domingo, 2 de dezembro de 2012

TER O PÁSSARO NA MÃO E DEIXÁ-LO FUGIR PARA MÃO ADVERSÁRIA

"Ter o pássaro na mão e deixá-lo fugir", bem poderia ser a forma como a equipa de Oeiras pode resumir a sua deslocação ao reduto do Sp. de Tomar.

Foto: António Antunes - T.M. Fotografia

Começou melhor a equipa forasteira que, aos cinco minutos de jogo, se coloca em vantagem numa jogada de envolvimento, com Paulo Rosa ao segundo poste a empurrar a bola para o fundo da baliza de Fábio Guerra. Mais uma vez, a turma de Nuno Lopes entra no jogo a literalmente "ver a banda passar" e é a ver "passar a banda"" que três minutos depois, vê a bola só parar no fundo da sua baliza, com um toque subtil de Bruno Januário a passe de Leandro Santos.

Foto: António Antunes - T.M. Fotografia

A vencer por duas bolas de diferença com oito minutos de jogo, a equipa de Oeiras começa a dominar a partida fruto de no plano defensivo neutralizar completamente o adversário e a gerir a posse de bola cometendo poucos erros nas transposições defesa ataque. Enquanto isso, a equipa Leonina tentava remar "contra a maré" mas o desacerto e o desnorte não deixavam de ser a nota mais evidente do seu rendimento em pista.

Foto: António Antunes - T.M. Fotografia

E é num lance de ataque da equipa caseira que nasce o terceiro golo do Oeiras. Nuno Domingues num lance infeliz escorrega e ao cair perde a bola que rapidamente é interceptada por um defesa contrário que lança um contra ataque que acaba no terceiro golo da equipa forasteira onde José Ramos desfeiteia Fábio Guerra depois de uma defesa incompleta ao remate do seu colega. Até ao final da primeira parte, só deu Oeiras e quando as equipas recolheram aos balneários para descansar, pairava no Pavilhão Jácomme Ratton o espectro da primeira derrota.

Resultado ao intervalo 0-3

Foto: António Antunes - T.M. Fotografia

Com o regresso para a segunda parte, a equipa de Nuno Lopes poder-se-á dizer que despiu o smoking, vestiu o fato de macaco, arregaçou as mangas e mostrou o querer e a determinação que só as equipas com ambição têm. Aos sete minutos da etapa complementar, Luís Silva desfeiteia o guardião Nuno Rosa através de um livre directo a punir uma falta da equipa da Linha.

Foto: António Antunes - T.M. Fotografia

Com 1-3 e dezoito minutos para jogar podia-se dizer que ainda a "procissão ia no adro" mas as nove faltas de equipa do Sp. de Tomar contra as três da A.D. Oeiras era um handicap nada favorável aos Nabantinos pois o quarto golo a acontecer para as bandas dos forasteiros poderia deitar tudo a perder. Aos nove minutos, Bruno Januário é punido com cartão azul e Ivo Silva com a possibilidade de reduzir o marcador não consegue desfeitear o guardião. Com o jogo numa toada de parada e resposta, o jogo ganha outra dimensão e num lance de contra ataque do Oeiras, o árbitro marca uma grande penalidade contra o Sp. de Tomar, a castigar derrube dentro da área. Da conversão do livre Fábio Guerra mantém a baliza inviolável e as esperanças intactas.

Foto: António Antunes - T.M. Fotografia

Sempre a carregar no "acelerador" a equipa Nabantina vê aos dezoito minutos uma grande penalidade assinalada a seu favor mas que Gonçalo Santos não aproveita e os dois tentos de diferença pareciam teimosamente não desaparecer, quer para um lado, quer para o outro. Não esmoreceu a equipa leonina com estes desaires e é quando chega aos vinte minutos de jogo que comete a décima falta de equipa.

Foto: António Antunes - T.M. Fotografia

Aqui, pensou-se que o Oeiras iria dar a "machadada final" na contenda mas Fábio Guerra, mais uma vez, mostrou argumentos superiores ao seu opositor. A partir deste momento e até final do jogo foi adrenalina a mil dentro e fora do ringue. Luís Silva aos vinte e três minutos faz o 2-3, aos vinte e quatro Hernâni Diniz faz o 3-3, passados 24 segundos faz o 4-3. Passados 10 segundos, Ivo Silva falha um livre directo e a 15 segundos do final do encontro Luis Silva desperdiça também ele um livre directo.

Resultado Final: Sporting de Tomar 4 - A. D. Oeiras 3

Foto: António Antunes - T.M. Fotografia

Num jogo com duas partes distintas, vitória da equipa que a partir de certa altura mais acreditou e lutou para vencer. Aos forasteiros faltou alguma concentração final para suster a avalanche avassaladora dos últimos cinco minutos finais da equipa Ribatejana.

Quanto à equipa de arbitragem, constituída por Florindo Cardoso, Fernando Teixeira da APPorto e José La Salette da APAveiro poderemos dizer que cometeram algumas falhas no capítulo técnico mas disciplinarmente estiveram bem melhores.

A equipa do Sporting de Tomar alinhou da seguinte forma: Daniel Leal (gr); Nuno Domingues, Gonçalo Santos; João Lomba; Hernâni Diniz; Dário Santo; Ivo Silva; Luís Silva; Pedro Martins e Fábio Guerra (gr).

Crónica: J.C.

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