Na fria, simpática mas cuidadosamente engalanada ainda que de forma simples e singela e muito bem iluminada com magníficas decorações típicas da quadra natalícia, fazendo lembrar algumas cidades do distrito de Leiria e causando inveja a outras tantas, entre as quais a capital do Lis, a cidade de Oliveira do Hospital, localidade situada no Pinhal Interior foi palco de mais uma jornada (a oitava) do Campeonato Nacional da 3ª Divisão – Zona Centro.
No Pavilhão Municipal da cidade da região da antiga Beira Alta encontraram-se os extremos da tabela classificativa. Os locais, últimos classificados com apenas um ponto conquistado em sete partidas, quinze golos marcados contra trinta e um sofridos, equipa bastante jovem e aguerrida mas, e apesar de muito bem orientados por Diogo Brantuas, denotavam a sua falta de “asas” para outros voos.
No Pavilhão Municipal da cidade da região da antiga Beira Alta encontraram-se os extremos da tabela classificativa. Os locais, últimos classificados com apenas um ponto conquistado em sete partidas, quinze golos marcados contra trinta e um sofridos, equipa bastante jovem e aguerrida mas, e apesar de muito bem orientados por Diogo Brantuas, denotavam a sua falta de “asas” para outros voos.
Viajados desde a Sismaria -Leiria-Gare, localidade onde se situa a estação de caminhos-de-ferro da famosa Linha do Oeste, outrora ponto de embarque e desembarque de muitas gerações de passageiros mais ou menos ilustres, trabalhadores, militares ou simples anónimos que utilizavam esta via de comunicação não só para os grandes centros urbanos como também para as magníficas praias da região, e que hoje não é mais que um “Gigante adormecido, em decadência e quase ruínas”, povoação próxima de Leiria e terra das famosas brisas do Lis, doces que prestam homenagem e dão nome ao rio que atravessa a cidade do poeta Afonso Lopes Vieira, os “azuis sismarienses” apresentaram-se com o crédito de seis vitórias e um empate, trinta e cinco golos marcados contra apenas quinze sofridos, totalizando dezanove pontos e o que lhes garantia margem bastante confortável para o lugar que ocupavam na tabela classificativa, o primeiro lugar com mais sete pontos de avanço para os mais directos adversários, e com o firme propósito de conquistar os três pontos em disputa e assim carimbar a tão almejada subida ao segundo escalão do hóquei em patins e a principal aposta desta equipa para a presente temporada desportiva.
Assim, pelas dezanove horas de um sábado que para além frio, também era chuvoso, e perante um público que na sua totalidade era afecto ao conjunto da “casa”, deu-se início à partida da oitava jornada. Em pista apresentaram-se duas formações dispostas a um só objectivo: a vitória. Para os visitados os três pontos em disputa representavam “ganhar confiança para o futuro”, enquanto para os forasteiros a vitória traduzia-se na garantia de conquista da zona e passagem à fase final da prova ou seja, a luta pelo título de campeão da terceira divisão. Foi sem surpresa que assistimos a um bom período inicial com jogadas por parte dos locais a tentarem imprimir um ritmo mais rápido e tirarem partido das dimensões do rinque, enquanto os azuis da freguesia de Marrazes acusavam alguma ansiedade e nervosismo, quanto a nós algo exagerado, e que os inibia de colocarem em prática o bom nível de hóquei que têm vindo a demonstrar desde a temporada passada e sua época de estreia. Francisco Mendes apresentou-se prático e humilde pois sabia ao que vinha. Com algumas mexidas na sua equipa – Eurico Simões não acompanhou os colegas por estar com febre e assim limitado fisicamente e Ricardo Santos, o habitual capitão a também não poder dar o seu contributo em virtude do castigo imposto pela FPP – os elementos em campo ultrapassaram esta fase inicial de algum desacerto e a partir do meio da primeira parte começaram a imprimir o seu jogo e a tentar contrariar o hóquei dos da casa. Contudo, os pupilos de Diogo Brantua continuaram a mostrar-se aguerridos e nunca se amedrontaram com os homens do Lis. Sem surpresa e a oito minutos do intervalo Ruben Marques consegue desarmar Mário Fonseca, isola-se e, perante Marco Guerra, atira à figura deste. Com mais algumas boas jogadas de contra-ataque para ambos os lados o desafio aproxima-se do intervalo, não sem antes de Luís Pinto inaugurar o marcador para a turma de Oliveira do Hospital. Com este golo, a assistência que vinha vibrando com o que se passava em campo acentua ainda mais o apoio aos seus atletas.
Na segunda parte e com o resultado negativo para a equipa do Prof. Francisco Mendes, este faz entrar Rafael Silva para o lugar de Ricardo Pereira e assim dar mais velocidade e consistência ao seu conjunto. Com naturalidade, Orlando Fernandes “puxa dos galões” e “impõe” a sua experiência. A partir desta altura e a dezassete minutos do final tudo se alterou. O 76 dos azuis da Sismaria remata muito forte de meio campo mas a bola encontra pela frente um obstáculo difícil de ultrapassar. Filipe Malta faz uma excelente defesa mas incompleta, para Rafael Silva, bastante oportuno e na recarga, atirar a bola para o fundo da baliza e assim repor a justiça no marcador. Com um golo para cada lado, Francisco Mendes pede calma aos seus jogadores e que estes passem a usar mais a cabeça do que o coração. Logo na jogada seguinte é a vez de Mário Fonseca fazer valer os seus créditos e desta forma colocar os visitantes em vantagem. O jogo estava relançado, aumenta a velocidade e intensidade atacante. A onze minutos do final é a vez de Orlando Fernandes que, e após excelente combinação com o irrequieto Mário Fonseca, ao receber a bola atira para golo e desta forma aumentar a vantagem. No banco sofre-se. As ordens para dentro do recinto de jogo começam a intensificar-se. A glória está a dez minutos. O conjunto de Diogo Brantua não baixa os braços e procura reduzir a desvantagem. Nas bancadas os incentivos são muitos. Rafael Silva cai desamparado junto à baliza contrária. Reclama-se falta mas o árbitro da partida (pouco se deu por ele) e quanto a nós bem, nada assinala. Faltavam jogar cerca de três minutos. A um minuto e dezanove do final é a vez de Mário Fonseca fazer falta (a decima). Na conversão do respectivo livre directo João Jesus atira para Marco Guerra efectuar excelente defesa. Burburinho na banco sismariense e Marco Gaspar é admoestado com cartão azul. Rafael Silva é chamado para sair, uma vez que com esta penalização um elemento tem que abandonar o jogo. Livre directo apontado por José Branco que consegue enganar Marco Guerra e reduzir para dois a três mas já não há mais tempo. Esgotados os segundos vinte cinco minutos o marcador indica: dois para o FC OLIVEIRA DO HOSPITAL, três para o AC SISMARIA.
Vitória para a equipa da freguesia de Marrazes, o ACS, que assim vê premiada a sua aposta no hóquei em patins e deste modo garantir a sua participação no Campeonato Nacional da 2ª Divisão – época 2013-2014. Segue-se o apuramento de campeão da 3ª divisão 2012-2013.
Boa arbitragem do portuense Bruno Antão.
Sinal mais – FC OLIVEIRA DO HOSPITAL: equipa jovem mas muito aguerrida. A continuar assim afiança-se um futuro risonho para os locais;
Sinal menos – FC OLIVEIRA DO HOSPITAL: alguma imaturidade de alguns elementos que, e devido à sua irreverência, não conseguiram largar o último lugar da tabela classificativa.
Sinal mais – AC SISMARIA: plantel muito equilibrado, fortemente motivado e superiormente orientado;
Sinal menos – AC SISMARIA: por vezes alguns aspectos disciplinares a serem corrigidos.
Próxima jornada, 9ª - Sábado, 12 de Janeiro de 2013 – 18,00 horas
Pavilhão Desportivo Municipal de Marrazes, Marrazes -Leiria
ATLÉTICO CLUBE DA SISMARIA vs JUVENTUDE OURIENSE
Crónica/Fotos: Fernando Timóteo
Sem comentários:
Enviar um comentário