerra que nada pode fazer a não ser ver o esférico ultrapassar pela quinta vez a linha de golo. Embalados com esta vantagem, os da casa começam a reter mais a bola em seu poder pois o tempo além de jogar a seu favor, começava a escassear para os visitantes. Nuno Lopes no tempo que lhe restava bem tentou mudar os acontecimentos com a substituição e rotação do seu plantel mas a força anímica e a técnica de alguns jogadores do Alcobacense estancaram com eficácia os intentos dos forasteiros. Até ao final, um golo para cada lado, não acrescentou nem retirou nada àquilo que as equipas tinham vindo a produzir, acabando a contenda favorável à equipa da casa por 6-4 resultado que premeia sobre tudo, a eficácia a defender assim como na marcação dos livres directos e grandes penalidades. Ao invés, o seu adversário que além de ver oito bolas "devolvidas" pelos postes não teve a arte e o engenho de desfeitear um guarda-redes seguro e eficaz em quase tudo onde foi chamado a intervir.
Resultado Final: A. Alcobacense C.D. 6 - Sporting de Tomar 4
Quanto à dupla de Arbitragem constituída por Pedro Sousa e Luís Correia de Leiria, pode-se dizer que tiveram uma prestação a dois tempos. Se na primeira parte estiveram num bom plano , já no segundo tempo vieram por aí abaixo no critério da marcação de faltas, na mostragem de cartões azuis, num golo limpo invalidado aos Ribatejanos e na marcação de um penalti que não existiu a favor da equipa da casa (curiosamente o único livre directo que Fábio Guerra defendeu e "Esteves" falhou). Quanto aos cartões azuis, a equipa da casa tem razão de queixa pelo menos em dois, onde se pode apontar no mínimo, "excesso de zelo" dos homens do apito. Quanto à dualidade de critérios não se percebe bem como uma equipa chega aos três minutos da segunda parte com 14 faltas contra 9 do adversário e chega ao fim do jogo com as mesmas 14 faltas e o adversário com 16. É caso para dizer...é Obra!!! Por isso, nota abaixo da linha de água para os homens do apito.
Resumindo, numa tarde de desacerto Ribatejano ganhou a equipa que soube estar melhor dentro das quatro linhas e que estrategicamente soube neutralizar o seu adversário sendo um justo vencedor por aquilo que produziu ao longo da partida.
A Alcobacense CD (6): Luís Mateus (gr), Duarte Delgado (1), Diogo Verde, David “Esteves” Gonçalves (3), Jorge Nunes (2), João Lapa (gr), Cristóvão Carreira, Sérgio Afonso ©, Daniel Félix e Pedro
SC Tomar (4): Daniel Leal (gr); Nuno Domingues, Gonçalo Santos © (1); João Lomba; Hernâni Diniz (1); Dário Santo; Ivo Silva (1); Luís Silva (1); David Costa e Fábio Guerra (gr).
Crónica: J.C.
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