Sporting de Tomar e S. L. e Benfica-B mediram forças este sábado no Pavilhão Jácome Ratton e, embora fosse um particular, não deixaram de proporcionar um bom espectáculo a quem o presenciou.
Foto: António Antunes - T.M. Fotografia |
Talvez por se tratar de um jogo "a feijões", Nuno Lopes dispôs no início um cinco inicial pouco habitual deixando fora da pista alguns habituais titulares. Assim, foi sem surpresa que desde o primeiro segundo de jogo, que se viu o S.L. Benfica-B, a tomar conta das operações, encostando os nabantinos na sua meia pista e com um pressing constante sobre o homem da bola, obrigava os jogadores leoninos a cometer erros na transposição para o ataque. E foi assim com um Sp. de Tomar neutralizado que o Benfica-B, explanou o seu jogo criando situações de perigo consecutivas que Daniel Leal ia contendo conforme podia. Estavam três minutos de jogo decorridos quando o Benfica-B, inaugura o marcador através da cobrança de uma falta a punir a equipa caseira. Falta essa que foi marcada rapidamente, apanhando toda a equipa leonina desatenta e a marcar mal; facto que os forasteiros agradeceram em especial o jogador que ao segundo poste, se limitou a empurrar o esférico para dentro da baliza do desamparado Daniel Leal. Com este golo obtido tão cedo, ainda mais o Benfica-B se soltou na pista e apertou a malha ao adversário que, à medida que o tempo ia passando, não conseguia criar antídotos para travar o ímpeto forasteiro. Aos onze minutos de jogo surge pois, com naturalidade, o segundo tento forasteiro. Através de uma jogada envolvente, e com uma forte seticada frontal, o Benfica cimenta e justifica o resultado no placard. Enquanto o Benfica-B mantém o seu sistema de jogo, a turma caseira começa a fazer alterações e lentamente a equilibrar a contenda. Acerta melhor as marcações defensivas, "estica" mais a equipa na transposição defesa/ataque e vê essa sua atitude premiada quando aos vinte e dois minutos de jogo reduz para 1-2, através de um golo marcado de grande penalidade. Até ao final da primeira parte nada mais se modificou e foi com a diferença mínima que se foi para descanso.
Resultado ao intervalo 1-2
Na segunda parte, o facto mais relevante foi (ao início), a apresentação de mais um cinco base "surpresa" por parte de Nuno Lopes. Recheada de jogadores "juniores" a equipa da casa lá se foi batendo com a formação de Jorge Godinho sendo o Benfica-B, a formação mais forte e aquela que pautava o jogo de uma forma mais segura. Depois de algum desacerto inicial (com perdas de bolas nada habituais) Pedro Martins lá foi entrando no jogo, subindo de rendimento e, juntamente com Gonçalo Santos, empurrando a sua equipa para a meia pista contrária cada vez com mais perigo. Com Pedro Martins perfeitamente enquadrado no jogo e mais confiante quer a recuperar bolas, quer a projectar a equipa para a frente, os seus colegas tornam-se também eles mais atrevidos e perigosos. E é com o jogo perfeitamente equilibrado em termos tácticos que, aos dez minutos deste segundo tempo, o Sp. de Tomar chega ao empate através de Hernâni Diniz que, num lance bem gizado, coloca o esférico pela segunda vez no fundo da baliza Benfiquista. Volvidos mais dois minutos nova explosão de alegria nas bancadas com novo golo leonino este da autoria de Gonçalo Santos. Com meio tempo da segunda parte ainda para jogar e as equipas a equivalerem-se uma à outra a expectativa era de que iria haver jogo até ao fim e isso foi reforçado quando o Benfica-B aos catorze minutos introduz a bola no fundo da baliza agora à guarda de Fábio Guerra repondo a igualdade e a justiça no marcador. Até ao final ambas as formações tentaram ganhar a partida mas foi a equipa Tomarense a mais feliz quando, a dois segundos do tempo final, João Lomba numa jogada tecnicamente irrepreensível serve Ivo Silva que, ao segundo poste, acaba por sentenciar a partida a favor do Sp. de Tomar.
Resultado Final: Sporting de Tomar 4 - Sport Lisboa e Benfica-B 3
Foto: António Antunes - T.M. Fotografia |
Pode-se dizer que numa partida bem disputada, o Sporting de Tomar foi mais feliz, fez um jogo de baixo para cima em termos de produção e a sua exibição foi premiada com aquele golo da vitória mesmo ao cair do pano.
Quanto ao Benfica-B, mostrou ser uma equipa homogénea, com um hóquei muito ofensivo e que pressiona e sabe pressionar o seu adversário logo no seu reduto defensivo. Muito jovem esta equipa, revela já um desempenho em campo que faz inveja a muitas formações a nível nacional. O empate a acontecer, era talvez o resultado mais ajustado para o desfecho desta partida.
O Sporting de Tomar alinhou da seguinte forma: Daniel Leal (gr); Pedro Martins, Gonçalo Santos; João Lomba; Hernâni Diniz; Dário Santo; Ivo Silva; Luís Silva; David Costa e Fábio Guerra (gr).
Nota de rodapé: Jogo dirigido pelo ex-arbitro Ribatejano Manuel da Silva. No ar fica o facto do jogo não ter sido dirigido por um arbitro no activo e a pergunta «Havendo árbitros do Nacional-B na bancada o jogo não foi dirigido por eles pelo facto de o SC Tomar eventualmente não ter solicitado ao Conselho Regional arbitro para o jogo, ou por o Conselho Regional não ter autorizado que algum arbitro no activo dirigisse o mesmo?»
Crónica: J.C.
Nota de rodapé: Cartão Azul
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